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sábado, 12 de dezembro de 2009

ex Delegado de Poços de Caldas é preso e acusado de extorsão


Sim. A verdade sempre supera a mentira. Não é de hoje. A verdade faz história. A mentira não. A mentira faz a impunidade. Mas é verdade também que a mentira é mais eficaz. Para quem mente, há defensores. Para quem fala a verdade não. Para quem fala a verdade sobra o isolamento e o silêncio dos cúmplices.

A notícia do delegado é de alguns meses atrás, e obviamente ele já está solto. Responde a 7 procedimentos administrativos (sim, autoridades não cometem crimes, apenas "desvios de conduta"), e deve reassumir seu cargo sem maiores problemas.

O delegado em questão chama-se Lacy de Souza Moreira, e atuava em Poços de Caldas quando Paulinho foi assassinado. Lacy e outro delegado, Juarez Vinhas fizeram o possível e até o impossível para abafar o assassinato de Paulinho. No inquérito policial aberto em Poços de Caldas, Vinhas concluiu que o culpado de toda a história fui eu por ter levado o caso a imprensa, enquanto que ressaltava a boa conduta médica e os esforços "incalculáveis" utilizados para salvar Paulinho. No mesmo momento em que esta conclusão era divulgada para que os assassinos ficassem impunes, o Ministério Público Federal, Polícia Federal e o próprio Ministério da Saúde (Sistema Nacional de Transplantes) divulgavam nota dizendo que eu estava certo.

Não satisfeitos, quando o delegado Vinhas encontrava com o meu sogro nas ruas da cidade, sempre fazia questão de lembrá-lo: "E ae Pedro? Seu genro perdeu heim?!" e esboçava um sorriso irônico.

Mas não parou por ai. Lacy foi o delegado encarregado de fazer a ocorrência do administrador do hospital encontrado agonizando com um tiro na boca, depois de ter grampeado o centro cirúrgico e descoberto o que eu já sabia e havia denunciado. Ainda vivo, o administrador foi levado para o hospital da Santa Casa (onde os crimes aconteciam), e teve suas mãos lixadas com ácido (conforme perícia que tenho em mãos) para que o teste residuográfico não pudesse ser realizado, permitindo assim que Lacy afirmasse tratar-se de um suicídio. Lacy então ganhou o título de "melhor delegado Regional de 2002".

Eu também denunciei o Ministério Público de Poços de Caldas, que também foram omissos e protegeram os assassinos do meu filho.

A reportagem abaixo demonstra a verdade. Demonstra quem é quem. E demonstra também que sempre será assim, porque a mentira sustenta a muitos. A verdade não. Pela internet existem vários depoimentos em favor do delegado, e raramente encontra-se um depoimento contra. A mentira precisa de defesa, a verdade não.

Para ler a reportagem na fonte, clique aqui

Juiz decreta prisão preventiva de delegado e de agente policial
Policiais são acusados de tentar extorquir um advogado

29/09/2009 - 12:58
EPTV

O juiz da comarca de Monte Sião, no Sul de Minas Gerais, Milton Biagioni Furquim, decretou na manhã desta terça-feira (29), a prisão preventiva do delegado de Polícia Civil Lacy de Souza Moreira e do agente policial Paulo Afonso de Souza Moreira, que é sobrinho do delegado. Os dois são acusados pelo Ministério Público de extorquir dinheiro da família de um homem, suspeito de ter participado do roubo de uma casa, para não pedir a prisão preventiva dele.

Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, em Belo Horizonte, o delegado e o agente foram detidos em Poços de Caldas e serão levados para a capital. Lacy de Souza Moreira é muito conhecido no sul do estado e atualmente era delegado em Monte Sião. O delegado também já trabalhou em Poços de Caldas onde chegou ao cargo de delegado regional.

A prisão preventiva dos dois policiais foi decretada pelo juiz Milton Biagioni Furquim que disse ter tomado a decisão, após ser informado que eles teriam coagido um advogado na cidade de Águas de Lindóia, no interior de São Paulo.

De acordo com o Ministério Público, tudo começou com a prisão do comerciante Michel Prolezi, suspeito de participar de um roubo em julho deste ano. Durante os 10 dias em que ficou preso, o advogado e a família de Prolezi foram alvos de tentativa de extorsão por parte do delegado Lacy de Souza Moreira e do agente policial Paulo Afonso de Souza Moreira.

Segundo a promotoria, os policiais teriam exigido R$ 16 mil da família do comerciante para não pedir a prisão preventiva dele. A denúncia baseada em gravações feitas pelo advogado de Michel foi encaminhada para a corregedoria da Polícia Civil. De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, há sete procedimentos contra Lacy de Souza, mas a investigação corre sob sigilo.

Em junho de 2006, a EPTV mostrou que o delegado foi questionado pela Justiça por facilitar a saída de um preso da cadeia, que cumpria pena por roubo, estupro e assalto. A denúncia de um funcionário da cadeia era de que o detento prestava serviços à polícia e, com essa facilidade, ele teria escapado e cometido um assassinato.

De acordo com o juiz de direito de Poços de Caldas, hoje aposentado, Laércio Galate, na época do crime o Ministério Público deveria ter instaurado um procedimento contra o delegado, o que não aconteceu. Segundo a corregedoria da Polícia Civil, o inquérito deve ser concluído em 10 dias.
O delegado ficou preso por 51 dias, mas já está solto. Pessoas como ele não podem ficar muito tempo na cadeia e nem pressionados. A máfia corre o risco de ser entregue numa bandeja.

Entenderam? Vários procedimentos sob sigilo. A notícia ainda confirma a minha acusação contra o Ministério Público daquela cidade, denunciada já há muitos anos. Observem no último parágrafo o texto: "na época do crime o Ministério Público deveria ter instaurado um procedimento contra o delegado, o que não aconteceu."

Prevaricação!

Resta saber quem é o político que garante a impunidade desta máfia.
Eu sei!