Por várias vezes me perguntei como os judeus permitiram que Hitler os massacrassem. Eu imagino que o terror tenha se instalado lentamente até que tomasse a dimensão de holocausto. Acredito que a chave para o sucesso de Hitler foi a forma pacífica e sem atitudes que os judeus aceitavam a cada investida nazista.
Hitler aos poucos, isolou judeus em guetos, e mais tarde não satisfeito, acabou com eles.
Não havia lei, direitos humanos ou qualquer explicação para estas atitudes, mas ela foram se impondo de tal forma que parecia bloquear a inteligência dos ofendidos. Muito tardiamente, apareceram as resistências, e infelizmente era muito tarde. Acabaram lutando para se manterem vivos, e não para evitar o genocídio.
É assim que vejo hoje os brasileiros. Estamos apáticos, incrédulos e coniventes com a corrupção que está lentamente tomando conta do país. Nunca antes na história deste país, se teve tanta certeza de que políticos estão roubando, fraudando, sonegando e nos matando aos poucos.
Temos um Presidente da República que não sabe de nada, não viu nada e que possui um irmão lobista, definido como ingênuo. Adotamos um lema que não nos pertence:
"Todos são inocentes mesmo que se prove o contrário".
Mas se você é honesto e está longe da política, não pense que este lema lhe serve. Ele é válido apenas para os desonestos e para aqueles que possuem relações com o presidente. Chegamos num ponto, onde um senador envolvido em propinagem, escolhe quem será o presidente do conselho de ética que vai julgá-lo, impondo inclusive o nome do relator. Tudo para garantir que é mesmo inocente.
As escutas telefônicas divulgadas pela polícia, deixaram de colocar bandidos na cadeia, para transformá-los em vítimas das investigações. Incluindo o irmão ignorante do presidente.
A falência moral do povo brasileiro é tão explícita que ficamos felizes em acreditar em uma possível cassação do senador propineiro, quando o certo seria que ele estivesse preso por sonegação fiscal, sem qualquer opinião do conselho de ética que nada significa.
Aceitamos sorridentes as manobras políticas para salvar das garras da lei, políticos envolvidos em escândalos que envergonham e destróem a nossa nação, enquanto enterramos nossos entes queridos assassinados em um farol de trânsito, ou em uma maca de hospital para fins de tráfico de órgãos.
Hoje assisti atônito um policial provocando um traficante pelo rádio, e o mesmo respondia a altura. O traficante tinha rádio!
Estes policiais, muitas vezes pai de família, deixam o lar sem saber se voltarão. Despedem-se de seus filhos a cada turno de trabalho como se fosse a última vez. Nos confrontos com os traficantes onde suas vidas ficam por um fio, conseguem prender meia dúzia de bandidos que inexplicavelmente, um ministro do supremo devolve as ruas através de uma canetada. Aqueles policiais que tombaram em defesa do estado, ficam esquecidos, e os traficantes de volta às ruas fazem festas regadas a muito pó.
No Brasil nazista de hoje, estamos promovendo terrorista à general e pagando indenizações retroativas por ter abandonado o exército em nome de uma revolução socialista. O herói que o governo está criando, é aquele que assaltou bancos, fez sequestros, deu as costas ao país e roubava armas do exército para entregar a terroristas. É este o povo brasileiro com quem o governo sonha!
Antes de sermos jogados em um gueto, devemos nos inspirar nos "heróis" do passado brasileiro - se necessário com os mesmo métodos já que foram aprovados pelo governo - e evitarmos assim uma nova tragédia na humanidade como foi o holocausto.
Antes que seja tarde demais.
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