Desembargadores comprados

Desembargadores comprados

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Como o MPF atua para acobertar o tráfico de órgãos

O Ministério Público Federal tem atuado com bastante afinco para acobertar denúncias de tráfico de órgãos. Eu vou mostrar como eles fazem. Na verdade sem seria necessário pois basta telefonar ao Procurador Geral da República e perguntar sobre o relatório final da CPI do Tráfico de Órgãos e terá a resposta.

Em novembro de 2006 enviei uma denúncia para o procurador geral. Eles nunca me enviaram qualquer comunicado, sequer dizendo: "Jogamos no lixo!". Eles não precisam disso, pois estamos vivendo numa ditadura e sendo assim, você tem à quem reclamar. Ajoelhe e chore.

Segundo soube, a denúncia foi encaminhada para o Gabinete da Procuradora ELA WIECKO VOLKMER DE CASTILHO. Ao telefonar para lá, no mês de maio de 2007, e perguntar sobre o relatório, fui informado de que o mesmo estava no Gabinete do Procurador Geral. Na verdade eu telefonei no Gabinete do Procurador Geral e os assessores garantiram que a denúncia estava com ela ou Ela. Insiste mais um pouco e me disseram que não sabia do que se tratava e que precisariam de um tempo para procurar o documento.

Mais um tempo? A denúncia se refere à fatos ocorridos em 2000. Depois disso, inúmeros pedidos foram feitos ao MPF para que analisassem as denúncias e até hoje nunca enviaram nenhuma resposta. Querem mais tempo?

Disse então que não precisariam se incomodar, afinal, é tanta denúncia neste país de impunidade que não deve ter procurador suficiente para atender a demanda da população, ainda que o denunciante faça como eu fiz, e entregue tudo mastigado.

Para se ter uma idéia melhor de como atua o MPF, lembro à você leitor que fui processado pelos Procuradores Federais de Belo Horizonte, que trocaram nomes dos médicos que mataram meu , filho para fins de tráfico de órgãos, protegendo então os verdadeiros assassinos.

Na denúncia que fizeram contra mim, 9 procuradores assinaram como podemos ver no quadro abaixo. Os procuradores que acusei, eram testemunhas deles mesmos.


Contra os médicos, apenas três procuradores assinaram. Para o denunciante, todo o rigor da lei. Para os assassinos, todos o benefício do código penal.
O delegado da Polícia Federal de São Paulo Antônio Manuel Costa, foi responsável pelo inquérito aberto contra mim. Ao levar as denúncias à ele, o mesmo pediu a presença do Ministério Público Federal em meu depoimento, conforme o documento abaixo:

No dia do meu depoimento, nenhum procurador compareceu, e o pedido foi reiterado por mais vezes. Nunca o MPF quis ouvir as denúncias.
Talvez eles precisem de mais tempo, até que o crime esteja prescrito. Nesse contexto, é muito fácil afirmar que no Brasil, não há tráfico de órgãos.
Acredite. Eu torço para que nenhum de vocês precisem do Ministério Público Federal como eu precisei para punir os assassinos do meu filho. Aliás, espero que não precisem do Ministério Público Federal para nada.

Nenhum comentário: