Desembargadores comprados

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sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

O Tribunal de Jagunços de Minas Gerais está parado

O TJMG (Tribunal de Jagunços de Minas Gerais) continua barrando o andamento do processo do meu filho Paulo Veronesi Pavesi. O problema é que ainda não foram acertados os valores que serão pagos pela absolvição dos acusados. A negociação ainda está em campo, e uma cifra ainda não foi acordada.

O "programa" ainda não foi acertado. O julgamento que deveria ter ocorrido em 2010 tem sido adiado ano após ano até que a melhor condição para os réus, seja encontrada. 

Em Poços de Caldas, até enfermeiras estavam na lista de jurados. Com isso, você que está lendo este post, deve saber que seu dinheiro está sendo usado para alimentar um grupo de vigaristas travestidos de guardiões da lei. Toda a negociação está sendo feito a luz do dia. 

Políticos e médicos perambulam pelos corredores do TJ em busca de apoio. Enquanto não houver um acordo, não haverá julgamento. E quando houver o acordo, o julgamento será desnecessário. 

O julgamento é apenas um detalhe. Ainda há sentenças pendentes de outros casos e recursos que nunca são apreciados. São anos de espera para um resultado que parece não interessar ao TJMG. O julgador que deveria ser neutro, de neutro não tem nada. Quem paga mais leva! Trata-se de uma organização onde o dinheiro queima que nem carvão em domingo de churrasco. Nunca é o bastante. Quanto mais, melhor.

A explicação é simples. São categorias semelhantes. Eles tem a vida de muitas pessoas nas mãos. Diante disso é só uma questão de negociar os valores. Você pode comprar um Rim ou uma sentença. Basta achar o caminho certo. E neste caso, ambos estão juntos. 

Atualmente para comprar um rim, você precisa "enganar" a justiça. Você apresenta o vendedor de um rim como se fosse um doador à um tribunal de justiça (que faz publicidade em favor da doação de órgãos). O tribunal por sua vez, autoriza o transplante e você paga as duas máfias: A dos transplantes e a da justiça. E tudo vai bem!!

Se algo der errado, será a justiça que vai definir o destino dos traficantes. E como estão juntos neste esquema, a impunidade será a grande vencedora. 

Tudo é feito em dinheiro vivo. As malas são entregues diretamente nos gabinetes onde as câmeras escondidas não entram. Não há celular, não há testemunhas, não há nada que possa registrar este momento tão íntimo entre as máfias. A única coisa que há, é a reunião de duas quadrilhas organizadas. 

O resultado é o que estamos vendo. 15 anos de espera, ninguém preso, recursos esquecidos em alguma gaveta, desembargadores emitindo habeas corpus em poucas horas, e acusados vivendo uma vida de rei, sem ter que se preocupar com nada. Tudo está nas mãos da justiça, ou seja, tudo está rigorasamente protegido. Enquanto não houver uma cifra que atenda os dois lados, nada será movido, nada sairá do lugar. 

O Ministério Público por sua vez, está tentando (mais uma vez) abafar tudo. Quem sabe não abortam o caso antes mesmo do julgamento? Isto custaria um pouco mais, mas para quem está para ir para a cadeia, e tem muito dinheiro guardado, vale a pena não é mesmo? 

Pois é. Como podemos ver, todas as pontas estão apenas aguardando um cifra para que as coisas andem. Estando bom para ambas as partes - como diria o deputado Russomano - tudo fica resolvido. 

Neste período de 15 anos de espera, milhares de crimes já foram cometidos e julgados por este mesmo tribunal, rapidamente. Mas o caso Pavesi continua parado. O TJMG espera pela oferta de ouro que ao que tudo indica ainda não foi feita. 

Alguém com o mínimo nível de inteligência, sabe que a demora tem seus motivos. Alguém que consiga se equilibrar em duas pernas sabe que o motivo é dinheiro.  

Os jagunços mineiros estão aguardando.

Quem dá mais?

Ahhh... E antes que eu me esqueça, não estou generalizando. Há os jagunços envolvidos e que vendem sentenças e há outros membros do judiário que estão envergonhados com o que está acontecendo. O problema é que estes envergonhados eu nunca vi, nunca ouvi, e nunca se pronunciaram.  Mas devem existir não é mesmo?

Um comentário:

Anônimo disse...

Em Minas a corrupção grassava solta. Era a era AE5.