Para quem não sabe, estou denunciando o Brasil na OEA. A OEA em junho deste ano notificou o estado brasileiro à responder a minha denúncia. O Brasil pediu prorrogação do prazo e a resposta chegou em Novembro à OEA. Ontem a OEA me enviou a resposta do estado brasileiro para que eu fizesse algumas observações. Tenho o prazo de um mês e estou enviando inclusive algumas gravações que nunca divulguei. Esperei muito por este momento.
É preciso ainda que saibam que na denúncia enviada à OEA, constam algumas perguntas sobre o fato de não terem denunciado os verdadeiros assassinos do Paulinho, e que após apresentadas ao Ministério Público Federal e no Conselho Nacional do Ministério Público foram ignoradas e arquivadas. Tanto no Ministério Público Federal, quanto no Conselho Nacional do Ministério Público.
Mas foi em agosto de 2008, tão logo que cheguei na Itália para pedir asilo político, fui informado que estava sendo procurado por um oficial de justiça para realizar um exame de sanidade mental. Um jeito sútil de me chamaram de débil mental.
Voltando à resposta, o governo brasileiro não respondeu nenhuma das perguntas que estão no dossiê, e nem mesmo entrou no mérito da violação dos meus direitos. E está dizendo que eu não tenho direitos porque o processo do Paulinho que julga o seu homicídio, ainda está em andamento.
É importante ressaltar que, segundo as regras internacionais, é preciso esgotar todos os recursos internos para se ter um direito reconhecido internacionalmente.
Há um trecho bastante interessante em que o estado brasileiro afirma que o caso é tão sério que 4 procuradores assinaram a denuncia contra os médicos. Digo que é "interessante" porque eles anexaram à esta resposta uma cópia da denúncia que fizeram contra mim onde foram 9 os procuradores que assinaram. Só que está folha foi excluída! Sumiu! Se 4 assinaturas são importantes contra os médicos, imaginem 9 assinaturas contra mim? Imaginem a importância que tem para eles me calarem. Além disso, não anexaram o resultado deste processo onde eu fui absolvido e a juíza reconheceu que eu estava certo.
Mais uma omissão!
Esta página excluída faz parte da minha denúncia e está na página 191.
E esta resposta é tão primária quanto a denúncia de homicídio do meu filho. Passo a acreditar que a falta de capacidade do estado brasileiro, em especial, do Ministério Público chega a ser preocupante.
Esta resposta foi mais um grande erro do governo.
Por que? Simples.
Os direitos fundamentais do Paulinho se encerraram em 21 de abril de 2000 quando ele foi assassinado. Ou seja, o direito fundamental DELE, a vida, foi violado. Depois disso, nenhum direito mais que ele tivesse seria violado pois ele não estava mais vivo. O que se discute agora é a violação do direito da minha família e de outros brasileiros em receber respostas satisfatórias sobre o motivo que os verdadeiros assassinos não tenham sido denunciados. Respostas estas que se negam a fornecer há 8 anos, e continuam sem fornecê-las.
Tudo para proteger uma quadrilha traficante de órgãos, que possui pessoas poderosas e renomadas da medicina brasileira. O problema é que respondê-las é na verdade uma confissão de corrupção e canalhicie. Se o estado brasileiro tivesse razão, bastaria enviar as respostas sobre os questionamentos do dossiê e enterrar o assunto.
Por que não respodem?
No caso da minha denúncia, não cabe esperar o processo do Paulinho acabar, até porque, as violações não se limitam somente a receber as respostas, mas a perseguição que venho sofrendo por denunciar. E neste caso, são os direitos fundamentais meus, de minha família e por extensão de todo e qualquer cidadão brasileiro, que estão sendo violados.
Neste sentido, para não sofrer retaliações, perseguições e ameaças é que estou na Itália sob proteção do governo italiano, que, com base na mesma denúncia, me concedeu asilo humanitário. Tudo isso para poder continuar denunciando. O que o governo brasileiro pretende nada mais é, violar mais alguns dos meus direitos.
Como se não bastasse ao estado brasileiro cercear todos os meus direitos no
Brasil, ainda almejam que não eu tenha direito fora dele.
E para concluir com os abusos, o estado brasileiro ainda intimida a OEA dizendo que não cabe à esta entidade questionar decisões judicias brasileiras. Ou seja, caso aconteça uma absolvição dos médicos.
Em outras palavras, já estão assinalando que isso vai acontecer, afinal, este é justamente o principal item da denúncia: Há um acordo neste processo onde os verdadeiros assassinos foram substituídos por outros médicos, e nulidades processuais foram cometidas para que não houvesse condenações. O nome dos principais acusados ficavam intactos e os coadjuvantes sairiam impunes.
Nesta trama criada pelo Ministério Público Federal, concluíram que acabando com uma família inteira, forçando a minha saída do Brasil, é que eles poderão dizer que NUNCA no Brasil, uma pessoa foi assassinada para a finalidade de tráfico de órgãos, e que todo o sistema de transplante brasileiro (uma fraude comprovada), é um exemplo a ser seguido.
Nesta trama criada pelo Ministério Público Federal, concluíram que acabando com uma família inteira, forçando a minha saída do Brasil, é que eles poderão dizer que NUNCA no Brasil, uma pessoa foi assassinada para a finalidade de tráfico de órgãos, e que todo o sistema de transplante brasileiro (uma fraude comprovada), é um exemplo a ser seguido.
Ainda neste contexto, torna-se justificavel os mais de 600 milhões de reais que vão para os bolsos de traficantes de órgãos todos os anos.
Este é o estado brasileiro NAZISTA de direito democrático!
Desqualificar quem denuncia, mentir, omitir documentos, forjar provas e proteger bandidos.
Paulo Pavesi
O débil mental brasileiro for força do estado.
O débil mental brasileiro for força do estado.