Desembargadores comprados

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sábado, 12 de dezembro de 2009

ex Delegado de Poços de Caldas é preso e acusado de extorsão


Sim. A verdade sempre supera a mentira. Não é de hoje. A verdade faz história. A mentira não. A mentira faz a impunidade. Mas é verdade também que a mentira é mais eficaz. Para quem mente, há defensores. Para quem fala a verdade não. Para quem fala a verdade sobra o isolamento e o silêncio dos cúmplices.

A notícia do delegado é de alguns meses atrás, e obviamente ele já está solto. Responde a 7 procedimentos administrativos (sim, autoridades não cometem crimes, apenas "desvios de conduta"), e deve reassumir seu cargo sem maiores problemas.

O delegado em questão chama-se Lacy de Souza Moreira, e atuava em Poços de Caldas quando Paulinho foi assassinado. Lacy e outro delegado, Juarez Vinhas fizeram o possível e até o impossível para abafar o assassinato de Paulinho. No inquérito policial aberto em Poços de Caldas, Vinhas concluiu que o culpado de toda a história fui eu por ter levado o caso a imprensa, enquanto que ressaltava a boa conduta médica e os esforços "incalculáveis" utilizados para salvar Paulinho. No mesmo momento em que esta conclusão era divulgada para que os assassinos ficassem impunes, o Ministério Público Federal, Polícia Federal e o próprio Ministério da Saúde (Sistema Nacional de Transplantes) divulgavam nota dizendo que eu estava certo.

Não satisfeitos, quando o delegado Vinhas encontrava com o meu sogro nas ruas da cidade, sempre fazia questão de lembrá-lo: "E ae Pedro? Seu genro perdeu heim?!" e esboçava um sorriso irônico.

Mas não parou por ai. Lacy foi o delegado encarregado de fazer a ocorrência do administrador do hospital encontrado agonizando com um tiro na boca, depois de ter grampeado o centro cirúrgico e descoberto o que eu já sabia e havia denunciado. Ainda vivo, o administrador foi levado para o hospital da Santa Casa (onde os crimes aconteciam), e teve suas mãos lixadas com ácido (conforme perícia que tenho em mãos) para que o teste residuográfico não pudesse ser realizado, permitindo assim que Lacy afirmasse tratar-se de um suicídio. Lacy então ganhou o título de "melhor delegado Regional de 2002".

Eu também denunciei o Ministério Público de Poços de Caldas, que também foram omissos e protegeram os assassinos do meu filho.

A reportagem abaixo demonstra a verdade. Demonstra quem é quem. E demonstra também que sempre será assim, porque a mentira sustenta a muitos. A verdade não. Pela internet existem vários depoimentos em favor do delegado, e raramente encontra-se um depoimento contra. A mentira precisa de defesa, a verdade não.

Para ler a reportagem na fonte, clique aqui

Juiz decreta prisão preventiva de delegado e de agente policial
Policiais são acusados de tentar extorquir um advogado

29/09/2009 - 12:58
EPTV

O juiz da comarca de Monte Sião, no Sul de Minas Gerais, Milton Biagioni Furquim, decretou na manhã desta terça-feira (29), a prisão preventiva do delegado de Polícia Civil Lacy de Souza Moreira e do agente policial Paulo Afonso de Souza Moreira, que é sobrinho do delegado. Os dois são acusados pelo Ministério Público de extorquir dinheiro da família de um homem, suspeito de ter participado do roubo de uma casa, para não pedir a prisão preventiva dele.

Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, em Belo Horizonte, o delegado e o agente foram detidos em Poços de Caldas e serão levados para a capital. Lacy de Souza Moreira é muito conhecido no sul do estado e atualmente era delegado em Monte Sião. O delegado também já trabalhou em Poços de Caldas onde chegou ao cargo de delegado regional.

A prisão preventiva dos dois policiais foi decretada pelo juiz Milton Biagioni Furquim que disse ter tomado a decisão, após ser informado que eles teriam coagido um advogado na cidade de Águas de Lindóia, no interior de São Paulo.

De acordo com o Ministério Público, tudo começou com a prisão do comerciante Michel Prolezi, suspeito de participar de um roubo em julho deste ano. Durante os 10 dias em que ficou preso, o advogado e a família de Prolezi foram alvos de tentativa de extorsão por parte do delegado Lacy de Souza Moreira e do agente policial Paulo Afonso de Souza Moreira.

Segundo a promotoria, os policiais teriam exigido R$ 16 mil da família do comerciante para não pedir a prisão preventiva dele. A denúncia baseada em gravações feitas pelo advogado de Michel foi encaminhada para a corregedoria da Polícia Civil. De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, há sete procedimentos contra Lacy de Souza, mas a investigação corre sob sigilo.

Em junho de 2006, a EPTV mostrou que o delegado foi questionado pela Justiça por facilitar a saída de um preso da cadeia, que cumpria pena por roubo, estupro e assalto. A denúncia de um funcionário da cadeia era de que o detento prestava serviços à polícia e, com essa facilidade, ele teria escapado e cometido um assassinato.

De acordo com o juiz de direito de Poços de Caldas, hoje aposentado, Laércio Galate, na época do crime o Ministério Público deveria ter instaurado um procedimento contra o delegado, o que não aconteceu. Segundo a corregedoria da Polícia Civil, o inquérito deve ser concluído em 10 dias.
O delegado ficou preso por 51 dias, mas já está solto. Pessoas como ele não podem ficar muito tempo na cadeia e nem pressionados. A máfia corre o risco de ser entregue numa bandeja.

Entenderam? Vários procedimentos sob sigilo. A notícia ainda confirma a minha acusação contra o Ministério Público daquela cidade, denunciada já há muitos anos. Observem no último parágrafo o texto: "na época do crime o Ministério Público deveria ter instaurado um procedimento contra o delegado, o que não aconteceu."

Prevaricação!

Resta saber quem é o político que garante a impunidade desta máfia.
Eu sei!

sábado, 28 de novembro de 2009

Mais uma vítima. A história é sempre a mesma.

Um adolescente em coma tem o diagnóstico de morte encefálica. A família doa os órgãos, mas na hora H descobre que o paciente está vivo. O que fazer? Nada!

O paciente teve toda a terapia, que poderia lhe salvar a vida, suspensa e a possibilidade de recuperação obviamente já não existe mais. O diagnóstico "seguro" de morte encefálica é na verdade uma balela usada apenas para justificar a retirada de órgãos. Veja o vídeo.


Reparem o que eles não fazem para fugir da verdade. O responsável pelo hospital afirma no vídeo - para salvar o colega - que o médico jamais teria dito que a morte cerebral era irreversível. TODA morte cerebral é irreversível, e se o quadro reverteu-se, é porque não existia a morte cerebral. Neste caso, mais uma vez, todos os esforços para alcançar o óbito foram feitos. Até a central de transplantes de Campinas, foi acionada.

Agora, faço um desafio. Procure se informar sobre o final desta história que aconteceu em maio de 2009. Elquer faleceu 10 dias após ter sido diagnosticado com morte encefálica. Os links na internet sobre o assunto já foram bloqueados. Mais uma vez, a história foi abafada para que as verdades sobre este assunto nunca venham a tona. Procure saber se alguém foi indiciado ou denunciado, ou se algum médico perdeu o registro por um erro tão absurdo. Tente descobrir o que a família tem a dizer, já que a imprensa não dará mais espaço a eles.

E tem gente que ainda acha que doar é um ato de "amor".
Não passam de um bando de canalhas assassinos.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

E quando o cérebro funciona?


Sim!! O cérebro ainda é um grande mistério para os médicos embora insistam em acreditar que dominam o assunto. Mais uma vez um grupo de médicos garantia que o paciente estava em estado vegetativo, quando na verdade estava paralisado. Completamente consciente, pôde ouvir por 23 anos as ameaças de desligarem os equipamentos e interromperem a alimentação (ultima moda médica para matar pessoas "comatosas").

Mas os médicos continuam insistindo! Eles afirmam que o diagnóstico de morte encefálica é 100% seguro. Assim como o paciente que sobreviveu 23 anos paralisado e tratado equivocadamente (criminalmente eu diria) como comatoso, existem diversas pessoas cujo diagnóstico de morte encefálica pode levar alguns dias. Até conseguirem as chapas com os vasos sanguineos cerebrais vazios leva algum tempo...

Vale tudo para esvaziar o cérebro do paciente e fazer uma "foto". Com uma radiografia das artérias vazias, eles dizem: "Tá vendo! Está morto."

O que ninguém sabe são os meios que utilizaram para fazer a tal foto. É mesmo um vale tudo.


Um erro de diagnóstico fez um homem passar 23 anos consciente e preso a uma cama, enquanto médicos pensavam que ele estava em coma, na Bélgica.

Rom Houben, que tinha 23 anos quando sofreu um acidente de carro que o deixou completamente paralisado, foi submetido a vários exames normalmente utilizados para diagnosticar o coma, baseados em respostas motoras, verbais e oculares.

Ele, no entanto, escutava e via tudo o que acontecia à sua volta, sem conseguir se comunicar com médicos, familiares e amigos.

Apenas alguns meses atrás, exames com aparelhos de tomografia de última geração mostraram que seu cérebro estava funcionando de maneira praticamente normal.

Mensagens

Houben foi então submetido a várias sessões de fisioterapia e agora consegue digitar mensagens em uma tela de computador.

Um aparelho especial colocado sobre sua cama permite que ele leia livros mesmo deitado.

"Nunca vou me esquecer do dia em que descobriram qual era o meu verdadeiro problema. Foi meu segundo nascimento", disse. "Todo este tempo eu tentava gritar, mas não havia nada para as pessoas escutarem."

"Frustração é uma palavra muito pequena para descrever o que eu sentia", afirmou, Houben, que deve permanecer internado em uma clínica perto de Bruxelas.

O neurologista Steven Laureys, que liderou a equipe que descobriu a situação de Houben, publicou um estudo há dois meses alertando que muitos pacientes considerados em estado de coma na verdade podem estar conscientes.

"Apenas na Alemanha, a cada ano, 100 mil pessoas sofrem de traumatismo cerebral grave. Estima-se que de 3 mil a 5 mil deles se mantêm presos em um estágio intermediário entre o coma verdadeiro e a total recuperação de seus sentidos e movimentos. Eles seguem vivendo sem nunca mais voltarem", disse Laureys, chefe do Grupo de Coma do Departamento de Neurologia da Universidade de Liège.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Censura? Autoridades começam a interferir na rede.

Saio um pouco do tema deste blog para questionar a censura. Ha poucos dias soube que alguns blogs estao sendo censurados. O que poucos sabem é que meu site (ainda nao existia o blog) foi um dos primeiros no Brasil a ser retirado do ar por determinaçao judicial. Ao contrario de Adriana Vendoni, cuja multa diaria foi estipulada em R$ 1.000,00, no meu caso, a cifra era de R$ 5.000,00 e até hoje, ninguém conseguiu demonstrar que a informaçao era inveridica. Ao contrario. Ficou comprovado que era verdadeira em uma CPI Federal.

E mais! O site era hospedado pelo Yahoo nos EUA, e a justiça brasileira nao tinha como determinar a retirada do site porque deveria haver uma açao judicial naquele pais, o que obviamente nao foi feito. Entao, o juiz enviou um oficio ao Yahoo Brasil ameaçando o mesmo caso nao fizesse com que a pagina fosse retirada. A Yahoo Brasil me enviou um email se justificando. No email eles diziam que apesar de nao serem obrigados a retirar a pagina do ar em territorio estrangeiro, aconselharam a Yahoo USA a faze-lo e assim o fizeram. Mas isso nunca foi noticiado, porque a Censura estava la e nunca deixou de existir.

Na maioria das vezes, muitas pessoas nao fazem ideia do que é o mundo real. Recebem informaçoes recortadas ou simplesmente nao recebem. Falam com uma linguagem unificada, distribuida em um unico padrao pelos meios disponiveis.

Por exemplo, "Cesare Battisti faz greve de fome". Repetem como se fosse um mantra, centenas de vezes a mesma historinha mentirosa dizendo que ele é um injustiçado. Ao mesmo tempo, nao vi nenhum meio de comunicaçao esclarecer que a convençao de Genebra de 1951 sobre asilados politicos, VETA qualquer possibilidade de asilo para quem tenha praticado crimes contra a vida, o que esta simplesmente sendo ignorado em beneficio de Battisti.

Mas para provar a manipulaçao da imprensa e agora tambem da internet, achei uma informaçao bastante curiosa. Trata-se do acidente com o Rodoanel. Circula pela internet que se voce fizer uma pesquisa em IMAGENS do google, sobre o "Acidente Rodoanel" ou qualquer variaçao disso, nao encontrara nenhuma foto sequer. Eu fiz o teste e realmente nao encontrei. Graças ao blog do jornalista Luiz Carlos Azenha tive acesso a uma foto que estou reproduzindo aqui. O Google também vai ignorar este post e esta foto continuara sendo ignorada. Nao é Fantastico?

Faça um teste. Procure a imagem na internet e descubra que voce so recebe o que eles querem que voce receba. Logo, a sua liberdade para obter informaçoes é apenas um ficçao.

Na China, por exemplo, diversos conteudos sao bloqueados. No Google Maps, por exemplo, é possivel ver divisoes geograficas diferentes que atendem a dois lados em disputa. Um lado diz que uma determinada regiao é dele, e olhando o Google maps daquele pais, la esta a regiao. Do outro lado, idem. Se estiver la e pesquisar, a regiao estara anexada ao seu territorio. Como desejarem os clientes.

Resta saber quem é o cliente do Rodoanel.

Imaginem quantas fotos nao devem ser represadas que mostram o Brasil de verdade?

Em tempo. No www.bing.com (Microsoft), encontrei esta imagem postada aqui. Mas encontrei somente uma.

domingo, 15 de novembro de 2009

Jay Leno e o tráfico de órgãos.

Os redatores do programa “Jay Leno Show,” que foi ar na NBC nesta sexta-feira, 13, incluiram um comentário sobre o apagão que aconteceu no Brasil na terça-feira anterior.

Logo no começo do seu tradicional monólogo, Leno contou a seguinte piada:

“Houve um grande apagão no Brasil essa semana, que afetou 60 milhões de pessoas. Quando a luz finalmente voltou, estavam todos deitados na banheira, cercados de gelo e sem um dos rins, assustador," brincou Leno.

Após a imediata reação da platéia, que exclamou “uuuuuuhh,” o comediante disse: “Uuuh, bem assustador, mas você viram o filme também?,” questionou Leno sobre o filme “Turistas,” produção hollywoodiana muito criticada por mostrar turistas americanos no Brasil sendo vítimas de um esquema internacional de tráfico de órgãos.

A reação do blogueiro, que gosta tanto do comediante que toda noite grava o “Jay Leno Show,” foi de repulsa, por ver Leno perpetuar boato infundado sobre o meu país.

Mas, no mesmo monólogo Leno fez piadas com vários americanos, como Sarah Palin, Carrie Prejean, a família do balão e a NBA, por que ele não pode criticar o Brasil?

Comento:
A resposta é simples. Ninguém mais pode falar nada que vá de encontro aos interesses do presidente ligado à narcotraficantes das FARCS. O apagão já foi desmentido. Não houve apagão. Houve blackout que é bem diferente. Apagão é apagão e blackout é blackout.

O "perpetuar boato infundado sobre o meu país", é frase que faz parte de grande parte da maioria dos blogs que apóiam o governo, seguindo a cartilha ao pé da letra. Cartilha? Sim. Aquele que revidar ataques contra a "honra" do país, estará cumprindo a cartilha.

O Brasil não aceita que a Itália acesse o judiciário para tentar a extradição do assassino Cesare Battisti, pois considera uma interferência na soberania nacional, mas ao mesmo tempo, empresta a embaixada em Honduras, cujo problema não é do Brasil, interferindo na soberania daquele país. Ah sim! mais são coisas diferentes! Apagão é apagão, blackout é blackout e soberania é soberania.

Hai capito?

E se fosse brincar, por exemplo, com a polícia do Rio, onde acontecerá as próximas olimpíadas? Mostrar aquela cena dos policiais roubando o ladrão e deixando-o ir, logo após terem assassinado a vítima, sem sequer perceberem que havia um corpo ali. É piada né? Claro!

Quando é contra o Brasil, não importa o que seja, é preciso desqualificar. Se é a favor ou está dentro dos interesses do presidente ligado à narcotraficantes, tudo é perfeitamente justificável.

Pouco importa o que é escrito aqui. Pouco importa que sou um brasileiro que obteve asilo político por ter denunciado o tráfico de órgãos que conta com o apoio do governo. Pouco importa que um documentário sobre o assunto realizado na Itália, aponta o Brasil como um país atolado em tráfico de órgãos. Pouco importa que o documentário mostrou que o principal traficante foi condenado a 240 anos, mas cumpriu apenas 4, sem nenhuma explicaçao plausivel. Pouco importa que o documentário venceu o festival de cinema de Roma. Pouco importa o que dizem aqui na Europa sobre tráfico de órgãos no Brasil.

O que importa é criar um país de mentirinha para estrangeiro ver. Uma mentirinha que vai custar muito caro, e quem pagará o preço serão aqueles que estão aceitando as mentirinhas sem tomar nenhuma providência. A história mostra que o tempo passa, mas as máscaras caem. Pode ser direita ou esquerda. A história não deixa margens para dúvidas.

O negocio é criar uma nova Cuba, onde todos esquerdistas dizem que tudo é maravilhoso, mas uma simples blogueira nao pode sair para receber um mero premio no exterior, porque fala a verdade em seu blog.

Da minha parte, os resultados têm sido muito bons. Aqui na Europa, o tráfico de órgãos no Brasil já não é mais apenas histórinha hollywoodiana. É fato.

Não muda nada? Talvez! Mas ainda não é o fim.
Boa Jay Leno!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Proxima parada: Madrid e Paris


E assim, a europa vai conhecendo melhor o governo do sr. Lula, que sustenta a mafia do trafico de orgaos no Brasil, credenciando assassinos de crianças para continuarem a trabalhar com transplantes. O lema do governo brasileiro nao podia ser outro: Os fins justificam os meios.


Domingo estive ao vivo pelo canal RAI TRE, em Roma, falando sobre o caso do meu filho que a imprensa brasileira e o governo insistem em abafar. Lula disse que a imprensa nao tem que investigar. Deve apenas informar. E de preferencia, informar o que interessa a Lula. Investigar é coisa de autoridade, que ja estao nos bolsos de Lula. Sendo assim, resta fazer um pouco de barulho (ou muito barulho).

O importante é que o documentario H.O.T. (Human Organs Traffic) esta abrindo portas. A proxima parada é Madrid e Paris. Depois estaremos na Alemanha.

E fica a mensagem, a mesma que deixei naquele programa: O governo Lula esta financiando traficantes de orgaos e assassinos de crianças. O seu dinheiro (nao mais o meu), esta sendo usado para pagar o trabalho destes assassinos traficantes, e todos continuam protegidos pelo Ministerio da Saude.

Nos so podemos ser derrotados, se acreditarmos que somos derrotados. Eu acredito no que estou fazendo e por isso consigo faze-lo. Acredite que voce tambem possa mudar alguma coisa, e voce mudara.

Entregar os pontos é para os fracos.

domingo, 1 de novembro de 2009

Domingo, ao vivo, pela TV Italiana

Depois de alguns dias afastado, devido a muita dedicação ao trabalho, estou de volta, feliz como nunca. Este mês muitas coisas importantes aconteceram. Abaixo, a foto logo após a entrevista coletiva onde denunciei o governo brasileiro, e um bando de médicos assassinos, todos nominalmente, a imprensa internacional. Obviamente, eu não esqueci do deputado.

O documentário levou o prêmio e será exibido em vários países. Estará em DVD também. Os detalhes da história do Paulinho já estão sendo formatados para um livro. Um projeto muito antigo que venho trabalhando há anos, e que finalmente, será realizado.

Na próxima semana estarei ao vivo em um programa de TV aqui na europa, denunciando mais uma vez estes quadrilheiros assassinos. Será um programa destinado ao assunto que tanto "preocupa" a ONU. Enquanto isso, no Brasil, nem uma linha foi citada sobre o assunto. O caso Paulinho foi definitivamente banido dos jornais e televisões.

Rosana Reis Nothem era a coordenadora do Sistema Nacional de Transplantes quando Paulinho foi assassinado. Ela defendeu os assassinos com unhas e dentes, e chegou a ser exonerada. Agora ela está de volta. O Ministério da Saúde conseguiu recolocar aos poucos, todos de volta aos seus postos. Inclusive os assassinos. Tão logo saiu a notícia sobre o documentário, lançaram uma série de medidas para melhorar os transplantes. Entre elas, a aprovação de uma equipe nos casos de doação entre vivos, antes de ser levado à justiça. Segundo o MS, para evitar o comércio de órgãos.

ehehehehehehe!!!

Ué, tem comércio de órgãos?
Sempre me disseram que não existia!

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

H.O.T. VENCE O FESTIVAL DE ROMA!

FILME SOBRE TRÁFICO DE ÓRGÃOS QUE CITA O BRASIL VENCE FESTIVAL DE ROMA



ROMA, 23 OUT (ANSA) - O filme "H.O.T. - Human Organ Traffic" (2009), que fala do tráfico internacional de órgãos e cita o Brasil, recebeu o Prêmio Enel Cuore de Melhor Filme Social na quarta edição do Festival Internacional de Cinema de Roma.

Dirigido por Roberto Orazi e produzido pela Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos, o documentário de 60 minutos recebeu também um prêmio de 30 mil euros.

Produzido na Itália, "H.O.T. - Human Organ Traffic" fala também de países como Índia, Nepal, África do Sul e Turquia.

No Brasil, o filme retratou favelas da cidade de Recife e mostrou crianças despojadas de seus órgãos em hospitais. Em um dos casos retratados, um rim é retirado no país e transportado até a África do Sul para o transplante.

O principal aspecto do filme é a pobreza que leva as pessoas a venderem partes de seus corpos voluntariamente, ao contrário do que muitas produções anteriores documentam quando falam de tráfico de órgãos.

Por meio de câmeras escondidas e falsos compradores, "H.O.T. - Human Organ Traffic" denuncia a atividade dos traficantes e a cumplicidade de cirurgiões, governos, máfias internacionais, agências de turismo e bancos especializados em lavagem de dinheiro.

Também foram laureados no festival "L'Uomo que verrá", de Giorgio Diritti, vencedor do Prêmio Melhor Juventude; "Brotherskab", de Nicolò Donado, ganhador do Prêmio Borboleta de Ouro; "No one's child", de Stefan Arsenijevic, que levou o Prêmio de Melhor Projeto Europeu; entre outros filmes.

O quarto Festival Internacional de Cinema de Roma começou no dia 15 e termina hoje.

Ainda falta ser entregues as premiações Marco Aurélio de Ouro. (ANSA)

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Trailer del film "H.O.T. - Human Organ Traffic"

O trailer do filme H.O.T. ja esta no YouTube.



Meu depoimento foi registrado em agosto de 2008, pouco antes de formalizar o pedido de asilo politico. Alguns dias depois fui enviado para Milao onde permaneci em um centro da acolhença para refugiados aguardando a decisao da comissao de Milao que analisa os pedidos.

Em 10 de setembro de 2008 fui ouvido pela comissao que concedeu por hunanimidade asilo humanitario reconhecendo a perseguiçao do governo brasileiro e das instituiçoes envolvidas, tais como Ministerio Publico Federal e Policia Federal. O asilo politico nao foi concedido devido as regras da convençao de genebra. Eu nao pertenço a nenhum partido politico e o Brasil nao esta em "guerra".

Em 17 de setembro recebi oficialmente a decisao. Pouco mais de um ano apos a decisao, em 12 de outubro de 2009 me tornei cidadao italiano. Em 18 de outubro de 2009, foi a primeira exibiçao do documentario no Festival Internacional de Roma, momento em que pude falar para imprensa europeia sobre a situaçao que se encontra a justiça no Brasil e casos que sempre acabam em impunidade como o do Rio de Janeiro, inexplicavelmente.

Na imprensa brasileira nao ha uma so linha sobre o caso Paulinho, embora citem o documentario. A historia de Paulinho deve permanecer no limbo, pois os criminosos continuam impunes, e as investigaçoes e processos foram todos abafados ou manipulados para que pudessem continuar fazendo o que fizeram.

Outros 8 casos tambem foram denunciados e os processos tiveram o mesmo fim: impunidade total atraves da manipulaçao politica. Os processos foram distribuidos de forma de que nenhum medico fosse citado como participante de mais de um assassinato, para que nao configurasse formaçao de quadrilha.

Em 2008, o governo Lula concedeu autorizaçao para o principal acusado a voltar a realizar transplantes, mesmo estando ainda a responder por homicidio de um doador. Isto significa dizer que o governo Lula utiliza seu dinheiro para arcar com o salario e a defesa de um médico que mata crianças para vender orgaos.

5 anos depois de realizada a CPI do Trafico de Orgaos com base no caso Paulinho, os indiciamentos se encontram engavetados. O Ministerio Publico Federal se nega a responder as minhas acusaçoes alegando que o caso ja esta encerrado. Ao mesmo tempo, ainda continua a exigir que eu me submeta a um exame de insanidade mental.

Em 2007 apresentei uma denuncia a OEA. Ate hoje - dois anos depois - nenhuma resposta foi dada, senao de que o processo continua em analise.

Nao ha hoje no Brasil qualquer autoridade capaz e isenta que tenha coragem de analisar este caso para que haja justiça.

O Brasil se transformou em uma terra de covardes, corruptos e a populaçao que, ainda é capaz de pensar, se encontra totalmente inerte, sem qualquer poder de reaçao. Nao ha mais leis e Lula esta fazendo do pais o que quer, ultrapassando leis e aparelhando o estado.

CARAMELLA BUONA

Sem o apoio desta instituiçao que faz um belissimo trabalho no combate a pedofilia, nao seria possivel chegar onde cheguei aqui na Italia. Devo muito a todos da Caramella, em especial Roberto Mirabille, que considero um grande irmao.

domingo, 18 de outubro de 2009

É hoje o lançamento do documentário


Estou em Roma para o lançamento do documentário H.O.T. (Human Organ Traffic) como citei semana passada. É um festival importante que me permitiu denunciar mais uma vez o governo brasileiro e a conivência com o tráfico de órgãos no Brasil.

Veja detalhes aqui

Obviamente a imprensa brasileira deve tratar este documentário como fez com o filme "Turistas Go Home". Nada que retrate a verdade sobre o Brasil pode ser exibido sem que haja um batalhão de críticas. Ao mesmo tempo, não será possível ler nada no Brasil sobre este festival, já que a imprensa ignora o assunto.

Já fizemos uma entrevista coletiva e neste momento estou aguardando em um hotel a exibição do filme que será logo mais as 22:30.

Durante a entrevista, o caso de Recife onde pessoas eram levadas à Africa do Sul para retirada de seus rins para a venda dos mesmos, foi possível perceber como funciona a justiça brasileira. O principal acusado foi condenado há 240 anos de prisão, mas já está nas ruas. Ele cumpriu apenas 4 anos, inexplicavelmente, e hoje goza de total e ampla liberdade. Com os milhares de dólares que ganhou vendendo rins, pagava os vigias para passar os finais de semana em casa. Logo, podemos concluir que o crime de tráfico de órgãos compensa, principalmente em países como o Brasil.

Enquanto isso a ONU acaba de lançar um apelo para conter este crime que está transformando seres humanos em peças de reposição. Clique aqui



sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Órgãos para todos: Técnica dispensa morte encefálica.

A partir de hoje, é melhor rezar para ir para uma fila de transplante do que ter problemas cardíacos. A sua chance de ser salvo na fila, é infinitamente maior do que se tiver uma parada cardíaca.

Por muitos anos, médicos transplantistas defendiam publicamente que não se pode retirar órgãos de pessoas sem morte encefálica. Muitos diziam que isto seria um homicídio. Na verdade isto era um discurso útil, para fazer com que doadores acreditassem na ética e transparência da captação. Na prática, os órgãos são retirados sem que qualquer exame seja realizado, dependendo apenas da urgência do cliente.

O Conselho Federal de Medicina criou a resolução 1.480/97, que descreve os procedimentos para o diagnóstico da morte encefálica. Esta resolução é desconhecida por muitos que se dizem especialistas. No caso do meu filho por exemplo, durante a CPI do Tráfico de Órgãos, foi perguntado a um dos médicos que diz ter realizado o diagnóstico em Paulinho, se ele conhecia o teor da resolução. Ele disse que não conhecia completamente. Isso não me espantaria se a resolução não ocupasse apenas uma página. Se há um procedimento descrito em uma página, e o "especialista" só conhece "parte" do documento, é no mínimo preocupante.

Além disso, seria o mesmo que uma confeiteira afirmar que fez um bolo perfeito, embora conhecesse apenas metade da receita. Em outras palavras, o médico confessou que realizava um procedimento tão importante e que pode ter consequências graves como a morte, sem conhecê-lo, e o Ministério Público achou este dado sem importância.

De qualquer forma, está em curso uma "nova" técnica. O médico Francês Denis Glotz acaba de levar para o Brasil, a possibilidade de retirar órgãos de pacientes que tenham até mesmo uma parada cardíaca. Isso significa dizer que serão desnecessários os aparelhos ressussitadores. Quando alguém tiver uma parada, ninguém tentará salvá-lo. Os transplantistas estarão prontos para lhe retirar os órgãos. A morte encefálica que era tão importante, não é mais. A justificativa? Tem muita gente na fila de espera.

Segundo reportagem do Diário de Pernambuco, a "nova" técnica começará a ser utilizada no Brasil daqui a 3 anos. Na França mais de 500 assassinatos, ou melhor, transplantes, já foram realizados.


A nova técnica é simples: "Segundo o médico, quando um paciente está infartado e recebe massagens cardíacas, além de outros procedimentos, e seu coração não volta a bater, ele já pode ser preparado para ser submetido ao transplante. A técnica consiste em introduzir um catéter em um vaso na região da virilha para colocar uma solução de soro. E assim manter os órgãos (fígado e rim) preservados até que a família autorize a retirada deles.

No vídeo, o médico afirma que o procedimento é rápido. No máximo em 3 horas e os órgãos já serão retirados. Mas e a complexidade que tanto diziam existir e que fazia com que uma captação demorasse tanto tempo? E os exames de compatibilidade? E aquela balela toda?

Eu respondo: Tudo sempre foi uma grande encenação. Em 3 horas, retiram os órgãos de uma pessoa que faleceu em alguns minutos de parada cardíaca, tal como é feito hoje nos hospitais público brasileiros e que ninguém fica sabendo. Possível sempre foi. Oficial, será em breve.

Para ler a matéria na íntegra. clique aqui

Morte encefálica? Isso nunca serviu para nada. O homicídio estará em breve oficializado. Abortos, eutanásia e retirada de órgãos em pacientes vivos. O que mais precisamos?

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Lançamento do documentário Italiano

Siamo lieti di annunciare
che

H.O.T.

"Human Organ Traffic"

Diretto da Roberto Orazi

è stato selezionato al Festival Internazionale del Film di Roma - Sezione Extra
Evento Speciale.

Dia 18 de outubro, estréia em Roma depois da entrevista coletiva com a imprensa internacional.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

E a vida continua...

8 de outubro é aniversário de Paulinho. Ele estaria completando 20 anos. Estaria se não fosse um grupo de médicos assassinos que tomaram a sua vida para obtenção de lucros com a venda de seus órgãos.

Estamos de pé, vivos mais do que nunca. E para provar isso, neste 8 de outubro de 2009, as 10:00 horas da manhã aqui na itália estarei celebrando o seu aniversário com o meu casamento. É o recomeço possível graças ao asilo concedido pelo governo italiano. É o recomeço de uma nova etapa, e porque não, de uma nova vida. O horário escolhido representa a idade que ele tinha quando foi assassinado. As testemunhas serão nossos filhos.

Nesta semana, começa uma nova batalha. Estou recebendo do governo italiano a cidadania. E com isso, passo a poder contar com o poder público italiano e toda a estrutura européia para levar o caso adiante.

No dia 18 de outubro será lançado o documentário sobre tráfico de órgãos gravado aqui na Itália em 2008, e participarei de uma conferência de imprensa em Roma onde, mais uma vez, denunciarei este bando de assassinos marginais que contam com o apoio do presidente da república, cujas relações com a bandidagem e o narcotráfico estão escancarados e ninguém, simplesmente ninguém, é capaz de fazer qualquer coisa para impedi-lo.

Feliz aniversário meu filho.
Vamos à luta!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Campanha de doação de órgãos - II


A Campanha continua. Já fiz o material gráfico para distribuição. É bem simples e não da para comparar com os milhões que o Ministério da Saúde despeja nas agências de publicidades nestas ocasiões. Porém, é bastante claro e objetivo.

Há uma grande procura por doadores de órgãos cadáveres ou até mesmo vivos, já que a legislação ajuda. Por isso achei interessante fazer uma imagem que passe a mensagem sem que seja preciso pensar muito.

Ai vai:


A recompensa de 4 mil é apenas uma sugestão. Os valores podem ser negociados caso a caso de acordo com o desespero da família do receptor.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Campanha de doação de órgãos

Em setembro, como em todos os anos, a grande máfia se une para realizar o que chamam de Campanha de doação de órgãos. Aquelas palavras tocantes, com imagens tristes. Você precisa doar!

Na verdade isso acontece durante todo o ano. Onde você vai tem um cartaz, um folder, um posterzinho dizendo "Doar órgãos é um ato de amor", e coisas do tipo.

Eu também lanço a minha Campanha todos os anos. Neste ano escolhi o seguinte título:

"MANTENHA-SE VIVO. NÃO DOE SEUS ÓRGÃOS. NÃO CAIA NESTA ARMADILHA."

O garotinho no alto da página, no canto superior direito, é o Paulinho. Tinha 10 anos quando sofreu um acidente doméstico, e ao ser levado para o hospital constataram que seu estado era MODERADO. Usando altas dosagens do medicamento Dormonid, foi colocado em coma de onde nunca mais saiu. Ainda vivo, mediante anestesia geral, seus órgãos foram retirados e transplantados em uma lista privada do médico que o matou. Este grupo atuava em Poços de Caldas e tinha como seu criador um deputado federal.

O caso deu origem até a uma CPI Federal, e apesar de comprovado o assassinato inúmeras vezes, tudo foi abafado. O mesmo grupo foi responsável pela morte de pelo menos outras 8 pessoas, e o adminsitrador do hospital onde Paulinho foi assassinado foi morto a tiros após colocar escutas no centro cirúrgico.

As córneas de Paulinho foram vendidas pelo Instituto Penido Burnier em Campinas pelo preço simbólico de 500 e 600 reais respectivamente. Tal Instituto sequer possuia na época, autorização para a realização de transplantes, mas era pago pelo governo mesmo assim.

A exemplo do que se vê hoje no Brasil, os culpados sequer foram presos. Estão respondendo em liberdade e já foram contratados pelo SUS para fazerem novos transplantes. Estão também articulando para a recriação da central que foi fechado porque era clandestina. Tudo com o auxílio de autoridades e do governo federal.

O presidente da ABTO - Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos é testemunha de defesa do principal acusado.

A imprensa brasileira está proibida de falar no caso.

Hoje eu moro na Itália e estou sob proteção humanitário do Governo Italiano, devido a diversas ameaças que fizeram para que eu calasse a boca.

Por isso, se você tiver um pouco de consciência, exija que casos como de Paulinho Pavesi sejam esclarecidos e que os acusados sejam exemplarmente punidos, pois caso contrário, você estará colaborando para o crime organizado. Aceitar o assassinato de uma criança para que os pacientes que esperam um transplante não sejam prejudicados, é um argumento baixo e só beneficia os traficantes de órgãos.

Ao contrário do que dizem, tráfico de órgãos é muito mais comum do que você imagina, mas os acusados sempre se safam com o auxílio do Ministério Público.

Se você é doador, em favor da vida, espero que a vida de Paulinho também tenha a mesma importância para você. Portanto, converse com seus amigos. Passe esta informação adiante.

Em breve haverá o lançamento de um documentário para o cinema onde o caso Paulinho é citado. Eu estou fazendo a minha parte. Na próxima semana darei maiores detalhes.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Por que demorou tanto?



No dia 18/08/2009 escrevi sobre Abdelmassih, o médico estuprador, e afirmei que logo veríamos um movimento de defesa ao médico, inocentando-o e acusando as denunciantes.

Ufa!!! Demora um pouco as vezes, mas não falha.

Para que o texto tenha um certo ar de "será?", colocando um ponto de interrogação na cabeça dos menos favorecidos intelectualmente, é preciso escalar um personagem de peso e um jornal com alguma credibilidade. A bola da vez foi a Folha de S.Paulo e o autor um renomado alguém que nunca ouvi falar, GUSTAVO IOSCHPE. Ele tem mestrado em Yale. (UAUUUUU)

O título já deixa claro o que pretende: Condenação de Abdelmassih veio antes do julgamento

Se desejar ler o texto na íntegra, basta clicar aqui. Sinto muito, mas não vou reproduzi-lo. É nojento.

O texto começa, como sempre, contando uma histórinha. Fulano de tal foi acusado por outro fulano e condenado por 1000 anos e descobriram que ele era inocente. No Brasil, há o caso simbólico da escola de base de São Paulo, onde os pais foram para a cadeia devido a acusação de uma criança. Tudo foi devidamente citado pelo jovenzinho de Yale.

Eu poderia ajudá-lo e ampliar esta lista. Citaria, por exemplo, o caso de Daniele Prado, 21 anos, que foi acusada por um médico de ter colocado cocaína na mamadeira da filha. Médicos e delegados afirmaram que a filha, recém nascida havia morrido de overdose. Porém, depois descobriu-se que tudo era mentira, graças aos laudos periciais nas mamadeiras. A criança morreu de uma rara doença. Também descobriu-se que o médico que a denunciou havia na verdade a estuprado e precisava inverter as acusações. Leia aqui se desejar. A imprensa não falou mais nada e aquela senhora perdeu a filha e a audição após ter o tímpano perfurado com uma caneta por outras detentas e com o apoio das autoridades que fingiram não ver o que acontecia. Duvido que alguém consiga furar os tímpanos de Abdelmassih.

Mas o jovem de Yale está mesmo disposto a defender Abdelmassih. O próximo passo e mostrar como as pessoas se enganam, vale todo o esforço para confundir. Preste atenção:
Primeiro, sabe-se que nossa memória é bem menos confiável do que imaginamos e pode ser profundamente influenciada por eventos ocorridos quando a memória é formada e pela maneira como ela é recuperada.

Segundo: nosso respeito, beirando a submissão, por autoridades.

O terceiro problema é o desejo de agradar e de pertencer. A maioria das pessoas não gosta de ser do contra, de decepcionar os outros. É frequente que testemunhas digam o que acreditam que o interlocutor quer ouvir — ainda mais quando esse interlocutor é um representante do Judiciário.

Finalmente, damos grande valor a um testemunho ocular. Se alguém lhe disser, com convicção, que viu fulano fazendo isso ou aquilo, provavelmente você acreditará. Acreditamos na bondade e na acuidade alheias.

Junte esses quatro fatores e veja como é difícil a absolvição de um réu quando a Promotoria está convencida da sua culpa e tem testemunhas para confirmar sua história.
Ao que me parece, o autor do texto está desclassificando todo e qualquer sistema acusatório. Para ele é preciso ter gravação ou transmissão direta do crime, caso contrário as provas não tem valor. Não se pode mais confiar em nada. Resumindo os 4 pontos, somos todos idiotas.

Primeiro: Não devemos confiar na nossa memória.
Segundo: Aceitamos tudo o que as autoridades nos dizem.
Terceiro: Todos somos maria vai com as outras.
Quarto: Nunca acredite no que os outros dizem.

Hai capito?

Ele desqualificou todas as situações básicas existentes em uma acusação. Segundo ele, este é o verdadeiro sistema a ser aplicado, de um estado democrático de direito. Ninguém deve ser acusado. O ideal é confessar, e mesmo assim devem haver outros itens que desqualifiquem a confissão. A partir deste princípio, fica praticamente impossível acusar quem quer que seja. Somos todos um bando de otários a serviço de acusar por acusar. Por diversão. Por não ter nada melhor a fazer. A dignidade humana só pertence ao acusado. Os denunciantes são desmemoriados, submissos, maria vai com as outras e acreditam em qualquer coisa que lhe dizem.

Prosseguindo em sua missão, o jovem de Yale não mede esforços e relata:
Hoje a história se repete com o dr. Roger Abdelmassih. Dezenas de testemunhas atestando os abusos sexuais do médico. O mesmo furor. Capas de jornais e revistas, matérias na TV: um escroque de última categoria. O Judiciário vai mais longe e o coloca em prisão preventiva. O conselho de medicina suspende sua licença.
Que absurdo!! Prenderam o médico só por causa de 61 testemunhas. Onde nós estamos???

E tome Yale:
Acredito que os picaretas, pulhas e psicopatas são distribuídos aleatoriamente dentre todas as profissões. Não conheço as supostas vítimas, mas seria improvável que tantas mulheres acusassem um homem de um mesmo crime sem ter razão para isso.

Por outro lado, tampouco me surpreenderia se o dr. Abdelmassih fosse inocente. As 56 acusadoras não são nem 0,2% das pacientes que ele atendeu. Se fosse o predador sexual que pintam, imagino que o número de vítimas seria maior. Também é estranho que tenham demorado tantos anos para acusá-lo e tenham prosseguido o tratamento depois do abuso.

Mas por que essas mulheres viriam agora a público se fosse tudo mentira?

É possível que algumas tenham falsas memórias, que outras sejam aproveitadoras e que outras tenham sido estimuladas por promotores sôfregos. É improvável. Mas é possível.

Errou nas contas: Não são 56 vitimas. São 61 na verdade, mas isso não importa não é mesmo? Estuprar 5 a mais ou a menos não faz diferença. Bobagem.

Agora o show: É hora de aplicar as teorias enquadrando as testemunhas, que deveriam ao meu ver, processá-lo. Para justificar sua tese, ele afirma que as denunciantes representam "apenas" 0,2% das pacientes de Abdelmassih. É pouco! Deveria ter mais, pensa ele.

Talvez ele não tenha pensado na possibilidade de muitas e muitas outras vítimas terem optado pelo silêncio. Esquece o jovenzinho de Yale que além do estupro, o médico utilizou material genético de outras pessoas para fecundar suas clientes sem autorização. Isso significa dizer que os filhos gerados naquela clínica podem não ser filhos reais do casal causando a destruição da família. Neste caso, para muitas, é melhor não mexer com isso ainda que passem 100 anos.

O jovenzinho de Yale estranha que tenham demorado a denunciar. Não é verdade. A denúncia foi feita a muitos anos atrás e o médico foi protegido pelo Ministério Público, pela polícia e pelo próprio conselho de medicina - submissos à autoridade que era ABdelmassih. A denunciante apresentou na época um laudo mostrando que fora vítima de uma relação forçada, e este laudo foi ignorado. O que você faria ao saber que alguém denunciou um estuprador e as provas simplesmente foram ignorados, correndo o risco de tudo se voltar contra quem denunciou? Tem razão o jovenzinho de Yale. As vítimas são maria vai com as outras. Depois de verem que a impunidade impera, todas se calam. Ninguém gosta de ser do contra.

Em cada uma delas ficava a sensação de que era algo isolado. Não seria provável que ele tivesse feito isso com várias mulheres. Cada uma delas acreditava ser a única abusada.

Não é difícil entender, principalmente para alguém com mestrado em Yale. A menos que algum interesse lhe sirva.

Depois, o jovenzinho de Yale acusa-as de terem memórias falsas, de serem aproveitadoras e de serem manipuladas por autoridades, enquadrando as vítimas em sua tese inicial.

Para finalizar este post, devo citar este trecho:
A mídia deveria tratá-lo como réu, não como condenado. O lugar de seu julgamento é um tribunal, não a praça pública. O Estado foi criado para garantir o usufruto das liberdades individuais.
Caro jovenzinho. O estado deveria garantir em primeiro lugar, o respeito e a segurança destas pacientes, antes de se preocupar com o acusado. Da mesma forma que Abdelmassih se tornou famoso com a imprensa, foi destruído por ela. Não é justo?

E foi destruído por um motivo justo. Usou e abusou de seu prestígio para violentar mulheres que estavam desesperadas para gerar um filho. Abdelmassih, coincidentemente, usou a sua tese jovenzinho, acreditando que nenhuma delas teria coragem de ir contra a fama do estuprador, e graças a isso, passaram anos se remoendo por terem sofrido este abuso.

Ele considerou que:

Primeiro: A memória é fraca, principalmente se for administrado algo como benzodiazepinicos.
Segundo: O nosso respeito chega a submissão às autoridades. Lembro que Abdelmassih era uma autoridade em reprodução humana.
Terceiro: A maioria das pessoas não gosta de ser do contra, de decepcionar as pessoas.
Quarto: Damos grande valor a testemunha ocular. Por isso os abusos eram feitos em salas fechadas.

Me diz ai! Abdelmassih estudou em Yale?


terça-feira, 22 de setembro de 2009

Anônimo quer que eu volte.

Importante: Logo após a publicação do texto anterior, um anônimo publicou o seguinte comentário.


vergonha do brasil é um filho da puta que se esconde naItália apos tentar lucara com amorte do proprio filho. o brasil nao esquece sua conduta imoral muito menos a da jornalista em questao da rede globo, o brasil nao esquece que vc é homem de carater imoral, uma fraude que se esconde na europa. aguardamos ansiosos a sua volta.


ass. brasil

Ao pesquisar pelo IP e últimos acessos, detectei que se tratava de alguém procurando pelo médico "Cláudio Rogério Carneiro Fernandes" um dos participantes do assassinato do meu filho. Logo, respondo abaixo:


Caro anônimo, que sei quem você é. Filho da puta é o médico que mata crianças para ganhar alguns trocados. Se trocar de país e deixar tudo para trás é lucrar com a morte de alguém, preciso rever meus conhecimentos econômicos.


O governo Italiano - ao contrário do governo brasileiro - me deu suporte e apoio após analisar as provas detalhadamente do assassinato do meu filho, e por unanimidade concederam também asilo humanitário. No Brasil, a "democracia" do pode-se comprar tudo venceu. Mas a verdade aqui fora ainda é bastante respeitada.


Você usou a palavra fraude. Está se referindo aos exames que desapareceram ou aos laudos que foram fabricados um ano depois do assassinato? Talvez você esteja falando da forma como os indiciamentos da CPI simplesmente foram esquecidos em uma gaveta até hoje sem que nenhum de vocês tenham sido denunciados. Ou quem sabe do processo que vocês tiraram de BH e levaram para Poços de Caldas, onde comandam um esquema gigantesco de favorecimentos. Se você desejar, prove que estou errado e publico aqui. Por enquanto, a única fraude que exsite foram vocês que criaram.


Não estou foragido. Estou na Itália e tenho endereço fixo. Não me escondi em Manaus. Não cortei a barba. Se desejar, me processe. Seria um prazer responder na justiça italiana, as suas acusações. Quanto a voltar ao Brasil, isto está descartado. Se Carlos Henrique Marcondes (administrador da Santa Casa suicidado com dois tiros) tivesse a mesma idéia que eu e deixado o país, talvez hoje estivesse vivo. Aliás, o governo italiano tem sob controle o meu endereço e não é para ficar me ameaçando. É para me proteger.


Mas a história esta prestes a virar. Em alguns dias me tornarei um cidadão italiano, autorizado diretamente pelo governo italiano, e assim sendo, o menino que vocês mataram não será só mais um filho de um brasileiro. Será um filho de italiano. E desta forma poderei recorrer a justiça italiana para que o caso seja reaberto, inclusive em tribunais europeus. Agora com proporções internacionais.


Eu consegui uma CPI. Posso conseguir mais. Tudo é uma questão de tempo. E tempo, eu tenho de sobra!


Em tempo. Obrigado pela ameaça. Vou anexar aos documentos que apresentei aqui. Você não sabe o quanto isso me ajuda.



segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Tráfico de órgãos: tá na cara!


Uma dúzia de vagabundos. É esta a composição da cúpula da máfia. Uma dúzia de vagabundos no Ministério Público, uma dúzia de vagabundos nos hospitais, uma dúzia de vagabundos na Polícia Federal. O problema é que estas dúzias são formadas por pessoas que possuem influência e poder. De dúzia em dúzia, a máfia insiste (e precisa mesmo insistir) na tese de que tráfico de órgãos não existe. Que tudo não passa de lenda urbana. Juram de pés juntos.

Os vagabundos não só matam doadores, como também aqueles que se metem a denunciá-los. Foi assim com o administrador da Santa Casa de Poços de Caldas (suicidado com 3 tiros), e só não foi comigo porque deixei o país. E tudo isso para que a máfia continue fazendo alguns milhões de dólares ao ano, usando informações falsas e enganando a população que mais necessita deste serviço: os que estão na fila.

Os vagabundos dizem que é impossível furar a fila. Que o sistema é rigoroso e as punições também.

Entendeu?

Mas veja o que está nesta reportagem, se desejar, clicando aqui. O título não deixa dúvidas.

"Gaúchos colocam órgãos à venda pela internet"

Se existe oferta é porque existe a procura. Logo, os anuncios não foram publicados a toa. Os vagabundos dizem que anúncios não significam nada. Até hoje no Brasil, apesar de ser crime anunciar publicamente a venda dos próprios órgãos, não há ninguém cumprindo pena por isso. Os vagabundos podem dizer que isso não existe, mas está nos jornais. Anunciar é crime. Mas no Brasil não pega nada.

Para entender, vejamos um pouco da história recente dos transplantes.

A lei de doação presumida de órgãos teve como relator, coincidentemente, o chefe da quadrilha de traficantes de órgãos de Poços de Caldas, Carlos Mosconi. Em 2000, quando meu filho foi assassinado pelo grupo de Mosconi, somente era possível realizar transplantes entre vivos quando os envolvidos eram conjuges ou parentes de até 4o. grau.

Quando o caso Paulinho veio à tona, a lei de doação presumida caiu. Ficou evidente o propósito criminoso desta lei, ainda mais tendo como relator um chefe de quadrilha de traficantes de órgãos. Graças a esta lei de doação presumida, muitos brasileiros tiveram seus órgãos retirados sem qualquer autorização da família, muitas vezes sem a mínima comunicação do fato aos familiares, sem o mínimo cuidado com o potencial doador e principalmente, sem a comprovação da morte encefálica. Tudo distorcidamente coberto pela lei. Grande parte destes órgãos nunca chegaram a fila pois eram desviados antes para clínicas particulares. E por isso, quando esta lei foi derrubada, tornou-se necessário criar uma nova forma para se obter órgãos e viabilizar o tráfico dos mesmos.

Logo, a saída encontrada foi o fim da exigência de parentesco entre doador e receptor para transplantes entre vivos. A partir de lei editada por José Serra (amigo íntimo e pessoal de Mosconi), qualquer um poderia, a partir de então, doar para qualquer outro a pretexto de "amor".

Sim!!! Amor.

Eu dou meu rim para um desconhecido que nunca vi, por amor! E todo mundo acredita.

Estas mudanças só aconteceram por causa da morte do meu filho, e por este motivo, estou asilado na Itália. Atrapalhei o negócio de algumas dúzias de vagabundos. Para comprovar isso tudo, basta verificar a data em que o caso veio à tona (novembro de 2000) e as edições das leis que estou citando. As modificações ocorreram em março quando tiveram início os inquéritos.

Agora que já estamos situados no tempo e no espaço, e conhecemos alguns dos vagabundos, volto a reportagem do link acima destacando este trecho que também comprova o que estou dizendo:
No Brasil, quem precisa de transplante deve esperar em uma fila controlada pelo Ministério da Saúde. Para evitar qualquer tipo de comércio, a lei brasileira diz que a doação entre vivos só poderá ser feita entre marido e mulher, parentes de sangue até quarto grau ou por qualquer outra pessoa mediante uma autorização judicial.

Desembargador do Tribunal de Justiça (TJ) do Estado e integrante da Associação Rio-Grandense de Bioética, Alexandre Mussoi Moreira explica que qualquer comercialização de órgãos ou tecidos do corpo humano é crime previsto em lei, e as penas variam de dois a oito anos de prisão. Para despistar esse controle, os comerciantes de seus próprios órgãos dizem ter a solução: afirmam que podem se apresentar como parentes distantes ou amigos íntimos da família.

Reparem como são primários os erros dos mafiosos. Se o Brasil fosse um país sério, muitas dúzias de vagabundos estariam na cadeia.

A lei diz que "que a doação entre vivos só poderá ser feita entre marido e mulher, parentes de sangue até quarto grau ou por qualquer outra pessoa mediante uma autorização judicial".

Sejamos inteligentes. A brilhante parte inserida na lei elimina as opções anteriores. Ou seja, se "qualquer outra pessoa mediante autorização judicial" pode doar, porque então citar "entre marido e mulher, parentes de sangue até quarto grau"?

Todos podem!

Depois, mas abaixo, o que todo mundo sabe mas finge não saber. Você pode vender seus órgãos sem nenhum problema. Basta dizer que é um "parente distante ou amigos íntimos da família", e o tribunal não vai recusar, até porque, quem fiscaliza isso é o Ministério Público que me persegue há 7 anos, justamente por ter denunciado tudo isso!

Um pequeno detalhe

A máfia escreve certo por linhas tortas, ou seja, são eles mesmos que elaboram as leis de transplantes que poderiam deixá-los em maus lençóis. Veja isto:

No tráfico de drogas, o consumidor (que usa a droga) - se for pego - não será punido. O viciado é considerado um doente. Assim sendo, ele pode denunciar onde comprou, de quem comprou e até quem produziu a droga, sem responder criminalmente pelo fato.

Já no tráfico de órgãos, o consumidor (que compra um órgão) - se for pego - pode supostamente ser punido. Assim sendo, se ele denunciar onde comprou, de quem comprou e quem fez a cirurgia, poderá amargar alguns anos - ainda que salvo pelo rim comprado - na cadeia. O doente, neste caso, é considerado um viciado.

Hai capito?

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Um ano de asilo humanitário


No dia 10 de Setembro de 2008, eu estava em Milão participando do julgamento que definiria o meu destino aqui na Itália, ou fora dela. Dia 9 foi o meu aniversário. E depois de 2 horas de audiência naquela corte, por unanimidade, me concederam o asilo.

Neste ano, comemorando 1 ano de asilo e alguns anos de vida, me deparei com o julgamento de Cesare Batistti, e é inevitável a comparação. Vejamos:

Eu entrei legalmente na Itália, com os documentos originais e satisfatórios à imigração.
Cesare Batistti entrou ilegalmente no Brasil, e para isso, falsificou documentos.

Eu sai do Brasil e vim para a Itália porque denunciei um grupo mafioso de tráfico de órgãos que matou o meu filho do qual fazem parte políticos respeitáveis (tão respeitáveis quanto José Sarney) e médicos renomados (tão renomados quanto Abdelmassih). Fui perseguido pelo Ministério Público Federal durante 7 anos.

Cesare Batistti deixou a Itália depois de fugir da cadeia. Condenado à pena perpétua pelo assassinato de 4 pessoas, Cesare fugiu para vários países até encontrar apoio no Brasil. O Ministério Público Federal apóia Batistti.

Eu entrei na Itália sem conhecer ninguém, e comigo trazia apenas documentos, filmes e gravações que comprovavam a minha denúncia.
Cesare Batistti entrou no Brasil com o apoio de um sistema de "inteligência". O passaporte usado por Batistti estava marcado e houve um esquema para que ele passasse sem ter qualquer problema (fato narrado por ele).

No julgamento do meu pedido de asilo, não havia nenhuma comissão de direitos humanos, e ninguém estava preocupado com a minha situação. Não havia manifestantes e nem faixas pedindo para a Itália que me deixasse ficar. Não havia dentro do tribunal ninguém gritando a meu favor.

No julgamento de pedido de asilo de Cesare Batistti, havia um grupo munido de faixas e cartazes, pedindo para que Cesare Batistti recebesse o asilo do estado brasileiro. Ministros, deputados e militantes da esquerda estavam lá para apoiar Batistti. Dentro do tribunal, pessoas gritavam em favor de Batistti.

No julgamento do meu pedido de asilo, eu não tinha advogado. Precisava convencer a corte com as provas que eu tinha em mãos e com o meu italiano precário.

No julgamento do pedido de asilo de Cesare Batistti havia um advogado em sua defesa, e muitos outros advogados importantes trabalharam por ele sem cobrar nada. Cesare não precisou dar explicações. Alguém o fez por ele.

Luiz Eduardo Greenhalgh foi meu advogado no início do caso Paulinho. Mas ele não fez nada por mim e nem pelo meu filho e estranhamente não permitia que o caso chegasse a imprensa. Algumas vezes sua equipe chegou a perder prazos.

Luiz Eduardo Greenhalgh foi advogado de Cesare Batistti. Ele fez de tudo pelo assassino usando de todos os meios para obter e intimidar a "justiça", inclusive a imprensa.

A imprensa não falou do meu asilo político, pois sou insignificante. Não matei ninguém. Eu consegui provar mais uma vez, que meu filho foi assassinado por médicos para fins de tráfico de órgãos.

A imprensa transmitiu ao vivo, via tv, radio e internet, o julgamento de Batistti. Ele é importante. Matou 4 pessoas. Até agora ele não conseguiu provar que não participou dos crimes. Todos sabem o que ele fez, pois o processo aqui na Itália está recheado de provas e testemunhas.

Eu sou considerado pelo governo brasileiro, um débil mental, cujas acusações (já comprovadas) não devem ser consideradas. Só para lembrar, eu acuso o governo de bancar financeiramente os traficantes de órgãos, além de proporcionar-lhes emprego e a total impunidade. (e provei)

Cesare Batistti é considerado pelo governo brasileiro, um intelectual e escritor, cujas condenações na verdade, dão conta de se tratar de um vagabundo assassino que usou a política para tentar se safar, assim como fazem os vagabundos políticos brasileiros.

Pensando em tudo isso, não teria sido melhor ter matado os assassinos do meu filho?

Talvez.

Mas ainda acho que - mesmo sendo necessário estar distante do Brasil - lutar por justiça de mãos limpas é o melhor caminho. Violência é para fracos. Minhas filhas dormem tranquilas apesar da minha situação. E os filhos dos assassinos? Como dormem?

sábado, 5 de setembro de 2009

A histórinha José Alencar comove o Brasil

É assim que as vezes leio alguma coisa sobre meu filho, assassinado para fins de tráfico de órgãos. A "histórinha" de Paulo Pavesi. Uma maneira de mostrar desprezo ao que fizeram a ele, abatido aos 10 anos sem que tivesse a chance de se defender por estar absurdamente sedado.

Tenho visto em diversos blogs e notícias pela internet a dura caminhada do vice presidente brasileiro. Realmente é um grande problema que alguns milhares de brasileiros enfrentam todos os anos. Mas para a infelicidade de muitos brasileiros, eles não podem usufruir de um sistema de saúde de primeiro mundo. Faltam recursos para o SUS, cujo chefe da pasta é José Gomes Temporão.

Temporão foi indicado ao Ministério da Saúde por José Alencar, depois de um escândalo vultuoso envolvendo a saúde pública e o próprio vice presidente. Trata-se do pedido de furar a fila do transplante de medula, que na época ficou comprovada a existência de influência política. José Alencar solicitou ao coordenador do sistema nacional dos tranplantes que uma amiga fosse beneficiada, sem se importar que isto poderia tirar o lugar e a vida de outra pessoa.

Isto não comoveu ninguém, pois a dimensão desta influência política não é capaz de comover os brasileiros. Mas o câncer de um homem de 77 anos comove.

O SUS possui excelentes profissionais que só não fazem melhor o seu trabalho porque faltam recursos. Isso não comove ninguém. Bobagem!

O Brasil é o recordista de mortes quando o assunto é H1N1. Se Temporão se empenhasse como se empenhou na distribuição de gel e preservativos, talvez este número fosse bem menor. Mas quem se comove?

José Alencar, que indicou Temporão para o cargo, se diz preparado para a morte. Será que as vítimas do H1N1 também estavam?

José Alencar é o vice presidente de um governo cuja corrupção nunca antes neste país foi tão visível e prejudicial ao brasileiro. Nunca, em nenhum momento, o vice presidente se indignou com isso. Nunca em nenhum momento José Alencar se sensibilizou com a avalanche de escândalos políticos durante sua gestão como vice presidente. Nunca o vice presidente ousou dizer a verdade sobre os bastidores que conhece tão bem.

Portanto esta é a minha opinião. Não estou comovido. Não acho que o brasileiro tenha que ter pena. Alencar teve uma vida de muito conforto e entendo que é conivente com tudo o que está ai. Milhões de brasileiros nunca tiveram uma vida como a do vice presidente e também estão enfrentando muitas dificuldades com a saúde e não podem ter acesso à terapias do primeiro mundo como tem o vice presidente.

Muitos brasileiros, muito mais jovens que Alencar estão passando por algum problema de saúde, sem recursos e sem meios para tratamento, e garanto, não estão preparados para morrer, e ninguém se comove com isso.

Quer se comover de verdade? De um pulinho no hospital do câncer. Lá você vai ver o que é realmente combater um câncer. Você encontrará muitos heróis que sobrevivem o dia a dia, sem ter um helicóptero disponível ou hospital nos Estados Unidos para recebê-lo. Muitos não possuem nem qualquer tipo de renda e sobrevivem como podem, devido a doença.