Desembargadores comprados

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sexta-feira, 27 de junho de 2008

Cidadania. O Brasil não sabe o que é isto.

Cidadania não é doar sangue e votar. 

Em época de eleição, o governo faz propagandas na televisão, incentivando o brasileiro a regularizar seu título de eleitor para exercer seu "direito de cidadania". Exercer a sua "cidadania": Votar
O Brasil é um país onde não há cidadãos. Há indivíduos brasileiros. Eu explico.

Estou há 15 dias na Itália, e pretendo viver aqui pelo resto da vida. Descobri depois de 40 anos de vida o que é cidadania. Eu acreditava que meus direitos estavam sendo cerceados, e na verdade estão sendo cerceados os direitos de todos os brasileiros.

Minha filha de 3 anos, aqui na Itália, terá ensino gratuíto e de qualidade até chegar a universidade. No Brasil, eu gastava em média R$ 1.200,00 para mantê-la em uma escola particular. Eu também tive que fazer um plano de saúde particular para que ela não fosse vítima de grupos mafiosos como o meu filho foi. Hoje, ser atendido pelo SUS é sinônimo de tentativa de homicídio. O plano de saúde consumia mais R$ 250,00 mensais. Aqui na Itália, minha filha será assistida por um médico pediatra até atingir os 14 anos. Depois disso, ela escolherá o médico que cuidará dela até o fim da sua vida. Há uma lista de nomes onde escolhemos aquele que nos agrada. Tudo completamente grátis. Sem custo. Sem esfoliação. E seguro.

Em São Paulo, morava em um grande apartamento numa travessa da avenida Paulista. Uma das avenidas mais importantes da cidade. Não havia lazer para ela. Se não fosse o parque de diversão privado do prédio, minha filha ficaria trancada em casa. Passear no parque Ibirapuera seria uma opção, mas sem qualquer segurança. Aqui na Itália, em cada bairro há um grande parque público com diversos brinquedos. Há também nestes parques, um equipamento instalado com uma sirene de emergência e telefone direto com uma equipe de emergência médica. Além disso, há a ronda da polícia que circula pelos parques para garantir a segurança da população.

Em São Paulo precisavamos ter um carro. O transporte público é um lixo. Lembro que em um determinado período, 3 acidentes foram divulgados, de ônibus que perderam suas rodas enquanto andavam pelas ruas da cidade. Uma pessoa faleceu ao ser atingida por um deles. Aqui na Itália não interessa a ninguém ter um carro. O transporte público é de qualidade. Você compra um bilhete de uma máquina, e ao entrar no ônibus ninguém pede para que você apresente o bilhete. Cabe a você validá-lo em uma pequena máquina instalada dentro dos ônibus. Após validá-lo, o bilhete passa a valer por 75 minutos. Mas se você quer ter um carro aqui na Itália, não tem problema. Você deve saber que no centro da cidade, os carros não podem circular. Para isso, existem estacionamentos fora da cidade onde você pode deixar o carro e usar o ônibus gratuitamente até meia noite, sem desembolsar qualquer centavo.

Tudo isso que escrevi sobre a Itália, não é ficção e nem é também uma obra de caridade como é no Brasil. O governo brasileiro tem por mania dizer que doa cestas básicas às populações mais pobres, ou que fornece o bolsa qualquer coisa como um favor. Aqui na Itália, todos os benefícios que citei fazem parte da vida de um cidadão. Nada é grátis. Não há nenhuma benção do governo. É apenas o dinheiro dos impostos revertidos para o próposito de que são cobrados!

Sim! Os impostos são pagos para que a população tenha uma condição mínima de sobrevivência. Isto se chama cidadania. No Brasil, pagamos impostos para financiar campanhas eleitorais sujas, desvio de dinheiro público, estelionato, roubo. Não há hoje no Brasil qualquer entidade pública imune a roubalheira. A única imunidade que resta é a parlamentar.

Infelizmente, brasileiros como eu, precisam sair do país para entender o que é cidadania, pois em 40 anos que vivi ai, jamais tinha idéia de que cidadania nada tem a ver com assistencialismo populesco.

O brasileiro não é cidadão. É apenas um indivíduo que "ganha" do governo algumas migalhas para não passar fome. Não há cidadania sem saúde, educação, segurança e emprego digno.

É bom lembrar que o governo "dá" aos pobres o mínimo de condições, e mede o efeito destes "beneficios" contando votos após as eleições. Ou seja, se o indivíduo brasileiro não responder nas urnas, pode deixar de "ganhar" suas migalhas.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

ASILO POLÍTICO

Estamos na Itália!

Depois de lutar 8 anos para combater o tráfico de órgãos e da imensa perseguição do Ministério Público Federal brasileiro, resolvi me refugiar. Estou pedindo asilo político. No Brasil o tráfico de órgãos tem crescido assustadoramente, e os casos levados ao Ministério Público são sumariamente arquivados, sem qualquer explicação.

O banco de olhos do hospital do Tatuapé foi fechado após uma denúncia feita ao COREN de que funcionários eram premiados para retirarem córneas ilegalmente de cadáveres, sem autorização da família. Algum tempo depois, o banco de olhos foi reaberto sob a alegação do Ministério Público que "a população não pode ser penalizada".

O interessante é que ninguém pediu para que o hospital fosse punido, mas que punissem os envolvidos em tamanha barbaridade. No entanto, o banco de olhos está funcionando e novas denúncias estão vindo à tona. Recentemente o neto de uma senhora, ao visitá-la no necrotério, surpreendeu 3 pessoas retirando suas córneas. Ninguém foi preso, ninguém foi impedido de trabalhar e a retirada ilegal continua a todo vapor. No mesmo hospital foi morto um rapaz, cujo corpo foi completamente desmembrado. A morte deste rapaz aconteceu - segundo o hospital - graças a uma canivetada no peito, que provovou um furo de 2 cm. O caixão foi lacrado e a família sequer conseguiu reconhecer o corpo, pois o rosto estava todo desconfigurado. José Heron é o nome da vítima. A Procuradora Federal dos direitos do cidadão, Ella Wiecko, arquivou a denúncia feita pela missionária Maria Elilda dos Santos, presidente do Movimento de Combate ao tráfico de órgãos humanos, sem qualquer resposta satisfatória.

Nesta semana, um oficial de justiça foi até minha casa no Brasil, intimar-me para que eu apresente um atestado de sanidade mental. O pedido foi feito em 2003, pouco antes de conseguir a instalação da CPI DO TRÁFICO DE ÓRGÃOS. Desde 2002, o Ministério Público Federal tem me perseguido insistentemente para que eu me cale.

Por isso, estou na Itália pedindo asilo político e pretendo levar à ONU o que o governo brasileiro está tentando esconder.


O médico Álvaro Ianhez, que responde por homicídio do meu filho, foi autorizado a voltar aos transplantes em 2007. Trabalha e recebe pelo SUS. O governo está dando cobertura ao assassino enquanto o Ministério Público Federal me persegue.

Este médico que comandava uma equipe que matou meu filho e mais 8 outras vítimas, responde por homicídio e por estelionato. Dois processos criminais, sendo que no segundo (estelionato) provavelmente já foi absolvido. Por ter denunciado este grupo criminoso, respondi por mais de 7 processos criminais, e ainda estou sendo perseguido pelo Ministério Público Federal.