Na foto você pode ver o ajudante de pedreiro Jocivaldo Castro. Não!! Ele não está precisando de um órgão para viver.
Jocivaldo encontrou neste container uma caixa de isopor com gelo, que continha um "bife" como imaginou seu colega de trabalho. Jocivaldo olhou com calma e concluiu que se tratava de um órgão. E para a nossa surpresa, era um órgão mesmo. Um coração.
O caso aconteceu em Brasília, na capital federal, onde supostamente as leis deveriam ser cumpridas. E caso as leis fossem cumpridas, há todo um protocolo, um procedimento específico para o descarte de órgãos humanos. Nota-se que o protocolo foi desrespeitado e o órgãos descartado sem cerimônias em um container de lixo comum. O próprio Jocivaldo, sem possuir muito estudo, matou a charada: "O coração estava conservado, devem ter jogado aqui durante a madrugada. Acho que não tiveram tempo de fazer o transplante".
A primeira pergunta é simples. Se o transplante deste coração seria feito pelo SUS, como descartaram sem qualquer controle do sistema? Segunda pergunta: O transplante seria mesmo feito respeitando a fila de transplante? Terceira pergunta: Se tudo era oficial e por alguma razão não pode ser concluído, porque os procedimentos não foram cumpridos e o coração jogado no lixo?
Caros leitores, evidências como estas existem aos montes. A imprensa pouco divulga e quando divulga não dá em nada. Há um mês pedi explicações para o Ministério Público sobre tráfico de órgãos na USP, e a resposta que recebi foi algo como "estamos verificando sem prazo para resposta". O caso já dura mais de 7 meses e nada! Ninguém é capaz de investigar ou descobrir alguma coisa neste pais. A incompetência tem nome: PROPINA PARA CALAR A BOCA.
Um coração jogado no lixo é verdadeiramente um espanto, mas no Brasil nada mais espanta. Você vai ler este texto e pensar: "Tá.. e daí?"
Enquanto mais um caso vai para o baú do esquecimento gerar lucro para quem investiga (afinal receberá propina para não avançar em nenhum sentido), ficamos sem respostas para as perguntas que fiz anteriormente. Aliás, por experiência própria, vou antecipar qual será a explicação dada daqui há alguns dias:
O coração não era humano.
Claro! Era um coração de macaco, porco, ou boi, que fora preservado com gelo em uma embalagem específica por algum açougueiro cuidadoso. E todos vão acreditar. O brasileiro (aquele que se acha malandro e esperto), vai dizer "ahhhh bomm". O Brasil concentra o maior número de espertos por metro quadrado no mundo. Por isto está na merda que está.
Enquanto isso, este mesmo esperto, vai se sensibilizar com as campanhas de doação de órgãos para um sistema transparente e sem corrupção, que salva vidas pelo Brasil. O Sistema puro, honesto e transparente, só não consegue explicar como alguém jogou um coração no lixo e ninguém percebeu.
Caro esperto, aceite os apelos e doe seus órgãos. Você estará salvando uma caçamba de lixo, ou um milionário abastado que vai pagar um grana preta pelo seu pedaço.
Um comentário:
TÁ SOBRANDO!!!
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