Desembargadores comprados

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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Por que a imprensa brasileira mente?

Isto ja foi falado em CPI, por varias pessoas, médicos e autoridades. Ha um lobby dos transplantes para que as noticias "negativas" (eu diria verdadeiras) nao sejam publicadas ou,  se publicadas, que sejam distorcidas para que nao espante doadores.


Desta vez, trata-se da francesa Lydia Paillard. Lydia estava fazendo quimioterapia quando recebeu soro com medicamento anti-vomito. Desfaleceu e entrou em sono profundo. Os medicos especialistas a declaram clinicamente morta, sem qualquer chance de recuperaçao. Os filhos foram consultados sobre a possibilidade de autorizarem o desligamento dos aparelhos que a mantiam artificialmente. No entanto, segundo as noticias que circularam nos jornais italianos, a senhora Lydia acordou deixando os medicos atonitos. Para quem conhece a lingua italiana, leia abaixo:
Arriva dalla Francia, precisamente da Bordeaux, un particolarissimo caso di risveglio dalla morte che ha del miracoloso. La protagonista di questa storia si chiama Lydia Paillard, 60 anni, ricoverata in ospedale per una seduta di chemioterapia. La signora Paillard era improvvisamente svenuta e non dava più segni di vita, dopo che le era stata inserita una flebo al braccio contenente un medicinale anti-vomito. Il suo sonno è durato ben 14 ore, ed in questo arco di tempo, i medici l'avevano già dichiarata clinicamente morta. Difatti lo staff dell'ospedale aveva già ottenuto dalla famiglia dell'anziana signora, l'autorizzazione a staccare la spina delle macchine che la tenevano ancora in vita artificialmente. 
Poi all'improvviso accade l'inaspettato. La signora, come se nulla fosse accaduto, si risveglia, si mette seduta sul letto, e rivolgendosi al figlio dice: " Mi sento molto meglio, ho dormito molto bene". Lydia Paillard ricorda di non essersi sentita bene nel momento in cui ha assunto i farmaci per prevenire il vomito, poi il lungo sonno ed il risveglio in condizioni ottimali. 
"I nostri medici più esperti l'hanno esaminata attentamente e tutti l'avevano dichiarata clinicamente morta. Si tratta di un evento estremamente raro", ha dichiarato il direttore del policlinico di Bordeaux Yves Noel, ipotizzando che la signora abbia avuto un improvviso attacco epilettico che ha provocato un quadro clinico molto simile a quello di un decesso. Ma la signora Lydia per fortuna sta bene, e vivrà ancora a lungo.  
Em um jornal ingles, a reportagem cita a fala de um dos médicos:

We were at the bedside later when she suddenly opened her eyes, sat up and said “I feel so much better. I've had a lovely sleep”. (traduzindo em Portugues) Estávamos à beira do leito mais tarde, quando de repente ela abriu os olhos, sentou-se e disse:" Eu me sinto muito melhor. Eu tive um sonho lindo ".

No Brasil, no site Folha de S.Paulo, a historia muda um pouquinho. Segundo a Folha a historia é essa:

Depois de os médicos afirmarem que ela estava morta e pedirem para os filhos desligarem os aparelhos, a francesa Lydia Paillard, 60, acordou. Ela tinha ficado 14 horas em coma.
A paciente, com câncer, tinha dado entrada em uma clínica no sudoeste da França, na segunda-feira, para fazer uma sessão de quimioterapia. Depois de tomar os remédios, ela ficou azul e desmaiou. Os médicos a estabilizaram e ela entrou em coma.
Segundo um dos filhos da paciente, Sébastien Paillard, os médicos afirmaram que ela tinha morrido, que não voltaria do coma e que seria melhor desligar os aparelhos que a mantinham respirando - conforme informações do jornal "Telegraph".
Os três filhos de Lydia não concordaram e a transferiram para outro hospital.
Naquela tarde, médicos fizeram novos exames e encontraram sinais de atividade cerebral na paciente.
Finalmente, 14 horas depois de ser dada como morta pelos médicos, Lydia acordou e disse para o filho Sébastien que tinha tido um "sono maravilhoso".
"E pensar que quase demos permissão para matarem nossa mãe", disse o filho de Lydia ao jornal francês "Sud Ouest". Ele afirmou que, até ali, a família confiava nos médicos da clínica.
"É um tipo de milagre", disse Yves Noël, responsável pela clínica Bordeaux Rive Droite, onde o fato ocorreu.
"Um dos médicos que examinaram a paciente tem 25 anos de experiência e identificou todos os sinais de morte clínica", disse o diretor.
Para o médico, uma explicação possível é que Lydia tenha tido um surto epilético seguido de desmaio, o que pode ter dado "aparência de morte" para a condição.
A família está considerando processar o hospital.
"Eu não sabia o que estava acontecendo, mas acho que meus filhos é que estão em choque", disse Lydia.

Muito bem. 

Para a Folha de S.Paulo, medicos fizeram novos exames e encontraram sinais de atividade cerebral na paciente antes que ela acordasse. Em nenhum dos jornais que li aqui na Europa, ha referencias a estes exames. Nem mesmo o jornal "Telegraph" que a folha cita como fonte.

Ha ainda o paragrafo em italiano acima, que traduzo aqui, e que revela a reaçao dos medicos:
Os nosso medicos mais experientes a examinaram cuidadosamente e todos a declaram clinicamente morta. Se trata de um evento extremamente raro. 
Mas o que isso muda?

Muda que revela a verdadeira face dos transplantistas que dizem ser impossivel matar alguem por equivoco no diagnostico de morte. Sao muitos os casos onde medicos diagnosticaram pessoas vivas como mortas, que ja em seus velorios, acordaram. Deve haver muitos casos em que pessoas tiveram os orgaos retirados quando ainda estavam vivas. 

A inserçao da frase na reportagem da Folha, tenta passar a ideia de que os medicos conseguiram detectar vida antes que ela acordasse. Mas isso, nao aconteceu. O lobby dos transplantes, conta com a imprensa brasileira para que distorçoes como esta, sejam praticadas para o bem da sociedade e para o bem dos lucros dos transplantes.

Que sujeira!

Ao doar orgaos, voce pode estar vivo. Nao se deixe levar pelas propagandas transplantistas. A verdade nao tem duas versoes.

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