Desembargadores comprados

Desembargadores comprados

domingo, 19 de abril de 2015

19 - 21 de abril

15 anos do assassinato do Paulinho.




quarta-feira, 15 de abril de 2015

O sequestro legalizado. Você poderá ser o próximo!

O sequestro de pessoas está legalizado em todo o mundo. Não! Não é aquele sequestro em que alguém exige o resgate e que caso não seja pago, matará você. Este sequestro legalizado é provocado por você mesmo! Acredite!

Atualmente milhares de pessoas em todo o mundo estão em busca de dinheiro para pagar o resgate, ou melhor dizendo, pagar o transplante de que tanto precisam. Caso não paguem, vão morrer. 

Quando você compra um bem, como por exemplo, um apartamento, você paga por materias, terreno, construção, engenheiros e tudo o que envolve a legalização deste imóvel. Gastar 100 mil dólares em um apartamento, faz sentido pois você está comprando algo que passará para as próximas gerações. 

Se alguém lhe oferece um software como o Windows 8 pela bagatela de 100 mil dólares, você certamente vai recusar, ainda que tenha o dinheiro para comprá-lo, pois evidentemente você não vê nada que 100 mil dólares justifique o custo de desenvolvimento do software.

São bens materiais. Podemos avaliar o quanto valem. Mas quando o assunto é um órgão, a situação é completamente diferente. A coisa acontece como um sequestro. O que um médico faz, que pode custar 100 mil dólares? Qual o material ou software que ele está disponibilizando para que possamos a voltar a viver? Nada. O médico está oferecendo seu serviço e conhecimento. Enquanto algumas pessoas demoram uma vida inteira para juntar dinheiro para comprar o seu apartamento, o médico ganha isto em uma única cirurgia! Se uma cirurgia dura 3 horas, o salário do médico é de 33 mil dólares por hora. Você conhece algum profissional que ganha 33 mil dólares por hora, e que não seja médico?

O apartamento e o Windows 8, você pode deixar de comprar, mas a cirurgia não. Se você não receber um novo implante, você vai morrer. Não há espaços para negociação. É pagar ou morrer. Os médicos solidários, salvadores de vidas, se recusam a operar aqueles que não podem pagar. 

Este mercado de órgãos humanos tem modificando a vida de muitas pessoas ao redor do mundo. Como um sequestro, cada paciente a espera de um órgão é obrigado a levantar fundos para pagar o resgate. Os médicos não atuam como sequestradores. Não ligam exigindo pagamento. Você é que está desesperado para pagar. É você quem corre contra o tempo.

O site GoFundMe tem se tornado uma ferramenta tecnológica que tem ajudado aos médicos sequestradores de vidas. Neste site, uma pessoa pode arrecadar doações para pagar um transplante. O problema é que isto é ilegal, mas as autoridades se negam a bloquear este recurso, pois o dinheiro é para salvar uma vida não é mesmo? E no sequestro real? O dinheiro não salva vidas? Por esta lógica, o GoFundMe poderia também arrecadar dinheiro para sequestrados, principalmente em países sulamericanos!

Ah... mas estaríamos incentivando o sequestro! E não estamos incentivando médicos a cobrarem 33 mil dólares por hora?

Quando o bandido é médico, a situação é analisada por outro aspecto. Um sequestrador que põe a vida de outra pessoa em jogo, não é aceito pela sociedade. Mas aquele sequestrador de branco, que só implanta um órgão se tiver 100 mil dólares na mão, não tem problema. 

Veja alguns exemplos:


Flick estimou arrecadar 60 mil dólares. Conseguiu mais de 80 mil em doações. Agora basta entregar o dinheiro aos médicos e receber um implante. A foto no site GoFundMe mostra a alegria da família.


Craigery estimava arrecadar 50 mil dólares. Está quase lá! Em breve os médicos receberão o resgate e Crargery finalmente estará livre da morte.


Este não teve tanta sorte. John estimava arrecadar 100 mil dólares, mas até o momento conseguiu pouco mais de 9 mil. A chance de ele continuar vivo é mínima, pois sem dinheiro não há transplante.

Situação no Brasil

Você pode estar imaginando que no Brasil não existe este negócio. Em 2004, durante a CPI do Tráfico de órgãos, o apresentador de TV Athaide Patreze revelou que estava pedindo doações à amigos para fazer um transplante. Na época ainda não existiam sites como o GoFundMe, e o caminho era apelar para os conhecidos. Patreze vendeu sua BMW por 25 mil dólares, mas não conseguiu chegar aos 50 mil solicitados pelo médico Elias David Neto. Segundo Athaide, o preço incluia o rim.

Dizem os transplantistas que no Brasil o transplante é gratuito. Uma ova! Nada no mundo é gratuito. As cirurgias são caras e pagas com o dinheiro dos seus impostos. Uma única cirurgia de implante de rins pode render mais de 50 mil reais para um médico do SUS. Mas atualmente os transplantes privados são muito maiores que os transplantes públicos. O detalhe é que os órgãos utilizados nos transplantes privados, são obtidos das doações públicas. Ou seja, alguém é passado para trás.

Para finalizar, fiz questão de registrar este fato pois, o mundo começa a entender o que está acontecendo. Se você compreende a língua inglesa, vale a pena assistir este vídeo.


Cuide da sua saúde para não ser sequestrado por um médico.

terça-feira, 14 de abril de 2015

Atualizando

Caros leitores.

Até o final desta semana, estarei encaminhando via correio, representações para o CNJ e CNMP.

Para o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) estou enviando representação contra o TJMG que se nega a julgar os casos ligados a Mafia do tráfico de órgãos em Minas Gerais. Em especial, solicito através desta representação que o TJMG apresente provas de que eu participaria via Skype do julgamento, motivo este alegado pela defesa e acatado por um desembargador para que o juri fosse adiado por mais uma vez. 

Já para o CNMP (Conselho Nacional do Ministerio Publico) estou enviando representação para que seja apurado o motivo pela qual 2 casos envolvendo a Máfia do Tráfico de Órgãos ainda estejam em fase de inquérito. O Ministério Público, seja estadual ou federal, são os fiscais da polícia. Estou requisitando a apresentação das movimentações do Ministério Público visando garantir celeridade nestes casos.

As representações já foram enviadas via meio eletrônico, mas as duas instituições alegaram que não podem recebe-las. Então estou enviando o material impresso para que não haja mais desculpas.

Sim meus caros! No Brasil é assim que funciona. Eu levantei provas, denunciei os crimes, e sou obrigado a acompanhar e cobrar o andamento dos trabalhos, pois estamos diante de instituições repletas de vagabundos que precisam ser observados para que cumpram as suas obrigações. Enquanto eu dedicava a minha vida nesta história, sem ganhar um centavo e gastando tudo o que eu tinha, delegados, promotores, procuradores, desembargadores e advogados faturavam alto com a morosidade dos processos. São milhões de reais investidos nestes vagabundos para não fazerem nada. Sem contar as propinas, os cargos oferecidos para se manterem inertes diante dos casos. 

Em países sérios, estariam todos estes servidores processados e condenados e eu já teria sido indenizado, mas no Brasil, isto é praticamente impossível porque a vagabundagem faz parte do dia a dia. 

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Parabéns ao Juiz Narciso de Castro

Durante as pesquisas para o 2o livro, me foi enviada uma cópia deste documento somente hoje, mais de um ano após o fato, mas não deixo de publicar com muita honra. 

Parabéns Dr. Narciso, pela coragem e honestidade em enfrentar este assunto de forma tão íntegra e honesta, infelizmente sem o merecido apoio das instituições. Agradeço também ao Deputado Durval Angelo. Publicado para registro.



quarta-feira, 8 de abril de 2015

Acredite na verdade. Ela sempre permanecerá.

Eu não poderia deixar de compartilhar alguns sabores que tenho o prazer de degustar. Eu sou obrigado a engolir muitas coisas, mas algumas são prazeirosas. O jornal de Belo Horizonte "O TEMPO" é um aliado descarado da máfia traficante de órgãos. Faz publicações seletivas induzindo os leitores a erro. O proprietário... bom, melhor ler o texto. Boa leitura.

Há alguns anos, o ex-deputado federal pelo PSDB e dono do jornaleco O TEMPO, Vittorio Medioli publicou um editorial defendendo os médicos de Poços de Caldas. Ele tinha bons motivos. Primeiro por ser parceiro político de Mosconi (PSDB), chefe da quadrilha e segundo por ter comprado um fígado.

Escrevi sobre o assunto. Medioli, que vive em Belo Horizonte, deveria inscrever-se na lista de Minas Gerais, mas encontrou um atalho para o tão sonhado fígado. Para tanto, precisou alugar uma casa em São Paulo, para poder inscrever-se na fila daquele estado. Lá, providenciaram um atestado de urgência e ele passou a ser o primeiro colocado na fila. Tudo dentro da legalidade não é mesmo?

E os paulistas que estavam na fila por um fígado? Deram lugar a um mineiro uai!

Leia o que escrevi na época:


Na época, em seu editorial, Medioli afirmou que soube de fontes seguras da inocência dos médicos de Poços de Caldas (caso Pavesi), bem como afirmou que todos serão inocentados ao final do processo. Mãe Dinah não era nada perto de Medioli. Só mesmo o empresário da mídia para ter uma fonte tão segura! Seria esta fonte um membro do TJMG ou desembargador? Ainda não sabemos.

O próprio Medioli julgou que os médicos são inocentes. Considerando a régua que usa Medioli, acho que são mesmo.

Farol da Colina - O TEMPO
Mas como diz o título deste post, a verdade sempre permanecerá. Medioli foi condenado em fevereiro deste ano (leia a matéria clicando aqui) por enviar mais de US$ 500 mil (US$ 595 mil na verdade) para contas na Suiça através de doleiros, sem pagar um centavo em impostos, pego através da operação da polícia federal batizada como "Farol da Colina". Há notícias pela internet de que o valor seria próximo a 1,5 milhão de dólares. Medioli, segundo o Estadão, coitadinho, o formador de opiniões, não sabia de nada!   

Ah.. Claro!! Ainda cabem inúmeros recursos, até que o processo se desmanche sem uma conclusão, ou pior, com a completa absolvição. Se depender de alguns desembargadores, a pena será reduzida pela metade e ficará praticamente impune. Ou você já viu algum dono de jornal (com exceção de Marcos Carone - www.novojornal.com desativado) preso?

Será que quem manda dinheiro ilegalmente para o exterior, compraria um fígado para salvar a própria vida? 

Na época em que escreveu o editorial, Medioli foi aconselhado pela família a não entrar nesta briga, como ele mesmo relatou, mas sabe como é. Os laços da máfia são mais fortes. E agora está ai o verdadeiro Medioli para que todos conheçam. Um evasor fiscal que faz o papel de bom moço perante a sociedade.

A cada centavo que Medioli enviou ao exterior, sem pagar impostos, ele destruiu - veja que ironia - o sistema público de saúde, que paga pelos transplantes de quem não pode comprar um fígado. Ele prejudicou a educação, a segurança pública e todos os problemas brasileiros são agravados graças a crimes como estes praticados por Medioli. E há milhares de brasileiros que fazem reverências a este sujeito todos os dias. São diversos "fãs" brasileiros que o consideram um exemplo de vida. Certamente são pessoas que leêm O TEMPO e não fazem idéia de que Medioli foi condenado - O TEMPO não publicou nenhuma linha sobre o assunto.

Quando você compra um exemplar deste jornal, você está contribuindo para a degradação do país. A evasão fiscal é um dos males brasileiros.  

A minha briga é boa caros amigos. De um lado um cara asilado sem acesso a justiça, sem recursos, e sem direitos. Do outro, traficantes de órgãos estupradores e evasores fiscais com montanhas de dólares. Mas o inimigo maior continua sendo a própria justiça que abençoa tudo isto.

O Jornal O TEMPO não publicou nada a respeito das prisões recentes e nem anteriores dos médicos do caso do tráfico de órgãos. Mas estampou em suas páginas a absolvição do CFM como se fosse uma sentença. Informações seletivas ou mais uma contribuição para a máfia que ele tão bem conhece? Você confia em um jornal que omite fatos para enganar você?

É meus caros amigos, certas pessoas são capazes de fazer qualquer coisa por dinheiro.  

domingo, 5 de abril de 2015

15 anos da morte de Paulinho e o silêncio de quem sabe o que aconteceu.

Este é um post especial para lembrar que 15 anos se passaram e o caso da Máfia dos órgãos continua sendo arrastado pelo próprio judiciário e Ministério Público. E como sempre faço, vou demonstrar isso mais uma vez. 

Enquanto escrevo o livro, pesquisando pela internet, encontrei o caso Bernardo que ficou nacionalmente conhecido. Bernardo foi assassinado em 4 de abril de 2014. Os suspeitos foram presos e permanecerm presos até hoje. O caso deve ir a julgamento ainda neste ano de 2015 e a imprensa considera que há "manobras para atrasar o juri". Segundo a revista Veja, o juiz determinou em despacho que qualquer atraso no andamento do processo será responsabilidade da defesa. 

Em frente a casa onde vivia Bernardo, algumas pessoas acenderam 12 velas representando os meses passados desde a morte do garoto. Também fazem vigilia e manifestações em favor de Bernardo. Delegados e promotores dão entrevistas acusando abertamente os suspeitos. A imprensa dedica páginas e páginas com destaque ao caso.

E o caso Pavesi? Qual a diferença?

Paulinho foi assassinado em 19 de abril de 2000, portanto estará fazendo 15 anos em poucos dias. Não há vigilia, não há comoção, não há cobranças. Delegados e promotores não se pronunciam sobre o caso, e se negam a dar entrevistas. Foram 8 vítimas no total sendo que alguns casos foram arquivados e outros sequer temos notícia. Todos eles não possuíam as provas de morte encefálica. 

A imprensa noticia o caso Pavesi em pequenas notas, ou escondidas em páginas regionais para que ninguém tenha conhecimento. O juiz determinou a publicação da sentença (conforme preve a lei) para que todos pudessem tomar conhecimento dos fatos e agora corre o risco de ser transferido de comarca como punição. Isto comprova que a justiça mineira não quer que a sociedade tome conhecimento dos fatos! Eles querem que tudo corra em sigilo absoluto. Por que?

Se alguém fosse acender velas pelos meses passados, seriam 180 velas e não 12 como no caso Bernardo. Por Paulinho não há vigilias, orações ou manifestações. Todos tem medo pois estamos falando de um máfia que já exterminou 8 pessoas e 2 testemunhas. Se fossemos acender velas por todas as vítimas da máfia seriam 1800 velas.

Recentemente o julgamento foi adiado mais uma vez por uma alegação falsa da defesa que o tribunal aceitou como verdadeira. Segundo a defesa eu não poderia participar do julgamento via tele conferencia usando meu computador pessoal. O problema é que eu não participaria! Não há nenhum documento no processo que demonstre isso. 

As manobras da defesa não incomodam a sociedade, aquela mesma sociedade impaciente com os 12 meses da morte de Bernardo. A imprensa também não se incomoda com a demora no caso Pavesi. O caso já dura mais que a própria vida do Paulinho.

Mas o que mais chama a atenção é o fato de que os suspeitos no caso do Paulinho que já possuem condenações em 1a e 2a instância provavelmente devem deixar o presídio em poucos dias. No total ficaram presos pouco mais de 1 mês. Um deles fugiu, entregando-se somente quando o habeas corpus para soltá-lo já estava assinado. Os assassinos continuaram trabalhando no local do crime por vários anos, ameaçando e intimidando aqueles que poderiam ser testemunhas, destruindo e forjando provas. Tudo com a benção da justiça.

No caso Bernardo todos os envolvidos estão presos desde o início do caso!

O Brasil é assim! A população se indigna por 20 centavos, mas não por alguns bilhões.

Nunca eu poderia imaginar um dia vivenciar uma história como a do Paulinho. Uma CPI Federal, pedido de asilo na Itália, condenações, assassinatos de testemunhas, julgamento adiados sem explicações e o silêncio das autoridades (que considero conivência). Nada disso foi capaz de dar ao caso uma visibilidade maior que tanto merecia. Nada disso comoveu a imprensa ou até mesmo os brasileiros. Ou comoveu, mas alguém mandou calar. E todos obedeceram. Máfia poderosa!

O TJMG (Tribunal de jagunços de Minas Gerais) tem sido um fator importante para a impunidade no caso da Máfia do tráfico de órgãos. Eu posso apostar que nunca, em nenhum outro caso no Brasil, os réus tiveram tantos benefícios quanto estes do caso Pavesi. Só na justiça federal, foram mais de 5 anos de tramitação para decidir se o caso deveria ser julgado na esfera federal ou estadual! 5 anos para decidir a esfera?

São recursos absurdos, alegações das mais estúpidas possíveis, e todas são analisadas por incansáveis meses pelos tribunais. 

A estratégia é levar o caso a julgamento em 2 anos para que o principal acusado escape pela idade. O tribunal em conluio com a defesa busca a prescrição. E parece que vão conseguir.

Soube que a defesa imprimiu várias páginas deste blog e levou para os julgadores, desembargadores e membros do tribunal. Parece que não aprendem!!! Os textos que imprimiram, eu mesmo enviei ao tribunal. Nem precisavam disso! Sempre fiz isto. Quem diz a verdade não deve temer, caros canalhas. 

Esta união dos defensores com os tribunais já não é mais suspeita. É escancarada.

VIVA PAULINHO! Você mostrou a hipocrisia deste país de merda, de uma justiça de merda, de uma imprensa de merda. Você é maior que tudo isto!