Desembargadores comprados

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sexta-feira, 1 de junho de 2007

Não há provas

No Brasil não existe justiça. Isto já está claro. A moda agora é dizer que não há provas. Neste caso, o brasileiro deveria exigir da justiça que a mesma nos informe o que ela entende como "prova".

Movimentações suspeitas e não declaradas à receita federal, não são provas.

O transporte mal acomodado de dinheiro dentro de cuecas, sem origem declarada, comprovada ou informada, também não é.

Superfaturamento de obras, nem pensar.

Pagamento de pensão alimentícia, através de lobistas da construção civil, é natural.

Escutas telefônicas passaram a ser apenas conversas vazias sem conteúdo criminoso, ainda que nas gravações seja falado em oferta de propinas e compras de sentenças judicias. Nada disso é prova.

Vídeos de funcionários públicos recebendo propinas só serve para o YouTube. E mesmo assim devem ser publicadas na categoria "funny".

Quais são as provas então que precisamos para colocar alguém dentro de uma cela por corrupção?

A resposta é simples: Nenhuma. Você pode apresentar uma declaração do papa assinada por Jesus, e mesmo assim, não valerá de nada, pois os testes do carbono 14 ainda não são confiáveis.

O que vale mesmo neste país, é roubar. O roubo está estatizado. Ninguém se atreve a interferir em licitações fraudulentas, ou em flagrantes da polícia. No dia seguinte, poderá ser o boneco de Judas em uma feira livre, onde aliás não faltará porretes e canivetes.

A prova que temos é que habeas corpus é moeda de troca, e quem rouba tem dinheiro pelo ladrão. Desculpem-me pelo trocadilho, mas é assim mesmo que funciona.

Não há limites e nem tão pouco patente. Todos estão autorizados à roubar o dinheiro público que hoje está abarrotando os cofres do Brasil.

Chegamos num ponto onde o judiciário está acusando a Polícia Federal de realizar prisões ilegais, sem existência de provas, sem qualquer indício necessário para que a mesma seja decretada. Mas ninguém ainda comentou que para a Polícia Federal prender alguém, é necessário um pedido de prisão autorizado pelo judiciário!

Se a prisão acontece, é porque o judiciário autorizou!

Como o judiciário depois alega que as prisões foram ilegais?

Não há provas.
Não há culpados.
Prender ladrão é ilegal.
Roubar os cofres públicos é que vale à pena.
Desde que não se esqueçam da propinagem.
O Brasil é o país do vale-tudo.

Se você leu este texto, poderá fazer um teste para descobrir o que é prova aceitável.

Entre em um supermercado e coloque uma lata de atum no bolso. Permita que as câmeras registrem sua empreitada e tente sair sem pagar.

Te vejo nas primeiras páginas dos jornais, algemado e trancafiado!

Abraços

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