Desembargadores comprados

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sábado, 8 de agosto de 2009

Artur Virgilio experimenta o veneno criado pelo PSDB



"Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu.
Como não sou judeu, não me incomodei.

No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista.
Como não sou comunista, não me incomodei.

No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico.
Como não sou católico, não me incomodei.

No quarto dia, vieram e me levaram; já não havia mais ninguém para reclamar..."
Martin Niemöller, 1933

Assista este vídeo de Artur Virgílio, e descubra a relação com o texto acima.


Desde 2000, quando denunciei a quadrilha criada por Carlos Mosconi para traficar órgãos que funcionava em Poços de Caldas, as situações foram se invertendo. Mosconi era líder do PSDB na câmara federal em Brasília quando sua quadrilha assassinou meu filho, e pelo menos mais 8 pessoas, para venda de órgãos - além, é claro, do administrador do hospital, este último morto a tiros.

Com todas as provas de homicídio, foi impossível fazer valer a democracia e os meus direitos. Mosconi tinha e tem aliados poderosos, como tem também José Sarney. O PSDB tratou de defender Mosconi. José Serra que era o Ministro da Saúde também. Aliás, até hoje, José Serra não conseguiu - e nem tentou - explicar como o Ministério pagava transplantes realizados pela central de Mosconi que não possuia sequer um CNPJ, e muito menos autorização para funcionamento.

As leis se dissolviam a minha frente. Nada do que eu provava tinha valor. Meia palavra de Mosconi tinha peso em dobro. As acusações, uma a uma, foram abafadas, minimizadas. As que conseguiram se transformar em processo, passaram longe de Mosconi e possuiam denúncias completamente distorcidas pelo Ministério Público com o propósito de serem subitamente arquivadas.

Contra mim, quase uma dezena de processos criminais. Todas me acusavam de injúria, calúnia e difamação. Uma das denúncias, contava com a participação de 9 procuradores que fizeram questão de assina-las. Uma forma de mostrar-me que todos estavam com Mosconi.

Eu segui em frente. Fui absolvido em todos. Isso significa dizer que a justiça reconheceu que eu estava certo. Mas, isso é muito pouco quando o acusado é um Mosconi. Precisa de muito mais. Caso contrário, ou acaba como eu, asilado na Itália, ou como o administrador do hospital (suicidado com 2 tiros).

Agora vejo Artur Virgilio dizendo que ao não abrir mão do direito de denunciar Sarney, obteve como respostas ameaças de retaliações e processos. Diz ainda, que a "merecida" punição, é porque não se calou e estava levando a frente as denúncias.

Finalmente, Virgilio pergunta à Sarney:
"Será que dá para aceitar que o conselho de ética posto como ele foi posto, ele recuse todas as ações propostas contra a vossa excelência e aceite a minha, e este senado funcione normalmente, e vossa excelência se sedimente e se sente nesta cadeira, cada vez mais sólido, cada vez mais firme, cada vez mais estável. Será que dá para acreditar nisso? Será que dá para perceber que esta sim é a marcha da insensatez?"

A resposta caro Senador Artur Virgilo, é SIM. Dá para acreditar.

Dá para acreditar que no Brasil se crie uma quadrilha, se enriqueça às custas de dinheiro público ou até mesmo matando pacientes em leitos de UTIs públicas para fins de tráfico de órgãos.

Quando reclamei ao Sr., por e-mail, não obtive nenhuma resposta. O senhor não tinha perdido um filho, nem estava sendo processado, nem estava preocupado com o que acontecia quando direitos não eram respeitados. Não era com o sr.

Talvez seja a sua hora de reclamar. E pior, talvez seja tarde demais. A democracia não existe mais. Manda quem pode, foge quem tem juízo, ou morre quem fica para contestar.

Boa sorte.

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