Depois de lutar 8 anos para combater o tráfico de órgãos e da imensa perseguição do Ministério Público Federal brasileiro, resolvi me refugiar. Estou pedindo asilo político. No Brasil o tráfico de órgãos tem crescido assustadoramente, e os casos levados ao Ministério Público são sumariamente arquivados, sem qualquer explicação.
O banco de olhos do hospital do Tatuapé foi fechado após uma denúncia feita ao COREN de que funcionários eram premiados para retirarem córneas ilegalmente de cadáveres, sem autorização da família. Algum tempo depois, o banco de olhos foi reaberto sob a alegação do Ministério Público que "a população não pode ser penalizada".
O interessante é que ninguém pediu para que o hospital fosse punido, mas que punissem os envolvidos em tamanha barbaridade. No entanto, o banco de olhos está funcionando e novas denúncias estão vindo à tona. Recentemente o neto de uma senhora, ao visitá-la no necrotério, surpreendeu 3 pessoas retirando suas córneas. Ninguém foi preso, ninguém foi impedido de trabalhar e a retirada ilegal continua a todo vapor. No mesmo hospital foi morto um rapaz, cujo corpo foi completamente desmembrado. A morte deste rapaz aconteceu - segundo o hospital - graças a uma canivetada no peito, que provovou um furo de 2 cm. O caixão foi lacrado e a família sequer conseguiu reconhecer o corpo, pois o rosto estava todo desconfigurado. José Heron é o nome da vítima. A Procuradora Federal dos direitos do cidadão, Ella Wiecko, arquivou a denúncia feita pela missionária Maria Elilda dos Santos, presidente do Movimento de Combate ao tráfico de órgãos humanos, sem qualquer resposta satisfatória.
Nesta semana, um oficial de justiça foi até minha casa no Brasil, intimar-me para que eu apresente um atestado de sanidade mental. O pedido foi feito em 2003, pouco antes de conseguir a instalação da CPI DO TRÁFICO DE ÓRGÃOS. Desde 2002, o Ministério Público Federal tem me perseguido insistentemente para que eu me cale.
Por isso, estou na Itália pedindo asilo político e pretendo levar à ONU o que o governo brasileiro está tentando esconder.
O médico Álvaro Ianhez, que responde por homicídio do meu filho, foi autorizado a voltar aos transplantes em 2007. Trabalha e recebe pelo SUS. O governo está dando cobertura ao assassino enquanto o Ministério Público Federal me persegue.
Este médico que comandava uma equipe que matou meu filho e mais 8 outras vítimas, responde por homicídio e por estelionato. Dois processos criminais, sendo que no segundo (estelionato) provavelmente já foi absolvido. Por ter denunciado este grupo criminoso, respondi por mais de 7 processos criminais, e ainda estou sendo perseguido pelo Ministério Público Federal.
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