Desembargadores comprados

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sábado, 1 de agosto de 2015

O que fazer para acabar com o tráfico de órgãos?

No post passado, o nosso amigo "provavel receptor anarquista" expôs suas idéias das quais compartilho 100%.

Primeiro precisamos definir tráfico de órgãos. O tráfico de órgãos não só aquele que estamos acostumados a pensar que existe, como por exemplo, o paciente que é levado a morte em um hospital público para que os órgãos sejam vendidos, ou ainda uma criança raptada para tais fins. Se um paciente está em primeiro lugar na fila, não há motivos para que se prolongue a espera por meses. Significa que alguém pagou para obter um órgão prejudicando aquele que tem direito. Isto também é tráfico de órgãos.

No caso da máfia do tráfico de órgãos de Poços de Caldas, eles mantinham uma lista paralela que atendia clientes do chefe da quadrilha. Isto é tráfico de órgãos.

Para eliminar este problema, a transparência é o melhor caminho. 


Atualmente os bancos controlam cada centavo de milhões de contas correntes em todo o país. A lista de espera por um órgão, até pouco tempo atrás, possuia apenas 30 mil (digo "apenas" comparando o número de contas correntes). Atualmente já se fala em 50 mil pacientes na fila de espera. O número não é 51.232 ou 49.321. É 50.000! Conta de mentiroso. Número que alguém diz e não sabe de onde tirou. Estimou. Achou que era. 

Para resolver o problema, bastaria uma lista única na internet, ou regional que seja, para mostrar quem são estes pacientes, o tipo sanguíneo, a gravidade do caso e outras informações para que todos pudessem acompanhar. Hoje não existe esta lista. Não há qualquer forma de saber em que posição se encontra um paciente a espera de um órgão. 

É como se você fosse no Poupa Tempo, tirasse uma senha, e percebesse que embora seja um dos primeiros, dezenas são atendidos na sua frente. Você não sabe os números que os outros possuem em mãos e não pode questionar. Em outras palavras, o seu número não vale para nada. Você vai passar um mês esperando a sua vez, pois os critérios não são transparentes.

Os transplantistas afirmam que os pacientes não querem ter sua privacidade desrespeitada. Ora, quem disse? Quais pacientes não querem saber em que posição está e quando tempo ainda precisa esperar? Quer saber mais? O tempo de espera é importante até para a manutenção da vida. Que tratamento tentar? O que fazer enquanto espera? Se não sabem quanto tempo têm, como podem gerenciar suas enfermidades?

A mesma transparência é fundamental do outro lado. Para quem foram os órgãos doados? Em que posição o receptor estava na fila? Quem transportou? Onde os órgãos foram captados e qual a causa da morte do paciente. 

O único que sabe as respostas é o médico. Ele sabe de onde vieram os órgãos e sabe para onde vão. Ninguém mais sabe. Ele é o intermediário! E o intermediário é o cara que as pessoas pagam para obter vantagens!!

Os médicos são os maiores impecílhos para o fim do tráfico de órgãos. Eles fazem de tudo para que não haja transparência neste processo, pois é sem a transparência devida que os órgãos são desviados e implantados em quem pode pagar alguns milhares de reais em detrimento daqueles que não podem.



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