Desembargadores comprados

Desembargadores comprados

sábado, 9 de agosto de 2008

Operação abafa tráfico em andamento

Mais uma vez, minhas denúncias foram comprovadas. Autoridades federais estão protegendo criminosos e dando cobertura ao crime de tráfico de órgãos. O Ministério Público Federal fez acordo com os médicos perante um tribunal federal. A seguinte proposta foi feita. Para que o processo fosse suspenso, os médicos teriam não só uma escolha, mas duas:

1. Contam o que sabem
2. Pagam 10 mil reais

Não é preciso muita inteligência para saber qual foi a opção escolhida. Pagarão 10 mil e o processo será suspenso, arquivado, eliminado.

As pessoas que morreram porque tiveram os órgãos e o direito à vida extirpados para que alguém com pouco mais de 200 mil reais pudesse viver, deixaram de ser importantes. Os mortos nesta história, são os mesmos que a ABTO diz que é importante salvar, mas morreram porque quando chegou a vez de serem salvos, alguém decidiu salvar quem tinha mais dinheiro. Agora, viraram pó. Não servem mais para o sistema de transplantes. Não serão mais foco daqueles reportagens que começam dizendo: “fulano de tal luta há 2 anos por um transplantes e teme pela falta de doação de órgãos”.

A doação existiu e está provado. O problema é que os órgãos foram implantados em outros. Outros que poderiam garantir à equipe de transplantes, maiores rendimentos que o SUS. Não que desprezassem o dinheiro do SUS. Pelo contrário! Receberam das duas pontas.

Qual o motivo para existir um acordo que inocenta médicos cujas atitudes levaram algumas pessoas a óbito?

Existem vários. O principal deles é que transplantistas, como os da ABTO, vomitam pela imprensa que este tipo de crime no Brasil não existe. Sendo assim, é preciso que continue não existindo, sobretudo, porque, transplantistas e a ABTO alegam que notícias deste tipo tendem a diminuir a doação de órgãos o que prejudica, sem dúvida, a vida de muitas pessoas. O problema é a contradição. Não se pune quem faz tráfico de órgãos para que as doações não prejudiquem a vida de quem precisa de um transplante. Ao mesmo tempo, não punindo quem trafica órgãos, prejudica muito mais aquele que está à espera de um órgão.

Nesta matemática sempre sai perdendo quem está na fila e sempre sai ganhando os transplantistas (pelo dinheiro) e a ABTO (pela falsa informação de que tráfico de órgãos não existe). Essa classe de profissionais continuará vomitando asneiras pela imprensa e médicos traficantes de órgãos que ganham milhões de reais todos os anos furando a fila, continuarão ganhando milhões todos os anos.


A ABTO diz que precisa muita gente estar envolvido para que o tráfico de órgãos aconteça de forma sistemática. No caso do Rio, uma clínica alugava a sala para os transplantes. A secretária de saúde fingia que nada sabia. As autoridades acabam de oferecer um acordo para que o processo seja extinto.

As autoridades federais sempre escolhem o lado dos médicos. O lado que tem mais poder, dinheiro e influência. Diga-se lucros!

Estranhamente tudo não passa de uma novela. A Polícia Federal diz que está investigando o caso do Rio de Janeiro há 5 anos, e em 10 minutos, médicos fazem um acordo e o processo é suspenso. 5 anos de trabalho que aquela pessoa que está a espera de um órgão paga, através de impostos, que vão para o lixo. Tudo para que o sistema brasileiro de transplantes, comprovadamente uma grande farsa, continue sendo o que é. A impunidade gera o crime. Se um médico faz e não é punido, quem não vai fazer?

“Médico recebia 200 mil para operar fora da fila”. A notícia que deveria servir de alerta aos traficantes, acaba sendo um propaganda. Furar a fila por 200 mil, vale à pena. 10 mil reais por um acordo de impunidade corresponde a 5% do faturamento de uma única cirurgia. No interior, diríamos que é dinheiro de pinga. Vale a pena vender órgãos!

São milhões de reais pagos a hospitais e clínicas particulares, com um grande percentual destinado aos cirurgiões que usam os órgãos obtidos pelo sistema público, e os implantam em pacientes financeiramente abastados.

Por que então não liberar a venda de órgãos?

A resposta é simples. Se for liberada a venda de órgãos, a população vai descobrir que aquele discurso da ABTO que o importante é salvar vidas, simplesmente acaba. Veremos a medicina transplantar quem tem dinheiro enquanto que os menos favorecidos irão a óbito. Todos dizem que salvar vidas é nobre, mas ninguém sabe que esta nobreza só existe porque o governo despeja milhões nas mãos destes médicos. Não fosse isso, a vida dos pacientes que precisam de um transplante não valeria nada.

O brasileiro que está na fila de espera é na verdade um cheque em branco. Ao cair na mão de um médico, ele é preenchido e cobrado do governo. Se a cirurgia dará certo, não é um problema do médico e nem do governo. O problema é de quem está na fila.

O sistema de transplantes brasileiro é um oásis. Há uma lei que é simplesmente ignorada. Muitos médicos e hospitais operam sem credenciamento e mesmo assim recebem pagamento do SUS. No caso do Rio de Janeiro, por exemplo, em nenhum momento falou-se em enquadrar os médicos na lei 9.434/97 (transplantes). O máximo da acusação foi peculato. Sim peculato! Tráfico de órgãos não existiu. Desviar órgãos da fila pública para fila particular é peculato!

Sequer tiveram coragem de acusar uma formação de quadrilha. São médicos, e em médicos é preciso muita coragem para fazer uma acusação. O corporativismo é poderoso e tem influencia em tribunais, entre procuradores, entre Ministros e deputados.

A partir de hoje, eu me converto. Sou favorável a venda de órgãos e espero que o governo libere este tipo de comércio. Na prática ele já existe. Seria uma grande economia para o governo deixar de pagar toda a captação e estrutura para este tipo de cirurgia que acaba sendo revendido para pacientes que podem pagar.

LIBEREM A VENDA DE ÓRGÃOS! E veremos os verdadeiros salvadores de vida.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Tráfico de Órgãos no Brasil é recheada de omissão.

BRASIL: SHOW DA POLÍCIA FEDERAL PARA EXPLICAR A OMISSÃO DO GOVERNO BRASILEIRO DIANTE DOS CASOS DE TRÁFICO DE ÓRGÃOS.

Assim funciona o Brasil. Diante de um cenário estarrecedor graças a total omissão e conivência do Ministério Público Federal, um novo antigo caso vem à tona. Não para punir quem quer que esteja envolvido com o assunto, mas para criar um espetáculo teatral, e assim, tentar justificar o injustificável.

Vamos aos fatos.

Em 12 de junho deste ano (2008), desembarquei na Itália por não poder mais conviver com a pressão do Ministério Público Federal que tenta na justiça provar que tenho problemas mentais. Depois de ter denunciado o assassinato do meu filho para fins de tráfico de órgãos, iniciou-se uma corrida do Ministério Público Federal, delegados de polícia federal e dos médicos acusados na justiça. Eles não procuraram a justiça para provar que eu estava errado, nem tão pouco a justiça estava interessada nisso. Eles escolheram o caminho nazista, que visa desqualificar o denunciante, transformando-o de vítima a réu.

Quem não se lembra, quando Silvio Pereira procurou um jornal brasileiro para contar o que sabia e disseram que ele estava com problemas mentais?

No início de 2007, enviei à OEA (Organização dos Estados Americanos), denúncia completa, com documentos extraídos do inquérito da polícia federal, reportagens, e até consultas feitas à especialistas no exterior, comprovando quem foram os assassinos do meu filho. Mencionei também no relatório, o resultado da CPI DO TRÁFICO DE ÓRGÃOS que ocorreu em 2004, e o relatório do TCU de 2006, comprovando minhas denúncias.

No decorrer deste útlimos 8 anos, as acusações que fiz, todas comprovadas, uma a uma, foram sendo distorcidas, minorizadas ou simplesmente ignoradas causando o arquivamento de tudo o que foi denunciado. Isto, sem contar os crimes que simplesmente não tiveram denúncias. Isto sem contar também, as pessoas que simplesmente não foram denunciadas apesar de confessarem os crimes cometidos.

O relatório da CPI indiciando os médicos que participaram do assassinato do meu filho, está paralisado em algum canto do Ministério Público Federal, que se nega a informar para qual procurador foi encaminhado. O relatório da auditoria da TCU foi tão ridicularizado por médicos e pelo Ministério da Saúde que simplesmente foi esquecido.

Enquanto eu investia tempo e dinheiro para provar as minhas denúncias, as autoridades brasileiras gastavam o tempo e o dinheiro me processando e abafando crimes. Gastavam tempo e dinheiro, enviando ofícios para a empresa onde eu trabalhava, quebrando meu sigilo eletrônico e distribuindo comunicados à imprensa alegando minha insanidade.

Em 23 de junho de 2008, a OEA enviou-me uma carta informando que solicitou explicações ao governo sobre minhas acusações, cujo conteúdo está reproduzido abaixo:



Para quem até hoje, não teve direito de defesa adequado e não pôde sequer ser testemunha de acusação impedido pelo Ministério Público Federal, o comunicado acima é uma grande esperança, apesar de não ser tão otimista. Mas qualquer migalha neste momento é um suspiro mínimo de esperança.

Para a minha surpresa, em 30 de julho de 2008, a Polícia Federal decide agir. Através da operação FURA FILA (e não TRÁFICO DE ÓRGÃOS), prende o médico Joaquim Ribeiro Filho, alegando que se tratava de uma investigação iniciada em 2003.

Assim foi veiculada pela imprensa a notícia:
A Polícia Federal faz uma operação desde a madrugada desta quarta-feira (30) contra o desvio de órgãos da lista nacional de transplantes de fígado. Médicos do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (Hospital do Fundão) são suspeitos de participar da fraude. Segundo a assessoria da PF, uma pessoa já foi presa durante a ação, chamada de Fura-Fila.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), que apresentou a denúncia contra cinco médicos, a investigação começou em 2003, quando um paciente recebeu um fígado apesar de ocupar o 32º lugar na fila única. O paciente seria parente de uma pessoa ligada ao governo do Estado.

Em nota, o MPF esclarece que a 3ª Vara Federal Criminal do Rio expediu um mandado de prisão preventiva e nove mandados de busca e apreensão. De acordo com as investigações, os órgãos foram desviados no período entre 2003 e 2007.

Segundo o MPF, os suspeitos responderão por peculato (desvio de recursos ou bens por servidores). A PF, em nota divulgada à imprensa, informou que os suspeitos também responderão por "tráfico de influência, estelionato e locupletamento financeiro, dentre outras, inclusive causando prejuízo ao erário público, uma vez que alguns pacientes eram assistidos na rede pública, custeados pelo SUS e, posteriormente eram transplantados em clínicas particulares".

A operação prossegue nesta manhã.

Ora, qualquer pessoa com o mínimo de inteligência deve se perguntar, porque tanto tempo depois o médico foi preso? A própria notícia revela que de 2003 à 2007 desvio de órgãos (tráfico de órgãos) vinham ocorrendo sistematicamente, e não tomaram providência nenhuma para conter este crime?

A imprensa também noticiou que diversos pacientes morreram por perderem absurdamente seus lugares na fila, o que certamente poderia ter sido evitado se diante do primeiro caso em 2003, o médico já fosse detido.

Por que então, somente depois de 5 anos, uma operação é deflagrada para acabar com os desvios?

Como pode uma investigação demorar 5 anos para que se chegue a um resultado, sendo que em 2003, a própria imprensa denunciou o caso?

O mais estranho é que posso provar que este caso não estava sob investigação. E está tudo documentado pelo próprio governo federal. Explico. Quando a CPI do TRÁFICO DE ÓRGÃOS foi criada, o presidente enviou para todos os estados, ofício aos departamentos da Polícia Federal, requisitando informações sobre investigações que envolvessem o assunto "tráfico de órgãos". O Rio de Janeiro, informou na época que nenhuma investigação encontrava-se em andamento. A CPI, lembro, foi instalada em 1 de abril de 2004.

Podemos ver através deste e-mail que enviei ao presidente e ao realtor da CPI DO TRÁFICO DE ÓRGÃOS, a existência deste crime:


De fato uma investigação foi aberta em 2003 e encerrada com a denúncia do médico à justiça. Mas não foi denunciado por qualquer crime e sim por um processo civil de Improbidade Administrativa.
Por isso, no Brasil, não existe tráfico de órgãos. Existe sim, fraude contra o sistema financeiro.
É obvio que não posso afirmar que o asilo político que estou pedindo tenha algo a ver com tudo isso, mas, é muita coincidência a OEA cobrar uma explicação sobre a omissão que venho acusando o governo Brasileiro mediante casos de tráfico de órgãos e uma operação como esta, requentada, vir a público.