Desembargadores comprados

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quarta-feira, 30 de junho de 2010

Esclarecimentos sobre projeto ficha limpa

Obviamente o brasileiro que deseja uma politica seria deve apoiar o projeto ficha limpa. Na teoria seria uma ferramenta democratica de primeiro mundo. Mas é preciso fazer algumas observaçoes:

1. Um politico que comete um crime deve ser julgado pelo STF. Nos sabemos que nos ultimos 10 anos, o STF nao condenou nenhum politico. O proprio mensalao, processo mais emblematico da nova republica,  esta paralisado. Logo, nao adianta uma lei ficha limpa quando o problema é a impunidade.

2. Casos como por exemplo o de Renan Calheiros, passam longe de inqueritos policias, apuraçoes do Ministerio Publico e apesar de todas as provas, simplesmente nao dao em nada. Paga-se um procurador,  um delegado, um juiz e a comissao de etica e pronto. Portanto, o ficha limpa de nada vai adiantar para politicos como Renan.

3. O relator do projeto afirma categoricamente que politicos possuem amigos juizes que podem quebrar galhos. Quando eu falo que o deputado Mosconi comando o Forum de Poços de Caldas, todos dizem que é teoria de conspiraçao, mas quando um deputado fala é natural. Alias, ele diz isso como se isso fosse algo aceitavel, tanto é que o projeto tenta driblar estas situaçoes. Obviamente nao conseguira.

Portanto, o projeto ficha limpa é uma ilusao. Os politicos que ja estao la, manipulam atraves de amigos e comparsas a prescriçao dos processos, que raramente chegam a uma senteça, e neste momento, os que possuem ficha suja ja estao trabalhando para poder serem reeleitos nas proximas eleiçoes atraves de açoes na justiça. Nao precisa dizer que as açoes serao julgadas pelo STF - o mesmo que nao condena ninguem ha 10 anos.

O projeto ficha limpa deveria se preocupar antes de mais nada com:

- FIM DO FORO PRIVILEGIADO
- FIM DO SIGILO NOS PROCESSOS CONTRA POLITICOS
- JULGAMENTOS DE POLITICOS NA JUSTICA COMUM, MAS DISTANTE DA BASE ELEITORAL DO ACUSADO
- TRANSMISSAO AO VIVO DAS AUDIENCIAS DE PROCESSOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA, PECULATO E CRIMES QUE ENVOLVEM O ERARIO PUBLICO, afinal, a vitima é o brasileiro que trabalha e paga impostos. Numa democracia, nada mais justo que ele participasse das audiencias sobre o que fizeram com o seu dinheiro. Ou sera que nao estamos em uma democracia?

Conclusao:

Colocaram uma rolha na garrafa que nao tem fundo. Ou seja, se existe toda uma estrutura para que um politico jamais seja condenado, de que adiantara o ficha limpa?

terça-feira, 29 de junho de 2010

Vice de Jose Serra

Uma briga danada heim para achar um vice para Jose Serra! Imagino mesmo que seja dificil. Mas vou dar a minha contribuiçao. Considerando que Jose Serra financiou o assassinato do meu filho e a impunidade dos acusados (amigos intimos de Jose Serra), nada mais justo que um vice da mesma altura:

E ofereço duas opçoes!!


So espero que os traficantes acima nao se sintam ofendidos. Afinal é por uma boa causa.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Agora é a vez do Conselho Nacional de Justiça


Ajude este bloguezinho. Se voce conhece algum conselheiro do CNJ, ou mesmo qualquer cidadao ligado a este conselho, faça este texto chegar ate la. Infelizmente o CNJ tem um site que nao permite que voce envie uma mensagem sequer ao presidente, nem ao copeiro da casa. Quem sabe se voce enviar eles nao conseguirao ler. Ok, nao vai mudar nada, mas pelo menos saberao que ainda estou vivo.

O trafico de orgaos nunca foi tao forte como esta se tornando no Brasil. Depois do Ministerio Publico investir em campanhas de doaçao de orgaos, agora chegou a vez do Conselho Nacional de Justiça. Enquanto processos contra traficantes dormem durante 10, 20 anos nas gavetas do judiciario, o mesmo esta abrindo as portas para os traficantes.

Para ler a noticia, click aqui

Em Sao Paulo ja ha alguns anos, as viaturas levam a frase "incentive a doaçao de orgaos". O Ministerio Publico chegou a imprimir cartilhas e gastar uma boa grana fazendo propaganda para a doaçao de orgaos. Agora é a vez de colocar os tribunais na jogada.
Os projetos na área social continuarão em destaque no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que completou cinco anos de existência nesta segunda-feira (14/06). Para comemorar a data, o ministro Cezar Peluso, presidente do CNJ e o desembargador Léo Lima, presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), assinaram termo de cooperação técnica para a implantação do projeto Doar é Legal, que deverá ser adotado por todos os tribunais do país, ficando o tribunal gaúcho responsável pela sua execução.
O projeto, implantado com êxito pelo TJRS, visa conscientizar as pessoas da importância da doação de órgãos. "Trata-se de uma atividade, além da prestação jurisdicional, mas que demonstra o papel social do Judiciário", explicou o presidente do tribunal gaúcho, desembargador Léo Lima.
Com o acordo, o TJRS ficará encarregado de compartilhar recursos tecnológicos, material e pessoal, além de promover troca e cessão de material para a execução do projeto.
Agora imagine voce parar uma viatura da policia em Sao Paulo, que tem uma propaganda de doaçao e denunciar um traficante de orgaos. Imagine levar uma denuncia ao Ministerio Publico Federal que imprime cartilhas de como doar orgaos. Imagine denunciar um traficante ao Conselho Nacional de Justiça que vai implantar a "Doar é legal" em todos os tribunais do pais. 

Sinceramente, é uma briga muito desleal. Quando denuncias chegam nestas instituiçoes, sao empurradas de um lado para outro, engavetadas, escondidas, ocultadas. E este regime dizem que é democracia.

Um bando de vagabundos ocultando crimes e protegendo traficantes em troca de alguns trocados. 

E assim os casos como o de Taubaté e Poços de Caldas vao se arrastando por anos sem que a justiça brasileira tenha coragem de condena-los em nome de uma propagandinha e de muita grana.

E nao ha um so canal para levar as denuncias. Ha 10 anos eu brigo para ser ouvido pelo Ministerio Publico. Foram mais de 8 representaçoes que nunca foram sequer respondidas. Um relatorio de CPI arquivado sumariamente com a explicaçao de que "Eu faço o que eu quero - Procurador Geral da Republica". Um bando de canalhas, faturando com a morte de crianças em leitos de UTIs.

Quando o silencio é criminoso

A imprensa esta de joelhos.

Nao preciso fazer muito esforço para provar o que eu digo. Ontem publiquei a noticia sobre o julgamento do caso de Taubaté, que apura ha 23 anos o assassinato de pacientes em leitos de UTI para fins de trafico de orgaos. O caso vem sendo levado em banho maria por envolver figuroes da medicina que vendiam os orgaos em suas clinicas particulares. Na epoca, até crianças foram assassinadas. 

Mas qual o esforço que nao preciso fazer para provar o que eu digo?

Ha anos venho denunciando o silencio da imprensa que se ajoelha aos interesses da mafia do trafico de orgaos. Ha anos que revistas como Veja, Epoca e Galileu se empenham em esconder o que se passa nos bastidores dos transplantes ao mesmo tempo em que faz materias extensas dizendo que tudo é lenda urbana. Colocam o presidente da ABTO para falar (que por sinal amigo pessoal é testemunha de defesa de um dos assassinos do meu filho), mas familiares de vitimas, nem pensar!

Ha alguns meses a Revista Galileu publicou algo sobre o assunto e disse que nao teve espaço para falar do assassinato do meu filho, enquanto gastou dezenas de linhas para afirmar que trafico de orgaos é lenda urbana. Desafiei a revista a provar que eu estava errado e que o caso Paulinho era um grande engano e ela simplesmente ignorou. Na atual politica brasileira, aquilo que nao se pode enfrentar, se ignora. Quem se importa?

O silencio da imprensa tem uma explicaçao. O jornalista que trabalhou no caso de Taubate, era funcionario de um grande e "importante" jornal de Sao Paulo. Teve a vida destruida apos investigar os fatos e publica-los. Motivo: Um dos donos do jornal tinha como medico um grande traficante de orgaos. Ele foi demitido e nunca mais encontrou trabalho.

Portanto é esta a prova que nao preciso me esforçar: Voce nao vera esta noticia nos grandes noticiarios e nem nos jornais. Voce nao vera, a exemplo do julgamento dos Nardonis, fotos da sala do juri. Voce nao vera debates e ninguem pregando a condenaçao dos acusados, embora eles tenham assassinado friamente os pacientes. 

A imprensa publica diariamente centenas de notinhas sobre transplantes. Todos exaltando a importancia de doar. Algumas inclusive dizendo que é lenda urbana tirar orgaos de pessoas vivas, como justamente aconteceu em Taubaté e em Poços de Caldas, em larga escala, e que acontece ainda hoje, diariamente.

Este assunto deve permanecer escondido pois o faturamento dos tranplantes nao pode parar. Ou voce acha que a fila esta crescendo a toa? 

Se a tecnologia avança, se novos medicamentos sao criados, se novos equipamentos sao inventados, se o atendimento a saude é mais disponivel, por que a fila cresce? Por que nao se consegue combater isso?

Antes de pensar em se tornar um paciente da fila dos traficantes, faça exames preventivos contra a diabete e a hipertensao. Sao estes fatores que estao sendo negligenciados propositadamente por medicos brasileiros e que levam as pessoas as filas de transplantes. Sao estes fatores que podem ser controlados com poucos recursos e no conforto do seu lar, mas estao se tornando um grande negocio, afinal, pacientes numa fila de espera sao muito mais lucrativos. Uma simples cirurgia de transplante pode alcançar a cifra de 100mil reais e sao pagas pelo governo que nao atrasa sequer um centavo. 

A prevençao da diabete e da hipertensao, nao deve custar mais do que 500 reais ao ano e é voce que tem que pagar. E caso nao pague, nao faz a prevençao.

Nao é estranho??

Por isso a imprensa nao pode mostrar que pacientes estao sendo assassinados ha mais de 23 anos sem que a justiça tenha a coragem de coloca-los atras das grades. Tanto no caso de Taubaté e de Poços de Caldas NENHUM médico sequer foi detido. No caso de Poços de Caldas havia até mandado de prisao pronto para ser apresentado a justiça e que sumiu estranhamente.

A imprensa é a maior beneficiaria dos gastos com publicidade na area dos transplantes. Nao vai querer perder esta boquinha. 

Fique vivo! Nao doe seus orgaos!



domingo, 27 de junho de 2010

Caso de tráfico de órgãos deve ir a júri só em 2010

Fonte: O VALE

Leia os meus comentarios no final deste texto.

Ministério Público acredita que homicídios estão comprovados; advogados contestam as acusações

Luara Leimig
Taubaté

Mais de 23 anos depois das denúncias que levaram ao indiciamento de quatro médicos de Taubaté acusados de integrar um esquema de tráfico de órgãos, familiares das vítimas ainda aguardam uma resposta da Justiça sobre o caso. 

O processo, onde os réus Mariano Fiore Junior, Pedro Henrique Masjuan Torrecilas, Rui Noronha Sacramento e Aurélio de Carvalho Monteiro respondem por quatro homicídios, está no Fórum Criminal e só deve ser julgado no primeiro semestre de 2011. 

Os crimes teriam sido cometidos em 1986. Na época, o ex-diretor da Faculdade de Medicina de Taubaté, Roosevelt de Sá Kalume, afirmou que os médicos aceleravam a morte dos pacientes que ainda não apresentavam morte cerebral para retirar seus órgãos, que seriam traficados para transplantes.  Tudo aconteceria no Hospital Santa Isabel de Clinicas, onde hoje funciona o Hospital Regional.

Dor. 


Para o porteiro Ivã Gobbo,65 anos, irmão da vítima Irani Gobbo, a ausência de uma resposta da Justiça neste caso aumenta a dor.  Na época, Irani sofreu um aneurisma cerebral e foi levado para o hospital, onde teria sido vítima dos médicos.
Depois de todas as denúncias monstruosas, para as famílias restava apenas que a Justiça fosse feita, mas lá se vão mais de 20 anos sem resposta alguma.
O inquérito instaurado para apurar o caso levou 11 anos para ser concluído.

De acordo com o delegado Roberto Martins de Barros, que comandou o caso, apesar das dificuldades encontradas para a elaboração de provas, entre elas a resistência do Conselho de Medicina em auxiliar nas investigações, o crime ficou evidente. “Os laudos da perícia foram conclusivos, apontando que não existia a morte cerebral das vítimas. Assim, os órgãos foram retirados com os pacientes ainda vivos.”

CPI.

Devido à gravidade das denúncias, que ganharam destaque nacional e internacional, o suposto caso de tráfico de órgãos de Taubaté em 2003 foi alvo de investigação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito). Na época, os deputados convocaram todos os envolvidos a prestar depoimentos, entre eles duas enfermeiras que teriam presenciado a retirada ilegal dos órgãos. 

Em um depoimento, a enfermeira Rita Maria Pereira revelou ter presenciado os médicos retirando os rins de um paciente que ainda se debatia na maca. 
“...O tempo todo o paciente gemia de dor, sentiu quase toda a cirurgia e ao final estava quase consciente tentando sentar-se na maca...um residente assustado com a situação perguntou o que fazer com o paciente que não parava de se debater após a retirada do rim. Na sequência, Pedro Henrique voltou a sala e falou, ‘é tão simples’, e afundou o bisturi no coração do paciente”, (trecho extraído do relatório da CPI, sobre o depoimento da enfermeira). 
Prescrição.

De acordo com o promotor responsável pelo caso, Luiz Marcelo Negrini, apesar dos crimes terem sido cometidos há mais de 20 anos e a prescrição para casos de homicídio ser de 20 anos, não há risco neste caso, já que existem andamentos no processo que provocam o rompimento da prescrição, como a pronúncia do juiz. Ainda segundo o promotor, o Ministério Pública acompanha o caso e também não tem dúvidas de que os homicídios tenham sido cometidos.

Júri. 


De acordo com o juiz responsável pelo caso, Marco Antônio Montemor, o júri popular para finalizar este processo deve ocorrer no primeiro semestre de 2011. O juiz afirmou que não existem mais andamentos nem recursos que impeçam o agendamento do júri, mas a data ainda não foi marcada e não vai ocorrer este ano por se tratar de um processo antigo e muito extenso. “São 54 volumes de processo, cada um com 200 páginas. Tudo está sendo analisado e assim que for concluído o estudo do caso a data será agendada.”

Ainda de acordo com Montemor, o júri popular deve levar vários dias.

Julgamento. 

Na ocasião, deverão ser interrogados os quatro réus, as testemunhas de acusação (somente na denúncia do Ministério Público somam 18 pessoas) e as testemunhas de defesa (cada um dos réus pode arrolar até cinco testemunhas). Em seguida, devem ter início os debates entre defesa e promotoria; só então o Conselho de Sentença irá se reunir. 
“Não é uma acusação comum ao dia a dia da Justiça. Mesmo sendo um processo muito antigo, ainda hoje denúncias como esta são incomuns. São muitos volumes, com provas tanto de acusação quanto de defesa bastante extensas e bem sustentadas e tudo isso será analisado”, disse Montemor

Meus comentarios: Muito bem! 23 anos depois, o julgamento de um caso tao explicito como o caso do meu filho, que alias, nada mais foi do que a continuaçao do que faziam em Taubaté na década de 80, sera realizado. O que importa saber é se a ABTO cujo presidente na época recebia os rins dos assassinados para vender, sera levado tambem ao tribunal.

Algumas informaçoes interessantes que poucos sabem. O neurologista Antonio Aurelio de Carvalho Monteiro, um dos acusados, foi preso em 2001 enquanto ocupava o posto de Diretor do IML de Franco da Rocha por trafico de cadaveres e de orgaos humanos. Leia aqui na FolhaOnLine. Na época, mesmo respondendo ao processo referido na matéria acima, o governador de Sao Paulo Geraldo Alckmin nao exitou em nomea-lo como Diretor do IML. Geraldo Alckmin também é medico. Mais uma vez, podemos ver as maos do PSDB envolvida com trafico de orgaos. Coincidencia?

Segundo o Ministerio Publico, o crime esta comprovado. Segundo especialistas nomeados pelo CFM tambem. Mas o proprio CFM é contra o processo e defende os acusados. Sera que o Brasil tera coragem de condenar os acusados, mesmo sabendo que eles podem revelar quem esta por tras destes crimes?

Alguem vai pedir explicaçoes para a ABTO, ou continuarao a trata-los como os "bons salvadores de vidas"?

O caso Paulinho pode ter um desfecho bem diferente. Começa pela forma como abordaram os crimes. O Ministerio Publico Federal separou as vitimas em diversos processos, diferente do caso de Taubate que foram reunidos em um so. Alem disso, o Ministerio Publico pulverizou os acusados, ou seja, do mesmo grupo, cada um responde apenas por um homicidio e nao por todos os cometidos. O grupo deveria responder por todos os homicidios cometidos. Outro fator importante é que os familiares das vitimas do caso de Poços de Caldas sequer sabem que seus entes queridos constam como vitimas de homicidio nos processos que estao sendo manipulados por Mosconi e que foram até enviados para Pouso Alegre para facilitar o controle.

Mas posso dizer depois de todos estes anos que a minha luta nao tem sido em vao. Nao fosse ter conseguido a instalaçao da CPI referida na reportagem, o caso de Taubaté acabaria como muitos outros, sem um julgamento, sem uma resposta e sem culpados e com muita gente enriquecida com venda dos orgaos. O caso voltou a tona com a CPI, com a fundamental ajuda dos deputados federais Neucimar Fraga,  hoje, prefeito de Vila Velha e Pastor Pedro Ribeiro. 

Os depoimentos colhidos durante a CPI encorajaram enfermeiras a sairem do escuro e falaram abertamente o que presenciaram. O Deputado Geraldo Tadeu (PPS-MG) que era prefeito de Poços de Caldas na época em que assassinaram meu filho, tentou desqualificar a CPI e também os depoimentos das enfermeiras como consta nas notas taquigraficas, mas ao que tudo indica, nao obteve sucesso. O processo segue. Geraldo Tadeu é parceiro politico de Mosconi e atuam juntos fervorosamente na regiao do sul de Minas.

A historia de Taubaté teve um personagem muito importante: Dr. Roosevelt  de Sa Kalume, que denunciou as praticas assassinas. Kalume escreveu um livro em 1993 narrando detalhes do ocorrido. Mas o livro foi recolhido e a editora fechada. Atualmente o livro pode ser encontrado em algumas lojas virtuais como esta (clique aqui para ver a loja).

Vale a pena ler e conhecer o envolvimento de autoridades numa historia veridica e macabra, tal qual a historia do meu filho.


José Serra é a "nova" esperança!

Com Jose Serra o Brasil pode mais. Pode mais o que?

O problema é cultural. No Brasil, a chamada "elite" nao consegue separar o joio do trigo.  Para uma rapida identificaçao do problema basta ver este exemplo: Um catolico dizer que nao doaria sequer um centavo para a igreja universal do reino de deus, mas que doaria sim para a igreja renascer. Votar em Serra é isso ai.

Dizem que nao votam em Dilma porque ela é de esquerda, autoritaria, produtora de dossies e desequilibrada. Como se Serra nao fosse nada disso. Dizem que Dilma falsificou curriculum, e Serra nao?
Serra comandou uma verdadeira operaçao abafo do escandalo em Poços de Caldas onde colegas de partidos praticavam trafico de orgaos assassinando pacientes em leitos de UTI, como fizeram com o meu filho e outras 8 pessoas (que foram investigadas - o numero pode ser bem maior). Por que? Jose Serra financiava o esquema atraves do Ministerio. Serra bancava um central clandestina, que sequer possuia um CNPJ mas recebia dinheiro do SUS. E Jose Serra sabia.
Nesta semana, a discussao em torno do vice de Jose Serra mostrou mais um componente interessante. O PSDB entrou em contato com Roberto Jefferson para conversar sobre o nome de Alvaro Dias. Roberto Jeferson? Nao é aquele do mensalao, que perdeu os direitos politicos por estar envolvido com propinagens? E da opiniao dele que Serra precisa para definir o vice?

Ahh simmm.... numa disputa eleitoral estes acordos sao necessarios!! So que estes acordos sao contratos de sangue que terao um preço no futuro se eleito for o candidato. Em outras palavras, Jose Serra, a alternativa "boa" para o Brasil esta se amarrando com Robertos Jeffersons para garantir algumas vantagens, antes mesmo de ser presidente. Acho que ja conhecemos esta historia, ou nao?

A sua escolha eleitor, é como esta foto abaixo. Em um momento os caminhos se cruzam e voce sabe disso. Depois, parece haver um clara separaçao levado cada caminho para um lugar diferente. Porem, a foto que esta vendo nao permite dizer qual é o destino de cada escolha, e so mais tarde, quando voce escolher vera que o destino de qualquer caminho é sempre o mesmo.


A verdadeira alternativa seria um partido de direita com um candidato tipo Coronel Ustra. Escolher entre Jose Serra e Dilma é a mesma coisa que nao escolher. Sao da mesma laia.

Jornal O GLOBO - 19/06/2010 - No começo de seu discurso, José Serra não poupou elogios ao presidente nacional do PTB , o ex-deputado Roberto Jefferson, o mesmo que denunciou o mensalão, e que articulou internamente o afastamento do partido da base de apoio ao governo e o apoio ao PSDB. Falando sobre "as virtudes" que Jefferson tem, o tucano citou "coragem, lealdade e coerência".

Prezo muito a coerência das pessoas, mesmo quando posso estar divergindo em determinado momento. Mas eu prezo muito sempre as demonstrações de coragem e de lealdade que o Jefferson soube ter com relação às pessoas que lhe eram próximas quando estava na Câmara, nos momentos mais difíceis. Por isso, eu sempre o admirei. A gente sempre admira a coerência, a lealdade e a coragem, que são virtudes que o Roberto Jefferson tem e todo mundo reconhece isso

Seria interessante que Jose Serra tivesse a coragem de responder as questoes que envolvem a morte do meu filho, de outras 8 pessoas e do administrador do hospital onde ocorria o trafico de orgaos em Poços de Caldas, pagos pelo Ministerio da Saude de Jose Serra, com a conivencia explicita do mesmo.

Mas o covarde Jose Serra, se esconde atras de uma mascara de mocinho. Serra nao teve sequer coragem de me atender nestes 10 anos que se passaram da morte do meu filho, enquanto protegia os traficantes de orgaos do PSDB daquela cidade. Jose Serra nao vale a merda que caga.

O mais interessante é que tenho procurado um canal para enviar estes textos a Jose Serra e nao encontro sequer um email. Ainda candidato, ja esta protegido por uma redoma que nao permite alcança-lo. Imagino como sera se ganhar a eleiçao.


sábado, 26 de junho de 2010

Jose Serra: O economista


Depois de 8 anos de Lula - o ignorante, dizem que o economista Jose Serra (aquele que financiou o assassinato do meu filho praticado por seus amigos do PSDB para fins de trafico de orgaos), seria a soluçao. Vejamos:






Como eu pensava. Um canalha, enganador, esquerdista de merda.

sábado, 19 de junho de 2010

O que fazer com quem trafica orgaos de crianças?

Alguns paises ja descobriram o caminho:

José Serra: Como alguem pode ser tao sujo?

Folha de Sao Paulo fala sobre a propaganda eleitoral de José Serra. Zé, para os intimos.



"ZÉ" E AVÔ 
Descrito como avô coruja, Serra apareceu com os olhos marejados ao falar da neta.  Além das cenas em família, o programa ressaltou a origem humilde de Serra, um "homem simples", "filho de família pobre" que "estudou em escola pública".  Numa repetição da campanha de 2006, quando Alckmin virou "Geraldo" também pelas mãos do jornalista Luiz González, Serra é chamado de "Zé" e aparece bem-humorado: "Não consegui descobrir o genérico para a careca", diz a eleitores.  Segundo tucanos, a incorporação do José ao nome de Serra irá acontecer durante a campanha.
Entenderam?

Um homem simples, filho de familia pobre e que estudou em escola publica. Uma especie de Lula que sobreviveu a miseria. De origem humilde, pobrezinho, que na juventude participou da criaçao da Açao Popular que entre outras coisas, foi responsavel pela explosão de várias bombas e principalmente o atentado ao Aeroporto Guararapes, em Recife, no dia 25 de julho de 1966,quando morreu o jornalista Edson Régis de Carvalho e o almirante Nelson Gomes Fernandes. Na ocasião ficaram feridos seriamente o guarda-civil Sebastião Tomaz de Aquino, que perdeu uma perna e o general (na época coronel) Sylvio Ferreira da Silva, além de outras treze pessoas.

O Zé pobrezinho e humilde, é tao terrorista quanto aqueles que estao no poder. Como o brasileiro é um bando de otarios aglomerados, ele esta dizendo que vai fazer a mesma coisa, so que diferente! Aumentar o bolsa familia é uma delas.

Mas o que o Zé nao fala enquanto chora pela sua familia humilde e pobrezinha, é quantas familias ele ja ajudou a destruir financiando traficantes de orgaos cujo o chefe é do seu partido e um grande amigo pessoal.

Zé.... Essa é boa.... Ja ja vai dizer que passou fome... Esta seguindo a mesma trilha petista.



quinta-feira, 17 de junho de 2010

Ministerio Publico atolado na lama. Ou melhor, na merda.

Ha 8 anos atras comecei a denunciar a existencia de corrupçao dentro do Ministerio Publico Federal. Alertei na epoca que a corrupçao impune se alastra. Eu errei feio. O Ministerio Publico sempre foi um balcao de negocios onde se pode comprar um procurador facil, facil. Se no quintal tem dinheiro enterrado, imaginem nos paraisos fiscais.

Paisinho de merda onde tudo esta vendido. Onde o povo aceita tudo isso sem tomar qualquer atitude para acabar com esta bandalheira.



PF encontra R$ 280 mil enterrados no quintal de promotora envolvida no mensalão do DEM


A Polícia Federal encontrou cerca de R$ 280 mil enterrados no quintal da promotora Deborah Guerner, acusada de ter recebido propina do mensalão do DEM. O dinheiro foi encontrado durante operação da PF que cumpriu 10 mandados de busca e apreensão na segunda-feira.

Junto com o dinheiro no quintal da promotora, foram encontrados discos rígidos e CD's. A Polícia Federal ainda não tem prazo para terminar a perícia. Também foi apreendido R$ 1 milhão na casa de um empresário.

A operação da PF foi feita a pedido do TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região para levantar documentos sobre os contratos de limpeza urbana do Governo do Distrito Federal, mais uma frente de apuração do escândalo do mensalão do DEM.

Os alvos da PF foram Deborah Guerner e empresas com contratos do lixo com o governo, e que envolveriam o chefe do Ministério Público do DF, Leonardo Bandarra. Eles negam participação no esquema.

Segundo o delator do mensalão, Durval Barbosa, Bandarra recebeu mais de R$ 1,6 milhão de propina, além de mesada, para interferir no Ministério Público e impedir investigações sobre os contratos do lixo.

De acordo com Barbosa, a promotora seria a intermediária da negociação. Um das conversas, segundo depoimento de Barbosa, foi feita na sauna da casa da promotora.

Bandarra e Deborah Guerner também são investigados pelo Conselho Nacional do Ministério Público, órgão responsável pela fiscalização do Ministério Público. Os conselheiros viram indícios "graves" de participação dos dois no mensalão do DEM.

sábado, 12 de junho de 2010

O quadrilheiro José Serra


O problema da internet é distribuir informaçoes de mais, muitas vezes espalhadas, e sem controlar o resultado. Ou seja, uma noticia é noticia enquanto vender. Depois ela se perde entre milhares de outras que terao sempre o mesmo fim. No Brasil isso é ainda mais comum ja que um escandalo cobre o outro que é coberto por outro e assim sucessivamente. Nunca se sabe o desfecho. Ou melhor, sabemos sim.

A corrupçao se beneficia desta imprensa de memoria curta e que se preocupa mais com o faturamento do que com a informaçao que deveria prestar. O que vem abaixo é um exemplo disso e explica muito bem porque tive que pedir asilo na Italia. Trata-se do quadrilheio, araponga e mafioso José Serra. Sim, ele mesmo. Aquele que se traveste de homem limpo e honesto, mas que na verdade é um grande covarde mafioso.

Este texto é muito extenso porque a verdade nao tem limites. Poderia forrar de detalhes, mas mostrarei o necessario para quem tiver paciencia de ler.

Devo esclarecer que nao apoio nenhum candidato, afinal sao todos da mesma laia. Todos provenientes de uma esquerda oportunista e corrupta, onde os fins justificam os meios. Portanto este nao é um texto politico e sim um texto onde um pai relata como José Serra financiou um grupo de traficantes de orgaos que assassinou meu filho e outras 8 pessoas sem que nenhum onus pesasse contra qualquer um. Trata-se de um texto escrito por alguem que deseja ver a tal democracia funcionando de verdade. A mesma que diz que a lei deveria ser igual para todos.

Vamos começar de uma reportagem publicada na Revista Veja, na ediçao de 7 de abril de 2004. Ou sera que devemos confiar na Veja so quando a denuncia é contra o PT? Se voce prefere ver denuncias so contra o PT, nao se preocupe, pois o texto se refere a WALDOMIRO DINIZ. Apos ler o texto, responda as questoes se for capaz que estao no rodape desta pagina.

Vamos a veja:

O subprocurador-geral da República, José Roberto Figueiredo Santoro, 50 anos, é um homem de múltiplos interesses. É apaixonado por cinema, música clássica e é fluente em quatro idiomas. O subprocurador é sobrinho do físico Alberto Santoro, um dos descobridores da menor partícula da matéria, o top quark, e do músico Cláudio Santoro, autor de catorze sinfonias e um dos grandes maestros brasileiros. Na semana passada, ele apareceu em uma fita cassete, divulgada pelo Jornal Nacional, tentando convencer o bicheiro Carlos Cachoeira a lhe entregar um vídeo no qual um ex-assessor do ministro José Dirceu, Waldomiro Diniz, é flagrado pedindo propina. Na gravação, feita às 3 horas da madrugada no gabinete de Santoro, ouve-se o subprocurador explicar ao bicheiro que se eles forem vistos juntos tão tarde da noite seu chefe na procuradoria, Cláudio Fonteles, indicado pelo PT para o cargo, poderia desconfiar de seu excesso de zelo. "Daqui a pouco o procurador-geral vai dizer assim: 'Porra, você tá perseguindo o governo que me nomeou procurador-geral, Santoro, que sacanagem é essa? Você tá querendo ferrar o assessor do Zé Dirceu, que que você tem a ver com isso?' " (veja os principais trechos da gravação).

Na contagem aritmética simples das abóboras políticas do microcosmo de Brasília, a divulgação da fita em que o subprocurador é grampeado foi um alívio para José Dirceu. Na visão do governo, o conteúdo da gravação deixa claro que houve manipulação política da outra fita, a de vídeo, em que Waldomiro pede ao bicheiro Carlos Cachoeira contribuição para campanhas políticas, além de uma propina. O episódio retratado na fita de vídeo ocorreu há dois anos, portanto, antes de Waldomiro se instalar no Palácio do Planalto. Fora do Palácio do Planalto a visão é outra. O surgimento da nova fita não melhora em nada a situação de quem quer que seja. Ela só ajuda a piorar a situação de um número ainda maior de pessoas. Os últimos acontecimentos em Brasília são terríveis para a imagem do Ministério Público, que até então estava fora do escândalo.  

A guerra das fitas sugere que não existe propriamente um Ministério Público, mas ministérios privados, cujos membros teriam lealdade a interesses partidários, e não compromisso exclusivo com o interesse público. Nessa linha de raciocínio, por seu zelo em meter-se na apuração de um escândalo que acabaria estourando no colo de José Dirceu, ex-homem forte do Planalto, Santoro estaria querendo apenas "ferrar" o governo, e não apurar um crime. Santoro pertenceria então ao ministério privado dos tucanos, os oposicionistas do PSDB. Outros procuradores, como o famoso Luiz Francisco de Souza, que se notabilizaram pelo excesso de zelo em apurar desvios do governo passado, o dos tucanos, e até agora não mostraram nenhum empenho em levantar escândalos de petistas, formariam no outro time. Esses últimos seriam, então, procuradores do ministério privado do PT. Péssimo negócio para os brasileiros.

O governo pode ter razões políticas para comemorar a divulgação do grampo em Santoro, mas os brasileiros só têm a lamentar o que parece ser o uso político de uma instituição que deveria, por sua própria natureza, ser integrada por "intocáveis". Trata-se de uma gangrena institucional, que acaba solapando os princípios republicanos e transformando cidadãos em súditos. Do Ministério da Justiça, saiu a idéia de criar o instituto do controle externo para o Ministério Público, e não só para o Poder Judiciário, e voltou-se a discutir a chamada Lei de Mordaça, que impede procuradores de fornecer quaisquer informações a respeito de investigações em andamento. São idéias que precisam ser amadurecidas e debatidas num clima de serenidade, para evitar açodamentos. Na semana passada, na euforia da comemoração, o ministro da Justiça cometeu a leviandade de dizer que Santoro promovera uma "conspiração" contra o governo. Ora, que conspiração? Se o ministro José Dirceu e todo o governo do PT garantem que não têm nenhuma relação com os apliques de Waldomiro, por que raios a apuração dos crimes cometidos pelo ex-assessor colocaria o governo em risco?

Com mais de vinte anos de trabalho, e há três como subprocurador-geral, penúltimo degrau da carreira, Santoro é um dos membros mais dinâmicos e talentosos do Ministério Público – e um dos mais enigmáticos. Quase nunca aparece em público, não dá entrevistas, só recebe jornalistas para conversas reservadas e não gosta de fotos. Sua discrição é útil para seu hábito de perambular pelos bastidores de investigações com as quais não tem nenhuma ligação funcional. Sendo um dos 62 subprocuradores da República, Santoro só pode atuar em processos que tramitam no Superior Tribunal de Justiça. Além disso, mas apenas se for designado pelo chefe, pode trabalhar em casos em andamento no Supremo Tribunal Federal e Tribunal Superior Eleitoral. Na interpretação estrita de suas atribuições, Santoro não poderia participar da apuração do caso Waldomiro. Não poderia tomar a iniciativa de colher depoimento, tarefa que deveria ser executada por procurador comum, de primeira instância. Relevando o fato básico de que Santoro estava apurando um crime, o procurador-geral Cláudio Fonteles preferiu ater-se às tecnicalidades que descrevem as funções dos subprocuradores. Fonteles classificou a ação de Santoro de "flagrantemente ilegal".

Santoro esteve a cargo ou acompanhou com interesse muitos dos casos rumorosos dos últimos tempos, mas nunca apareceu sob holofotes. Em alguns desses casos, houve ganhos políticos diretos ou indiretos para o ex-ministro José Serra. O episódio de maior repercussão ocorreu em março de 2002, quando a polícia invadiu o escritório da empresa Lunus, de Roseana Sarney, em São Luís, flagrando a dinheirama de 1,3 milhão de reais num cofre. A foto do dinheiro exposto sobre uma mesa chocou o país. A ocupação da Lunus foi concebida e planejada em Palmas, capital do Tocantins, onde trabalhava o procurador do caso, Mário Lúcio de Avelar. Na época, Santoro visitou Palmas com freqüência. Dos 28 dias do mês de fevereiro, passou doze na cidade, sempre com a justificativa de acompanhar desvio de dinheiro do sistema de saúde. Há uma sincronia suíça entre suas viagens a Palmas e o andamento do caso Lunus. Santoro estava em Palmas no dia 22 de fevereiro, quando foi apresentado à Justiça o pedido de busca e apreensão na Lunus. Santoro estava em Palmas no dia 1º de março, quando a polícia ocupou a Lunus. "Ele foi o cérebro da operação", denunciou o senador José Sarney. O caso Lunus cortou as chances de Roseana Sarney se candidatar à Presidência da República, em um momento em que ela aparecia em primeiro lugar nas pesquisas.

Na semana passada, com a figura de Santoro na crista da onda levantada pela divulgação das fitas, Sarney voltou a se interessar pelo assunto. Soube que Santoro esteve em São Luís nos dias anteriores à invasão da Lunus, em viagem até agora desconhecida. De um amigo, Sarney recebeu um boleto do hotel Abbeville, em São Luís, no qual se lê que Santoro esteve na capital do Maranhão entre os dias 17 e 18 de fevereiro de 2002, participando de uma "convenção", segundo informou no boleto do hotel. Na lista oficial das viagens de Santoro, não há essa ida a São Luís. No dia seguinte, 19 de fevereiro, Santoro estava de volta a Palmas. "Eu já havia alertado sobre isso há tempos", diz Sarney. "O comportamento do Santoro é uma traição a uma instituição séria como o Ministério Público."

Em 2001, quando ainda disputava a indicação presidencial pelo PSDB com Serra, o hoje senador Tasso Jereissati passou por maus bocados. Em dezembro daquele ano, descobriu que estavam investigando sua vida e percebeu o súbito aparecimento de notinhas maldosas nos jornais. Era uma armação dos próprios tucanos? Na dúvida, Jereissati foi ao Palácio da Alvorada reclamar com o presidente Fernando Henrique. No jantar, ele quase saiu aos sopapos com o então ministro da Justiça, Aloysio Nunes Ferreira, a quem acusou de agir com "safadeza e molecagem" por colocar agentes federais em seu encalço. Na semana passada, Jereissati voltou ao assunto e, tal como Sarney, descobriu uma novidade: o ex-superintendente da Polícia Federal no Ceará, Wilson Nascimento, confirmou-lhe que, em 2001, quem estava no seu calcanhar era o delegado Paulo de Tarso Teixeira, da PF. "O delegado estava buscando indícios de envolvimento do Tasso com lavagem de dinheiro", conta Nascimento. A investigação foi encerrada sem que se descobrisse nenhuma novidade, mas não parou aí.

No início de 2002, quando Jereissati já desistira de concorrer à Presidência, Santoro fez uma visita a Fortaleza, onde se encontrou com o procurador José Gerin. Queria saber se a investigação de lavagem de dinheiro sobre Jereissati, feita no ano anterior, encontrara algo contra Ciro Gomes. "Santoro passou uns três dias aqui", conta Gerin, que ainda trabalha em Fortaleza. "Ele estava atrás de alguma coisa sobre um doleiro. Surgiu uma especulação de que esse doleiro tinha alguma coisa com o Ciro Gomes." No início de 2002, Jereissati já estava fora da disputa presidencial e Ciro Gomes era mais candidato que nunca. Claro que, na época, Serra tinha interesse político em enfraquecer Ciro Gomes, assim como antes quis afastar Jereissati da disputa presidencial, mas nada disso autoriza acusá-lo de estar por trás das dissimuladas andanças de Santoro. Jereissati, no entanto, ao saber desses novos detalhes, não se conteve. "Estou estarrecido", disse. "Achava que essas coisas vinham de grupos que apoiavam esta ou aquela candidatura. Hoje, não tenho certeza. Espero que minhas suspeitas sobre a origem de toda essa perseguição não estejam corretas." Na quinta-feira passada, Serra ligou para Jereissati para lhe dizer que desconhecia essa história.

No fim de 2001, um dos mais conhecidos lobistas de Brasília, Alexandre Paes dos Santos, deixou vazar que teria provas de que dois funcionários do Ministério da Saúde, então capitaneado por Serra, estavam achacando o presidente de um laboratório farmacêutico com o objetivo de fazer caixa para a campanha presidencial do tucano. Ao saber do assunto, Serra convocou Santoro ao seu gabinete e pediu providências. Em vez de investigar os dois suspeitos, Santoro mirou no lobista, mas o fez da forma habitual – disfarçadamente. No caso, recorreu a um dos seus auxiliares mais fiéis, o procurador Marcelo Ceará Serra Azul. "Ele me passou o caso, sim", confirma Serra Azul. De posse de um mandado judicial, Serra Azul invadiu o escritório do lobista e recolheu pencas de documentos, entre eles a célebre agenda que continha informações escaldantes – até códigos dos pagamentos de propinas a parlamentares. A agenda chegou a passear pelo Ministério da Saúde, pousando de mão em mão. "Eu precisava identificar todos os nomes de funcionários citados na agenda", diz Serra Azul, ao admitir que levou a agenda ao ministério. "Como eu iria fazer isso sem a ajuda do governo?", explica. Talvez ele pudesse pedir a lista de todos os funcionários do ministério para cruzar com os dados da agenda, não? "Demoraria séculos", responde.  

José Serra diz que conheceu Santoro por indicação de Geraldo Brindeiro, procurador-geral no governo de FHC. "Nunca foi meu amigo. Temos relações cordiais. Só isso", diz Serra. O ex-ministro afirma que jamais viu a agenda, nem soube que ela esteve circulando pelo ministério. "Se soubesse mandaria imediatamente devolver sem olhar", diz. O fato é que, com a exótica investigação, na qual se invadiu o escritório do denunciante e levaram-se as supostas provas ao denunciado, nunca mais se falou sobre a tal extorsão dos funcionários da Saúde. É lamentável que a saúde política do país fique flutuando ao sabor de fitas nas quais um subprocurador enxerga o potencial de "ferrar" o ministro-chefe da Casa Civil e pelas quais o próprio governo se sente ameaçado a ponto de ver em seu tráfego uma "conspiração".

Volto aqui.  Onde e com quem eu me meti.

O texto esquecido nao deixa duvida que José Roberto Figueredo Santoro era comandado por José Serra que o usava para espionar adversarios politicos ao arrepio da lei. Santoro, como o texto explica, nao tinha competencia para atuar nestes casos, mas a pedido de José Serra, atuou. E na clandestinidade.

O texto demonstra também que José Serra sabia da existencia do lobista Alexandre Paes dos Santos (o famoso APS) que em atos compartilhados com funcionarios do Ministro Serra, achacavam empresarios da industria farmaceutica para angariar fundos para a campanha do mafioso José Serra. Quando José Serra chama Santoro e determina que se desvende o mistério, percebe-se que Santoro volta suas atençoes para o lobista, ignorando os aliados de Serra. E vou demonstrar como tal pratica era habitual de José Serra. 

Qual a relaçao disto tudo com o caso do assassinato do meu filho?

Em 2001, mesmo periodo em que Jose Serra usava capachos para tirar dinheiro de empresarios, denunciei a existencia de uma mafia de trafico de orgaos, que inexplicavelmente retirava orgaos de pacientes sem comprovaçao de morte encefalica, sem possuir autorizaçao para tal e os enviavam para clinicas particulares, recebendo dinheiro em troca. Alem disso, esta quadrilha sequer possuia um CNPJ, mas mesmo assim, o Ministro Jose Serra e sua trupe garantiam o pagamento religioso aos assassinos e traficantes de orgaos. A mafia, criada e gerenciada por Carlos Mosconi (PSDB-MG) foi alem. Eliminaram a tiros o administrador da Santa Casa de Misericordia (onde Paulinho foi assassinado), sem que o Ministerio Publico Federal (de Santoro) e a policia federal, tivessem qualquer interesse em desvendar o caso que ainda hoje resta como "morte a ser esclarecida".

Pois bem. Apos a minha denuncia, advinha quem José Serra convocou para o caso? Bingo! José Roberto Santoro. O Sub-procurador geral da republica que passou a comandar as investigaçoes, ou o abafamento das mesmas.  Santoro me chamou em Brasilia na sexta-feira de carnaval de 2001 para dizer que o caso era mesmo de homicidio e que eu deveria deixar a cidade pois haveria prisoes de alguns medicos poderosos e que isso poderia causar algum problema para mim. Eu me neguei a deixar a cidade. As prisoes nunca aconteceram.

José Roberto Santoro é amigo pessoal tambem de Carlos Mosconi e passou, assim como José Serra, a informar Mosconi sobre tudo o que estava sendo descoberto. Tais informaçoes foram usadas para o beneficio da mafia. Laudos que estavam desaparecidos foram confeccionados as pressas, contendo erros infantis. Tais documentos foram levados a Brasilia e com a ajuda do procurador José Jairo Gomes e o do delegado da Policia Federal Celio Jacinto dos Santos, foram inseridos no inquérito a pretexto de serem documentos referentes a central de transplantes. Na verdade, tratava-se de prontuarios falsos. 

Para ilustrar um pouco mais a mafia que enfrentei, volto ao caso Alexandre Paes dos Santos citado na matéria. Entre os nomes dos corruptos contidos na agenda do lobista, estava o de Carlos Mosconi. 
Revista ÉPOCA OnLine Edição 180 29/10/2001 - Mosconi também fez o favor de abrir as portas do Ministério da Saúde a outro cliente da APS na área médica, a importadora de remédios Meizler. “No começo do ano, intermediei uma audiência entre representantes da Meizler e o diretor de Políticas Estratégicas do Ministério da Saúde, Platão Fischer”, confirmou o deputado. Os executivos da Meizler estavam trabalhando para reverter a eliminação da empresa numa concorrência pública para fornecimento de hemoderivados, como a albumina, usada para repor proteínas no sangue. Era um negócio de R$ 42 milhões. A licitação foi cancelada em março. Os dois médicos-deputados receberam a mesma pontuação na agenda do lobista: 50K para cada um. “Não sei o que significa esse negócio de K”, disse Mosconi.
Em 2002 o Ministerio Publico Federal denunciou os assassinos do meu filho a justiça por homicidio doloso triplamente qualificado. Mas os nomes foram trocados. Medicos que participaram efetivamente do crime como o socio de Mosconi, Celso Roberto Frasson Scafi, simplesmente desapareceram, embora estivessem indiciados pela policia federal. Foi quando eu liguei para Jose Roberto Santoro questionando o motivo. Santoro foi seco: 
- O caso esta encerrado e é isso o que voce vai ter. Nada mais. 
- Sim, mas tenho provas de que o socio de Mosconi participou do assassinato! Voce tambem as tem!
- O caso esta encerrado. Se voce insistir vamos processar voce.
Em total harmonia com Jose Serra e Mosconi (foto), as portas do Ministerio Publico foram fechadas para mim. O Ministerio da Saude passou a ignorar tambem as minhas denuncias. No processo de homicidio, minha familia foi proibida de depor. Nenhum autoridade teve coragem de levar o caso adiante. As pressoes contra mim começaram.

Em setembro de 2002, recebi uma intimaçao para comparecer a uma delegacia. A acusaçao era de calunia, injuria e difamaçao e vinha do Ministerio Publico Federal e da Policia Federal. Assinavam a denuncia 8 procuradores federais, e as "vitimas" eram os procuradores Jose Jairo Gomes e Adailton Ramos do Nascimento. Da policia federal, a vitima era Celio Jacinto dos Santos. Eles tambem eram testemunhas um do outro no mesmo processo. O processo, somando as penas, poderia me colocar atras das grades por mais de 60 anos. Mas eu venci. E ainda assim o caso foi completamente abafado. Ha provas no processo de que os chamei de vagabundos, corruptos e filhos da puta. Como fui absolvido, ja que qualquer pai diria isso aos mafiosos que mataram seu filho e protegeram os assassinos, posso repeti-los aqui com base em sentença judicial.

Jose Jairo Gomes conseguiu o cargo de Procurador Geral Eleitoral e hoje escreve livros. Dizem que é uma das maiores autoridades na area de justiça eleitoral. 

O delegado Celio Jacinto dos Santos tambem virou escritor e hoje ocupa um posto importante da policia federal em Brasilia. Ha alguns anos atras, um advogado denunciou que alguns delegados de policia federal fraudaram o concurso em que foram admitidos. Um destes delegados era Celio Jacinto dos Santos. 

Até hoje, nenhum dos envolvidos, mesmo com as dezenas de crimes praticados, entre eles, faturas falsas que o SUS pagava religiosamente por internaçoes que nunca existiram e homicidios, foram incomodados. Ao contrario. Passaram a contar com o apoio do governo que lhes concedeu emprego e salarios dignos, além de completa e total impunidade.

Mosconi envolveu-se em varios outros escandalos, todos abafados. Entre eles, uma outra ONG criada por ele e que recebia verbas do governo de Minas Gerais apos falsificar a data de nascimento da tal instituiçao. Mosconi foi acessor especial de Aécio Neves e hoje é o braço direito do governador, além de ser o tesoureiro do PSDB de Minas Gerais.

Responda se for capaz:

O que aconteceu com Santoro ao ser pego usando a sala do Procurador-Geral da Republica para fazer ligaçoes com Carlinhos Cachoeira?

O que aconteceu a Carlinhos Cachoeira?

O que aconteceu a Waldomiro Diniz?

O que aconteceu a Roseana Sarney e a dinheirama?

O que aconteceu a Mosconi, Alexandre Paes dos Santos e os funcionarios de Serra que achacavam empresarios para arrecar dinheiro para a campanha de Jose Serra?

O que aconteceu com os assassinos do meu filho?

E José Serra? O que aconteceu com ele?

Acima de tudo esta o pais. O Brasil precisa se livrar destas situaçoes. A lei precisa ser cumprida. Os verdadeiros bandidos e marginais como os citados na reportagem da Veja, deveriam estar na cadeia e nao se candidatando a Presidencia da Republica. O Ministerio Publico Federal deveria ser uma instituiçao forte e nao um antro politico de propinagem.

Se quer mudar isso, José Serra esta longe de ser a soluçao.


domingo, 6 de junho de 2010