Desembargadores comprados

Desembargadores comprados

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Doar é um ato de amor. E rende muita grana!


Todos os anos, uma avalanche de argumentos são lançados para angariar doadores de órgãos. O mais comum é usar a frase "Doar é um ato de amor". Ou ainda "Doe vida". Este último ironicamente é destinado à família do doador cadáver. Acho que eles nunca pensaram o impacto desta frase para quem está perdendo, por exemplo, um filho.

O transplante de órgãos tem provocado situações conflitantes e incompreensíveis que muitas vezes – senão todas – passam despercebidas aos olhares daqueles que, por sorte, não tiveram que enfrentar nenhum dos dois lados.

O que quero dizer?

Imaginemos a seguinte situação:

De um lado, temos um paciente que precisa de um fígado com urgência para viver e que possui uma expectativa de 24 horas de vida. Os médicos incentivam a família a ter esperança, buscar forças de onde nunca imaginaram ter e a lutar pela vida, pois ela é possível. Em torno deste paciente há uma equipe médica de plantão 24 horas e enfermeiras prestativas e atentas aos sinais vitais do paciente, torcendo para que um órgão venha salvar-lhe a vida.

Do outro lado, há um paciente em coma provavelmente vítima de um traumatismo craniano com uma equipe médica reduzida ao seu lado uma vez que, consideram os esforços inúteis para salvá-lo. Seus sinais vitais são controlados por um aparelho, que certamente apitará se o pior acontecer, e medicamentos para a sua hidratação começam a ser utilizados, visando à doação de órgãos.

Fora da UTI há uma fila de pacientes esperando que ele morra para poderem ocupar a sua vaga. Os médicos incentivam a família do comatoso a abandonar as esperanças e desistir da luta pela vida, embora na história da medicina existam muitos casos de comatosos que conseguiram se recuperar.

Uma equipe de “voluntários” se apresenta para falar à família sobre a morte e a possibilidade de salvar outras pessoas. Pede tudo a ela num momento em que não lhe resta mais nada.

Entre a necessidade de um sobreviver e outro não resistir, está uma farta quantia em dinheiro que o SUS paga por cirurgia de implante de um fígado, uma ofensa se comparado com o que paga ao médico que cuida do comatoso.

A este quadro, os médicos transplantistas chamam de “amor”.

Um amor estranho que sequer é correspondido, pois embora não exista nenhuma lei que proíba a família do receptor conhecer a família do doador e vice-versa, os médicos desaconselham este encontro. Após findar todo o processo, a atenção é desviada para o transplantado que agora precisa de cuidados médicos especiais no combate à rejeição. A família do doador é definitivamente esquecida por não ser mais útil e, ao voltar para a casa – sem qualquer apoio psicológico - encontra um enorme vazio.

Este é o momento em que começam a questionar-se se realmente fizeram tudo o que estava ao seu alcance, dentro e fora da medicina pelo seu ente querido. Porém, é tarde demais.

Lindo não acha? Para os transplantistas pelo menos.

O mais novo argumento que vem sendo distribuído em blogs e em programas de televisão é:
"A chance de ir para uma fila de transplante, é muito maior do que a chance de se tornar um doador"
Uma espécie de cultura do medo. Se você não doar, poderá ficar doente! O argumento é vazio, mas soa como uma bomba. A chance de adquirir um câncer, é muito maior do que a chance de precisar de um transplante. A possibilidade da morte, existe para qualquer um que esteja vivo, e em qualquer circunstância. Uma pessoa pode passar anos na fila e outra que não tinha qualquer problema de saúde ser atingido por caminhão.

São situações em que todos corremos riscos. Leia esta reportagem se desejar clicando aqui. Ela fala dos valores gastos pelo SUS no estado de São Paulo com os acidentes de trânsito. Este trecho é bastante interessante:
O número de mortes registradas pela Secretaria de Estado de Saúde chegou a 8.698, o que dá uma média de uma morte por hora. Mais da metade das vítimas (52%) eram pedestres com mais de 60 anos. As informações foram divulgadas ontem no seminário internacional de segurança no trânsito organizado pelo Conselho Estadual para a Diminuição de Acidentes de Trânsito e Transporte (Cedatt).
Entenderam? Uma média de uma morte por hora só no estado de São Paulo. 52% eram idosos que escaparam da fila de transplante e morreram por uma fatalidade. Muito bem, agora responda. Quantas pessoas morrem na fila de transplante por hora? A estatística em São Paulo não existe, e nem existirá. Seria ultrajante divulgar estes números e compará-los por exemplo com o número de mortes por câncer, ou com o número de mortos pela violência com o uso de arma de fogo.

Quantas propagandas você já viu o SUS realizar para que os acidentes de trânsito diminuam ou que a violência termine? Mas a responsabilidade pelas pessoas que estão na fila, eles definiram, é sua. Se você não doar, elas morrerão não por causa da doença que têm, mas porque você não doou seus órgãos. E só para constar, a doação dos seus órgãos hoje, depende basicamente da sua morte, se é que você ainda não pensou nisso.

Incentivando você a se tornar doador, não dá a sensação que querem que você morra?

Não importa o que aconteça com você. Tem que ser doador. Precisa salvar outras vidas. Precisa, em outras palavras, morrer.

Fala com a sua família que deseja ser doador. Manifeste-se por escrito. Preencha o formulário. Deixe um lembrete na mesa da sala. Plastifique sua carteirinha. Conte para todo mundo que você é doador.

Ou se preferir, faça exames preventivos para que não seja levado para a fila como a maioria dos pacientes estão sendo levados. Por falta de prevenção. Antes de falar para alguém que você é doador, diga a esta pessoa que ela deve se preocupar com a saúde e evitar algumas coisas que podem levá-la para a fila.

Faça o trabalho limpo que os transplantistas sujos não querem fazer.

Morrer de acidente é uma fatalidade. Não dá para prever. Ir para a fila de transplante, na grande maioria dos casos, é ignorância, no sentido real da palavra. Há meios de evitar. Você pode viver muito se fizer exames preventivos. Mas se preferir, entregue-se a campanha transplantista e use seu tempo dizendo para o mundo que o seu corpo não te pertence.

Eu já cansei de receber intimidações por e-mail: "Você ainda vai precisar de um transplante". Talvez precise. Talvez tenha câncer. Talvez morra em um acidente de carro. Talvez morra com um tiro na testa. Todas as possibilidades existem. Mas doar órgãos não vai me salvar de nenhuma delas.

O transplante ainda é a maior fonte de renda da medicina moderna. É a forma mais simples de ganhar dinheiro sem ter a responsabilidade de que a intervenção dê certo. Se der ótimo. Se não der, problema seu.

Se estão tão preocupados em salvar vidas, deveriam tentar poupar os 52% dos idosos que morreram com saúde atropelados por um caminhão (foto). Mas isso ninguém se importa. O importante é que você precisa ser doador.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Ministério Público e o caráter dos canalhas


O texto na íntegra você pode ler aqui, se desejar. É de autoria de Filipe Coutinho - Revista Consultor Jurídico, 19 de maio de 2009. 

Trata-se da impunidade e da falta de controle do Conselho Nacional do Ministério Público. Órgão criado no governo Lula para não fazer nada e gastar alguns milhões do contribuinte. Prática natural do governo petista.

Esta parte do texto já diz tudo:

Relatório do Conselho Nacional do Ministério Público mostra que apenas 4% das ações julgadas no ano passado contra membros do MP nas corregedorias regionais resultaram em algum tipo de punição. Das 1.052 ações disciplinares julgadas pelas corregedorias, 39 acabaram em punições para os procuradores. 

Em 2008, 304 processos foram encaminhados à corregedoria nacional. O CNMP, apesar de ser responsável pelo controle administrativo do MP, não cita no relatório anual quantos casos levados ao órgão resultaram em arquivamento, punição ou estão em aberto. O Conselho tampouco tem os números de 2009
Entenderam? 

O CNMP que é responsável pelo controle administrativo, não sabe os números de 2009. Total falta de controle. E é proposital. O presidente do CNMP que deveria controlar o Ministério Público é o próprio Procurador Geral da República. Ou seja, ele é o presidente do instituto que fiscaliza ele mesmo. Por isso, apenas 4% dos casos resultaram em punição.

A canalhice não precisa ser dita. Está nos números. Basta fazer uma continhas. E se você ainda não está indignado, é melhor ler isso:
Pena máxima 

Nos quatros anos desde a criação do CNMP, a pena mais severa aplicada foi a “disponibilidade com subsídios proporcionais”. O conselho condenou o ex-procurador-geral de Justiça do Amazonas Vicente Cruz Oliveira pelo desvio de R$ 1,2 milhão das contas do MP amzonense e por diversas irregularidades administrativas. Cruz foi também denunciado na Justiça por tentativa de assassinato do então procurador-geral do Amazonas Mauro Campbell, hoje ministro do Superior Tribunal de Justiça. 

Na prática, Vicente Cruz foi punido com uma espécie de aposentadoria forçada. Ele está afastado do cargo e recebe mensalmente salário proporcional ao tempo de serviço. A “disponibilidade” é a pena máxima aplicável pelo Conselho, por ser da esfera administrativa. Somente a Justiça pode demitir um membro do MP. 

Ser procurador do Ministério Público é o sonho de todos os advogados frustrados. Uma boquinha que rende 22 mil reais por mês, para trabalhar meio período. Hoje a instituição é um balcão de negócios políticos. No MP você pode fazer qualquer negócio.

O procedimento é simples. O Ministério Público faz uma denúncia infantil, cheia de erros básicos para que os processos não acabem em condenação. É por isso que a impune vem tomando conta do judiciário. Os processos possuem tantos erros que não conseguem chegar a um veredito punitivo. Afunda. Tudo acertado previamente. 

Por isso, não se espante com os números do CNMP. O que eles fazem lá dentro hoje, já faziam há muito tempo aqui fora. Só que nós não sabiamos. Agora sabemos. Podemos constatar isso neste mesmo texto:

“Problema gástrico-intestinal” 

Alguns casos julgados pelo Conselho Nacional são emblemáticos. Em 2008, o CNMP anulou a decisão do Conselho Superior do MP mineiro que impugnou dois promotores em estágio probatório. A dupla, depois de apenas 4 meses de casa, montou um esquema para burlar o plantão do feriado de fim de ano. Um deles, alegando “problema gástrico-intestinal”, não trabalhou nos dia 27, 28 e 29 de dezembro de 2006. Ele então trabalhou dobrado nos dias 3, 4 e 5 de janeiro, no lugar da colega que o havia substituído durante a má fase intestinal. Nos autos do processo não foram apresentados qualquer comprovante médico da indisposição. 

Como os promotores ainda estavam em estágio probatório, o Conselho decidiu impugná-los da carreira. O CNMP, no entanto, entendeu que o MP de Minas agiu errado. “Para a responsabilização de qualquer membro, vitaliciado ou não, torna imprescindível a instauração de processo administrativo disciplinar”, diz um trecho do voto do relator, Fernando Quadros da Silva. “Entretanto, o órgão correcional do MP mineiro não adotou o procedimento administrativo adequado”, completou. 

Para o relator, a corregedoria não poderia instaurar procedimento de impugnação, somente processo administrativo disciplinar. Por causa dessa diferença técnica, o Plenário do CNMP livrou os promotores do afastamento. 
Entenderam? O MP de Minas, onde a canalhice transborda, "agiu errado", enganou-se, cometeu uma pequena falha. Simples. O suficiente para que a acusação juridicamente perdesse o teor. O MP afirma ter feito seu papel, e ninguém foi punido. Por isso, ninguém pode chamá-los de omissos. Ele fizeram. Errado propositalmente, mas fizeram. 

Entenderam?

Talvez o CNMP me acuse mais uma vez de insanidade. Os fatos estão ai. São públicos. 
Melhor insano do que canalha.
 

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Doar é legal! Quando as coisas se misturam


O jornal Zero Hora publicou uma notícia que revela o que tenho denunciado há 8 anos. Se desejar ler na íntegra, clique aqui. O trecho que me chamou a atenção foi este:
"(...) a comunidade jurídica formada por juízes, advogados, promotores, procuradores, defensores e servidores da Justiça, juntamente com a ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos), promoverá, de 25/05 a 29/05, no Foro Central de Porto Alegre, por onde passam diariamente cerca de 13 mil pessoas, a campanha denominada Doar é Legal (...)"
Parece um texto inocente, mas não é e explico porquê.

Depois da morte do Paulinho, algumas coisas mudaram. A primeira foi a queda da lei de doação presumida, cujo relator foi o chefe da quadrilha que o matou. Segundo, foi a possibilidade de uma pessoa doar um órgão em vida para outra sem qualquer vínculo de parentesco, bastando para isso apenas uma autorização judicial, que deveria ser fiscalizada pelo Ministério Público.

É aqui que a coisa pega. 

Juízes, advogados, promotores, procuradores, defensores e servidores da Justiça, não tem que fazer campanha de doação, pois fazem parte do processo de fiscalização. Como cidadão comum, eles têm o direito de fazer a campanha que quiser. Como autoridades e colaboradores da lei, não. 

A ABTO teve nos últimos anos, a revelação de que pelo menos 3 presidentes tiveram envolvimento em graves irregularidades nos transplantes. Todos os fatos foram exaustivamente narrados durante a CPI do Tráfico de Órgãos. Uso de órgãos provenientes de pacientes assassinados, desvio de órgãos da fila pública para a fila privada e, obviamente, tráfico de órgãos, foram algumas das acusações apresentadas por testemunhas. 

No entanto, TODOS OS PROCEDIMENTOS, SEM EXCEÇÃO, FORAM ARQUIVADOS sem qualquer explicação plausível. Pessoas que estavam em primeiro lugar da fila precisaram entrar na justiça para obter o direito de ser transplantado porque eram sempre excluídas para que os órgãos fossem desviados.

O texto do Jornal Zero Hora, é de um Juiz federal chamado Carlos Eduardo Richinitti. Fazer propaganda para doação de órgãos é uma obrigação constitucional do Ministério da Saúde, e não do judiciário. Ao judiciário cabe zelar pela transparência da fila de espera e pela punição dos envolvidos em ilegalidades.

Mas no Brasil do vale tudo, o judiciário pode o que quiser. Os traficantes também. Juntos, podem muito mais. 

Quem vai denunciar problemas relacionados aos transplantes se o judiciário está ao lado daqueles que estão fazendo o possível e o impossível para que as ilegalidades sejam enterradas junto com os doadores?

A maior gravidade está no seguinte fato. Uma pessoa que vai comprar um rim, por exemplo, precisa se dirigir a um tribunal para solicitar a autorização. O Ministério Público deve fazer parte deste processo, fiscalizando se necessário, a possibilidade de estar havendo um comércio ali, já que as duas partes não possuem nenhum grau de parentesco. Anúncios nos jornais revelam inúmeras ofertas de órgãos, depois que está possibilidade foi aprovada. Mas se juizes, promotores e procuradores estão sentindo pena daqueles que estão na fila, e são amigos dos transplantistas, eles irão vetar alguma irregularidade?

Pois é isto que está acontecendo. Uma pessoa de terno e gravata vai ao tribunal com outra pessoa vestindo havaianas. Lá, eles revelam que o das havaianas está comovido com o estado de saúde daquele de terno e gravata e, por amor, quer salvá-lo, doando um rim. Cabe ao tribunal decidir, e o Ministério Público fiscalizar se há ou não irregularidade.

Com este batalhão unido, num país como o Brasil onde a propina é a moeda real, você denunciaria uma quadrilha de tráfico de órgãos? 

Por que você acha que estou asilado na Itália?


terça-feira, 19 de maio de 2009

Chamem o Varella


Eu assisti o vídeo através do blog DOIS EM CENA e resolvi postá-lo novamente. Vale a pena mostrar como anda a saúde no Brasil. Assista o vídeo e depois leia os comentários.


Chamem o Varella. Ele disse que salvar vidas é muito importante. Mas parece que depende de quem será salvo. Aquela criança morta na pia, seria salva com um mínimo de recurso. Mas os recursos foram todos destinados para os transplantes. São milhões gastos em publicidade alertando para a doação de órgãos enquanto são desperdiçados mais de 80% das doações. 

Na fila dos transplantes, o paciente recebe remédios, carteirinha, camiseta e pode fazer hemodiálise de graça! No pronto socorro, ele recebe uma pia para morrer.

Eu não entendo qual o conceito de saúde que é hoje aplicado no Brasil. Mas conheço vagabundos aproveitadores de longe. 

Aquela criança não teve o direito sequer a uma sala limpa e uma cama para ser atendido. Morreu na pia. Enquanto isso, o governo federal desloca aviões para transportar órgãos, porque algumas vidas precisam ser salvas. 

VOCÊS QUEREM SALVAR VIDAS OU FATURAR COM OS TRANSPLANTES, SEUS CANALHAS. É IMPORTANTE SALVAR VIDAS OU NÃO?

O Ministro da Saúde poderia usar o dinheiro gasto com Gel e preservativo para comprar alguns leitos hospitalares, e quem sabe fornecer um copo de água potável para quem está morrendo. 

Chamem o Varella. 

Avisem que o trabalho que ele está fazendo no Fantástico ajudou a aumentar a doação. Os transplantes não podem parar. Se sobrar um espaço, poderiam falar daqueles que estão morrendo na pia, mas não vão fazer isso né? 

Uma pergunta básica: A criança tornou-se doadora?

Lembrem-se seu canalhas que meu filho morreu porque os hospitais por onde ele passou sequer possuiam alvará da vigilância sanitária e ninguém foi punido por isso. Aproveitando a falta de capacidade em recuperá-lo, destinaram a vida dele para "salvar vidas" da fila de transplantes. 

Vocês que cuidam da saúde do Brasil são um bando de canalhas e vagabundos. Investem milhões em propagandas de doação de órgãos para "salvar vidas" enquanto deixam uma criança morrer na pia. Vocês estão ganhando uma fortuna com os transplantes. Fazem de tudo para que ele seja viável, mas não são capazes de cuidar do básico. Não interessa não é mesmo?

Este discursinho de que é preciso salvar vidas, é balela. Histórinha para boi dormir. Vocês são um bando de canalhas traficantes de órgãos que estão acabando com este país.

Pouco importa certo?
O importante é que os transplantes não podem parar!
Chamem o Varella. Façam programinhas de TV para mostrar que são "salvadores de vida", enquanto centenas de outras crianças perdem a vida nos PSs.

Enviem dinheiro para esta quadrilha. Eles não se bastam nunca. Quem sabe quando estiverem com muito, muito, muito dinheiro, darão importância real a vida dos outros. 

Cadê a Rede Globo? Não vai falar disso? Não vai mostrar este lado da saúde no Brasil, onde crianças estão mais propensas a se transformarem em doadores do que serem salvas.

Parem de gastar onde não deve e salvem pelo menos as crianças.
CANALHAS COVARDES

Paciente que precisa ser salvo graças a um transplante. Altos lucros e investimentos. Toda estrutura, recursos e tecnologia disponíveis.

Pacientes que não precisam de transplante. Não dá lucro. Não vale a pena salvar. Sem recursos, sem maca, sem atendimento, sem vida.

TODO CIDADÃO É IGUAL PERANTE A LEI. OS QUE PRECISAM DE TRANSPLANTES SÃO MAIS RENTÁVEIS, PORTANTO, MAIS  IGUAIS.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Não é Fantástico?

Após as reportagens de Draúzio Varella no programa Fantástico da Rede Globo, fez elevar o número de doação de órgãos. Os transplantistas estão felizes da vida. Doar órgãos é um ato de amor. Desta forma é bastante fácil elevar não só o número das doações de órgãos como também o número de votos de uma possível reeleição do presidente Lula. 

Basta falar apenas do lado que interessa e esconder a realidade dos fatos. Um cenário bonitinho, um médico artista carismático e todos acéfalos correm para as filas de doação de órgãos. É lindo! 

A democracia que deveria preservar a verdade dos fatos, não existe mais. Existe o grupo que tem um interesse e movimenta a imprensa a conquistar seus objetivos.

Doar órgãos é importante, mas mais importante é punir quem mata crianças para traficar órgãos, e estas histórias, você não vai ver no Fantástico. O lobby é grande e o dinheiro que corre através de publicidade é maior ainda. 

Continue Varella! O Brasil precisa doar órgãos e principalmente, não ter conhecimento do que de fato acontece. A fila não pode parar, e os lucros obtidos com o assassinato de doadores, cuja ABTO se presta a defender em processo judicial através de seus membros, também não.

O Fantático também não vai falar do caso do roubo de córneas no Hospital do Tatuapé em São Paulo? 

Não vai falar que há um brasileiro asilado por ter denunciado um esquema de tráfico de órgãos financiados pelo governo Lula?

Não vai falar do caso José Heron, morto dentro do mesmo hospital do Tatuapé cujo corpo foi completamente esvaziado (incluindo ossos) sem autorização da família? 

Não vai falar que o corpo de José Heron foi exumado e que não deixaram realizar autópsia?

Ahhh.. Assim, as doações devem continuar crescendo mesmo. 

domingo, 17 de maio de 2009

Brasil não tem mais segredos... ou quase isso.

O lado de lá nós não saberemos nunca. 
Fonte: Folha Online

Detalhe importante: O regime militar não surgiu no Brasil do nada. Ele foi implantado após algumas tentativas da esquerda de tomar o poder à força. Parece que há um vácuo na história do Brasil. É como se o regime militar tivesse sido implantado através de um golpe, sem nenhum motivo justo. Na verdade, para que o Brasil não se transformasse em Cuba, houve a necessidade de agir com rigor para acabar com estas tentativas que eram financiadas pela antiga União Soviética. Após a intervenção militar, os esquerdistas passaram a dizer que eram vítimas da "ditadura", quando na verdade, eles foram os principais responsáveis pela existência dela.

É a velha história do bode na sala.



Banco de olhos rouba córneas em hospital público

Você já deve ter recebido um e-mail que circulou pela internet durante vários anos, que falava sobre o Banco de Olhos de Sorocaba e que afirmava estar sobrando córneas. Eu recebi. E como sempre faço, fui checar. Entrei em contato com o banco de olhos por telefone e fui informado que se tratava de um e-mail falso. Se desejar, clique aqui para ver a justificativa do hospital.

Falso? Nem tanto.

Na verdade era uma propaganda disfarçada. Fazer publicidade sobre venda de órgãos é obviamente crime. Eles distribuiram um e-mail dizendo haver córneas sobrando e milhares de pessoas que receberam este e-mail se dirigiram ao hospital para obter informações. Lá, recebiam uma proposta para o implante de córneas e muitos fizeram a cirurgia. É assim que funciona o esquema e tem dado ótimos resultados. Segundo informações do Ministério da Saúde, a fila de córneas deve acabar em breve. 

A questão é, como isso está sendo feito?

Em reportagem da revista ISTOÉ desta semana, o segredo é revelado.


De acordo com os vômitos do presidente Lula, "nunca antes na história deste país", agora é também aplicado à fila de córnea que conseguiu ser zerada. Da mesma forma, nunca antes na história deste pais, fomos tão roubados. E as córneas não poderiam ser diferentes neste governo. É na base do roubo que as coisas acontecem. Os fins justificam os meios.

Segundo a reportagem, o enfermeiro A.L. flagrou duas "médicas" do Banco de Olhos de Sorocaba roubando as córneas do cadáver de sua avó, recém falecida no hospital do Tatuapé, em São Paulo. A.L. não permitiu que ninguém deixasse o local e acionou a polícia. Ainda segundo a reportagem, A.L. vive atrás das iniciais de seu nome e sua imagem não pode ser revelada, pois certamente seria perseguido, como eu sou.

Como nunca antes na história deste país hipócrita, é preciso explicar à população o que ocorre nesta área e também, como nunca antes na história deste país hipócrita, todos dizem não saber de nada e que foi apenas um mero engano.

O Governador de São Paulo, José Serra - o mesmo que estava no comando quando aconteceu o caso Paulinho - precisa explicar como o banco de olhos de Sorocaba tinha acesso ao necrotério daquele hospital público, retirando órgãos sem autorização sequer da família. Quantos hospitais estão abrindo as portas de seus necrotérios para que órgãos sejam retirados?

Diz A.L. na reportagem: "Ela não era doadora. Mesmo se fosse, morreu de infecção generalizada e seus órgãos não podiam ser transplantados".

E o que importa? Joaquim Ribeiro Filho disse usar fígados marginais. Qual o problema em usar córneas marginais? Até porque, o paciente não é o objetivo do sistema de transplante brasileiro e sim, o lucro que ele gera. Se o paciente morre, pouco importa. O que importa é fazer a cirurgia.

Segundo o banco de olhos, "Foi um erro, uma troca acidental. Assumimos isso para a polícia". Claro! Até porque não tinha outra desculpa para o cenário: Duas médicas retirando córneas ilegalmente dentro do necrotério, a desculpa só poderia ser "foi um erro". Mas na verdade foi um crime. A direção do hospital do Tatuapé agiu como o protocolo Lulesco: "Só cedemos o espaço físico e não temos nada com a captação".

Muito bem, o hospital abre as portas do necrotério para uma equipe roubar córneas e não tem nada a ver com isso? Sim, no governo Lula, a história se repete em várias estruturas. Ninguém sabia de nada, ninguém tem nada com isso, e tudo foi um grande engano.

Entenderam? Ninguém sabe de nada. 

As traficantes Roseli Nunes da Silva e Thaisa do Nascimento foram denunciadas pelo Ministério Público por retirada ilegal de órgãos, mas podem ficar tranquilas, pois serão absolvidas. A denúncia é recheada de falhas e omissões. Este é o procedimento. É que se elas forem condenadas poderão resolver contar o que - de fato - se passa nos bastidores do sistema de transplantes brasileiros e revelar o nome dos chefes desta quadrilha, e isso, não é interessante para ninguém: nem para as denunciadas, nem para os chefes de quadrilha, nem para o hospital que abre as portas do necrotério sem saber de nada, nem para o Ministério da Saúde que paga por estes serviços religiosamente em dia, nem para aqueles que vão comprar as córneas para voltar a enxergar e ajudar a zerar a fila. É um crime que compensa para todos. O reclamante, está morto, portanto não tem como reclamar.

É bastante simples e lucra alguns milhões de reais todos os anos. É uma máfia complexa que possui autoridades de todos os níveis. Incluindo juízes, procuradores e delegados. As denúncias não passam de encenação. E para provar isso, lanço uma aposta: Elas serão absolvidas, a exemplo de Joaquim Ribeiro Filho. Muito dinheiro está sendo injetado para que tudo se transforme em um mero equívoco.

É preciso explicar à sociedade o que está acontecendo. É preciso explicar à sociedade o que desejam os médicos Osmar Medina Pestana e Valter Duro Garcia que representam a ABTO, ao se prestarem a ser testemunhas de defesa de um médico que matou mais de nove pessoas para a o comércio ilegal de órgãos. É preciso saber o que eles querem esconder, a quem eles estão protegendo e porquê.

IMPORTANTE

A reportagem cita uma denúncia à OEA, como se ela tivesse sido feita pelo caso do roubo de córneas e pela missionária Maria Elilda dos Santos. Na verdade, a denúncia foi feita por mim, no caso do Paulinho e está longe de uma solução já que o governo tem prorrogado os prazos ao máximo como é de costume. O repórter recebeu cópia integral da denúncia contendo todos os dados. Não entendo (!!) como ele conseguiu fazer tamanha confusão. Na verdade, o caso Paulinho está proibido de ser publicado. Por isso as omissões são compreensíveis.

Portanto, fica o recado. Você recebeu uma córnea do Banco de Olhos de Sorocaba? Muito bem! Ela pode ter sido roubada. Espero que isto não te incomode, afinal você está enxergando de novo e a fila está sendo zerada. O transplante é um ato de amor e, ultimamente, de homicídio e furto de cadáveres. 

Se você não quiser doar, não importa. Eles retiram mesmo assim.

E tem gente que ainda afirma que isto tudo é lenda urbana!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Lula vai à Suiça

Segunda a colunista Monica Bergamo em uma reportagem de 12/05/2009, Lula vai viajar. O que tem demais? Depende do ponto de vista.








O roteiro descrito pela jornalista inclui os seguintes países:

1. Arábia Saudita 
2. China 
3. Turquia 
4. El Salvador
5. Guatemala
6. Costa Rica
7. Suíça
8. Rússia
9. Cazaquistão
10. África
11. Paraguai
12. Chile 
13. Estados Unidos

O que chama a atenção nesta lista?

Me chama a atenção que de modo geral, a Suiça não tem o perfil dos outros países. Com exceção de Suiça e Estados Unidos, o restante é socialista ou pobre. Estados Unidos é fácil entender. Lula quer aproveitar o show de Obama. Quer massagear o ego e ouvir que é "o Cara".

Convenhamos. Avião presidencial não é revistado. O que a Suiça teria em comum com os outros países? Não consigo ver. A única coisa que consigo identificar é que a Suiça é um dos maiores paraísos fiscais. 

Lula é o primeiro presidente brasileiro a pisar na terra de Borat - Cazaquistão. Que parceiro de negócios!

Uma viagem socialista que inclui países pobres, e uma pequena passagem (de leve) pela Suiça...

terça-feira, 12 de maio de 2009

Sinal verde para o fim do regime Lula

Veio do próprio Ministro da Justiça, Tarso Terrorista Genro, o aval que todos precisam. Ao defender a manutenção do asilo político de Cesare Battisti, Tarso disse:
"Muitos de nós fomos criminosos políticos, provavelmente não pelos mesmos direitos do senhor Battisti. E a maioria de nós tem orgulho do que fizemos naquela época."
O que eles fizeram naquela época que os fazem tão orgulhosos? Explico: Um bando de desqualificados resolveram que o regime em vigor no Brasil não era o que eles desejavam. Assim sendo, reuniram-se em bandos e passaram a assaltar, saquear, estuprar, matar e explodir quartéis, para que o regime mudasse. É disso que eles estão orgulhosos. 

Neste sentido, Tarso Genro deu o aval. Se você não está feliz com o regime Lula, é hora de pegar em armas, assaltar, saquear, estuprar, matar e explodir quartéis para, quem sabe, o regime que você deseja para o seu país seja implantado. No futuro, você ainda poderá se orgulhar disso!

Se o Ministro da Justiça, afirma que os crimes cometidos são motivos de orgulho, quem sou eu para questioná-lo! Qualquer um pode matar em nome da política. A carta branca foi dada! Façamos a nossa parte.

Tarso Genro é um desqualificado que teve acesso ao cargo que tem, porque os brasileiros foram, mais uma vez, enganados. Todos acreditaram na democracia, na possibilidade de um trabalhador fazer algo útil para este país. No entanto, os brasileiros de bem estão nas mãos de porcos chovinistas, que estão implantando lentamente o socialismo. É este bando, que ainda preso às origens, está chamando Ahmadinejad para um café, e Cesare Battisti para escrever livros sobre a luta armada, da qual o italiano não tem qualquer direito. Battisti cometeu os crimes por vingança, e nada tinha a ver com o regime que ele gostaria de ver implantado na Itália. 

Tarso Genro está criando um novo tipo de crime. Crime é crime. Um assassinato, seja por motivos políticos ou não, é um assassinato. Se matar politicamente é passível de perdão, estamos com a faca e o queijo na mão para exterminar um bando de vagabundos, que politicamente, nos incomoda. 

Segundo Tarso, se qualquer um matar Lula porque não deseja o socialismo, poderá ser asilado em qualquer lugar do mundo. Infelizmente, isso é mais uma das balelas deste terrorista de merda. Crimes contra a humanidade, segundo a convenção de Genebra, excluem qualquer direito à asilo político. 

Para saberem mais sobre a história do safado que está sendo protegido pelo outro safado, veja esta reportagem feita pela minha esposa aqui na Itália, e apresentado no Brasil pela Band (Jornal da Band).






sexta-feira, 8 de maio de 2009

Luis Nassif: O que alguns não fazem por dinheiro?

Eu poderia tentar explicar quem é Luis Nassif (foto montagem colhida na internet), mas recentemente, Diogo Mainardi fez com tanta propriedade que não me cabe dizer mais nenhuma palavra. A foto diz tudo. O que vem de Nassif não cheira lá muito bem.

Em 2001, Nassif socorreu seus conterrâneos escrevendo uma coluna sobre o caso do meu filho, na Folha de S.Paulo, onde dizia que o caso era completamente absurdo, acusando inclusive a imprensa de promover um "sensacionalismo". Nassif disse que eu acusei injustamente médicos renomados.

Não satisfeito, Nassif publicou em um livro esta coluna. Logo após sua coluna sair no jornal, minha esposa foi entrevistá-lo num programa de tv que ela apresentava na cidade de Poços de Caldas. Recolhi provas e documentos para demonstrar a verdade ao sujeitinho, mas ele negou-se a me receber. Disse que não queria ver nada e que já sabia dos fatos. Tenho testemunhas.

Recentemente, em 11/02/2009, no seu blog, Nassif voltou - inexplicavelmente - a me atacar. Do nada. Sem qualquer gancho. Desta vez, Nassif não só distorceu a história, como também passou a inventar. Segundo o texto, a briga começou quando o hospital particular cobrou o custo do transporte do corpo para a Santa Casa, eliminando os detalhes que não interessam para aqueles que desejam abafar o caso. Típico do jornalismo de Nassif. As histórias dele têm um lado só.

É notável a forma compromissada com a quadrilha, que Nassif narra a história. Devo esclarecer que a cobrança não foi pelo TRANSPORTE mas sim por todo o processo de DOAÇÃO DE ÓRGÃOS (TRANSPLANTE). Segundo a lei, a doação é gratuita e todo o procedimento foi cobrado. Para os leitores deste sujeitinho, explico: Com esta simples descoberta (extorsão), veio a tona uma série de irregularidades que incluia assassinato de doadores por uma central de transplantes que não possuía sequer registro junto ao Ministério da Saúde e mesmo assim recebia religiosamente pelos transplantes (ou assassinatos) realizados. Na lista de assassinados, estava o meu filho, que proporcionou esta descoberta.

Ele ainda afirma que a Santa Casa foi descredenciada do SUS, o que não é verdade. O Hospital Pedro Sanches foi descredenciado do SUS. A Santa Casa foi somente proibida de fazer o diagnóstico de morte encefálica e impedida de realizar transplantes - diga-se de passagem - até hoje. Está nos autos. Eu tenho uma cópia se Nassif desejar, mas acho que ele vai se negar novamente em recebê-las, pois precisa implacar a sua micro mini versão adaptada.

Nassif ainda afirma que os médicos foram absolvidos, mas o processo ainda está em andamento. Como ele tem esta informação privilegiada? Será que sua influência no meio jurídico é tão grande que ele já sabe o resultado do processo que ainda não acabou?

Nassif deve ter muitos amigos poderosos, ou videntes. Não é a toa que o BNDES emprestou alguns milhões sem qualquer garantia, e ainda deu os juros (não pagos) de bônus.

Para dar ênfase a sua histórinha, e quem sabe vender mais livrinhos, Nassif diz ter sido ameaçado por mim. Ora, porque não foi a polícia? Porque não me processou? Porque não fez nada? Eu soube que Nassif era covarde ao se negar a receber documentos que comprovavam as minhas denúncias, mas silenciar diante de tantas terríveis ameaças, é demais.

Aos leitores de Nassif, relato o que ele precisa ocultar:

- Em 2002, logo após os indiciamentos feitos pela polícia federal, o administrador da Santa Casa grampeou o centro cirúrgico do Hospital da Santa Casa e descobriu detalhes sobre esta quadrilha. Carlos Henrique Marcondes, o administrador, foi encontrado morto dentro do seu carro. A polícia civil que protegia esta quadrilha, defendeu a versão de suicídio, apresentando a arma do próprio administrador que continha 3 tiros deflagrados. A perícia não pode concluir suicídio porque as mãos do administrador foram raspadas com ácido (veja aqui o texto e as fotos). Marcondes, quando foi encontrado, foi atendido por membros da equipe de transplantes que assassinou meu filho. Eu tenho cópia do inquérito e posso fornecer detalhes a quem interessar possa. Inclusive ao Nassif.

- Em 2004 foi instalada em Brasília a CPI do TRÁFICO DE ÓRGÃOS, com base no caso Paulinho Pavesi. A CPI conclui pelo indiciamento de 9 médicos que participaram de todo o processo. Além disso, o relatório final da CPI revela que outras 8 pessoas também foram assassinadas pelo mesmo grupo e tiveram seus órgãos retirados sem a devida comprovação da morte encefálica. Qualquer cidadão brasileiro pode requisitar uma cópia do relatório final da CPI diretamente no congresso nacional. Inclusive o Nassif.

- Em 2007 entrei com uma ação na OEA que está em análise. A OEA já solicitou explicações ao governo brasileiro que ao fazê-la, enviou documentos adulterados junto a sua resposta. Por sorte, mesmo estando na Itália, eu tinha os originais que enviei prontamente à aquela entidade. Uma das minhas denúncias é de que o estado brasileiro está sendo conivente com a morte de pacientes em leitos de UTIs públicas para fins de tráfico de órgãos. O governo precisa abafar este caso pois envolve uma rede inteira de transplantes incluindo médicos e políticos renomados, alguns, amigos íntimos de Nassif.

- Em 2008, o processo de homicídio do meu filho e mais 3 processos de homicídio que versam sobre outros 8 casos, foram retirados do forum da justiça federal em Belo Horizonte e enviados para o Sul de Minas, onde Carlos Mosconi (idealizador da central clandestina e chefe desta quadrilha), possui influência política. Desde então, apesar de não haver uma decisão judicial, Mosconi vem dizendo que os médicos já estão absolvidos. Talvez seja desta fonte a informação citada por Nassif.

- Logo depois, vim para a Itália e apresentei os mesmos documentos que Nassif negou-se a receber ao governo Italiano, solicitando asilo político. Fiquei 15 dias num centro de aconlhença aguardando o exame da documentação. Na audiência final no Tribunal de Milão, bastaram apenas 2 horas e meia para que o asilo fosse concedido por unanimidade. Agora, portanto, estou sob proteção internacional.

- Em 2009 fui recebido pelo presidente da câmara Italiana Gianfranco Fini e a Ministra Mara Carfagna.

- Em todos os 7 processos movidos contra mim pela quadrilha que inclui médicos, procuradores federais e delegados de polícia, fui absolvido. Em alguns deles, a justiça reconheceu que eu estava certo e questionou o Ministério Público Federal sobre o fato de os acusados pelo relatório da CPI e nas minhas denúncias não terem sido levados à justiça.

- O relatório da CPI com os indiciamentos está há 5 anos em uma gaveta do Procurador Geral da República que está sendo conivente com esta máfia. Basta dizer que se este caso fosse levado em frente, o governo teria de explicar como pagava uma central clandestina para realizar transplantes, sem que ela tivesse o mínimo credenciamento necessário para realizar tais procedimentos. Isso, o governo não quer explicar, pois há muita gente envolvida.

Bons tempos Nassif, onde você tinha o poder de escrever num jornal como Folha de S.Paulo e os leitores não tinham uma internet para pesquisar. Com estes recursos, entendo como sua carreira está amarrada em um blog.

Há ainda uma série de documentos extraídos do processo, que seria interessante que Nassif explicasse aos seus leitores. Basta clicar nos links abaixo. São eles:


Aproveitem para ver os vídeos na coluna direita do meu blog.

Se preferirem, assista mais uma mentirinha de Nassif, envolvendo o currículo mentiroso da terrorista:

O socialismo e o tráfico de órgãos

Há pouco tempo atrás, um comentário neste blog afirmava que tráfico de órgãos é coisa de país capitalista. Disseram ainda eu que deveria me informar melhor. Fiz minha lição. Pesquisei e achei um texto bastante interessante do blog Locutório do autor BARROS, R. F. (frizero@gmail.com). 


Hilda Molina Morejón (foto) é uma importante neurocirurgiã de origem argentina.  Entusiasta da Revolução Cubana que levou ao poder naquela ilha caribenha a Fidel Castro e seus companheiros de luta armada, Hilda fixou residência em Havana e, por sua reconhecida competência, foi designada diretora do Centro Internacional de Restauração Neurológica (CIREN) de Cuba.  Mas, ainda que pertencendo ao primeiro escalão dos estrangeiros que apóiam e ocupam cargos de importância no governo castrista, Hilda Molina Morejón cometeu um grave equívoco: protestou, rompeu e denunciou as mazelas que viu em seus anos de direção à frente daquele hospital.

A Dra. Morejón lutou por uma causa nobre: em 1994, descobriu a existência de uma máfia de tráfico de órgãos dentro do CIREN e, o que era ainda mais grave, com a participação e anuência de altos funcionários do Governo de Cuba.  Ela constatou que órgãos de seres humanos, sobretudo de fetos provenientes de abortos induzidos clinicamente, estavam sendo vendidos para estrangeiros que viajavam para Cuba com o propósito de receber tais órgãos em transplantes.  O principal produto desse comércio era material de medula óssea, muitas vezes extraído sem qualquer consentimento das famílias.  Ao trazer a público tal denúncia, Hilda Molina Morejón renunciou a seu cargo de direção, devolveu as medalhas ofertadas pela Revolução Cubana e desvinculou-se do governo, inclusive de seu mandato como deputada da chamada Asamblea Nacional del Poder Popular.  Como forma de seguir atuando como médica na ilha de Fidel Castro, fundou o Colégio Médico Independente de Cuba, entidade que mantém na clandestinidade por pressão do governo cubano.

Desde então, Hilda Molina Morejón e sua mãe, Hilda Morejón - uma anciã de oitenta e sete anos - foram proibidas de se retirar do país, ainda que sendo ambas cidadãs argentinas.  Ambas foram declaradas "inimigas do povo cubano" e a Dra. Morejón teve o pagamento de sua aposentadoria arbitrariamente suspenso por ordem do governo.  Vivendo da pensão de aproximadamente US$ 8 (oito dólares estadunidenses) da mãe, as duas mulheres vivem sob constante ameaça de simpatizantes do regime castrista e, segundo denúncias de movimentos de direitos humanos de Cuba e de outros países, a casa onde ambas residem transformou-se em um dos alvos preferidos de vândalos.

O caso de Hilda Molina Morejón retornou à imprensa mundial depois que na recente Cúpula de Presidentes do Mercosul, realizada em Córdoba, Argentina, o presidente do país anfitrião, Nestor Kirchner, entregou ao presidente de Cuba, Fidel Castro, uma carta na qual solicita a liberação da médica argentina para que possa retornar ao seu país de origem e visitar seus familiares, dentre os quais seu único filho, os quais não vê há pelo menos doze anos.  O gesto de Kirchner, contudo, é visto pela imprensa argentina como "teatral" diante das críticas que a oposição daquele país tem feito, há anos, à inação da chancelaria argentina.  Em 2003, o irmão da dissidente do regime cubano, Roberto Quiñones, deu início à campanha nacional em protesto pela decisão cubana, a qual culminou, em 2004, com a queda do chefe do gabinete do Ministério das Relações Exteriores da Argentina, que viera à público defender abertamente a liberação de Molina. 

Curioso é que a justificativa para que o governo de Fidel Castro não libere Hilda Molina Morejón, ou seja, não lhe conceda a autorização especial de viagem ao exterior que todo cidadão livre cubano precisa ter para sair do país, é a de que o "cérebro [da cientista] é patrimônio do país e do povo cubano".

A apatia do governo argentino ao negociar com Cuba o retorno de suas duas cidadãs para o país reflete uma certa permissividade que parece trespassar boa parte dos governos latino-americanos da atualidade.  Difícil não recordar da falta de atitude do governo brasileiro, por exemplo, diante do confisco das refinarias da Petrobrás na Bolívia, ou dos cuidados excessivos dos países do Mercosul em incluir na pauta de discussões da Cúpula de Córdoba quaisquer questões afeitas aos direitos humanos - já que o convidado especial do evento era justamente Fidel Castro, acusado por diversas organizações não-governamentais ao redor do mundo por crimes contra a liberdade. 

Por que será que a América Latina, de tantas chagas causadas por regimes totalitários e militaristas, parece não ter aprendido ainda a lição e caminha, algo inocente, na direção dos braços generosos de ditadores mal disfarçados?  Quando será que nos salvaremos desse populista canto sedutor de sereia que parece emanar de Cuba e outras paragens e caudilhos?  Arrisco-me a pensar que aquilo que mais encanta em governo como o de Cuba, para os nossos dirigentes latino-americanos, é a sua capacidade de perpetuar-se no poder. 

Será, então, esse o sonho de uma América Latina unida e forte, uma ditadura à 1984?  Se este for o projeto de futuro, não há mesmo razão para que Hilda Molina Morejón saia de Havana.  Não valerá a pena trocar a matriz por uma das cópias em esboço.

Meus comentários: A semelhança de Lula e Fidel não está apenas na tirania e nos ideais podres. Eles também são apoiam o tráfico de órgãos.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Exames fraudados


Durante as investigações sobre o caso Paulinho (10 anos), descobrimos que estavam faltando diversos documentos importantes no prontuário médico. A medida em que as investigações avançavam, maiores eram as irregularidades encontradas. Para abafar o caso, o Ministério da Saúde (José Serra), criou uma força tarefa. Carlos Mosconi, o chefe da máfia, participou efetivamente das auditorias e era informado pessoalmente pelos assessores de Serra sobre as irregularidades. Mosconi, por sua vez, contatava o hospital e médicos envolvidos solicitando que os documentos fossem criados ou adulterados para dar corpo a versão criada pela máfia e que pudesse ser facilmente terminada com a impunidade.

Um ofício do assessor de José Serra confirma que Mosconi foi informado pessoalmente das irregularidades. Portanto, não se trata de uma mera expeculação.

O primeiro prontuário apresentado para auditoria tinha 12 páginas. No final da auditoria, o prontuário possuia mais de 26. No entanto, criar uma história mentirosa requer organização e inteligência, coisas que os envolvidos padecem.

Abaixo, alguns dos documentos falsificados e as explicações.

Exame de Gasometria Venosa - FALSO


Repare na data assinalada em rosa. O exame foi solicitado e emitido em 22/04/2000. Tudo bem se Paulinho não tivesse sido sepultado as 8:00 da manhã daquele dia.




Anticorpo para vírus hepatite C - FALSO


O exame foi solicitado e emitido em 20/04/2000. O documento recebe o timbre do Hospital da Santa Casa, porém, Paulinho estava no dia assinalado no Hospital Pedro Sanches. Portanto, é impossível que tenha realizado tal exame.




Hemograma - FALSO


O exame foi solicitado e emitido em 22/04/2000. Como já disse, Paulinho já estava sepultado neste dia.


Bilirrubina - FALSO


O exame foi solicitado e emitido em 20/04/2000. Como no outro caso, o documento recebe o timbre do Hospital da Santa Casa, porém, Paulinho estava no dia assinalado no Hospital Pedro Sanches. Portanto, é impossível que tenha realizado tal exame.


Mas as fraudes não estavam limitadas aos exames. Documentos importantes relativos à doação de órgãos, segundo a lei, devem ficar armazenados por 20 anos. No entanto foram criados às pressas. O documento de retirada de órgãos foi preenchido por uma secretária que enviou rapidamente ao Ministério da Saúde. Tão rapidamente que o médico esqueceu de assinar. O documento foi copiado e assinado pelo médico e enviado para compor o 3o. prontuário. Abaixo, cópia das duas versões.



Documentos utilizados na cirurgia, também foram adulterados. No documento abaixo, na ficha de anestesia da primeira cirurgia, percebe-se claramente que o verdadeiro procedimento foi rasurado e sobre ele escrito a palavra "Arteriografia". Na pressa, os fraudadores não tiveram o cuidado de remover as pistas. A Dra. Sônia M. A. Cardoso, não foi indiciada e nem responde processo embora a ficha seja de sua responsabilidade.


Informações sobre os receptores também foram preenchidas a toque de caixa. E como em vários outros documentos, a falta de capacidade até para cometer crimes é notória. Abaixo a primeira versão sem as assinaturas e em seguida devidamente assinadas. O Ministério Público Federal reconheceu a fraude mas negou-se a denunciar os envolvidos.



A legislação brasileira determina que em caso de morte violenta, é necessária a criação de um boletim de ocorrência para investigar as causas do acidente e a realização de necrópsia. Paulinho não foi submetido a necrópsia por motivos óbvios. Foram retirados mais órgãos do que os que foram declarados. No atestado de óbito, encontramos assinalado a existência de um boletim de ocorrência sobre a queda. No entanto, tal boletim nunca foi localizado. O laudo desta necrópsia nunca apareceu e o médicos legistas confirmam que ele nunca foi feito.



As AIH's significam Autorização para Internação Hospitalar. Como Paulinho foi tratado de forma diferente pois estava sendo assassinado, as AIHs também não existiam. Elas foram preenchidas as pressas para ajudar a auditoria. Falsificar documentos público é crime. Mas Regina Cioffi, a responsável pelas falsificações não foi incomodada. Ela foi afastada algum tempo das funções mas retornou em seguida sem nenhum arranhão.


Se você viu estes documentos e acreditava que transplante é coisa séria, deveria pensar melhor antes de avaliar a hipótese de se tornar um doador. Apesar de todos esses documentos, NINGUEM foi punido, exceto eu que denunciei e moro hoje na Itália pois a perseguição para que eu me cale é enorme.

Fique vivo! Não se deixe levar pela propaganda transplantista. Se eles são capazes de falsificar documentos para acobertar o assassinato de uma criança de 10 anos, imagine o que não seriam capazes de fazer com você.

Este blog desafia qualquer autoridade a provar o contrário, sem obviamente, criar, fraudar ou adulterar novos documentos. As imagens contidas neste blog foram extraídas do processo de homicídio onde os médicos estão sendo absolvidos graças a influência política do chefe desta Máfia Carlos Mosconi.

Para saber detalhes do caso Paulinho leia:


A história de Paulinho narrada em 2002 pela CartaCapital - A matéria mais completa e honesta já publicada sobre o caso.

Remoção de órgãos de Paulinho com anestesia geral - O Anestesista classificou Paulinho como vivo antes de administrar Etrane (anestesia inalatória). Ele mentiu para a polícia federal, para o ministério público federal, mas foi desmentido publicamente durante a CPI. Ele me processou por chama-lo de mentiroso e fui condenado a indenizá-lo, uma vez que o processo correu em Poços de Caldas, berço da máfia.

Avaliação neurológica comprova: O estado de saúde não era grave. - Documentos que constam nos autos, comprovam que Paulinho foi levado ao hospital e sua primeira avaliação neurológica não era grave como dizem os médicos para se defenderem.

Exames fraudados com ajuda de procuradores federais e ministério da saúde. - Em um esquema montado dentro do gabinete do Ministro José Serra, Carlos Mosconi - o chefe da máfia - era informado a cada passo sobre os documentos obrigatórios que não foram entregues à auditoria. Mosconi repassava a informação para os assassinos que forjavam os papéis. Depois, estes documentos eram levados ao Ministério da Saúde e entregues ao procurador José Jairo Gomes. Este último encaminhava os mesmos ao delegado da polícia federal Célio Jacinto do Santos, que anexava ao inquérito como sendo documentos "originais". Veja alguns destes documentos. Nenhum médico responde ou respondeu por falsificação de documentos.

Sem Morte Encefálica. - Foi assim que o médico e assassino Celso Roberto Frasson Scafi descreveu o estado de saúde de Paulinho, minutos antes de lhe retirar o rim. Scafi escreveu de próprio punho que Paulinho estava SEM MORTE ENCEFÁLICA, porém, como é sócio de Carlos Mosconi, seu nome foi excluído do rol de acusados. Scafi estava indiciado pela polícia federal pelo crime de retirada ilegal de órgãos, e foi inserido em uma equipe da UNICAMP (ainda quando estava indiciado) para continuar realizando transplantes em Campinas, pelo Ministério da Saúde.

Asilo Humanitário - Você não verá isto na imprensa brasileira. O caso Paulinho está proibido de ser divulgado, exceto se for para inocentar (ainda mais) os assassinos.

Por um fio, nas mãos de transplantistas


Jornal CORRIERE DELLA SERA (Itália) - 10 junho de 2008


Estavam para extrair os órgãos mas o paciente acordou: Seu coração estava parado a uma hora. Quando os cirurgiões habilitados para a extração iniciaram a operação, o homem voltou a respirar.

Paris (Le Monde) - Os cirurgiões da equipe de transplante estavam já prontos para extrair os órgãos, quando repararam que havia sinal de vida. Um episódio - revelado pelo jornal cotidiano Le Monde - inacreditável.

O protoganista deste episódio foi um francês de 45 anos, vítima de um infarto do miocárdio em um rua de Paris no início de 2008. Os paramédicos tentaram reanimá-lo no local, sem sucesso, decidindo em seguida a transportá-lo ao Hospital mais próximo, Pitiè-Salpetriere, na capital, equipado para a prática de dilatação das coronárias.

REAÇÃO À ESTÍMOLOS DOLOROSOS - Durante o trajeto, apesar das seguidas tentativas, o coração não voltou a bater, e uma vez no hospital as análises confirmaram a impossibilidade de dilatação das coronárias. Parecia então que não havia mais nada a fazer. O homem estava transformado então, uma hora e meia depois da parada cardíaca, em um potencial doador de órgãos: um doador "com parada cardíaca", sem morte encefálica mas não mais reanimável. Um veredito desmentido a tempo: quando a equipe de cirurgiões habilitada para a retirada dos órgãos estava para iniciar, realmente, o paciente começou a respirar espontâneamente, e a reagir aos estímulos dolorosos.
"AGORA FALA E CAMINHA" - "Na verdade,  existiam sinais de vida (ou sintomas), verificados equivalentes à ausência de sinais clínicos de morte" explica o relatório dos médicos da comissão ética de assistência pública hospitalar de Paris, encarregada di avaliar o caso. 

"Depois de várias semanas - continua - pontilhada por complicações graves, o paciente está caminhando e falando". Não se sabe porém, se foi informado do risco que correu. Médicos e técnicos em reanimação interpelados pela comissão explicaram que o caso em que "um paciente que todos consideraram morto sobrevive depois de prolongadas manobras de reanimação, acima do habitual, ou considerado razoável" é "excepcional, único no curso de uma carreira".  

Assim, concluem, mostra "quantas perguntas restam no campo da reanimação, da modalidade de intervento e dos critérios que permitem estabelecer um fracasso".

DOADOR "DE PARADA CARDÍACA" - A retirada de órgãos de um doador de "parada cardíaca" na França foi introduzido no início de 2007, com um programa experimental inspirado nos resultados obtidos com este método em outros países, como Espanha, USA, e Grã Bretanha. Até este momento, tiveram a permissão para realizarem mais de 60 transplantes - antes impossível - comparados com 231 mortes entre os pacientes que aguardavam órgãos compatíveis em 2007.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Estatística sobre transplante

Os números não mentem. 

Os números dos transplantes brasileiros denunciam um crime que vem sendo cometido há vários anos. O Ministério da Saúde incrementa a cada ano o orçamento transplantista em alguns milhões de reais para satisfazer este "mercado" onde vale tudo. Desde o fura fila ao assassinato de doadores, com o bônus da impunidade.

Façamos as contas.

Na Itália, onde estou refugiado, a fila de espera para um transplante (clique aqui se deseja ver) é de 9.304 pacientes. A Itália possui hoje 60 milhões de habitantes. 

No Brasil, país que me persegue por denunciar o tráfico de órgãos, tem em sua fila de espera pouco mais de 60.000 pacientes. O Brasil possui hoje 186 milhões de habitantes.

Se fizermos uma conta básica (multiplicando por 3) o número de habitantes e números de pacientes na fila de espera italiana, teríamos 180 milhões de habitantes e 28 mil pacientes na fila de espera. Isto significa dizer que se a Itália tivesse a mesma densidade demográfica que o Brasil, os pacientes na fila seriam menos da metade dos pacientes brasileiros.

Por que? 

A resposta é simples. O programa de saúde brasileiro não tem interesse na medicina preventiva. O SUS trabalha quando a saúde já não existe. Para médicos e hospitais o transplante é hoje a melhor fonte de renda proveniente do SUS. Isto sem contar com os transplantes fora das regras, que são volumosos e absurdamente mais rentáveis.

Neste sistema criminoso não vale a pena tratar ninguém. É melhor esperar que este alguém chegue a uma fila de transplantes. 

Se você tem alguma pequena chance de precisar de um transplante, acredite, você acabará na fila a menos que tenha a iniciativa de se informar e se cuidar. 

domingo, 3 de maio de 2009

Traficantes de órgãos e a impunidade


O script é o mesmo. Uma matéria na tv revela detalhes de como foi cometido o crime. No caso de Joaquim Riberio Filho há interceptações telefônicas onde um médico afirma que Joaquim não respeita a fila. Depois da reportagem, começa a ação política. As ameaças contra quem denuncia este tipo de crime começam a tomar corpo.

Ribeiro Filho, de acordo com as investigações, foi indicado e nomeado pelo então secretário estadual de Saúde do Rio, Gilson Cantarino, que foi preso na operação Pecado Capital, da PF, por integrar suposto grupo de desvio de verbas da Secretaria Estadual de Saúde por meio de transferências para ONGs. 

Segundo as notícias, o crime começou a ser investigado em 2003. 

Como podemos aceitar que tantos anos de investigação se transformem em um mero engano? 

Como podemos aceitar que as instituições brasileiras se curvem diante deste poder e façam papel de idiotas, como se suas investigações não tivessem nenhum sentido? 

A explicação é bastante simples. A mafia é uma organização frágil. Quando um cai, os outros devem salvá-los sob pena de todos cairem juntos. E é neste jogo em que observamos a conivência de instituições como polícia federal, ministério público e até mesmo a própria justiça.

As investigações são sérias mas não são aprofundadas. São superficiais. E mesmo sendo superficiais revelam um esquema terrível de compra e venda de órgãos. Ao chegar no Ministério Público, as denúncias são transformadas em delitos civis, e o crime tráfico de órgãos vai para o lixo. O próximo passo é absolver, já que a denúncia é simplesmente ridícula. E assim funciona a Máfia que hoje fatura milhões, pagos pelo SUS e pelos próprios receptores beneficiados.

Vejam o vídeo e depois esqueçam. Tudo o que foi relatado não significa nada. 

Joaquim Ribeiro Filho não foi denunciado criminalmente pelo crime de tráfico de órgãos, mas por um processo frágil e sem sentido na esfera civel. Ele foi absolvido. Joaquim foi salvo e a máfia também.



Fique vivo! NÃO DOE ÓRGÃOS.

Ao doar você estará alimentando uma rede milionária e corrupta onde os pacientes da fila estão sendo enganados e morrendo sem que seus direitos sejam respeitados. O governo brasileiro consegue controlar os centavos da CPMF da conta de cada brasileiro, mas é incapaz de controlar uma fila de aproximadamente 50.000 pessoas?