Desembargadores comprados

Desembargadores comprados

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Um estelionatário chamado Brasil

Antes de sair do Brasil, fiz uma procuração pública dando amplo poder a minha familia de fazer tudo e qualquer coisa em meu nome. Não é barato. É uma procuração cheia de carimbos e taxas para que alguém possa fazer em meu nome o que bem quiser.

Mas agora descobri que não é bem assim. Existem centenas de situações que as autoridades não reconhecem a procuração como um documento válido. Por exemplo, alguém que deseja casar por procuração (como prevê a lei), descobre que esta procuração, apesar de pública e expressar as determinações de quem a fez, não tem validade. É preciso uma procuração que seja específica para casar como a lei prevê.

Se você deseja autorizar um filho seu viajar para o exterior, utilizando esta procuração, desista! Não será aceita. É preciso uma procuração específica.

Quando você faz a procuração, o cartório lhe comunica que a mesma concede PLENO PODERES diante de todas as instituições a autoridades brasileiras. Mas não é verdade. Isso é ESTELIONATO. Vender alguma coisa que não corresponde exatamente o que lhe prometem.

Mas num país que faz o que faz com o próprio povo e está caminhando para o abismo comunista, o que são direitos?

Mas você tem alternativas. Pode pagar propina para a câmara federal aprove projetos e chamá-lo de mensalão. Pode exterminar dois prefeitos que estão te incomodando, e ainda executar outras 7 testemunhas para que não fiquem reclamando. Pode levar dólares na cueca, pode carregar dólares em caixa de bebida alcólica e atravessar os céus do Brasil que ninguém vai te pertubar ainda que seja pego. No Brasil de hoje, você pode fazer tudo o que é ilícito. Pode trocar e-mails com organizações narcotraficantes, dar asilo político para pessoas que já cometeram crimes contra a humanidade (o que pela teoria, impediria o asilo), até empregar mulher de líder destas organizações. Tudo isso não tem problema. Não pega! Não tem autoridade que conteste isso porque no Brasil autoridade serve justamente para acobertar o que não é correto.

No Brasil você pode ser preso e ter o direito de não ser algemado. Você pode fazer acordos com o Ministério Público para que um processo simplesmente seja enterrado, por uma cifra "significante" de 10 mil reais, como fizeram médicos que vendiam lugares na fila de transplantes do Rio de Janeiro. No Brasil, o que é ilegal, ilícito e imoral está liberado e tem respaldo.

Mas não tente usar uma procuração que lhe garantiram que era válida, feita em cartório devidamente oficializado, tudo dentro da lei, pois descobrirá que você foi vítima de ESTELIONATO. E não adianta reclamar. No máximo, faço com eu. Crie um blog enquanto ainda tem um pouco de liberdade.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Você viu na imprensa brasileira?

Você ficou sabendo que eu obtive asilo humanitário através da imprensa Brasileira?


Não. Obviamente que não. E você nem sabe provavelmente quem sou eu. E nem deveria saber. Eu sou alguém que está lutando para que não façam com o seu filho o que fizeram com o meu.

Não se preocupe. Você não vai ver mesmo. O problema é que no Brasil, nenhum jornal ou Tv estão interessados em divulgar a realidade do país. O Brasil é um país onde a compra e venda de órgãos é rotina, mas isso não pode ser falado. Há muito dinheiro em jogo. Há muita gente "grande" envolvida. Há a conivência do Ministério Público Federal e de políticos. Há a benção do Conselho Federal de Medicina que absolveu o assassino mesmo com tantas provas.

Mas se você se interessa pelo assunto, leia hoje os jornais europeus. Como você deve estar no Brasil, eu fiz questão de colher imagens para que você possa ver que aqui, um brasileiro tem mais espaço na imprensa do que no Brasil. Aqui, o brasileiro tem mais direitos que no Brasil. Aqui, o que você disser para a imprensa eles publicam sem cortes. Respeitam você como ser humano e respeitam seus problemas.


Se você optar pela imprensa brasileira, como o G1 por exemplo, era tudo o que eles queriam!

Hoje, 22 de setembro de 2008, você será informado, por exemplo, que Lula bateu o recorde de avaliação positiva - algo histórico na CNT/SENSUS. Desde o governo Lula, sou o segundo a pedir asilo em outro país. O número de mortes e analfabetos nunca foi tão alto. A impunidade e corrupção estão impregnando as paredes de órgãos público e empresas privadas. Mas a aprovação dele é recorde. E com tanto dinheiro rolando e uma imprensa como a brasileira, não é difícil entender.

Se sua praia não é a política, pode se interessar por algo mais leve. Vai ser informado que foi encontrado morto o tratador do ursinho Knut. Não é importante?

Va bene! Quem sabe sua praia não é esporte?! Hoje há uma notícia no G1 que o Íbis (o pior time de futebol do mundo) perdeu jogo por WO e logo depois sofreu um grave acidente.

Mas quem prefere ler sobre justiça, verá que a família de Jean Charles de Menezes quer a verdade no começo do inquérito. É uma grande injustiça o que estrangeiros fizeram ao Jean Charles. Mas o que fazem ai no Brasil com brasileiros, sinto muito, você não vai ver.

Você sabia que os técnicos do CDAE no Rio de Janeiro estão trabalhando em um novo vazamento? Você não lê o G1?

Então você não leu que a maioria dos cariocas não aderiram ao dia mundial sem carro.

A Orla do Rio de Janeiro agora tem o medidor de raios UV, tá no G1.

Pensando bem, você não precisa ler nada disso. Afinal, saber que um homem ficou preso por 8 horas em um caixa eletrônico não mudará a sua vida. O que importa hoje é que Lula bateu o recorde de aprovação! Inédito! Incrível! E é isso que está na imprensa hoje!

Aproveite para ler nos jornais estrangeiros o tamanho da crise que está chegando ai no Brasil, para não ser pego de surpresa, pois isto, a imprensa também não quer falar porque Lula tem aprovação recorde. Compre um binóculo porque há navios americanos na costa Brasileira e estão chegando navios russos para apoiar a Venezuela do ditadorzinho Chavez. Quem sabe não rola uns fogos de artifício.

Viva o Lula e que se danem os brasileiros justos e honestos.

Boa Leitura


Para saber detalhes do caso Paulinho leia:

A história de Paulinho narrada em 2002 pela CartaCapital - A matéria mais completa e honesta já publicada sobre o caso.

Remoção de órgãos de Paulinho com anestesia geral - O Anestesista classificou Paulinho como vivo antes de administrar Etrane (anestesia inalatória). Ele mentiu para a polícia federal, para o ministério público federal, mas foi desmentido publicamente durante a CPI. Ele me processou por chama-lo de mentiroso e fui condenado a indenizá-lo, uma vez que o processo correu em Poços de Caldas, berço da máfia.

Avaliação neurológica comprova: O estado de saúde não era grave. - Documentos que constam nos autos, comprovam que Paulinho foi levado ao hospital e sua primeira avaliação neurológica não era grave como dizem os médicos para se defenderem.

Exames fraudados com ajuda de procuradores federais e ministério da saúde. - Em um esquema montado dentro do gabinete do Ministro José Serra, Carlos Mosconi - o chefe da máfia - era informado a cada passo sobre os documentos obrigatórios que não foram entregues à auditoria. Mosconi repassava a informação para os assassinos que forjavam os papéis. Depois, estes documentos eram levados ao Ministério da Saúde e entregues ao procurador José Jairo Gomes. Este último encaminhava os mesmos ao delegado da polícia federal Célio Jacinto do Santos, que anexava ao inquérito como sendo documentos "originais". Veja alguns destes documentos. Nenhum médico responde ou respondeu por falsificação de documentos.

Sem Morte Encefálica. - Foi assim que o médico e assassino Celso Roberto Frasson Scafi descreveu o estado de saúde de Paulinho, minutos antes de lhe retirar o rim. Scafi escreveu de próprio punho que Paulinho estava SEM MORTE ENCEFÁLICA, porém, como é sócio de Carlos Mosconi, seu nome foi excluído do rol de acusados. Scafi estava indiciado pela polícia federal pelo crime de retirada ilegal de órgãos, e foi inserido em uma equipe da UNICAMP (ainda quando estava indiciado) para continuar realizando transplantes em Campinas, pelo Ministério da Saúde.

Asilo Humanitário - Você não verá isto na imprensa brasileira. O caso Paulinho está proibido de ser divulgado, exceto se for para inocentar (ainda mais) os assassinos.

sábado, 20 de setembro de 2008

ASILO HUMANITÁRIO CONCEDIDO!

Duas horas foi o tempo necessário para que a Commissione Territoriale del Governo in Milano, reconhecesse o que há 8 anos, o Brasil se nega a reconhecer. Depois de 8 anos denunciando a existência de tráfico de órgãos no Brasil e ser perseguido por autoridades brasileiras, a única saída foi sair do país e buscar alternativas em outro continente.

Solicitei asilo político na Itália, demonstrando ter perdido todos os direitos fundamentais, e ser perseguido pelo Ministério Público Federal. Meu pedido foi aceito e enquadrado, segundo a convenção de Genebra que versa sobre asilo político de 1951, como um caso de asilo humanitário.
Há um processo em análise de aceitação na OEA que em 23 de junho de 2008, solicitou ao Governo Brasileiro, concedendo um prazo de 2 meses, explicações sobre o caso. O Brasil é signatário dos tratados de direitos humanos da OEA e apresentei denúncia em 2007. Dia 19 de setembro fui informado pela OEA que o Brasil solicitou prorrogação do prazo para a resposta.

A imprensa brasileira não quer falar do assunto. O assassinato do meu filho e meus esforços contra a impunidade são fatos excluídos da mídia brasileira. O domínio sob a imprensa é algo assustador pois se meu caso, que causou uma CPI Federal (que quase não foi noticiada), não chega às páginas dos jornais, pode-se imaginar o que mais está sendo escondido nos casos em que as famílias não podem fazer nada. E não é preciso ir muito longe. O relatório final da CPI revela que depois de Paulinho, ocorreram outros 8 assassinatos, todos pelo mesmo grupo.

Os processos judiciais estão sendo manipulados por Carlos Mosconi, chefe desta quadrilha, que consegue fazer com que os mesmos saiam da justiça federal e desemboquem em tribunais onde possui controle político. Mosconi é praticamente braço direito do governador de Minas Gerais. Basta dizer que fui processado 7 vezes criminalmente numa ação conjunta da Polícia Federal, Ministério Público Federal e médicos envolvidos e absolvido em todos, exceto nos tribunais de Poços de Caldas onde ocorreu o crime. No entanto, os processos que me condenaram estavam prescritos, embora o juíz insistisse na condenação. Nada que um recurso não resolvesse.

Em uma das absolvições, a justiça federal reconheceu a omissão do Ministério Público Federal e solicitou explicações sobre fatos incontestáveis como por exemplo, o motivo que levou o Ministério Público Federal a não denunciar os médicos indiciados pela CPI.

O caso do meu filho acumula, nestes últimos 8 anos, dezenas de crimes cometidos que sequer foram investigados. Acumula também toda a omissão e o contorcionismo do Ministério Público Federal que tentou de todas as formas e ainda tenta, me transformar em uma pessoa com problemas mentais.

Durante a CPI, enquanto estava depondo, o MPF exigiu que eu fizesse teste de sanidade mental para desqualificar meu depoimento. Passei a ser tratado no Brasil como uma pessoa sem valor, desqualificada, e ignorada em todas as estruturas públicas. O caso passou a ser tratado com total desprezo e a vida de uma criança simplesmente foi exterminada sem deixar rastro. Pelo menos, é isso o que eles pensavam.

Nestes últimos 3 meses que estou na Itália, todo o suporte foi me oferecido. Desde alojamento, comida, assistência médica e fundamentalmente apoio. Todos que tiveram acesso a história, contada com documentos, vídeos, gravações telefônicas, relatórios de CPI e pouquíssimas reportagens publicadas ao longo destes 8 anos, ficaram estarrecidos. O trabalho da Croce Rossa Italiana (Cruz Vermelha Italiana) é algo fantástico e que nunca veremos no Brasil. Quando fui assistido pela Croce Rossa, passei a entender o que é um país cujo dinheiro público não é furtado e nem utilizado para realizações pessoais.

Não tenho ilusões de que, com o Asilo Humanitário, alguma coisa mude no Brasil, pois isto não significa nada para o Governo Brasileiro. Vão desqualificar este asilo como fazem com tudo aquilo que não podem combater. É uma estratégia nazista muito bem utilizada pelo governo brasileiro e também pelo Ministério Público Federal.

O assassinato de Paulinho vai ficar sem assassino. Os acusados foram premiados antecipadamente, antes mesmo da absolvição. Em 2007, mesmo respondendo por homicídio de uma criança de 10 anos, Álvaro Ianhez, chefe operacional desta quadrilha, obteve autorização do governo brasileiro para voltar a trabalhar com transplantes. Hoje, Ianhez atua em Manaus e recebe salário do SUS para fazer o que faz bem feito.

Ironicamente, o dinheiro que pago os impostos para ter direitos que me foram sublimandos, paga o salário do assassino do meu filho e sustenta a máfia.

O Brasil é assim. Te roubam, te matam, te estupram e você ainda paga a conta.

Eu não sou o único. Muitos brasileiros hoje devem estar sentindo na pele tudo o que eu senti. Talvez tenha sido o único a continuar em frente em busca por justiça a um preço muito alto. E o governo Lula conta com isso. Quanto mais dificuldades, maior a facilidade de calar a boca daqueles que estão sendo destruídos.

Não é difícil entender quando olhamos para o judiciário e descobrimos que um processo contra a União pode demorar de 10 a 20 anos, e no final não resultar em nada. Contra você, um processo dura no máximo 2 anos.

É isto que eles chamam de estado democrático de direito.