Desembargadores comprados

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domingo, 8 de julho de 2012

Sobre a operaçao Catedral Rio - trafico de orgaos foi abafado.

Ha 3 dias, em 05/07/2012, o ex-hacker Wanderley Abreu Junior que trabalhou na operaçao Catedral Rio, afirmou ter encontrado um rede de pedofilia e trafico de orgaos, no programa do Jo Soares. Perguntado varias vezes se o trafico de orgaos havia mesmo sido constatado, o entrevistado nao titubeou: SIM!

Segundo a reportagem da revista Veja de 10/05/2000, assinada por Marcelo Carneiro, é possivel comprovar que Wanderley de fato atuou nas investigaçoes. Mas a Veja nao cita em nenhum momento o trafico de orgaos. Por que?

Perversão na rede

Eles têm dinheiro, educação e família. E se divertiam
trocando fotos de crianças torturadas sexualmente
Marcelo Carneiro

A professora Sandra Carvalho nunca se havia preocupado em saber por que seu marido, o economista Paulo Rollemberg, ficava tanto tempo em frente do computador. No ano passado, uma equipe de policiais militares e promotores munidos de mandados de busca e apreensão retirou de seu apartamento na Zona Sul do Rio de Janeiro um computador e mais de cinqüenta disquetes e CD-ROM. Para seu horror, Sandra, mãe de um bebê de 6 meses, ficou sabendo que era casada com um pedófilo. No micro do marido, estavam arquivadas dezenas de fotos, entre elas a de uma menina de aparentes 6 anos praticando sexo oral em um homem adulto. Na casa de um geólogo de 54 anos, morador de São Conrado, bairro de classe média alta do Rio, os policiais encontraram imagens ainda mais chocantes: um bebê de 4 meses acorrentado pelos órgãos genitais e outra criança, seminua, atada à cama com pedaços de pano e algemas. O geólogo apontou seu filho E.V., de 15 anos, como o responsável pelas imagens guardadas na máquina. A apreensão desses computadores fez parte da maior investigação sobre pedofilia já realizada no país.

Durante dois anos, o Ministério Público do Rio comandou a operação no mais absoluto sigilo. Na sexta-feira passada, um calhamaço de 300 páginas – ao qual VEJA teve acesso – foi enviado à Justiça pedindo a condenação de onze pessoas que usaram a web para divulgar fotos de crianças submetidas a todo tipo de humilhação sexual. VEJA procurou os onze acusados na semana passada, e só um deles se dispôs a falar à revista. Outros quatro acusados, menores de idade, também responderão a processo por difundir cenas de sexo explícito ou pornografia envolvendo criança ou adolescente, crime com pena de até quatro anos de prisão previsto pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (veja quadro). Ver imagens desse tipo é sempre um soco no estômago. "Eu não conseguia trabalhar por muito tempo seguido. Tinha de parar para respirar", diz o promotor Romero Lyra, que comandou as investigações.

Entre os internautas denunciados à Justiça há, além do economista, uma médica, um funcionário público federal e meia dúzia de jovens, todos estudantes dos melhores colégios e universidades do Rio. Sob o manto do anonimato, essas pessoas varavam madrugadas recebendo e enviando centenas de fotos pelo computador. O domínio do que há de mais moderno em tecnologia ajudou a protegê-los. Vários deles conseguiram esconder dos parentes mais próximos arquivos com até 20.000 fotos de pornografia. Em muitas, pode-se notar claramente que as crianças fotografadas não têm a mínima noção do que estão fazendo. Em outras, é evidente a expressão de dor.

Apesar disso, na maior parte dos depoimentos ao Ministério Público, os denunciados tentam justificar-se. Explicam que, de fato, recebiam centenas de imagens de crianças que tinham sofrido abuso sexual, mas limitavam-se a guardá-las nos arquivos do computador. Jamais pensaram, por exemplo, em denunciar o caso à polícia. Pior que isso: mentiram. Por meio de laudos periciais, foi possível provar que esses internautas participavam de uma intensa troca de imagens. Também criavam códigos capazes de evitar a entrada de intrusos nessa rede. B.D., de 15 anos, é um dos menores envolvidos no caso. Sua mãe, uma fonoaudióloga de 51 anos, passou pelo constrangimento de ter de explicar aos promotores que os equipamentos apreendidos pertenciam na verdade ao filho, estudante de uma rigorosa escola estrangeira do Rio. "Ele é um aluno brilhante, presta trabalhos comunitários e sempre foi criado sob rígidos princípios éticos", disse a fonoaudióloga em seu depoimento. "Não sei explicar o que aconteceu." Por ser menor, B.D. não irá a julgamento. O processo será enviado à Coordenação das Promotorias de Infância e Juventude, e o destino do rapaz pode ser a internação em um abrigo para menores infratores.

A lista dos denunciados pelo Ministério Público também ajuda a jogar luz sobre o perfil psicológico dos pedófilos. Especialistas costumam apontá-los como pessoas introspectivas, que sofrem de uma quase impossibilidade de relacionamento e encontram na criança um parceiro submisso. Não é o que surge a partir dos depoimentos tomados pelos promotores do Rio. Boa parte dos adultos denunciados é casada ou tem um relacionamento estável. É o caso do funcionário público André Barcellos, de 27 anos. Em seu depoimento, André fez questão de dizer que havia "namorado uma única menina dos 18 aos 24 anos" e no momento mantinha um relacionamento que já durava dois anos. André acaba de ser aprovado em concurso para o Ministério do Planejamento, em Brasília. Ele falou a VEJA pelo telefone, na sexta-feira. Chorando muito, negou que tenha passado adiante qualquer foto, disse que só teve internet durante quatro meses. "Eu estava no lugar errado, na hora errada", afirmou. "Sou um cara normal e levo uma vida regrada." 


A prática de pedofilia na internet, um fenômeno recente, colocou em discussão um dos temas mais controvertidos da sexualidade humana. Na definição sucinta do dicionário Aurélio, pedófilo, palavra de origem grega, é "aquele que gosta de crianças". Os adeptos da pedofilia costumam usar argumentos históricos e sociológicos para se justificar. Entre eles, a alegação de que na Grécia Antiga relações homossexuais entre adultos e adolescentes eram encaradas com tolerância. O romancista russo Vladimir Nabokov também serve de álibi, por ter explorado o desejo de um homem adulto por uma menina no clássico Lolita. Na própria internet, há dezenas de sites que tentam mostrar não haver nada de mais no relacionamento entre adultos e crianças. Como se alguém com 10 anos de idade tivesse discernimento suficiente para decidir sobre questões de sexo.

Operação Catedral – A investigação dos promotores do Rio teve início em maio de 1998, quando chegaram ao Ministério Público as primeiras denúncias de prática de pedofilia na internet. Elas partiam de pais que haviam flagrado os filhos, com idade entre 13 e 15 anos, manipulando imagens digitais de crianças e bebês em situação de abuso sexual. O promotor Romero Lyra, 41 anos, foi designado então para comandar as investigações. Com passagem por casos policiais barras-pesadas, como as chacinas de Vigário Geral e da Candelária, e nenhuma experiência na área de informática, tratou de montar uma equipe de especialistas no assunto. "Poucas cidades brasileiras estão preparadas para uma investigação desse porte. Não temos nem equipamentos para combater quem pratica crimes pela internet", diz Romero. A investigação foi batizada de Operação Catedral-Rio, nome tirado de uma ação semelhante comandada pela Interpol, em setembro de 1998, que pôs atrás das grades 100 pessoas de catorze países flagradas comercializando fotos de pedofilia na rede mundial de computadores. 


O primeiro aliado do promotor foi Wanderley de Abreu Jr., um estudante de 22 anos que é chamado pelos colegas de "Storm" (em inglês, tormenta), apelido que lhe cai como uma luva. Wanderley foi uma dor de cabeça na vida dos internautas denunciados. Aluno do curso de informática da PUC do Rio, Storm trabalha desde os 16 anos para empresas especializadas em criar redes de proteção contra hackers. Seus conhecimentos também foram fundamentais para esbaratar um grupo de internautas que havia instalado fotos de pedofilia nos computadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O sucesso da operação chamou a atenção do Ministério Público do Rio. Utilizando um computador da promotoria, Wanderley passou um ano infiltrado em redes de pornografia na internet e conseguiu identificar em todo o país mais de 200 pedófilos. "Ficávamos madrugadas inteiras em frente da tela do computador", recorda Storm, que trabalhou a maior parte do tempo voluntariamente e só nos últimos meses da investigação recebeu uma ajuda de custo. Sua tarefa era minuciosa: anotar dia, hora, minutos e segundos exatos em que os internautas enviavam as fotos. Com essas informações e a ajuda de um aparelho chamado Caller ID, Storm identificava o usuário e o provedor que estavam conectados naquele momento. Assim foi possível saber com precisão o nome das pessoas que haviam divulgado as imagens. Era o que o Ministério Público precisava para levar os pedófilos à Justiça.



Voltei! Como se pode ver nao ha uma so palavra sobre trafico de orgaos. So declarar que constatou a existencia de trafico de orgaos na operaçao Catedral Rio, Wanderley Abreu Junior expos mais uma vez a censura existente sobre o tema. E pior! Ele expos a conivencia das autoridades e a impunidade dos traficantes que jamais foram levados a justiça.

Da rede com mais de 200 pedofilos que foram detectados, somente alguns foram denunciados. O processo, segundo Wanderley, talvez ainda esteja em andamento, o que significa dizer que ha 12 anos estes mesmos pedofilos estao em liberdade e vivem uma vida normal. Mais uma vez, percebe-se a conivencia de autoridades e da propria justiça com aqueles que abusam de crianças e até bebes como aponta a reportagem da Veja.

O Brasil nada mais é que o paraiso da impunidade. Pedofilos e traficantes de orgaos podem dormir tranquilos.

Mais acima, voce pode ler que ha uma medica entra os pedofilos. Provavelmente ela esta solta e quem sabe até foi absolvida. O nome dela foi blindado. Nao ha nenhuma reportagem que revele a identidade desta medica. Portanto, a pediatra da sua filha pode ser esta medica nao é mesmo?

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