Desembargadores comprados

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domingo, 8 de julho de 2007

Mais sobre os "Direitos Humanos" no Brasil

A julgar pela quantidade de entidades de direitos humanos no Brasil, deveríamos ser o país mais politicamente correto do mundo. Mas na prática, não é o que acontece. Segundo relatórios de entidades internacionais, há violação de direitos humanos no Brasil acontecendo neste exato momento em que você lê este texto.

Por isso no Brasil ouvimos dizer que é preciso "coragem" para denunciar. Geralmente as violações de direitos se invertem, e aquele que desrespeitou uma lei passa a ser a vítima.

A Comissão de Direitos Humanos da câmara federal em Brasília, por exemplo, possui entre seus pares um deputado chamado GERALDO THADEU PEDREIRA DO SANTOS, pertencente ao PPS. Ao levar à comissão a denúncia do assassinato do meu filho, através de um requerimento de um ex-deputado federal, Geraldo sentiu-se indignado. Foi ao plenário e me acusou de diversos crimes praticados pela internet. Os crimes a que ele se refere, são e-mails cobrando de delegados e do Ministério Público, uma resposta sobre as violações praticadas contra mim e principalmente contra a vida do meu filho.

Geraldo Thadeu era prefeito em Poços de Caldas quando Paulinho foi assassinado e dava suporte político e financeiro à central clandestina de transplantes que utilizava órgãos em filas de espera particulares - vulgo tráfico de órgãos. Geraldo chegou a ser denunciado por improbidade administrativa, falsidade ideológico dentre outras acusações, mas ao adquirir o título de deputado federal, livrou-se de tudo.

Atualmente Geraldo Thadeu está trabalhando em conjunto com o Ministério Público Federal na área de direitos humanos. Ambos não desejam que o caso Paulinho venha à tona. Neste caso, o fato de o médico matar 9 pacientes e vender seus órgãos além de extorquir as famílias, o SUS e os planos particulares de saúdes pois cobrava de todas as pontas pelo "serviço", não se trata de violação de direitos humanos das vítimas, mas sim do médico.

Segundo Geraldo Thadeu e seus comparsas (e este último inclui o Ministério Público Federal), dizem que não se pode execrar publicamente um assassino e vendedor de órgãos humanos, pois estamos num estado democrático de direito. Matar pode! Ser importunado pela justiça é violação de direitos humanos!

No Brasil nenhum entidade de direitos humanos quer saber deste caso. Envolve políticos e médicos renomados, e sendo assim pode prejudicar a distribuição de dinheiro pela ONGs.

Aprendemos no Brasil que é expressamente proibído molestar crianças, explora-las sexualmente, e obriga-las a trabalhar ainda menores de idade sem que tenham um estudo adequado. E aprendemos também que estas violações são as maiores praticadas contra as crianças, e na prática ninguém faz nada. Entre a existência de um código de defesa e a efetiva prática contra a violação há um grande caminho que não interessa a nenhum defensor de direitos humanos.

Por que?

Alguns políticos se elegem graças a estas causas que nunca parecem ter fim. O turismo sexual no Nordeste nunca vai acabar. Políticos organizam uma fila de mães desesperadas para que suas filhas não sejam exploradas que terminam por votar nestes políticos em troca de uma promessa vazia de solução do problema, durante as campanhas eleitorais. Depois de eleitos, organizam seminários, comissões e ONGs todas regadas a muito fundo perdido, e passam a não mais atender os interesses daquelas mães desesperadas, pois o principal interesse já foi atendido: Eles se elegeram!

No Brasil, matar crianças para fins de tráfico de órgãos, explorá-las sexualmente ou simplesmente fazê-las desaparecer, não é violação de direitos humanos. Exceto para fazer relatórios para entidades internacionais.

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