Desembargadores comprados

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quinta-feira, 28 de junho de 2007

O povo brasileiro

Por várias vezes me perguntei como os judeus permitiram que Hitler os massacrassem. Eu imagino que o terror tenha se instalado lentamente até que tomasse a dimensão de holocausto. Acredito que a chave para o sucesso de Hitler foi a forma pacífica e sem atitudes que os judeus aceitavam a cada investida nazista.

Hitler aos poucos, isolou judeus em guetos, e mais tarde não satisfeito, acabou com eles.

Não havia lei, direitos humanos ou qualquer explicação para estas atitudes, mas ela foram se impondo de tal forma que parecia bloquear a inteligência dos ofendidos. Muito tardiamente, apareceram as resistências, e infelizmente era muito tarde. Acabaram lutando para se manterem vivos, e não para evitar o genocídio.

É assim que vejo hoje os brasileiros. Estamos apáticos, incrédulos e coniventes com a corrupção que está lentamente tomando conta do país. Nunca antes na história deste país, se teve tanta certeza de que políticos estão roubando, fraudando, sonegando e nos matando aos poucos.

Temos um Presidente da República que não sabe de nada, não viu nada e que possui um irmão lobista, definido como ingênuo. Adotamos um lema que não nos pertence:

"Todos são inocentes mesmo que se prove o contrário".

Mas se você é honesto e está longe da política, não pense que este lema lhe serve. Ele é válido apenas para os desonestos e para aqueles que possuem relações com o presidente. Chegamos num ponto, onde um senador envolvido em propinagem, escolhe quem será o presidente do conselho de ética que vai julgá-lo, impondo inclusive o nome do relator. Tudo para garantir que é mesmo inocente.

As escutas telefônicas divulgadas pela polícia, deixaram de colocar bandidos na cadeia, para transformá-los em vítimas das investigações. Incluindo o irmão ignorante do presidente.

A falência moral do povo brasileiro é tão explícita que ficamos felizes em acreditar em uma possível cassação do senador propineiro, quando o certo seria que ele estivesse preso por sonegação fiscal, sem qualquer opinião do conselho de ética que nada significa.

Aceitamos sorridentes as manobras políticas para salvar das garras da lei, políticos envolvidos em escândalos que envergonham e destróem a nossa nação, enquanto enterramos nossos entes queridos assassinados em um farol de trânsito, ou em uma maca de hospital para fins de tráfico de órgãos.

Hoje assisti atônito um policial provocando um traficante pelo rádio, e o mesmo respondia a altura. O traficante tinha rádio!

Estes policiais, muitas vezes pai de família, deixam o lar sem saber se voltarão. Despedem-se de seus filhos a cada turno de trabalho como se fosse a última vez. Nos confrontos com os traficantes onde suas vidas ficam por um fio, conseguem prender meia dúzia de bandidos que inexplicavelmente, um ministro do supremo devolve as ruas através de uma canetada. Aqueles policiais que tombaram em defesa do estado, ficam esquecidos, e os traficantes de volta às ruas fazem festas regadas a muito pó.

No Brasil nazista de hoje, estamos promovendo terrorista à general e pagando indenizações retroativas por ter abandonado o exército em nome de uma revolução socialista. O herói que o governo está criando, é aquele que assaltou bancos, fez sequestros, deu as costas ao país e roubava armas do exército para entregar a terroristas. É este o povo brasileiro com quem o governo sonha!

Antes de sermos jogados em um gueto, devemos nos inspirar nos "heróis" do passado brasileiro - se necessário com os mesmo métodos já que foram aprovados pelo governo - e evitarmos assim uma nova tragédia na humanidade como foi o holocausto.

Antes que seja tarde demais.

terça-feira, 26 de junho de 2007

A lógica Nazista do Ministro da Saúde

O Ministro da Saúde José Gomes Temporão disse à reportagem do G1, que fetos com menos de 12 semanas de vida, não sentem dor. Por isso, ele apóia o aborto para estes casos.

O Ministro da Saúde afirmou que “Até ali, em torno da 12ª semana, não há (no feto) consciência, sofrimento, dor. Vários especialistas dizem isso, e é essa a posição que eu defendo”, afirmou. “Aborto é questão de saúde pública. A legislação precisa ser mudada”.

Ainda segundo o Ministro da Saúde, “Existem questões éticas, filosóficas e religiosas envolvidas. Mas o governo tem de se preocupar com o concreto e fazer alguma coisa em relação à dor e ao sofrimento dessas mulheres”.

Ele disse que devemos nos preocupar com o "concreto" e esquecer as "questões éticas", compreenderam?

Afinal, para que serve a ética para quem quer destruir um feto?

Em resumo para que todos entendam a opinião deste imbecil:

Assassinato sem dor não é crime!

Se a pessoa que ocupa uma vaga como esta de Ministro da Saúde pensa assim, significa que podemos ter respostas para outras discussões tão calorosas quanto o aborto.

Por exemplo a Eutanásia: Se o paciente não sente dor, qual o problema matá-lo? Afinal, assassinato sem dor não é crime. Um paciente em coma está inconsciente, não sente dor e nem sofrimento. Logo, podemos pela lógica do Ministro matá-lo!

Outro exemplo em relação a ocupação de UTI's. O governo de Humberto Costa tentou dar o poder aos médicos de desligarem pacientes supostamente sem chances de recuperação - EM HOSPITAIS PÚBLICOS - para liberação de vagas em UTI's. Matar para abrir espaço! Pela lógica do atual Ministro da Saúde, isto seria completamente sensato: paciente em coma, inconsciente, não sente dor e nem sofrimento... bingo!

Este Ministro da Saúde talvez não saiba, que uma política correta e sem corrupção, pode estender à todas as mulheres a opção de não engravidar! Talvez este Ministro da Saúde não tenha informações sobre o que em países de primeiro mundo é conhecido como controle de natalidade.

O Ministro da Saúde, este imbecil por natureza, defendo o controle da natalidade matando fetos que não sintam dores, em nome de mulheres que "sofrem" com a gravidez. Mas não sofreram na hora de praticar o sexo!

Estas mulheres que o imbecil Ministro da Saúde defende e que apóiam a idéia do assassinato de fetos como controle da natalidade, se fossem menos ignorantes (no sentido literal da palavra) teriam exigido meios anti-conceptivos gratuítos que só não chegam a elas devido a corrupção no Ministério deste mesmo imbecil. Mas preferiram relaxar e gozar - dentro do estilo petista de viver. Fizeram sem avaliar as consequências, e as responsabilidades, e agora querem extirpar o "mal" pela raiz.

Para resolver o problema da falta de política preventiva, trucidamos um feto, e jogamos muita terra para cobrir esta criatura suja, resultado de uma relação sexual sem gosto. Em outras palavras, uma bebê em plena formação e de saúde invejável.

Mas este imbecil que atende pelo nome de José Gomes Temporão tem atuado com muita coerência. Em junho de 2006, através da portaria de No. 542, o então Secretário de Assistência à Saúde - José Gomes Temporão - autorizou Álvaro Ianhez a voltar a fazer transplantes.

Álvaro Ianhez mantinha uma central clandestina em Poços de Caldas onde 9 pacientes tiveram seus órgãos arrancados sem a comprovação da morte encefálica, para fins de Tráfico de Órgãos. Este médico foi o que matou Paulo Veronesi Pavesi, meu filho, que recebeu anestesia geral antes de ter os rins retirados quando ainda estava vivo.

Agora sim faz sentido. Paulinho foi anestesiado. Inconsciente, sem dor, sem sofrimento dentro da lógica do Ministro da Saúde, pode matar. Nada mais justo - olhando pelo "concreto" - nomear alguém que responde por homicídio de doadores de órgãos para voltar a fazer transplantes - esquecendo as "questões éticas".

É compreensível que as mulheres sejam donas de seus próprios corpos. Mas é inaceitável que elas decidam o fim da vida dos seus fetos.

sábado, 16 de junho de 2007

As manobras do MPF para abafar o Tráfico de Órgãos

Finalmente recebi um e-mail do Ministério Público Federal. Mais especificamente, a procuradora federal dos "direitos dos cidadãos". Infelizmente, a resposta do e-mail confirma a morosidade na apuração dos fatos que constam em processos e em denúncias, envolvendo o crime de tráfico de órgãos.
Diz o e-mail:
Senhor Paulo Pavesi,

Informo-lhe o que
segue:

No dia 21/11/06, recebi do Gabinete do PGR cópia do dossiê encaminhado por V. S. a Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

Em pesquisa dos registros da PFDC localizei mensagem eletrônica encaminhada em 23/11/05 à PFDC e a uma série de outras pessoas. Tendo ele mencionado uma representação que fora arquivada no MPF, localizei o PA n. 08123.000269/98-80 na Procuradoria de São Paulo, cuja remessa solicitei, em 20/12/2006.
Os autos chegaram em minhas mãos em 9/02/07 quando proferi o seguinte despacho: "A Coordenadoria de Assessoramento Multidisciplinar para analisar em conjunto com o dossiê Paulinho Por Justiça e apresentar-me o relatório dos pontos controvertidos." Os autos foram distribuídos ao Analista Pericial Paulo Rogério no dia 11/02/07.

Foi muito bom V. S. ter enviado a mensagem que me fez perceber a demora na análise, muito embora não se deva a desídia. A PFDC recebe uma média de 300 procedimentos administrativos por mês, para revisão.

Espero em breve poder lhe dar uma resposta sobre a possibilidade de atuação desta Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão.

Atenciosamente,

Ela Wiecko V. de Castilho
Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão
Podemos perceber que se eu não tivesse enviado e-mail à esta procuradora, o caso continuaria - como está - engavetado no Ministério Público Federal.
O Ministério Público Federal que acompanha o caso Paulinho - morto aos 10 anos pela Máfia do Tráfico de Órgãos - em 2002 chegou a me processar por estar cobrando uma atitude deles, já que a denúncia formulada contra os assassinos na justiça, foi completamente montada para beneficiar os criminosos. Médicos que participaram do assassinato foram excluídos da denúncia por serem sócios de um ex-deputado federal do PSDB.
Fui absolvido neste processo que abriram para me calar e a juíza reconheceu que minha denúncia era procedente, solicitando respostas ao Ministério Público Federal que até hoje não as forneceu.
Respondi o e-mail acima, e até agora não obtive respostas. Para quem acompanha este blog, deixe uma cópia do e-mail que enviei para este procuradora:

Cara Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão
ELA WIECKO VOLKMER DE CASTILHO

Agradeço a raríssima oportunidade de receber uma resposta do MPF.

Certamente a senhora não leu a minha denúncia na íntegra, pois saberia que não foi apenas uma representação apresentada. Foram 7 representações que nunca foram respondidas pelo Ministério Público Federal, entregues pessoalmente na Procuradoria Regional da República em São Paulo. Os números de todas as representações, das quais possuo o protocolo, constam no corpo da denúncia.

Nos últimos anos, graças às pressões do Ministério Público Federal, fui processado, tive meus sigilos eletrônicos quebrados e a minha vida vasculhada. Não tiveram a mesma preocupação com os assassinos, mas para quem conhece o contexto, o motivo se torna óbvio. O Ministério Público Federal chegou a insinuar que eu seria até mesmo um assassino, responsável pelo "suicídio" de Carlos Marcondes - administrador da Santa Casa. Tal operação em acabar com a minha vida, tão empenhada pelos procuradores mineiros, pela polícia federal de Varginha, pelos médicos e pelo chefe da Máfia de transplantes, custou o meu emprego, minha separação, meu carro, minha casa e diversos problemas de saúde.

Independentemente de todos os males que me causaram, somado ainda a perda de um filho muito precioso, tive que conseguir alguma forma honesta de me sustentar e dar sustento a minha família. Sem vender gados inexistentes, sem comercializar ilegalmente rins e córneas e, muito menos construindo pontes que ligam nada a lugar nenhum, consegui isso trabalhando muito. Ninguém do Ministério Público Federal, me telefonou para perguntar se o peso de tudo o que eu estava vivendo, atrapalhava a minha defesa em outro estado brasileiro, nos processos que entraram contra mim.

Portanto, pouco me importa se a senhora recebe 300, 30000 ou apenas 1 caso. Se o volume de crimes a ser apurado é tão grande assim, acho que a procuradoria poderia se empenhar o mínimo possível e pedir o impeachment, pois acho que o presidente deve ser indiretamente o responsável, haja visto que nossa política de segurança pública é apenas brincadeira de criança. Isso sem contar o envolvimento de partidários do presidente em tantos casos de corrupção, que estão abarrotando a polícia federal.

Como pode ver, a apuração dos crimes continua sendo um problema do Ministério Público Federal, que existe para isso, e não de nós denunciantes, apesar de ajudarmos muito a desvendá-los.

Os prazos devem ser cumpridos como determina a lei. Pelo menos, é isso que os procuradores me disseram quando me processaram.

É dever da senhora, do estado e da união prover as respostas para as ações criminosas que estou denunciando. Inclusive o envolvimento de procuradores federais de Belo Horizonte no abafamento do caso e na proteção aos criminosos. No mínimo - PREVARICAÇÃO!

Vocês me processaram e perderam. E ainda assim não estão aceitando a necessidade de denunciar os verdadeiros assassinos do meu filho?

Então para que serve a justiça?

Para dar cobertura a assassinos de crianças de 10 anos?

Fui submetido à todo o tipo de confronto legal, e superei a todos, e não é o suficiente para que vocês aceitem a minha denúncia e processem os verdadeiros criminosos?

Agora, é hora de reconhecer o erro e dar uma resposta e não jogar a culpa no volume de serviços que os procuradores têm. Aliás, sem qualquer valor próximo ao teto dos salários destes procuradores, eu fiz muito mais do que eles, e de graça. E não fiz pelo meu filho. Estou fazendo pelo filhos dos outros, e quem sabe até os seus.

A perícia que a senhora solicitou não deve ser tão demorada, uma vez que já está em anexo todas as provas que constam no processo de homicídio, um relatório final de uma CPI DO TRÁFICO DE ÓRGÃOS, e até o pedido da própria Juíza Federal que reconheceu a minha denúncia como verdadeira me absolvendo em seguida, e não como uma denúncia de um desqualificado esquisofrênico, como o MPF tentou provar.

Se necessário for devido a precariedade da atuação pericial em relação ao prazo, posso levá-los pessoalmente as cópias das provas que foram extraídas do processo do homicídio do meu filho, que por justiça, foram anexadas lá pelo próprio Ministério Público Federal.

A perícia que a senhora está solicitando é para ver se o que o próprio Ministério Público Federal anexou ao processo e que ao mesmo tempo as ignorou, são válidas?

Onde está o relatório final da CPI DO TRÁFICO DE ÓRGÃOS que confirma as minhas denúncias e que foi encaminhado ao Procurador Geral da República?

Onde está a resposta para o processo que moveram contra mim, e perderam?

Onde está a resposta para a denúncia que enviei há 9 meses atrás, e que já venho denunciando a 7 anos?

Quanto tempo ainda terei de esperar para que eles sejam denunciados?

Ou será que estão tentando jogar no esquecimento mais uma vez (a exemplo do caso de Taubaté) onde o processo prescreveu depois de 20 anos engavetado?

Cara procuradora. O Ministério Público Federal não está me fazendo qualquer favor.

É atribuição deste órgão responder as minhas perguntas, e de preferência com provas como elas foram formuladas.

Espero há 7 anos por uma resposta e ainda a senhora me diz que precisam de mais tempo?

Estes marginais possuem tanta influência assim a ponto de conseguirem prorrogar a simples análise de um documento de 237 páginas por tanto tempo? De acordo com o tempo decorrido, daria tempo de ler uma página por dia e sobraria muitos anos.

Nestes 7 anos, já me processaram e fui absolvido e ainda sequer denunciaram os verdadeiros assassinos do meu filho?

Para ter os meus direitos reconhecidos e o direito fundamental do meu filho que é a vida, devo me filiar ao partido do presidente?

Os assassinos nem pertencem ao partido presidente, mas pertencem à oposição. Nem isto parece fazer diferença neste país onde a política suja vale mais que uma vida.

Para finalizar, estou entrando com um pedido para participar de uma audiência temática em julho deste ano, em Washington na sede da OEA. Se a ONG que está entrando com o pedido não conseguir esta audiência, não terá problemas. Ainda assim, estarei lá para entregar pessoalmente a denúncia que comprova a morosidade e falta de comprometimento do Ministério Público Federal em resolver este caso. Talvez para o MPF isso faça pouca diferença ou até nenhuma. De qualquer forma, continuo fazendo o que todo cidadão deveria fazer em um país "democrático" e "livre", como é o Brasil.

Exigir que os meus direitos sejam reconhecidos e tirar de circulação, por consequência, marginais que usam aventais branco para matar crianças com o intuito de comércio ilegal de órgãos humanos.

Lembre-se procuradora, após o meu filho, mais 8 pessoas foram assassinadas por este grupo, no mesmo local.

Quantas mais vítimas o Ministério Público Federal deseja que sejam assassinadas para tomar uma providência contra este tipo de crime?

Paulo Pavesi

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Como o MPF atua para acobertar o tráfico de órgãos

O Ministério Público Federal tem atuado com bastante afinco para acobertar denúncias de tráfico de órgãos. Eu vou mostrar como eles fazem. Na verdade sem seria necessário pois basta telefonar ao Procurador Geral da República e perguntar sobre o relatório final da CPI do Tráfico de Órgãos e terá a resposta.

Em novembro de 2006 enviei uma denúncia para o procurador geral. Eles nunca me enviaram qualquer comunicado, sequer dizendo: "Jogamos no lixo!". Eles não precisam disso, pois estamos vivendo numa ditadura e sendo assim, você tem à quem reclamar. Ajoelhe e chore.

Segundo soube, a denúncia foi encaminhada para o Gabinete da Procuradora ELA WIECKO VOLKMER DE CASTILHO. Ao telefonar para lá, no mês de maio de 2007, e perguntar sobre o relatório, fui informado de que o mesmo estava no Gabinete do Procurador Geral. Na verdade eu telefonei no Gabinete do Procurador Geral e os assessores garantiram que a denúncia estava com ela ou Ela. Insiste mais um pouco e me disseram que não sabia do que se tratava e que precisariam de um tempo para procurar o documento.

Mais um tempo? A denúncia se refere à fatos ocorridos em 2000. Depois disso, inúmeros pedidos foram feitos ao MPF para que analisassem as denúncias e até hoje nunca enviaram nenhuma resposta. Querem mais tempo?

Disse então que não precisariam se incomodar, afinal, é tanta denúncia neste país de impunidade que não deve ter procurador suficiente para atender a demanda da população, ainda que o denunciante faça como eu fiz, e entregue tudo mastigado.

Para se ter uma idéia melhor de como atua o MPF, lembro à você leitor que fui processado pelos Procuradores Federais de Belo Horizonte, que trocaram nomes dos médicos que mataram meu , filho para fins de tráfico de órgãos, protegendo então os verdadeiros assassinos.

Na denúncia que fizeram contra mim, 9 procuradores assinaram como podemos ver no quadro abaixo. Os procuradores que acusei, eram testemunhas deles mesmos.


Contra os médicos, apenas três procuradores assinaram. Para o denunciante, todo o rigor da lei. Para os assassinos, todos o benefício do código penal.
O delegado da Polícia Federal de São Paulo Antônio Manuel Costa, foi responsável pelo inquérito aberto contra mim. Ao levar as denúncias à ele, o mesmo pediu a presença do Ministério Público Federal em meu depoimento, conforme o documento abaixo:

No dia do meu depoimento, nenhum procurador compareceu, e o pedido foi reiterado por mais vezes. Nunca o MPF quis ouvir as denúncias.
Talvez eles precisem de mais tempo, até que o crime esteja prescrito. Nesse contexto, é muito fácil afirmar que no Brasil, não há tráfico de órgãos.
Acredite. Eu torço para que nenhum de vocês precisem do Ministério Público Federal como eu precisei para punir os assassinos do meu filho. Aliás, espero que não precisem do Ministério Público Federal para nada.

Não há provas

No Brasil não existe justiça. Isto já está claro. A moda agora é dizer que não há provas. Neste caso, o brasileiro deveria exigir da justiça que a mesma nos informe o que ela entende como "prova".

Movimentações suspeitas e não declaradas à receita federal, não são provas.

O transporte mal acomodado de dinheiro dentro de cuecas, sem origem declarada, comprovada ou informada, também não é.

Superfaturamento de obras, nem pensar.

Pagamento de pensão alimentícia, através de lobistas da construção civil, é natural.

Escutas telefônicas passaram a ser apenas conversas vazias sem conteúdo criminoso, ainda que nas gravações seja falado em oferta de propinas e compras de sentenças judicias. Nada disso é prova.

Vídeos de funcionários públicos recebendo propinas só serve para o YouTube. E mesmo assim devem ser publicadas na categoria "funny".

Quais são as provas então que precisamos para colocar alguém dentro de uma cela por corrupção?

A resposta é simples: Nenhuma. Você pode apresentar uma declaração do papa assinada por Jesus, e mesmo assim, não valerá de nada, pois os testes do carbono 14 ainda não são confiáveis.

O que vale mesmo neste país, é roubar. O roubo está estatizado. Ninguém se atreve a interferir em licitações fraudulentas, ou em flagrantes da polícia. No dia seguinte, poderá ser o boneco de Judas em uma feira livre, onde aliás não faltará porretes e canivetes.

A prova que temos é que habeas corpus é moeda de troca, e quem rouba tem dinheiro pelo ladrão. Desculpem-me pelo trocadilho, mas é assim mesmo que funciona.

Não há limites e nem tão pouco patente. Todos estão autorizados à roubar o dinheiro público que hoje está abarrotando os cofres do Brasil.

Chegamos num ponto onde o judiciário está acusando a Polícia Federal de realizar prisões ilegais, sem existência de provas, sem qualquer indício necessário para que a mesma seja decretada. Mas ninguém ainda comentou que para a Polícia Federal prender alguém, é necessário um pedido de prisão autorizado pelo judiciário!

Se a prisão acontece, é porque o judiciário autorizou!

Como o judiciário depois alega que as prisões foram ilegais?

Não há provas.
Não há culpados.
Prender ladrão é ilegal.
Roubar os cofres públicos é que vale à pena.
Desde que não se esqueçam da propinagem.
O Brasil é o país do vale-tudo.

Se você leu este texto, poderá fazer um teste para descobrir o que é prova aceitável.

Entre em um supermercado e coloque uma lata de atum no bolso. Permita que as câmeras registrem sua empreitada e tente sair sem pagar.

Te vejo nas primeiras páginas dos jornais, algemado e trancafiado!

Abraços