Desembargadores comprados

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sábado, 29 de novembro de 2008

Teoria da conspiração

Agora que você já leu a notícia acima, eu preciso explicar a minha teoria da conspiração. Não é nada demais. É até bem simples. Mosconi (o primeiro da foto) criou uma "ONG" chamada MG SUL Transplante. Isto está publicado em uma revista da ABTO (Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos).
Não perca o raciocínio.
Mosconi foi o relator da lei de doação presumida de órgãos em que todo brasileiro era doador, exceto aqueles que registraram em seus documentos serem contrários a isso. A "ONG" de Mosconi foi responsável pelo assassinato do meu filho em abril de 2000 para fins de tráfico de órgãos. O caso gerou até uma CPI, que gerou vários indiciamentos. Porém, o Procurador (prevaricador) Geral da República Antônio Fernando de Souza e Silva se nega a denunciá-los.
Mosconi nunca foi envolvido nas acusações, exceto por mim. Há até uma carta apreendida pela PF onde ele pede um rim (no black) para um prefeito da cidade de Campanha. A cirurgia foi feita por um dos sócios de Mosconi, que participou do assassinato do meu filho, mas que também foi retirado da denúncia sem explicações.
A reportagem acima está publicada no site da Prefeitura de Poços de Caldas, e faz questão de mostrar a grande influência deste grupo com o governo de Minas Gerais. Deve ser por isso que o processo de homicídio do meu filho foi retirado do fórum federal e levado para Poços de Caldas, na justiça comum, onde Mosconi manda e desmanda. Assim ele poderá arquivar as acusações com mais facilidade. Aliás, ele já o fez.
Na foto ainda está o prefeito eleito de Poços de Caldas, Paulinho Courominas. Ele é irmão de uma pessoa renomada no meio de comunicação. Trata-se do Mineiro, ex-diretor de jornalismo da TV Record. Mineiro me processou por injúria, calúnia e difamação após montar uma reportagem sobre o caso do meu filho, e dizer que eu me neguei a dar entrevista. Na verdade, eu implorei para falar e ele não deixou. Por isso, eu o chamei publicamente de FDP. Eu consegui provar - como sempre - quando gravei uma conversa com o repórter que confirmou o fato e apresentei na justiça. Fui absolvido. O advogado do Mineiro era nada mais nada menos, que Flávio D'urso. Eu fui defendido pela defensoria pública.
Também na foto está o atual prefeito de Poços de Caldas, Sebastião Navarro. Sebastião Navarro, Aécio Neves e Carlos Mosconi apareceram nas listas de Marcos Valério, mas nenhum deles foi processado.
Espero que não perca o fio da meada.
Sebastião Navarro foi presidente da comissão parlamentar de inquérito que apurou em Minas Gerais diversas fraudes nas cooperativas de café da região do sul de minas. Entre os casos investigados estava o de Poços de Caldas, onde Jaime Payne foi responsável por um rombo de alguns milhares de reais. Jaime foi conduzido ao cargo de gestor desta cooperativa a pedido de Mosconi. Jaime está bem obrigado.
Navarro também nomeou como secretária de turismo de Poços de Caldas, a esposa de Mosconi. É possível e provável que a esposa de Mosconi continue no cargo, já que, como podemos ver acima, continua tudo em casa.
Na matéria há ainda uma referência ao atual deputado federal Geraldo Thadeu Pedreira dos Santos. Geraldo era prefeito quando a "ONG" de Mosconi matou meu filho. Ele foi acusado na época de falsidade ideológica e improbidade administrativa por prestar informações falsas ao SUS para poder obter a gestão plena da saúde, mas nenhum processo foi em frente, como sempre acontece.
Geraldo Thadeu foi muito importante para a "ONG" de Mosconi. Ele tornou-se deputado com o apoio de Mosconi e logo inseriu-se na Comissão de Direitos Humanos da Câmera Federal, além de participar da CPI do tráfico de órgãos que apurava a morte do meu filho durante a sua gestão como prefeito de Poços de Caldas. Seu objetivo foi proibir o meu depoimento na comissão de direitos humanos e impedir que Mosconi fosse citado na CPI. Tenho os áudios e as notas taquigráficas que demonstram os ataques de TPM que assolavam o deputado, quando Mosconi era citado. Estes áudios serão divulgados em breve.
Graças à pressão de Geraldo Thadeu na comissão de direitos humanos para que eu não fosse ouvido, o presidente daquela comissão, na época Enio Bacci, me forneceu um documento dizendo que eu não poderia depor pois não seria possível garantir a minha integridade física. Este documento foi peça importante para que o governo italiano me concedece asilo humanitário já que a exemplo de Carlos Henrique Marcondes, eu poderia ser assassinado em qualquer momento.
Espero que ainda esteja conectado ao texto.
Carlos Henrique Marcondes era o administrador do hospital onde a "ONG" de Mosconi matou meu filho. Ele grampeou os telefones do Centro Cirúrgico da Santa Casa e depois de descobrir algumas coisas, foi assassinado. A Polícia Civil de Poços de Caldas que me perseguiu com bastante empenho, classificou o assassinato como suicídio. Foram disparados 3 tiros da arma encontrada na mão de Marcondes, mas o exame que poderia provar que Marcondes cometeu suicídio (resíduo de pólvora em suas mãos) não pôde ser feito porque as mãos do administrador foram raspadas com ácido, pela equipe que o atendeu em emergência. Diga-se de passagem, é a mesma equipe que matou meu filho.
De toda esta história, restou o seguinte: Mosconi, Aécio Neves, Sebastião Navarro, Paulinho Courominas e Geraado Thadeu, além da equipe que matou meu filho, estão todos muito bem obrigado.
Eu estou na Itália. Estou recomeçando a vida depois de 8 anos de luta em vão. Eles estão dominando o sul de Minas. Não é possível lutar contra estas pessoas, quando numa salinha pequena como a da foto, existe tanto poder envolvido.
Paulinho foi enterrado em 2000 e seus órgãos foram vendidos.
A "ONG" de Mosconi não tinha registros obrigatórios para atuar como central de transplantes e o fez. O Instituto Penido Burnier em Campinas, que recebeu as córneas de Paulinho e as revendeu, não tinha os registros obrigatórios para fazer transplantes, mas fazia. As córneas foram retiradas sem que os médicos tivessem os registros obrigatórios para isto, mas fizeram mesmo assim.
O Ministério Público Federal, a Polícia Federal e amigos de Mosconi me processaram. Fui absolvido em todos, mas eles nunca chegaram e nem chegarão ao banco dos réus.
Eu paro por aqui pois sempre que escrevo me lembro de Carlos Marcondes e o fim que deram a ele. Nunca é tarde para se perder o que resta.
Entendeu?

domingo, 16 de novembro de 2008

Traficante de órgãos é preso.... nos EUA é claro

No Brasil, traficantes de órgãos são protegidos pelo Ministério Público Federal e pelo governo. Já em países civilizados, a situação é outra. O tráfico de órgãos só existe graças a corrupção de autoridades. Não fosse isso, este tipo de crime não existiria.



O chefe de uma rede que furtou os órgãos de mais de mil corpos para vendê-los no lucrativo mercado dos transplantes foi condenado a 54 anos de prisão em Nova York.
Michael Mastromarino, de 44 anos, se declarou culpado e foi sentenciado numa corte do Brooklyn. A sentença implica que o condenado só poderá se beneficiar de uma redução da pena depois de ter cumprido pelo menos 18 anos de prisão. Com a cumplicidade de uma funerária, Mastromarino extraiu ilegalmente órgãos de mais de mil corpos, incluindo o do ex-correspondente da BBC, Alistair Cooke, falecido em Nova York aos 95 anos, em 2004.
No mercado internacional de órgãos, um corpo pode representar até US$ 250 mil (quase R$ 400 mil) para as empresas especializadas em organizar os transplantes, segundo os promotores, que classificaram o caso como "digno de um filme de terror".

No Brasil existem muitas pessoas comercializando órgãos e até cadáveres inteiros. Nos últimos anos, dois médicos foram detidos transportando órgãos humanos sem documentação e sem explicar a finalidade, mas ambos foram soltos. Dificilmente serão punidos.
Um deles, descoberto em um aeroporto de São Paulo, abandonou os órgãos e seguiu viagem. Depois, disse à polícia que estes órgãos seriam utilizados em estudos. E todo mundo aceitou.

O outro era uma mulher, e os órgãos estavam em seu porta malas. O Conselho Regional de Medicina de Curitiba saiu em defesa da traficante, alegando que trata-se de uma pessoa honestíssima. Só porque vendia órgãos humanos sem autorização não significa que é traficante?

A resposta é simples: pagando bem, que mal tem?

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Documentário - A farsa dos transplantes

Há muitos anos venho armazenando informações sobre tráfico de órgãos. Estas informações estão espalhadas em reportagens, vídeos, imagens, áudios e depoimentos. Agora, resolvi juntá-las e editá-las e mostrar a todos a realidade sobre os transplantes de órgãos.

Hoje ser doador é politicamente correto. Muitos falam que são doadores sem ter noção do que isso significa. Ser doador é pop!

Todos falam que querem salvar pessoas que precisam, e esquecem que, com isso, colocam a própria vida em risco. Ninguém faz idéia de que milhares de pessoas estão sendo empurradas para a fila de transplantes, quando muitas vezes um tratamento simples impediria esta situação: medicina preventiva.

Médicos e governo não querem resolver um problema que gera um lucro de milhões de reais todos os anos, sem contar o lucro do mercado paralelo que não é pequeno.

Um médico que salva um paciente da fila de transplantes pode levar até 150 mil reais com uma só cirurgia. Um médico que salva um paciente com câncer não recebe 10% deste valor. O paciente na fila de transplantes é um cheque em branco e não é preciso dar garantia de que a cirurgia será um sucesso. Se não der certo, é só enterrar pois o valor é pago da mesma forma.

Se um médico implantar um órgão impróprio em um paciente, ninguém ficará sabendo e ele recebe da mesma forma.

Todos os anos são realizados milhares de transplantes, mas as filas não param de crescer, e nem podem parar. Quanto maior a fila, maior é a capacidade de conseguirem doadores. Maior é a capacidade de impressionar a opinião pública, de que doar é necessário. Mas ninguém se pergunta: Por que a fila não para de crescer? Não há uma forma de se evitar isso?

Claro que existem formas de evitar a fila, mas quem está interessado? O négocio financeiro que envolve os transplantes está em crescimento. Não é permitido questionar!

Por isso ouvimos muito falar no sucesso que é salvar vidas com transplantes. Uma maravilha.

Mostra-se uma pessoa a beira da morte que recebe um órgão e fica feliz da vida. Uma história de sucesso!!! Mas nunca mostram quantas histórias deram errado, pois isso prejudica a doação de órgãos e atrapalha um sistema "vencedor". Hoje, de todos os órgãos doados somente 20% são aproveitados.

Qualquer sistema que proíbe a divulgação da realidade, não é um sistema vencedor e sim um sistema fraudador.

Enquanto algumas pessoas esperam 3 anos por um transplantes, outros, num período bem menor, já fizeram 3 implantes.

Na verdade dos 100% doados, muitos vão para a fila paralela de um consultório particular, e serão vendidos por um preço considerável. E o interessante é que o SUS paga a retirada deste órgão.

Se você fosse administrador de uma empresa, não gostaria de saber porque 80% da sua produção, que você paga, simplesmente some? Sim! Mas o SUS não se importa e a cada ano aumenta os valores que são pagos para alimentar este sistema.

Fazer transplantes é o negócio do momento: O médico ganha muito dinheiro, fica com a fama de salvador de vidas e os limites éticos são suspensos, pois este pode tudo em nome de salvar uma vida. Até mesmo matar um doador. Os fins justificam os meios.
Parte 1


Parte 2


Parte 3


Parte 4

Parte 5

Parte 6



Para saber detalhes do caso Paulinho leia:


A história de Paulinho narrada em 2002 pela CartaCapital - A matéria mais completa e honesta já publicada sobre o caso.

Remoção de órgãos de Paulinho com anestesia geral - O Anestesista classificou Paulinho como vivo antes de administrar Etrane (anestesia inalatória). Ele mentiu para a polícia federal, para o ministério público federal, mas foi desmentido publicamente durante a CPI. Ele me processou por chama-lo de mentiroso e fui condenado a indenizá-lo, uma vez que o processo correu em Poços de Caldas, berço da máfia.

Avaliação neurológica comprova: O estado de saúde não era grave. - Documentos que constam nos autos, comprovam que Paulinho foi levado ao hospital e sua primeira avaliação neurológica não era grave como dizem os médicos para se defenderem.

Exames fraudados com ajuda de procuradores federais e ministério da saúde. - Em um esquema montado dentro do gabinete do Ministro José Serra, Carlos Mosconi - o chefe da máfia - era informado a cada passo sobre os documentos obrigatórios que não foram entregues à auditoria. Mosconi repassava a informação para os assassinos que forjavam os papéis. Depois, estes documentos eram levados ao Ministério da Saúde e entregues ao procurador José Jairo Gomes. Este último encaminhava os mesmos ao delegado da polícia federal Célio Jacinto do Santos, que anexava ao inquérito como sendo documentos "originais". Veja alguns destes documentos. Nenhum médico responde ou respondeu por falsificação de documentos.

Sem Morte Encefálica. - Foi assim que o médico e assassino Celso Roberto Frasson Scafi descreveu o estado de saúde de Paulinho, minutos antes de lhe retirar o rim. Scafi escreveu de próprio punho que Paulinho estava SEM MORTE ENCEFÁLICA, porém, como é sócio de Carlos Mosconi, seu nome foi excluído do rol de acusados. Scafi estava indiciado pela polícia federal pelo crime de retirada ilegal de órgãos, e foi inserido em uma equipe da UNICAMP (ainda quando estava indiciado) para continuar realizando transplantes em Campinas, pelo Ministério da Saúde.

Asilo Humanitário - Você não verá isto na imprensa brasileira. O caso Paulinho está proibido de ser divulgado, exceto se for para inocentar (ainda mais) os assassinos.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Papa critica tráfico de órgãos e faz alerta sobre transplantes

CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O papa Bento 16 condenou o tráfico de órgãos humanos, chamando-o de ato abominável na sexta-feira, e pediu cautela na hora de remover órgãos para transplantes, pois os doadores podem ainda não estar mortos.

O pontífice disse, em um encontro de cientistas e bioéticos na Academia Pontifícia pela Vida, que as vítimas do tráfico ilegal de órgãos geralmente são pessoas inocentes, inclusive crianças.

A compra e venda de órgãos humanos é um negócio lucrativo para os fornecedores e países que permitem que "turistas de transplante" estrangeiros façam operações que não poderiam fazer em casa. Os órgãos são comumente comprados de camponeses pobres e de prisioneiros condenados.

"Os abusos no transplante e tráfico de órgãos, que geralmente vitimizam pessoas inocentes como as crianças... devem ser condenados decididamente como abominações", disse.

O papa chamou a doação legal de órgãos de ato de amor e disse que há longas listas de espera por órgãos vitais.

A ciência ajudou a determinar melhor o momento da morte, afirmou o papa, e os cientistas devem continuar trabalhando para torná-lo ainda mais preciso.

"Não deve haver a menor suspeita de arbitrariedade. Onde não for possível verificar, o princípio da precaução deve prevalecer", afirmou.

Autoridades de saúde estimam que 10 por cento dos rins transplantados no mundo todo são obtidos ilegalmente. O restante vem de doadores com morte cerebral ou pessoas que doam um dos rins a um parente.

No discurso, o papa não discutiu a concepção da Igreja sobre o momento da morte, algo que os bioéticos querem delimitar a fim de evitar abusos.

Um artigo recente no jornal L'Osservatore Romano, do Vaticano, desafiou o consenso médico de que a morte cerebral marca o fim da vida de alguém. Já que o cérebro pode morrer antes de outros órgãos, isso permite que os órgãos sejam retirados para transplante.

(Reportagem de Tom Heneghan)