Desembargadores comprados

Desembargadores comprados

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Transplantando Humanismo

O texto abaixo é o ponto de vista de um brasileiro que esteve na fila de espera por um coração. A forma lúcida com que trata o assunto precisa ser compartilhado. Leiam com atenção pois é muito importante para todos nós. Ele pede para ser identificado como um "provável receptor anarquista". No momento certo ele pretende se identificar. O blog está aberto para ele e para qualquer pessoa que esteja a espera de um órgão e queira publicar o que pensa.


Transplantando Humanismo

Ética é o conjunto de valores e princípios que usamos para responder a três grandes questões da vida: (1) quero?; (2) devo?; (3) posso? Nem tudo que eu quero eu posso; nem tudo que eu posso eu devo; e nem tudo que eu devo eu quero. Você tem paz de espírito quando aquilo que você quer é ao mesmo tempo o que você pode e o que você deve.
Mário Sérgio Cortella

Somente agora tomei consciência da podridão do tráfico de pessoas e de órgãos. Questionava a forma mercantilista como a medicina é feita e, o conhecimento dessa triste realidade revelou sua face ainda mais cruel. Lembrei de um livro que li. “Almas Mortas”, de Nicolai Gogol. Nele Tchítchicov é um burocrata desonesto que descobre um grande negócio - travestido de “honesto e bom”. No regime feudal russo, ele comprava por ninharia, direitos de propriedade sobre “camponeses mortos” de senhores feudais. Convencia-os a livrar-se do fardo já que, pela Lei, pagavam impostos pelo número de almas. E somente nos recenseamentos ou na “venda de pessoas” é que o número de almas era alterado. Vendia por altas somas as “almas mortas” em frentes de colonização - pois nelas, ao contrário, o Estado pagava os proprietários segundo o bom número de trabalhadores.

Perto de atos escabrosos de médicos atuais o comércio de almas mortas por Tchítchicov é um ato de santidade. Quando sequer a forma de diagnosticar a morte é certa e quando, no contexto da doença o interesse maior é o uso de drogas para preservar órgãos para “doação” (ou venda escondida), perde-se qualquer condição moral não apenas dos médicos, mas da humanidade. 

Estes médicos jogam no lixo o juramento de Hipócrates no trecho “exercerei a minha arte com consciência e dignidade”. Fazem valer a parte que diz: “os meus colegas serão meus irmãos”, ao esconder crimes por corporativismo 

E, para piorar existe propaganda e convencimento da família que leva, sim, a decisões emocionais - e não racionais. Qual é a segurança de que realmente a morte ocorreu já que até isso é incerto? E, como fica essa questão do ponto de vista dos doadores? Existirá medo de ficar em UTI de hospitais? E do ponto de vista dos receptores?

A primeira dúvida é a credibilidade da “lista única”. Se existe privilégios a “compradores”, logo, existe manipulação da lista única que prejudica pacientes pobres ou sem influência nos partidos do poder. 

Para evitar isso, só existe uma forma: transparência total da lista na rede internet e controle social absoluto, sendo que cada caso será avaliado e se os critérios que colocam pessoas na frente são cumpridos por todas as instituições. 

Uma forma de controle social seria a auditoria periódica e os pagamentos de procedimentos, via SUS ou não. 

Outra forma seria o fim da confidencialidade. É um princípio jurídico da legislação de transplantes pensado para impedir o comércio de órgãos, mas que, na prática, favorece justamente o contrário. Pode ter certeza de que nenhum candidato a receptor se oporia a ter “informação aberta”. A ele interessa isso tanto para os doadores e é a forma de saber da honestidade de todo um processo. A confidencialidade na verdade apenas esconde e protege a máfia.  E não é ética. 

A segunda questão é uma percepção prática. A limitação da medicina a uma visão de transplantes como única solução em todos os casos.

O tão falado “avanço da medicina” fica comprometido em duas frentes pelos procedimentos mafiosos. Quais as pesquisas para, por exemplo, possibilitar o aproveitamento de órgãos mais tempo após a morte mesmo - garantindo-se a família de que houve realmente a morte antes de decisão tão dura?

Certamente avanços nesse quesito não interessam a máfia, pois iriam certamente gerar “excesso de produto no mercado”, reduzindo preços.

E, ao focar em protocolos e transplante, será que há pesquisas e recursos suficientes para isso, já que não interessa pois dá lucro a poderosos de branco e políticos?

Outro atraso visível é o desenvolvimento de equipamentos de precisão, que demonstrem que realmente o pior – a morte – ocorreu. Deve eliminar-se qualquer hipótese de coma profundo ou outra condição e não é possível que em pleno século XXI ainda haja atraso em certificar-se da morte. As escolas de engenharia médica têm pesquisas nesse sentido para desenvolver equipamentos e procedimentos? Talvez não, pois também não interessaria a máfia, pois limitaria a captação de peças e nem ao Estado, pois estes pacientes precisariam ser assistidos para sua recuperação.

Por fim, do ponto de vista prático e ético do doador e da família o tema é muito tratado.  Mas do ponto de vista dos receptores, qual seria as percepções? 

Antes de voltar a esse ponto, cabe informar sobre quem escreve. Coloco aqui o tema por experiência própria. Tenho 45 anos, separado, pai, e a 2 anos diagnóstico de Miocardiopatia Dilatada Idiopática com Cardiomegalia Global Gigante. Após muitas opiniões divergentes concluíram que meu caso não é cirúrgico e a única possibilidade de seria o transplante cardíaco.

Quem tem esse tipo de problema - e chegou como eu, na classe funcional III (classificação de insuficiência cardíaca do NYHA que varia de 1 a 4), afogando no ar sem conseguir respirar direito todo o tempo com piora à noite, tentando dormir sentado e ofegante como peixe fora d’água, com pernas inchadas, acúmulo de líquido no pulmão e no fígado, vê a informação médica do transplante como a tábua de salvação.

Vemos as propagandas bonitas e embarcamos, e muitos não têm a oportunidade de conhecer o outro lado da questão.

Ao ter o prognóstico, senti-me igual o homem de lata de O Mágico de Oz, em busca de um coração. Cheguei por um tempo a ver os cirurgiões como mágicos.

Ainda assim fui pesquisar por conta própria alternativas. E tive mais apoio e melhora a partir de amiga nutricionista cujas novidades não divulgadas melhoraram minha condição. Conclui que nem sempre a “verdade” dos médicos é única e absoluta e estão tão habituados a transplante que esquecem outras opções de cura ou convivência com a doença. Por quê?

Após muitas mudanças de medicamentos e, somado a isso (realmente não há como não usar os medicamentos convencionais), uso adicional de procedimentos alternativos (em especial suplementos alimentares não aceitos no Brasil para humanos - mas usados normalmente para animais com a mesma doença – e prescritos no exterior, regimes e outros que prefiro não revelar no momento, pois dariam prisão a quem aplica em mim), retornei a classe funcional I.

Estou muito bem. Saí da fila. A fração de ejeção, outro indicador, evoluiu de 31 para 60, quase normal. Isso porque “desobedeci” alguns médicos indo além dos protocolos.

A nutricionista levantou a hipótese – existente na literatura – da causa do meu coração gigantesco ser, além da hipertensão e disfunção mitral, algo similar a doenças auto-imunes, sendo necessário modular o sistema de defesa do organismo (como ocorre em doença celíaca, lúpus, etc) e ao mesmo tempo reforçar o músculo cardíaco para evitar fibrose.

Adotei um regime alimentar diferenciado, suplementos alimentares (carnitina, coenzimas, ribose, selênio, magnésio, etc) e modulação da imunidade. Isso, somado aos medicamentos convencionais, trouxe em 6 meses resultados que não tive em 1,5 anos anteriores. 

A conclusão disso é que a medicina tem “protocolos”, mas nem sempre compatíveis com as necessidades das pessoas. E burocratizam a aprovação de novos medicamentos e complicam a busca de alternativas. 

É como se o transplante, realmente, fosse a única “solução”, e, por isso, deixassem de evoluir para outras. Como se os pajés deixassem de buscar novas curas e experiências - já que tem a seu dispor um “protocolo rígido” e um “mercado de peças de reposição” bastante interessante financeiramente para muitos deles.

Na questão do transplante há que se ter um entendimento político. Órgãos humanos não podem ser transformados em mercadoria - como ocorre em qualquer “sistema”, comunismo, socialismo ou capitalismo.

Deve prevalecer o humanismo, e a “condição humana”, bem suprema para a realização da vida. É o que difere homens e não homens. Tema estudado pela filósofa Hannah Arendt que buscava compreender a desumanização do nazismo, a banalização e aceitação do mal como bom. E é que faz a sociedade atual não retornar ao passado recente onde raças diferentes não eram conhecidas como portadoras de almas. Logo, eram não humanos e meras mercadorias para escravidão e uso.

Sob o viés político, há um sistema pior ainda que todos, e que impera no mundo subdesenvolvido inclusive no Brasil. O “capitalismo de compadres”. 

Nele predomina a famigerada Lei de Gérson, onde os fins justificam os meios. Nesse mundo ser “amigo de poderosos” e “ter dinheiro” permitem passar por cima de tudo. Impera o clientelismo político e a troca de favores por votos.  

Isso exige novos tempos de consciência de cidadania, além de votos e além de partidos. Governança hoje exige “Reforma Gerencial”, voltada ao humanismo e ao bem estar das pessoas. Nenhum indivíduo pode ser mais importante do que outros, mesmo que tenha muito dinheiro, ou seja, amigo de políticos. 

Não acho que o capitalismo financeiro solto seja o caminho. Promove a mercantilização. Tudo é transformado em mercadoria. Pessoas viram coisas. E até órgãos humanos produtos. E onde o Estado é controlado por políticos bandidos, mancomunados com setores privados igualmente bandidos, aproveita-se para “vender e corromper”. Por isso, qualquer luta política não passa por partidos ou “ismos”. Passa por “Reformar o Estado” nos tempos de sociedade conectada, com abertura total de informações, de transparência e controle social absolutos. Nada mais escondido. Toda a informação compartilhada. Tanto Estado como sócios privados observados e auditados pelas pessoas que precisam de bons serviços, eficiência de gestão e liberdade para empreender, trabalhar e viver. 



O fato é que órgãos humanos viraram peças e produtos. Isso não pode ser aceito nunca e não o é. Nem por doadores e nem por receptores.

Após essa visão política do mundo e relato de minha condição médica, que ajudam a entender meu ponto de vista, retomamos o tema transplante com a pergunta:

Do ponto dos receptores, quais seriam as implicações práticas e éticas? 

Essa questão é tão ampla que daria um livro, mas a resposta está contida na resposta a pergunta: Você é mais importante que outra pessoa? E a resposta a ela tem a ver com o único mandamento deixado pelo Cristo: ”Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Marcos 12:30). 

Obviamente ninguém quer morrer. Todos querem viver. Temos isso como instinto básico. E, quando nos sentimos sem ritmo cardíaco algum todo o tempo e com o coração batendo forte, descompassado e um chamado pulso VA (diferente e irregular em várias partes do corpo) com carótida saltitante – inclusive agora escrevendo isso e é simplesmente horrível. Ou pior, quando sair dessa fase boa e daqui a alguns meses - ou com sorte anos - retornar a ter dor de angina, falta de ar, inchaço no corpo todo, cansado para levantar-se e andar 10 metros até o banheiro, etc, obviamente queremos a cura. Mas que seja dentro do princípio do amor ao próximo.

Conheço muitos na fila, que, se desconfiarem de que os órgãos que esperam podem ter origem duvidosa, rejeitariam o transplante e prefeririam morrer. E, curiosamente os mais simples, mais humildes, são as que pensam assim. Conversei com vários sobre o tema e todos não têm postura egoísta, identificada nos ricos acostumados a dividir a sociedade entre pessoas com dinheiro e coisas. Ou inconscientes, egoístas, encharcados de banalidade do mal pelo monstro do clientelismo político, onde, pedir a um político para “ajudar’ pessoa que precisa (como vi em um dos relatos) é tão nojento que demonstra um egoísmo absoluto e maldade pura, sem medir conseqüências e se julgando superior a outros humanos – como se achavam os nazistas. 

Se um dia eu entrar novamente na fila agarrar-me-ei a vida. Mas desde que não tenha significado o assassinato de outra pessoa. 

Há necessidade de garantia de que o doador realmente faleceu e que a família, ciente disso, quis fazer o bem.

E, a única forma que vai garantir isso é, justamente, o fim do sigilo e a transparência e controle social na lista. Qual é o sentido do sigilo ? Para que o sigilo? Garantir que não haja comércio? Mas é justamente o contrário, pois a máfia aproveita-se disso.

Caso no futuro eu ainda precise de um coração (estou otimista e acredito que tenho encontrado caminhos próprios de convivência com a doença) e aconteça de ser transplantado, não teria problema algum em conhecer a família do doador, assegurando que foi tudo dentro de valores humanos, houve espontaneidade e, sobretudo a morte mesmo - e não assassinato velado.   

Prefiro 1000 vezes morrer por falta de coração do que ser cúmplice, ainda que indiretamente, de qualquer maldade humana.

Como muitos que conheço que são agricultores, operários, donas de casa, pessoas simples, com doenças originadas por agrotóxicos, bebida, alimentos envenenados que temos nos nossos supermercados, não temos dinheiro para pagar por “peças”. Logo, é mais fácil morrermos mesmo na fila do que ser cúmplice indireto de assassinato.

Outra questão interessante: muitos receptores são também doadores. E o são. Os cardiopatas que conheço estão sujeitos a parada cardiorrespiratória nas UTI´s ou leitos onde aguardam órgão. Eu mesmo e tomo anticoagulantes até para tentar evitar isso! E, quando não acontecer são doadores dos demais órgãos.  Qual é a segurança de que não serão eutanasiados por um sistema falho e voltado a lucros? Não é o momento de rever conceitos e avançar na tecnologia e forma de diagnóstico da morte mesmo e voltar-se a outras formas de cura além de transplantes?

Vi no Grupo comentários criminalizando transplantes. Também não é sempre assim. Deve mudar regras, eliminar a máfia e punir bandidos de branco. Mas pode, sim, ser uma alternativa até para quem é contra hoje. Como aconteceu comigo de modo repentino pode acontecer a qualquer um essa “necessidade”. Só não pode ser acompanhada de morte. 

Como relatei a medicina não deve empacar na busca de cura de doenças graves por ter protocolos padrão voltados a transplante como panacéia para todos os males e esse é o ponto chave nunca considerado.

Há pontos controversos para reflexão e estudos. É tema novo para mim. Estou me debruçando sobre legislação, dados estatísticos e médicos.

Alguns paradigmas precisam ser quebrados e vão exigir outros pontos de vista. 

É preciso construir uma verdadeira ética da vida e não da morte. Uma ética da vida que não seja hipócrita e disfarçada como acontece nos transplantes (igualzinho aos fatos do romance literário que citei no início e onde mercadores de “almas mortas” se dizem santos e fazendo algo bom). Nunca revelam intenções de lucro em cima de vidas humanas. Médicos assim são “quase gente” e que se dizem “santos”, mas são como demônios achando-se Deus.

Para quem um dia poderá será transplantado, é importante a paz de espírito. E essa paz só anda junto com a honestidade, humanismo e ética.


quinta-feira, 30 de julho de 2015

Para que serve uma ASSOCIAÇÃO de Médicos?

Caros leitores,

É interessante notar que os médicos participam das mais diversas associações que podemos imaginar. Só para ter uma idéia, vejamos.

Um médico está obrigatóriamente associado aos Conselhos de Medicina.

- Conselho Federal de Medicina
- Conselho Regional de Medicina.

Não satisfeitos eles fazem outras associações.

- Associação de Médicos do Brasil
- Associação de Médicos do Estado
- Associação de Médicos da Região onde vivem
- Associação de Médicos da cidade onde moram
- Associação de Médicos da especialidade x.
- Associação das associações dos médicos associados.
- Associação dos médicos transplantistas
- Associação dos médicos sem fronteiras
- Associação dos médicos com fronteiras

e por ai vai...

Qual a finalidade de tanta associação? A finalidade meus caros, é lesar você de alguma forma. Ganhar dinheiro e principalmente escapar de erros e crimes que cometem durante a vida profissional.

A definição de Máfia é uma organização criminosa em que o associado paga mensalidade para ser protegido. Protegido de quem? Ora, da própria máfia. Se não pagar a mensalidade a máfia arrebenta com você. As associações dos médicos é assim. Médicos pagam e são protegidos. Não importa o que eles fazem. As Associações pagam advogados, panfletam as ruas, fazem publicidade em jornais e tv, tudo de graça! Mas claro, se a mensalidade do médico estiver em dia. Caso contrário...


Um exemplo prático

O G1 acaba de publicar uma matéria interessante, que faço questão de reproduzir na íntegra:

Instituições médicas são condenadas por formação de cartel no Sul de MG

Hospitais particulares de Pouso Alegre, MG, teriam combinado preços.
Multas aplicadas pelo tribunal do Cade somam quase R$ 1 milhão.

Daniela Ayres
Do G1 Sul de Minas

A Associação Médica de Pouso Alegre (MG) e outras três instituições médicas da cidade foram condenadas na tarde desta quarta-feira (29) por formação de cartel. A decisão foi tomada durante reunião do tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que julgou denúncia apresentada por uma seguradora em 2004.

As três instituições particulares são acusadas de adotarem uma mesma tabela de preços para procedimentos médicos e exames laboratoriais, o que foi entendido pelo tribunal como uma violação da lei da concorrência. Já a associação é apontada no processo por influência à conduta uniforme, ou seja, apoio à cartelização.

De acordo com o Cade, o Hospital Renascentista deve receber uma multa de R$ 94.693,17. Para a Corpus Hospitalar, a multa prevista é de R$ 266.025. Já o Hospital e Clínicas Santa Paula deve receber multa de R$ 477.675,89. À Associação Médica de Pouso Alegre, a multa estipulada pelo tribunal ficou em R$ 106.410.

Acusação

Em 2004, a seguradora AGF Saúde S.A. e a Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização (Fenaseg) denunciaram ao Cade uma suposta combinação de preços entre as instituições, com apoio das associações médicas de Pouso Alegre e do Estado de Minas Gerais. À época, o Cade recebeu orientação do Ministério Público, da Procuradoria Federal Especializada (ProCade) e da extinta Secretaria de Direito Econômico (SDE) para condenar os acusados por formação de cartel.

Nesta quarta-feira, o tribunal do Cade aprovou por unanimidade a aplicação de multas por entender que houve combinação de preços e que essa prática lesou, não só a seguradora, mas também a lei da concorrência. Apenas a Associação Médica de Minas Gerais foi absolvida no caso. A condenação pelo Cade tem caráter definitivo. O G1 tentou contato com a Associação Médica de Pouso Alegre, mas não conseguiu falar com nenhum representante até esta publicação.

Viram??

A Associação médica de Pouso Alegre e a Associação de Médicos de Minas Gerais (aquela que foi em Poços "acalmar" a população), apoiaram o cartel! Para isso que elas servem!!!!

E você achou que eles se associavam para estudar melhores tratamentos,  melhores atendimentos, melhores medicamentos???

Ahahahaahahahaha.... Tolinho. Esta turma, quando se junta, não está pensando nos pacientes. Eles pensam no bolso do paciente.

 A matemática em imagens:

Médicos associados

Pacientes desprezados
Médicos ricos e protegidos
Pacientes mortos

A verdade, nada mais que a verdade, somente a verdade. Tenho dito.
Duvída? Então assista!


terça-feira, 28 de julho de 2015

O choro é livre, mesmo para quem vai para a cadeia.

Os ataques estão de volta. Recebi este comentário pela manhã e como sempre, não posso deixar de responder.

Seu safado, todos sabemos que nao passa de um mentiroso e péssimo pai que fica fazendo esse teatrinho humanitario de ter perdido o filho para privilegios proprios sem relamente aceitar que foi uma fatalidade.Tudo isso não passou de uma desculpa para conseguir um pouco de fama e essa cidadania italiana e viver em outro pais com suporte de asilo.
Seria muito bom se realmente existisse essa mafia para te dar uma lição por importunar a vida de todos esses medicos. Se algum dia acontecer um acidente com voce, ja sabe porque. Não precisa publicar isso aqui, essa mensagem é para voce mesmo seu mal carater. 

Caro mafioso.

Antes safado que assassino. Antes mau caráter do que vendedor de órgãos.

Eu sou o mentiroso que mais fala a verdade, afinal, as minhas denúncias já culminaram na condenação de mais de meia dúzia de assassinos. Se todo mentiroso fizesse o que eu fiz, o Brasil estaria bem melhor. 

Você perdeu a noção de realidade. privilégios próprios tem aqueles que matam crianças para poder manter um padrão de vida além da capacidade intelectual. Precisam usar da violência para poder manter os filhos na faculdade e esbanjando por ai, porque o papai é médico. E agora é presidiário. (risos).

Assassinos anônimos. A covarde maneira de agir.

Sua capacidade criativa é nula. Quer dizer que eu planejei tudo isso só para conseguir a cidadania italiana, a que eu tinha direito sem precisar pedir asilo? 8 anos depois do assassinato? 

A máfia existe e já fez 8 vítimas (pacientes em coma), e duas testemunhas. Se isso não é máfia...

Se um dia acontecer algum acidente comigo, é porque a vida é feita de acidentes. Vocês riram da minha cara durante anos, mas vocês não perdem por esperar. Vocês não fazem idéia do que está em andamento aqui fora. E ai sim! Vocês vão saber do que eu sou capaz. 

A mensagem está publicada. Não tenho medo de mensagens, Seja menos covarde ao menos uma vez na vida. Eu assino o que escrevo. Se você acha mesmo o que diz, identifique-se. A sombra é o reduto da covardia. Prove sua inocência, como eu provei a sua culpa. De cara limpa.  Ficar atrás de um teclado mandando ameaças não vai me afetar. Seja homem ao menos uma vez na vida. 

Toda vez que saem da cadeia, os ataques começam. Coincidência?

A propósito, como estava a cadeia? 

Finalmente!! O livro em Inglês está em fase de edição.

Depois de  muito esforço (nada neste caso foi ou será fácil), o livro está definitivamente no forno, em inglês. A tradução está sendo feita pela minha esposa Érika e a correção pela Prof. Dra. Nancy Scheper-Hughes, que também fará o prefácio do livro. Estamos trabalhando em algumas adaptações para o público americano e inglês, e o resultado não poderia ser melhor. Os primeiros capítulos já estão traduzidos e estamos bastante animados.



O subtítulo também será  modificado por sugestão da Dra. Nancy e será: 

What the Organs Mafia  Does Not Want You to Know  about Where  and How  You Got Your Organs. (O que a máfia não quer que você saiba sobre onde e como você obteve seus órgãos). 

A quebra da barreira da língua vai fazer com que a história finalmente alcance dimensões internacionais. 

Em breve, eu, Érika e Prof. Dra. Nancy nos encontraremos na Alemanha para discutir os últimos detalhes, onde estará presente também meu caro amigo e irmão de luta Augusto.

Prof. Dra. Nancy Scheper-Hughes. A maior autoridade
mundial do assunto Tráfico de Órgãos.

O segundo livro ainda está sendo escrito em português e vai contar a forma como a justiça brasileira está agindo para proteger estes marginais. Estamos aguardando apenas o término do julgamento que deve acontecer em Abril de 2016 (se não for adiado novamente).

Para quem acompanha o blog, deve ter notado que criei um mecanismo de arrecadar fundos para a tradução. Como ninguém se dispôs a doar, resolvemos arregaçar as mangas e ir para a luta. Portanto a campanha foi cancelada. Não precisamos mais obter recursos.

Como sempre disse, nunca substimem a minha capacidade de ir além. Vocês podem me tirar tudo, mas não vão conseguir me calar. O amor pelo meu filho sempre será maior.

sábado, 25 de julho de 2015

Cometi um crime!

O Brasil é um país repleto de papagaios. Estes papagaios são responsáveis por disseminar culturas e idéias, sem mesmo conhecê-las minimamente. Vou dar um exemplo prático de um caso que aconteceu comigo, aqui em Londres.

Assunto: O amplo direito de defesa em um estado democrático de direito.

Eu estava andando com a minha moto quando sem perceber atravessei um sinal vermelho. Nada demais não é mesmo? Bem, aqui em Londres não é bem assim. Uma semana depois, recebi um comunicado da polícia me informando que eu seria processado criminalmente pelo erro. O comunicado vem acompanhado de uma foto onde eu apareço cometendo o "crime". Há também um link para um vídeo que eu posso assistir onde a cena é completa. 

Diante de tais fatos, a polícia me dispõe duas alternativas: 

1. Assumir que eu era o condutor;

2. Ou denunciar quem estava conduzindo a moto, oferecendo endereço e dados pessoais.

Logo abaixo vem um aviso em letras garrafais NÓS TEMOS PROVAS DO FATO OCORRIDO QUE PODERÃO SER USADAS CONTRA VOCÊ NA CORTE (TRIBUNAL).

A multa é de 100 libras (500 reais) e 3 pontos na habilitação, mas se eu for levado a corte pode chegar até 1000 libras (5000 reais),  mais os três pontos e um registro criminal na minha ficha.

Não tenho direito a defesa? Pensei. Tenho sim. Se eu quiser, eu posso contratar um advogado para cuidar do caso. Ele não cobra nada caso eu ganhe. Se eu perder terei de pagar a multa e as custas processuais. Mas que defesa eu posso fazer? Avançar ao sinal vermelho é proibído. Há fotos e filmes. Vou dizer o que? Que não vi? Que não era eu? Que o capacete me atrapalhou? Vou levar testemunhas para dizer que sou uma boa pessoa? 

Nada disso adianta. A corte aqui é impecável. Fez, pagou. Se existem provas, não há alternativa exceto assumir o erro e pagar por ele. 

Eu optei pela primeira alternativa: Assumi o erro e enviei meus dados confirmando que recebi o comunicado.

Dias depois, uma nova carta chegou pelo correio. A polícia novamente me oferecendo outras 3 opções. Por ser honesto e ter confirmado o que eu fiz, e também por não possuir nenhum ponto na habilitação, bastaria escolher uma das alternativas abaixo:

1. Assumo o erro, pago 100 libras e recebo 3 pontos na carteira, sem sujar a ficha criminal e caso encerrado.

2. Assumo o erro, pago 97 libras, sem pontos na carteira e me submeto a um curso de reeducação do trânsito, ficha criminal limpa e caso encerrado.

3. Vou à corte, enfrento o processo com o risco de pagar 1000 libras, mais despesas de advogado, mais 3 pontos na carteira e também com o risco de ter a ficha criminal suja.

Ora, eu cometi o erro. Não há o que defender. Não há o que se discutir. A polícia está com as fotos e os vídeos. Não há nada que possa mudar o que eu fiz. Lembre-se: Todos são inocentes, até que se prove o contrário. Neste caso, eles provaram.

O que você faria?

Admiti novamente ter errado e optei pelo curso. O caso não vai a corte e receberei um baita sermão que provavelmente vai me tirar o fôlego.

O próprio estado te oferece as ferramentas para a defesa, deixando claro que as provas existem. Se você quiser confrontá-las, é um problema seu. Aqui um processo não dura séculos. Em poucos meses sai a sentença. O juiz não leva em conta quem você é ou o que você faz, mas sim o ato que você cometeu.

No Brasil instituiu-se um tal de direito de defesa. Você tem as provas do crime, você tem testemunhas, você tem tudo que comprova o ato praticado, mas mesmo assim o acusado pode se defender de todas as maneiras, usando todos os tipos de recursos. Isto dura anos! No final, o mérito perde o sentido e a questão torna-se meramente a batalha de recursos que nada tem a ver com o fato em si.

Em casos como o do Paulinho, por exemplo, são anos que se discute o nada. As provas já foram apresentadas e não há nada que possa anular isso ou contradize-las. Não há mais nada a ser discutido, mas o tribunal se perde em recursos e artimanhas que nada tem a ver com a causa. São 15 anos discutindo nada. A batalha se torna um emaranhado de termos jurídicos sem fim. E o mérito - a morte de uma criança - nem é discutido. 

Aqui, você só vai para a corte depois de discutir as provas ou derrubá-las. Se você acha que é inocente, vai para a corte! Se for mesmo inocente, será absolvido. Mas se tem provas, o melhor é fazer um acordo com a promotoria.

Em todos os crimes é assim que funciona. Você é chamado para discutir as acusações. Se você tem provas de que é inocente, va para a corte! Se é culpado, o estado lhe oferece redução de pena, e outros benefícios, se admitir o seu erro. Com isso ganha a justiça. Ninguém diz ser inocente quando evidentemente é culpado. Os processos não se acumulam e a justiça funciona de verdade.

Você não vê nenhum britânico dizendo a imprensa que quer ver justiça, como no Brasil. Basta assistir aos programas policiais para ver alguém dizendo isso, mesmo sabendo que a justiça nunca virá. O sistema está preparado para que a justiça não seja feita. Exceto quando interessar.

Enquanto isso, os papagaios distribuem pelas redes sociais que é preciso garantir o amplo de direito de defesa, sem nem menos entender o que isto significa. Defesa existe para quem é inocente. Pena existe para quem tem culpa. É assim que funciona.

No Brasil a coisa ficou tão absurda que não se discute mais o direito de defesa e sim o direito de ser inocente.

O novo lema é: Todo mundo é inocente, mesmo que se prove o contrário.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Gepetto é do Brasil!!!

Corregedora Katiuscia 
Eu tenho dúvida de que Deus seja mesmo brasileiro. Mas Gepetto, o pai do pinóchio, tenho certeza, é mineiro! 

Hoje você vai conhecer mais um personagem desta incrível história envolvendo o caso Pavesi e mais de meia dúzia de vagabundos condenados e livres. Hoje vamos falar da magnífica Corregedora da Secretaria de Estado de Defesa Social, Katiuscia Fagundes Fernandes (foto). A Sra. Fernandes enviou-me um ofício respondendo meus questionamentos sobre a transferência ilegal dos presos. 

Ela destaca que nenhuma providência foi tomada e parece até estar meio orgulhosa disso. Em seguida, ela mente descaradamente como vou demonstrar aqui. 

No ofício abaixo, ela cita Antônio Padova Marchi Junior e Andrea Abritta Garzon afirmando que não há qualquer procedimento aberto para apurar os fatos apontados por mim contra eles. Em seguida, ela diz que "os ex-servidores, eram ocupantes de cargo de recrutamento amplo e forma exonerados (...)". 

O Brasil vai mal de corregedoria. A Dra. Katiuscia mentiu, e o Toninho das Moças continua a perseguir o juíz. 

Andrea Abritta não foi exonerada e continua ocupando o mesmo posto, apesar da transferência fraudulenta que ela ajudou a promover. Basta consultar o site para ver o nome de Andrea Abritta ativo. A exoneração de Abritta é a mais pura mentira.

Clique na imagem para ampliar
Todos que acompanham o caso, sabem que o chefe desta máfia é um famoso tucano, Carlos Mosconi, ligado intimamente a Aécio Neves e Antônio Anastasia. É por esta razão que eles fazem o que querem sem temer o peso da lei. Ao lado (foto), a protetora de assassinos de crianças, Andrea Abritta e seu fiel escudeiro Antonio Anastasia. Andrea é ligada aos tucanos e foi advogada de defesa dos médicos que ajudou a transferir ilegalmente. Andrea é também a exonerada que ainda ocupa cargo na Defesa Social, ao que tudo indica, com o apoio da Corregedoria que decidiu mentir para ajudá-la. 

Andrea Abritta em um fraternal abraço com
Aécio Neves. Só sorrisos.


Mas máfia é máfia não é mesmo? Não é somente Andrea Abritta que tem lá suas garantias. Mesmo em um governo petista, os tucanos ainda comandam a festa. O diretor do presídio de Poços de Caldas, que participou do esquema de transferência ilegal, também é amparado pela turma. Ao lado (foto) Adriano Pupilo, o gordinho de barba e novamente, Antonio Anastasia. Quantas fotos!! Esses tucanos gostam mesmo de flash e órgãos humanos. Ah... e gostam de presidiários também (só os de plumas azuis e amarelas), com exceção do jornalista Marco Carone que quase morreu na cadeia, sem ter condenação nenhuma. 
Assim fica fácil para a máfia. Basta revirar um pouco e o DNA surge. A impunidade é uma coisa maravilhosa para quem comete crimes. Mentir então é uma beleza. Ninguém vai fazer nada mesmo. É só mandar ofícios mentindo que tudo dá certo. Quem vai investigar a corregedoria? O Papa?


Acho que é por isso que estão sempre sorridentes! Estão tranquilos, serenos e certos que nada vai atingi-los nunca. A máfia é forte!!! Ninguém põe a mão! Barba, bigode e cabelo. Promotores, defesa social e desembargadores. Tudo sob controle dos tucaninhos!


Ahhh.. Dra. Katiuscia. Eu ainda aguardo resposta do meu último e-mail. Eu não tenho mais condições de acreditar no que diz, mas eu gosto de receber respostas mesmo assim. Afinal, você ganha para isso não é mesmo? Ou além de mentirosa é também prevaricadora?

Vitalino estava vivo no necrotério. Ele é apenas mais um.

Os transplantistas dizem que o diagnóstico de morte de um paciente é inequívoco, e que segue um protocolo rígido. Se fosse verdade, as imagens que temos abaixo jamais existiriam. E apesar de existirem, os transplantistas continuarão dizendo que diagnoticar a morte de uma pessoa é tarefa extremamente segura. Segura pra quem?


O cidadão acima é Vitalino Ventura da Silva. Ele está no necrotério pois foi diagnosticado como morto, mas podemos perceber que ele respira e ainda está vivo. Vitalino foi avaliado por uma médica e foi assistido por outros 10 profissionais. No total 11 pessoas não perceberam que Vitalino estava vivo.

Um sujeito como ele, estando sedado, é uma lebre para os predadores transplantistas. E tem gente que ainda acredita que doar órgãos é um gesto de "cidadania". Incrível como o brasileiro não faz idéia do que é cidadania. Cidadania é Vitalino receber tratamento adequado e o estado lutar pela sua vida. O que vemos hoje são corredores lotados de macas e pacientes de todas as enfermidades, sem atendimento básico. E quando tudo isso não existe, o pobre sujeito transforma-se em cidadão, doando os órgãos! Não é lindo?

Quer saber como Vitalino quase morreu?
Vitalino respirava com a ajuda de um aparelho na traqueia e não falava, pois há um ano teve câncer na laringe, que foi retirado. Como foi considerado morto, foi enviado para o necrotério sem os aparelhos respiratórios, com algodão tapando as narinas e com gazes na saída da traqueia.
Tentativa de homicídio?

Não!!! Foi apenas, digamos, um equívoco... pequeno equívoco.

A família, como sempre, não teve acesso ao atestado do suposto óbito e nem ao prontuário, o que seria um direito inviolável do paciente. No Brasil quem manda no prontuário são os médicos. Eles decidem se entregam ou não as provas do crime! Se o prontuário for destruído, acabaram-se as provas! Não é legal??? 

A medicina é a profissão em que aquele que comete o crime, tem o poder de sonegar as provas.

Vitalino está agora sob cuidados do mesmo hospital que o enviou para o necrotério. Ele está vivo e precisa de uma UTI, mas não há UTI´s disponíveis. Vitalino, como um paciente de urgência, não é considerado cidadão, pois cidadania envolve oferecer aos brasileiros a assistência médica necessária e PAGA através dos impostos.

Sabe o que acontece agora?

A família, como tem o exercício da cidadania suspenso (não tem UTI) terá de recorrer a defensoria pública para exigir um direito de cidadão. Mas se fosse doador de órgãos, já estaria em um leito de UTI para que os órgãos não fossem danificados.

Esta é uma aula prática de cidadania. Você não tem o mínimo necessário para cuidar da sua vida, quando chega aos 58 anos (muitos deles pagando impostos), e é enviado para o necrotério ainda vivo. Depois volta ao hospital e não tem leito de UTI, e precisa acionar a justiça para conseguir um que é simplesmente um direito seu, que lhe está sendo roubado.

As perguntas que precisam ser respondidas.

Vitalino não teria sido enviado ao necrotério, justamente por não ter um leito de UTI?

Seria mais fácil considerá-lo morto já que não havia condições de tratamento adequado?

Quem são as pessoas e quais formações possuem para diagnosticar a morte?

A família também vai precisar entrar na justiça para ter o prontuário de Vitalino, um direito dele?

Seja um cidadão! Doe órgãos.


Em tempo. Vitalino morreu no dia 20/07/2015 enquanto eu estava escrevendo este post. Eu precisei atualizar e mudar o texto. Estamos diante de um caso de homicídio praticado pelo Estado. Desejo todo o conforto a família.

A médica foi afastada de suas funções e seu nome não foi divulgado.

terça-feira, 21 de julho de 2015

No meio do nada

Ontem presenciei uma discussão no Facebook, que me levou a escrever este post. Alguém iniciou a discussão sobre a venda de órgãos no Facebook, através de uma reportagem publicada pela mídia. Isto explica a ascenção rápida de humoristas como Danilo Gentilli e Rafinha Bastos. Os dois são capazes de brincar com qualquer assunto. O brasileiro em geral acredita ser um destes dois. Qualquer assunto é motivo de piada. Todos são engraçadinhos e sonham com o estrelato. Afinal, os humoristas que citei enriqueceram rapidamente, enquanto físicos e matemáticos se esforçam para chegar ao fim do mês. A seriedade não tem espaço no Brasil. O negócio e rir!!

Mas existem alguns que ainda são capazes de se indignar. São raros, mas existem.

Uma apela para a propaganda de doação de órgãos: Não é o momento de incentivar a doação de órgãos?, diz. Como se isso fosse resolver o problema do mercado negro, que hoje fatura milhões justamente com a tal "doação" de órgãos.

Um outro repete um mantra: Todo mundo deveria ter os órgãos retirados após a morte, independente da vontade! Este aí apóia o confisco de órgãos, mas jura que luta por democracia. Certamente ele ou alguém da família precisa de um órgão. Já pensou o que não faria para conseguir um? 

A maioria apela para a piada: Vendo meu pênis!, diz um. O outro fala "brincando" sério: Vendo parte do meu fígado por R$ 200 mil. Ele quer fazer a vida com a desgraça do próximo. Oportunista da pior espécie. Mesmo sendo crime fazer tal proposta, ele não se intimida. No Brasil, nem mesmo quem mata crianças para este fim vai preso. Por que prenderiam quem apenas faz uma oferta no Facebook? O Brasil, como eu disse, é o país dos humoristas. O Ministério Público deve se divertir vendo estas discussões, afinal, ele não faz nada. 

Outro dia li a frase: "Avisa o pessoal do tráfico de órgãos que aqui tem um coração no gelo", referindo-se a uma frustração sentimental. Piada! tudo piada! Temos de rir.

E a política? Como trata o assunto tráfico de órgãos?

Bom, a política é a maior de todas as piadas. Uma parte do Brasil é coxinha e reaça. A outra parte é esquerda caviar. Se você não faz parte de nenhuma das duas, sinto informa-lo, mas você não é cidadão brasileiro e a sua vida não tem importância nenhuma. Explico.

Ontem, num bate papo com um amigo, ele me disse: Você não acha que o seu vídeo com o Lobão afastou as pessoas? 

Bom, esta é uma questão bastante profunda. A primeira vez que me encontrei com o Lobão foi no escritório de Luis Eduardo Greenhalgh. Conversamos rapidamente. Muito tempo depois, Lobão (acho que nem se lembrava do nosso primeiro encontro), me deu a oportunidade de falar sobre o caso Pavesi em seu Hangout, a pedido meu. Não foi Lobão que me procurou. Fui eu quem procurou por ele, através de um amigo comum. 

Eu já fui no João Kleber. Eu nunca recuso espaço para falar de um assunto sério. Seja qual espaço for.

Lobão é coxinha, reaça, falido, dizem por ai. Bom, eu não classifico as pessoas assim. Lobão é brasileiro e como tal pode pensar o que quiser. Ele apoiou Aécio Neves e eu fui contra. Mas dai a dizer que ele não presta, tem uma distância enorme. Jogar a carreira dele no lixo por causa de suas opiniões? Não dá.

Mas vou perder o apoio da esquerda? Bom, neste caso preciso pensar qual o apoio que estou perdendo. Apesar de ter denunciado os "inimigos" da esquerda, estou asilado, sem respaldo, sem ajuda, e sem voz. Esqueci de algum apoio?

Para citar um exemplo, o video que fiz de Aécio Neves foi replicado milhares de vezes pela rede. Mas os vídeos que falam sobre o caso do meu filho, sem entrar em política, pouquíssimas. Ou seja, a esquerda, que me apoia, só apoia se eu citar os podres de Aécio e sua gang. O caso Pavesi mesmo não tem qualquer importância. O que importa é atacar o adversário. Eu não fiz o vídeo de Aécio Neves visando política. Fiz visando uma causa. 

Outro dia me deparei com o seguinte comentário: Este Pavesi não é confiável. Ele fez um vídeo com o Lobão coxinha! Ahhhh entendi. Se eu atacar Aécio sou confiável, mas se eu falo com o Lobão, não sou mais. E o caso Pavesi? O que tem com isso? Nada! Mas não importa. Eu tenho que oferecer algo a eles para que possam usar contra o inimigo. Se eu fizer isso, serei bem vindo. Caso contrário serei esquecido. Em outras palavras, para ter apoio, eu preciso ser "útil" de alguma forma.

Eu denuncio uma quadrilha de médicos que matou o meu filho, e está impune porque pertence a um manda chuva do PSDB. O PSDB não é o causador da morte. A morte foi causada por médicos. O PSDB é causador da impunidade. É o PSDB que impede a punição dos assassinos. Coisas diferentes. Aliás, nenhuma autoridade brasileira tem coragem de denunciar qualquer politico do PSDB, que faz as mesmas coisas que os políticos do PT. Então por denunciar isto (caso Pavesi), perdi o apoio dos coxinhas e reaças. Mas se eu falo com o Lobão, também perco o apoio da esquerda caviar. 

Pra que lado eu vou?

Eu decidi! Eu vou para a Europa onde um cidadão é cidadão, e tem os direitos respeitados, onde crime é crime independendo de quem o cometa. Onde você pode ser o que você quiser sem ser selecionado ou descartado por isso. Onde a morte de uma criança que teve os órgãos retirados com vida não deve servir de argumento político para ataque baratos, seja de que lado for. 

Você não nasceu Petista ou Tucano. Você nasceu brasileiro. Os dois patidos cometeram crimes, querendo você ou não. E os crimes comentidos envolvem dinheiro seu.  Mas você não percebe ou se percebe e apóia, é porque tem interesses pessoais. 

Enquanto vocês discutem quem é o menos honesto, brasileiros estão morrendo sem segurança pública, sem educação, sem saúde. Nada mais se discute no país. Só se fala em petrolão, impeachment, corrupção e humor. O Brasil beira a uma crise economica jamais vista na história. Não é praga. Estou apenas falando de fatos. Basta olhar os números. Não há planejamento nem do PT e nem do PSDB. Todos estão apenas interessados no poder. Não é poder que produz os desmandos? A justiça perdeu a credibilidade. Nenhum brasileiro honesto acredita nas instituições. Nem mesmo os coxinhas e os comunistas. A delação premiada de um tem valor, de outro não. E isto acontece dos dois lados, PT e PSDB. No meio de tudo isso, ou seja, no meio do nada, o povo se diverte e ri fazendo piadinhas na internet, sobre os assuntos sérios.

E o Collor? Em 1992 caiu por causa de uma Fiat Elba. Em 2015, uma ferrari, um porsche e um lamborghini!!! Ahahahahahahahahaha não é demais!!!! E os hospitais? o quanto evoluiram nestes anos? Collor evolui! ahahahahahahahaahahahahaa... muito engraçado!!!! Estou morrendo de rir aqui.

Acho que Danilo e Rafinha acertaram na mosca. 

Para dar certo no Brasil, só mesmo sendo humorista.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Este blog também é cultura

A sonda New Horizons foi lançada em 19 de Janeiro de 2006, e tinha como objetivo percorrer 5 bilhôes de quilometros rumo a Plutão, estimados em 9 anos. A Nasa acaba de liberar as primeiras imagens do planeta Plutão.



Curiosidade 1

Sonda New Horizons
A sonda foi lançada 6 anos após a morte de Paulinho e 9 anos depois atingiu seus objetivos. O caso Paulinho ainda está em andamento. Isto significa que é mais fácil ir a Plutão (5 bilhões de quilometros) do que julgar um processo de homicídio envolvendo políticos e médicos traficantes de órgãos. Podemos concluir também que o Brasil jamais enviará uma missão a Plutão, pois o dinheiro e o tempo necessário são desperdiçados na justiça. O conforto é saber que países do 1o mundo fazem a sua parte. Já o 3o mundo...

Curiosidade 2

Ministério Público de Poços de Caldas
Mais rápido do que a Sonda New Horizons só mesmo o Ministério Público de Minas Gerais. O inquérito para apurar a organização criminosa da qual o chefe chama-se Carlos Mosconi, está para ser arquivado. O inquérito foi aberto em maio de 2015, e os promotores já chegaram a conclusão de que não há organização criminosa nenhuma. O processo de homicídios praticados pela organização criminosa dura 15 anos, mas as investigações contra o chefe da máfia, duram apenas algumas semanas.


Curiosidade 3

O inquérito foi aberto com base em minhas denúncias, mas eu não fui ouvido em nenhum momento! O Ministério Público não quer saber o que eu tenho a dizer e nem as provas das minhas afirmações. Sendo assim, eu reproduzo aqui um resumo (tem muito mais coisa a falar) que o Ministério Público de Minas Gerais está mais uma vez ignorando para livrar Mosconi de processos. Este cara é foda! (desculpem a palavra mas não há outra neste momento).

Assista ao vídeo e responda nos comentários, se tiver coragem: Existe alguma organização criminosa?


As instituições brasileiras são nojentas. Repugnantes. É inaceitável ver como se vendem por tão pouco. É inaceitável ver como o poder público ajoelha-se diante de um sujeito porco e indecente. Mas a realidade é esta. E como tenho dito, isto tem preço. E este preço é você, que está lendo este post, quem vai pagar.

Na próxima semana o programa Topa tudo por dinheiro receberá a
caravana do Ministério Público de Poços de Caldas:
QUEM QUER DINHEIRO?????????

Parabéns polícia brasileira!!

Eu tenho plena confiança na Polícia brasileira. A apresentadora Maju foi ofendida nas redes sociais por causa da sua cor (ainda existe isso no Brasil). Rapidamente o autor do ataque foi identificado e será punido!


Tenho certeza que a polícia vai identificar também o autor do e-mail anônimo enviado para o ex-subsecretario de administração prisional, que deu origem a transferência dos presos do caso da Máfia de Tráfico de Órgãos e enfim, descobriremos de onde partiu, quem foi e qual o propósito.

O autor dos ataques à Maju foi descoberto em pouco menos de 15 dias. O problema é que o e-mail a que me refiro já tem uns dois meses. Por que será que a polícia ainda não identificou? Por que será que ainda ninguém sabe quem foi o autor desta acusação sem provas, que ajudou a liberar os traficantes?

Ah que orgulho de ser Brasileiro Italiano!


Se tiver difícil, os carabinieris podem ajudar. Seria um prazer!

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Mosconi é investigado sob o manto sagrado do sigilo

Caros leitores, brasileiros do bem. Este post é para falar de um protegido das autoridades mineiras. Um sujeito que durante vários mandatos, participou de diversas falcatruas para obter mais dinheiro e poder. E deu certo! Poder é algo que lhe sobra. Dinheiro também!

Carlos Mosconi. A Madre Tereza do Sul de Minas
Trata-se do mentor e chefe intelectual da Máfia do tráfico de órgãos de Poços de Caldas, o excelentíssimo ex-deputado federal, estadual, assessor especial de governador e por ai vai, Carlos Eduardo Venturelli Mosconi.

Durante 15 anos venho denunciando a sua participação no esquema, que ele nega veementemente, apesar das provas incontestáveis, tais como testemunhas e a própria ABTO, que publicou em uma de suas edições reportagem em que aparece o nome deste denunciado. Mas ao contrário de países sérios, ele nunca é investigado. Ou nunca era.

A revista CartaCapital trouxe em três edições o nome de Mosconi. Em 2002, a reportagem relata a relação e troca de oficios entre Mosconi e José Serra. Recentemente, a revista foi mais contundente. Com o título "Um Feliciano piorado na Assembléia mineira", a reportagem, em resumo, dizia o seguinte:
O nome de Mosconi apareceu na trama em 2004, durante a CPI do Tráfico de Órgãos. Convocado pela comissão, o delegado Célio Jacinto, responsável pelas investigações da Polícia Federal, revelou a existência de uma carta do parlamentar na qual ele solicita ao amigo Ianhez o fornecimento de um rim para atender ao pedido do prefeito de Campanha, por 8 mil reais. A carta, disse o delegado, foi apreendida entre os documentos de Ianhez, mas desapareceu misteriosamente do inquérito sob custódia do Ministério Público Estadual de Minas Gerais. 
Mosconi foi ouvido pelo juiz Narciso de Castro e confirmou conhecer Ianhez desde os anos 1970. O parlamentar disse “não se recordar” da existência de uma lista de receptores de órgãos da Santa Casa, da qual chegou a ser presidente do Conselho Curador por um período. Sobre a MG Sul Transplantes, que fundou e difundiu, afirmou apenas “ter ouvido falar” de sua existência. Declaração no mínimo estranha. O registro de criação da MG Sul Transplantes, em 1991, está publicado em um artigo no Jornal Brasileiro de Transplantes (volume 1, número 4), do qual os autores são o próprio Mosconi, além de Ianhez, Fernandes, Brandão, e Scafi, todos investigados ou réus do processo sobre a máfia de transplantes de Poços de Caldas 
Procurada por CartaCapital, a assessoria de imprensa de Carlos Mosconi ficou de marcar uma entrevista com o deputado. Até o fechamento desta edição, o parlamentar não atendeu ao pedido da revista.


Esta edição praticamente desapareceu das bancas de jornais da cidade de Poços de Caldas. Poucos conseguiram ler a reportagem na versão impressa, mas tiveram acesso a versão digital com milhares de visualizações. Mosconi não respondeu a entrevista, mas depois emitiu uma nota, criticando a reportagem:
Os 204 transplantes realizados em Poços foram auditados pelo Ministério da Saúde, Polícia Federal e Ministério Público, sendo que nove foram objeto de investigação, como os casos do menino Paulo Pavesi e do trabalhador rural João Domingos. Como consta nos autos, não há nenhum envolvimento médico ou administrativo de Mosconi nesses episódios. Nessa época, o deputado não mais exercia a medicina. Na CPI dos Transplantes, realizada em 2004, na Câmara dos Deputados, o deputado Carlos Mosconi não foi, em nenhum momento, convocado, seja como depoente, testemunha ou acusado.
Balbuciou Mosconi.
Santa perseguição! O nome de Mosconi foi citado sim no processo e tenho cópia das citações. Nem vale a pena mencionar isso agora, pois as sentenças proferidas pela 1a Vara Criminal de Poços de Caldas, deram conta de posicionar o sujeito onde deveria estar posicionado desde sempre.

Ao contrário do que diz Mosconi, no dia 5 de maio de 2004, a pedido de Deputado Federal  Geraldo Resende (médico e amigo de Mosconi), o requerimento para que ele fosse convidado a ser ouvido pela CPI, foi unanimamente aprovado. Um acordo, a pedido de Mosconi, suspendeu o convite. 

Um ano depois a CartaCapital voltou a citar Mosconi. Desta vez o título era "Cerco à 'Máfia dos Transplantes' atinge deputado do PSDB" e mais uma vez, Mosconi ficou enfurecido. Ele não suporta ser questionado, averiguado ou perguntado sobre o tema, que já lhe rendeu tantas dores de cabeça.


Somente em Maio de 2015 (15 anos após as minhas primeiras denúncias) Mosconi passou a ser investigado. No site do Ministério Público está lá o procedimento. Neste registro não aparece o nome de Mosconi. Há apenas um aviso de "SIGILO", sem qualquer motivo. Mosconi é um cidadão comum e não ocupa nenhum cargo público e nem foi eleito para nada. Qual o motivo de manter as investigações em Sigilo? Será que é para que ele possa continuar dizendo que nunca foi investigado?

Clique para ampliar
Notícia de fato criminal n. MPMG 0518.15.000344-1, tendo por objeto pedido de investigação do ex-deputado Carlos Mosconi como chefe da organização criminosa vinculada à santa casa local, conforme denunciado pelo pai da vitima Paulo Pavesi e conforme solicitado pelo MM juiz de direito da vara criminal no of. n. 29/2014.

Agora é oficial. Não que vá dar em alguma coisa, até porque, não se sabe qual o material base está sendo utilizado para a investigação. Mas de qualquer forma, é um pequeno avanço, considerando que sequer o nome dele poderia ser citado, sem sofrer ameaças. Sob sigilo, mas em investigação.

Será que estão investigando também o caso Carlão?

Ahh.. para adiantar o expediente, já que agora Mosconi está sem um assessor de imprensa, eu vou dar uma ajudazinha.


Blá, blá, blá, blá, blá, e blá.

Calma Mosconi. Está tudo em casa. Tudo sob sigilo.

Resposta da Corregedoria da Secretaria de Estado de Defesa Social

Corregedoria da Secretaria de Estado de Defesa Social, envia uma resposta para o meu e-mail. No texto, fica bastante claro que, ao contrário do e-mail anônimo acusando o juiz de estar perseguindo os presidiários do caso da Máfia dos órgãos, que gerou toda a polêmica transferência, nenhuma medida foi tomada em relação ao meu e-mail. 

A imprensa diz que o subsecretário pediu demissão, e o governo diz que ele foi exonerado. Nem mesmo nisso são honestos para dizer o que de fato aconteceu. Mas a história não se encerra com a exoneração. Um crime foi cometido, e quero respostas. Se nada for feito, estaremos diante do crime de prevaricação.


domingo, 12 de julho de 2015

Discurso de 1961

(...) A palavra "segredo" é repugnante numa sociedade aberta e livre, e nós como povo somos intrinsecamente e historicamente contra as sociedades secretas, juramentos secretos e procedimentos secretos. Decidimos há muito que os perigos do excessivo e injustificado encobrimento de fatos relevantes é mais grave do que os perigos que são citados para o justificar.

(...) Porque estamos confrontados em todo o mundo por uma conspiração monolítica e cruel que se apoia principalmente em ações encobertas para expandir a sua esfera de influência, em infiltração em vez de invasão, em subversão em vez de eleições, em intimidação em vez da livre escolha, em guerrilha a coberto da noite em vez de exércitos à luz do dia.

(...) Os seus planos são ocultos, não anunciados. Os seus erros são encobertos e não tornados públicos. Os seus dissidentes são silenciados e não elogiados. Nenhum gasto é questionado, nenhum rumor é publicado, nenhum segredo é revelado.

John Fitzgerald Kennedy
27 de Abril de 1961


O assassinato de pacientes para venda de órgãos não pode continuar sendo um segredo.  Para calar a imprensa, os traficantes dizem que casos como estes, quando divulgados, prejudicam a doação de órgãos. "Decidimos há muito que os perigos do excessivo e injustificado encobrimento de fatos relevantes é mais grave do que os perigos que são citados para o justificar".

A imprensa vem fazendo um papel covarde ao esconder o que está acontecendo em relação a tráfico de órgãos no país. "intimidação em vez de livre escolha, guerrilha a coberto da noite em vez de exércitos à luz do dia". Conchavos em gabinetes de autoridades para adiar julgamentos e transferir presos na calada da noite. 

"Os seus erros são encobertos e não tornados públicos. Os seus dissidentes são silenciados e não elogiados". Delatores abandonam o país e testemunhas são assassinadas. Em pleno século XXI. E a imprensa continua a manter um silêncio inexplicável. "Nenhum rumor é publicado, nenhum segredo é revelado".

O tráfico de órgãos é uma realidade. A máfia nunca esteve tão ativa. Autoridades nunca se venderam por tão pouco.

O inimigo não é forte. Ele é sujo e covarde. E mesmo com todo o poder a seu favor, não consegue provar a inocência, pois ela não existe. Só lhes resta alcançar a impunidade. Mas isto também tem preço.