Desembargadores comprados

Desembargadores comprados

sábado, 26 de setembro de 2015

Deu a lógica

Em meados de 2001 e 2002, quando eu escrevia diversos e-mails e os enviava para todos os lados, fiz uma previsão de que em alguns anos o Brasil seria dominado pela corrupção. Na verdade, não se tratava de uma previsão. Não sou médium de nada. Apenas usei, como sempre faço, a lógica, que aprendi na minha profissão, de analista de sistemas.

A única saída para o Brasil é a intervenção militar que limpe a justiça brasileira de cabo a rabo, incluindo Ministério Público e demais instituições. Para que a corrupção exista, não é necessário um corrupto e sim a conivência de autoridades. Em todo o mundo isto é de conhecimento geral. Para acabar com a corrupção é necessário julgadores limpos e sérios. Não é o caso do Brasil.

Mais um juiz foi golpeado. Tiraram de suas mãos o poder de fazer o que é justo para dar a impunidade aos criminosos, exatamente como fizeram com o juiz Narciso de Castro em Poços de Caldas. A nota abaixo é mais uma evidência de que eu estou - como sempre - certo: Deu a lógica.


Nota à imprensa em apoio ao Juiz Sergio Moro
A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) vem a público manifestar total apoio ao Juiz Federal Sergio Moro, Titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, na condução do julgamento da “Operação Lava Jato”. A pedido do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, o Magistrado decretou recentemente uma série de medidas, entre elas a prisão de executivos de grandes empresas que, segundo as investigações, estariam envolvidos em crimes de corrupção e formação de cartel.
Vale destacar que as decisões tomadas pelo Juiz Federal Sergio Moro no curso desse processo são devidamente fundamentadas em consonância com a legislação penal brasileira e o devido processo legal.
A Ajufe não vai admitir alegações genéricas e infundadas de que as prisões decretadas nessa 14ª fase da Operação Lava Jato violariam direitos e garantias dos cidadãos.
A Ajufe também não vai admitir ataques pessoais de qualquer tipo, principalmente declarações que possam colocar em dúvida a lisura, eficiência e independência dos magistrados federais brasileiros. 
No exercício de suas atribuições constitucionais, o Juiz Sergio Moro tem demonstrado equilíbrio e senso de justiça. As medidas cautelares, aplicadas antes do trânsito em julgado do processo criminal, estão sendo tomadas quando presentes os pressupostos e requisitos legais. É importante ressaltar que a quase totalidade das decisões do magistrado não foram reformadas pelas instâncias superiores.
A Ajufe manifesta apoio irrestrito e confiança no trabalho desenvolvido com responsabilidade pela Justiça Federal do Paraná, a partir da investigação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal.

Se o resultado não agrada a poderosos, trocamos os juízes!

Então deixo mais uma previsão: Em alguns meses o Brasil vai mergulhar na pior crise de toda a sua história. As crises econômicas anteriores tinham como base problema econômicos. Agora o Brasil tem problemas muito mais profundos: A falta de instituições sérias. 

Anotem ai, enquanto me divirto aqui assistindo a bandidagem.

sábado, 19 de setembro de 2015

Quanto vale a vida de Luana Neves Ribeiro?

Para você que não sabe do que se trata, eu explico:

- Luana Neves Ribeiro tinha 21 anos quando decidiu doar a medula óssea para salvar a vida de alguém. Após 7 tentativas frustradas, a equipe médica conseguiu finalmente retirar a medula. Luana, no entanto, teve perfurações em alguns órgãos e horas depois faleceu vítima de parada respiratória.

Como sempre, no Brasil, o caso foi, para a infelicidade da família, parar na justiça. O que deveria ser uma proteção às vítimas e um exemplo de punição, tornou-se um martírio.

Duas participantes do procedimento foram absolvidas, apesar da comprovada participação e imperícia. Já uma das médicas acabou sendo condenada a 2 anos de prisão em regime semi-aberto. Mas como ainda estamos falando de Brasil, o médica entrou num acordo: 

Pagará à família 25 mil reais e a história se encerra por aqui.

25 mil reais, é menos que o salário mensal da juíza que presidiu o caso. 25 mil reais é o valor que deram a vida de Luana. A doadora que salvou a vida de alguém não vale um carro zero quilometros. Uma viagem ao exterior custa mais do que a vida dela. Aquela televisão de 50 polegadas, também custa mais do que Luana. Luana não tem valor algum para a justiça brasileira.

Estamos falando de um país onde não existe mais responsáveis. A juíza apenas fez o trabalho, e se algo não satisfaz a família, a culpa é das leis. O Ministério Público geralmente diz que não pode fazer nada. O advogado da família vai recorrer mas sabe que a chance de mudar o resultado é muito pequena. As médicas e enfermeiras sairam ilesas. O hospital também não tem responsabilidade pelo que seus funcionários fazem. O SUS também não pode se responsabilizar de nada, embora seja o detentor dos recursos públicos para que tudo funcione minimamente, e nem isso o faz. 

O Ministério da Justiça também não é responsavel de nada. Os deputados muito menos. A corrupção que assola o país não é responsabilidade de ninguem. O dinheiro parece ter vida própria e se joga nas contas correntes dos envolvidos, mas todos juram que não sabem de nada. O Conselho Nacional de Justiça também não se responsabiliza por nada. A imprensa, que omite a verdade dos brasileiros, também não tem responsabilidade nenhuma. 

Seja lá o que acontecer, seja lá a merda que der, ninguém é responsável por nada. Não há a quem reclamar e nem onde reclamar. Ninguém responde por nada. 

Se há uma crise no país, a reponsabilidade é dos países Europeus. Nunca, nenhum brasileiro é responsável por nada. Tanto que a justiça tem absolvido ou condenado com penas rídiculas aqueles que cometem crimes, como se não fossem responsáveis pelo que fizeram. Estamos diante de um país de irresponsáveis no melhor sentido da palavra.

Mãe de Luana inconformada com a decisão da justiça
Quer ser doador em um país de irresponsáveis, a escolha é sua. Mas veja o que acontece comigo e com outros pais por este Brasil. Somos tratados como lixo e ninguém é responsável pelo que nos fizeram. Pense nisso antes de doar.

Quer comprar um órgão humano? Fale com a ABTO.

A ABTO (Associação Brasileira de Transplantes Tráfico de Órgãos) pode indicar à você o melhor caminho para se comprar um órgão humano. São mentirosos, marginais da pior espécie, travestidos de anjos salvadores de vidas.


Em recente reportagem publicada pelo R7 (clique aqui para ler), revela que a máfia conseguiu novamente adiar pela 5a vez o julgamento do caso. Eles são todos inocentes, mas se negam a ser julgados pela justiça. Eles se consideram acima da lei, e a justiça também! O Brasil é um grande balcão de negócios. Pagando uma propininha, você compra a virgindade da filha de qualquer ministro. Eles vendem a própria mãe se for preciso.

Mas faço questão de mostrar aqui, mais uma vez, o quanto são mentirosos e vagabundos para defender criminosos. 

O vagabundo da vez chama-se Mario Abbud Filho. Vejamos o que ele disse na reportagem:
O médico da ABTO afirma que, apesar de ter ficado sabendo dos fatos, não acompanhou de perto os casos em Poços de Caldas. E acredita que as condenações ocorreram porque na época a definição da documentação para comprovação da morte cerebral, segundo ele afirma, não estava tão bem definida como hoje.
Abbud Filho destaca ainda a necessidade de campanhas para mostrar à população que a doação de órgãos é um processo transparente e confiável. Além disso, segundo ele, os hospitais “mais do que nunca têm que ter os comitês de ética trabalhando e monitorando qualquer possível tentativa de comércio de órgãos”.
Vamos lá desmascarar este pilantra?

Mario Abbud Filho
- A ABTO não apenas ficou sabendo dos fatos, como o presidente da instituição é testemunha de defesa dos médicos assassinos. Portanto, sabiam dos fatos sim. Para quem leu meu livro, sabe que a ABTO mandou Valter Duro Garcia (que limpava o nariz na manga da camisa), me entrevistar em um flat na Avenida Paulista. Portanto a ABTO sabia e tinha conhecimento profundo dos fatos.

- Abbud diz que a condenação dos médicos se deu porque a definição para a comprovação da morte cerebral não estava tão bem definida na época. Caro leitor. A documentação existente hoje (resolução 1.480/97 é a mesma, sem qualquer modificação, da data em que meu filho foi assassinado. É lamentável que alguém que diz ser da comissão de ética para transplante minta descaradamente para a imprensa

- Por fim, diz que é preciso mais propaganda para doação de órgãos e que as comissões de ética nos hospitais, impedem o tráfico de órgãos. Ora, se a ABTO mente para proteger traficantes de órgãos, imaginem dentro dos hospitais públicos onde morrem brasileiros sem o atendimento básico?

- Infelizmente, o jornalista não publicou parte da entrevista em que cito os nomes de ex-presidentes da ABTO acusados na CPI do tráfico de órgãos de terem comercializado rins. Também não publicou o fato de um importante membro da ABTO ser irmão de Álvaro Ianhez, principal acusado de homicídio neste caso.

Aqui deixo mais um apelo a quem interessar possa.

NÃO SEJA DOADOR DE ÓRGÃOS. Você será assassinado em um hospital público. Repare a máfia que é o transplante de órgãos no Brasil. A corrupção está em todos os níveis. São 15 anos que aguardo por um julgamento e a máfia simplesmente impede a justiça. Não há qualquer ética ou escrupolos nestas pessoas. Elas matam e vendem órgãos como se estivessem vendendo alfaces na feira.

São sujos, desonestos e marginais perigosos. Abra os seus olhos. Diga NÃO à doação de órgãos no Brasil. A máfia vai acabar com a sua vida.

domingo, 13 de setembro de 2015

Setembro Verde - Mês da doação de órgãos

A cor verde acho que foi escolhida por causa do dólar. Esta turma gosta de uma verdinha. Eles queriam mesmo a cor vermelha, mas seria uma confusão danada.


Pela primeira vez, vou descrever como funciona o processo de doação de órgãos do início ao fim. Trata-se de um pequeno relato imaginário, obviamente, mas que acontece todos os dias.

A enfermeira telefona para o médico de emergência que faltou ao plantão.

- Dr., aquele paciente que cortou a sola do pé em uma garrafa quebrada e está aqui na maca do corredor está reclamando muito de dor. Ele não que ir embora enquanto não dermos a ele algum remédio. Já tiramos tudo que ele tinha, soro, travesseiro, água e ele ainda quer ser atendido. O que faço?
- Hummm.... Como é o nome dele?
- João das dores.
- Ele tem Facebook?
- Não sei. Deixe-me ver. Aqui! Tem sim.
- Verifique o status de doador de órgãos, por gentileza.
- Ele é doador, dr.
- Ah bom. Isso muda tudo. O caso dele é grave. Avise a família que ele vai ser levado para a UTI urgente.
- Mas é só um corte no pé!
- Enfermeira. Código vermelho. Este paciente está morrendo. Estou indo para o hospital agora.

A enfermeira se dirige ao paciente e sua esposa e comunica as ordens do médico. Uma UTI, que já estava reservada para casos de doação de órgãos, o recebe rapidamente. 

- Por favor enfermeira. Eu sou a esposa e gostaria de saber o que está acontecendo.
- Eu falei com o médico e ele disse que o caso do seu marido é grave. Tanto que está vindo imediatamente para cá.
- Mas o que ele tem? Não é só um corte no pé?
- Não! É muito mais sério do que isso. Assim que o médico chegar ele explica.

O médico entra no hospital correndo e desesperado. Onde está o paciente? grita para a enfermeira.
-Está na UTI doutor.
- Ótimo. Vamos medicá-lo. De a ele uma ampola de pavulon e outra de cloreto de potássio.
- Mas dr! Estes são componentes da injeção letal americana!
- Sim, mas você parece que não entende. Estes medicamentos nos EUA tem outros efeitos do que os mesmos medicamentos no Brasil. Os americanos são capitalistas, imperialistas e lá tudo é diferente. Aqui estes medicamentos são essenciais para tentar salvá-lo. Faça o que eu mandei.

A enfermeira aplica os medicamentos prescritos e em poucos minutos o paciente começa a passar mal. A esposa questiona a enfermeira:

- O que você fez? Ele está morrendo!
- Eu falei para a sra. que o caso era grave. Estamos tentando de tudo para salvá-lo. E ele, na verdade, já está morto.
- Mas ele está se debatendo! Não está vendo!

Neste momento entra o médico na UTI e acalma a esposa.

- Minha senhora. A senhora é leiga. Isto são espasmos. Ele infezlimente faleceu.
- Mas ele está apertando a minha mão! Como pode ter morrido?
- Senhora, eu como médico, já vi exumação de cadaver lendo biblia. Alguém colocou uma biblia no caixão e o morto tentou ler, graças aos espamos. Mas tava morto. 

Em poucos minutos aparecem 4 médicos e 2 assistentes sociais.

- Olá senhora. Estamos muito comovidos com a morte do seu marido e estamos aqui para apoiá-la e dar todo o conforto. A senhora quer um café, chá, chocolate, bombons? 
- Não. Eu quero saber o que está acontecendo!
- Eu sei que é difícil aceitar a morte, mas nós temos uma solução! 
- E qual seria?
- Seu marido, antes de morrer, disse que queria ser doador de órgãos. Até publicou isso no Facebook. O que precisamos fazer agora é atender seu último pedido. Além disso, a senhora gostaria que ele continuasse vivendo não é mesmo? Então! Ele vai viver em outra pessoa, mas continuara sendo seu marido. Não é lindo!
- Bom, se era o desejo dele, tudo bem.

Os médicos providenciam a retirada dos órgãos e enviam material para exames de compatibilidade. Com o resultado em mãos, iniciam a busca pelo receptor adequado.

- 50 mil e  não se fala mais nisso. Diz o médico ao telefone.

É hora de comunicar a esposa. 

- Senhora. Já achamos uma pessoa que está precisando muito de um rim. Seu marido vai salvar a vida de uma pessoa muito importante! Deveria ter orgulho disso!
- Eu vou poder conhece-lo?
- Hummm.. conhece-lo não, mas eu prometo que vou mostrá-lo a sra.

Dias depois, a esposa procura o hospital.

- Então doutor, posso conhece-lo?
- Sim. Vamos até a janela. Está vendo aquela Ferrari? Ele esta la dentro. É o dono do carro. Faça um gesto para ele.

E esposa acena e o dono da Ferrari retribui o gesto. Liga a Ferrari, e vai embora.

- Que carro seu marido tinha?
- Uma kombi. Era feirante.
- Está vendo o que é a maravilha dos transplantes. Agora ele tem uma Ferrari!
- É. responde a viúva.

Após a viúva deixar o hospital o médico faz um telefonema.

- Quem está falando? - pergunta o médico.
- É o Jarbas dr. Hoje sou eu o chofer.
- Ok Jarbas. Obrigado. Agora por favor, leve a minha Ferrari para casa, mas não estacione atrás do Porsche porque eu vou usá-lo hoje.
- Pode deixar patrão.

Ao desligar o telefone, uma notícia que deixa o dr. abalado.

- Dr, o paciente transplantado morreu de infecção generalizada.
- Putz! Como isso pôde acontecer?? Quem estava acompanhando o caso?
- Os estagiários, dr. como o sr. mandou.
- Que droga!!!
- Ela já era idoso dr. Tinha poucas chances.
- Eu sei! Mas ele não pagou a segunda parcela ainda. Eles poderiam ter segurado mais um pouco.

Um mês depois, a esposa desconfia que algo está errado e procura o médico.

- Doutor, eu vim aqui porque quero ter uma cópia do prontuário do meu falecido marido.
- Eu não posso entregá-lo senhora.
- Por que não?
- Porque ele pertence ao paciente.
- Certo, eu sou a esposa dele.
- Sim. Esposa é esposa. Paciente é paciente. Como o paciente morreu, o prontuário não pode ser entregue a niguém. Se quiser, procure um advogado.
- Ok. Vou fazer isso!

O médico telefona para a enfermeira.

- Enfermeira, onde está o prontuário do João das Dores?
- Está aqui.
- Por favor, eu tentei entregá-lo a família e a viúva disse que não quer. Pode destruí-lo por gentileza?
- Claro doutor.
- Obrigado!

E assim termina uma bela história de amor, que é a doação de órgãos.

sábado, 12 de setembro de 2015

Conselho Tutelar de Palhoça e o sequestro de crianças com a ajuda da polícia

Clarinha e Jussara
Em 2010, Jussara Souza conheceu seu príncipe encantado. Ricardo morava em Erechim-RS e Jussara em Palhoça-SC. Pouco tempo depois Jussara engravidou e teve uma filha com ele. Ao fazer uma visita so rapaz, Jussara encontrou cocaína no quarto dele, e decidiu desfazer o romance. Eles nunca viveram sob o mesmo teto. Nunca compartilharam uma casa. A droga encontrada fez Jussara entender que o príncipe era na verdade comprometido com a droga, e sendo assim virou sapo. Ela não queria que o futuro da filha fosse em meio a este tipo de ambiente.

Ricardo não se interessou quando Maria Clara nasceu. O desinteresse tinha sempre uma desculpa: Falta de dinheiro. Jussara registrou a criança com sendo filha dela e sem pai, já que ele não estava disposto ou preocupado com o registro. Ricardo hoje, responde por diversos crimes envolvendo armas, entorpecentes e apologia ao crime.

Apesar da omissão de Ricardo, Jussara fazia um sacrifício. Usando seu próprio dinheiro, passou a levar Maria Clara para visitar a família do pai, depois de um pedido da Avó da criança. Sem ajuda para sequer comprar fraldas, Jussara concluiu que era o momento de parar com as viagens, o que não significaria que Ricardo não pudesse visitar a filha.

Maria Clara passou a ficar com pai em determinados períodos, em pleno acordo com a Jussara. Tudo parecia ir bem.

No dia 16 de janeiro de 2013, no entanto, foi a Palhoça buscar a filha e ficaria com a menina por uma semana. A avó pediu então que deixasse Maria Clara ficar mais uma semana com pai, além do combinado e Jussara concordou.

No dia 29 de janeiro, Ricardo voltou a Palhoça para devolver a menina, e foi então que a vida de Jussara transformou-se em um inferno. Um dia depois, Ricardo foi até a casa da mãe de Jussara e pediu para descansar um pouco, o que foi prontamente permitido. Após descansar, dirigiu-se a casa de Jussara e pediu para vê-la mais um pouquinho. Jussara concordou novamente. Ricardo entrou e ficou brincando com Maria Clara na sala. Neste meio tempo, Ricardo decidiu aproveitar que Jussara estava ocupada com as tarefas domésticas para vasculhar seu computador. Ao surpreendê-lo, Ricardo começou a agredir Jussara com palavras e até fisicamente. Ele não aceitava que Jussara pudesse ter outra pessoa. Ele passou então a quebrar tudo o que encontrava pela frente fogão, cadeiras e o que mais tivesse em seu caminho. Não satisfeito passou a socar e chutar Jussara. Arrastou-a para a rua e continuou as agressões. Fora de si, foi até a casa da ex-sogra, muniu-se de uma faca e só não conseguiu fazer algo pior porque foi contido.

A Polícia Militar foi acionada e ao chegar no local, algemaram Ricardo. Em seguida foram todos conduzidos para a Delegacia da Mulher.

Até este ponto da história, podemos concordar que este caso é muito semelhante a milhares de outros que acontecem todos os dias no Brasil não é mesmo? Mas o que muda daqui por diante é estarrecedor.

Pelas agressões, e por estar na Delegacia da Mulher, Jussara sentiu-se amparada. Mas não foi o que aconteceu. Ricardo foi recebido pela Delegada Marcela Sanea Franca Goto. Após um depoimento de 25 minutos, Ricardo saiu pela porta da frente e a Delegada gritou da porta: 

"Jussara, fique ai porque está cheia de denúncias no Conselho Tutelar contra você"

Durante o depoimento de Ricardo, um policial de nome Gabriel Melzer aproximou-se de Jussara e com uma máquina digital registrou diversas imagens dela, sem explicar o motivo. Em seguida o policial levou as fotos até a delegada retornando em seguida. Abordou Jussara novamente e solicitou que ela levantasse a saia para que ele pudesse ver os ferimentos. Dentro da Delegacia da mulher, toda ferida após levar socos e chutes de Ricardo, o policial decretou:

"Estes ferimentos foram feitos por você mesma!"

Sim meus caros amigos, na Delegacia da Mulher, Ricardo passou a ser, estranhamente, a vítima e Jussara seu algoz. Antes mesmo de ouvir a versão de Jussara, Ricardo foi liberado. Jussara não foi levada a um pronto socorro e muitos menos foi submetida a um exame de corpo delito, como deterimna a lei. Sequer solicitaram os documentos dela para saber quem ela era.

Enquanto Jussara aguardava ser ouvida, o policial Gabriel, Ricardo e uma conselheira tutelar, foram até a casa de Jussara e sequestraram Maria Clara (não há outro termo para descrever o que fizeram) e entregaram à Ricardo. A polícia ainda o escoltou até a rodoviária e aguardou o embarque de ambos (Ricardo e Maria Clara) para Erexim. Não se sabe o que disse Ricardo à Delegada nos poucos minutos que foi ouvido. Mas posso afirmar sem medo de errar que alguma coisa muito distante da legalidade aconteceu naquela sala.

Após esperar muitas horas, Jussara foi ouvida e liberada. Soube durante seu depoimento que Maria Clara não estaria mais em casa. Sem qualquer suporte da Poílica, ferida e emocionalmente abalada, Jussara foi obrigada a percorrer caminhando mais de 5km até chegar a sua casa. Tudo foi milimétricamente combinado para que ela não tivesse a chance sequer acionar um advogado.

Maria Clara foi entregue a uma pessoa que sequer consta como pai na certidão de nascimento da menina. Com vários processos criminais em andamento, Ricardo obteve a confiança das conselheiras e da polícia em tempo recorde!! Que poder tem este Ricardo, capaz de inverter uma situação de agressão e sair com a filha nos braços?

Jussara teve acesso ao depoimento de Ricardo e descobriu que seu ex-namorado relatou à Delegada que ela seria usuária de crack e maconha. Bastou para a Delegada traçar o perfil dela, acionar o conselho e sequestrar a criança. Mas a realidade dos fatos é beemmm diferente. A polícia nem mesmo checou os antecendentes criminais de Ricardo, confiando na história que o rapaz havia contado. O exame toxicológico de Jussara não detectou qualquer substância ilícita.

As denúncias contra Jussara, que segunda a Delegada, foram feitas ao Conselho Tutelar simplesmente não existem, e nunca foram apresentadas formalmente à ela.

Após o episódio, o Conselho Tutelar de Palhoça criou um relatório destruindo a imagem de Jussara, para justificar a transferência de Maria Clara. Outras medidas foram tomadas para tornar a história "legal". Ricardo elaborou uma "Escritura pública de paternidade" afirmando ser o pai de Maria Clara, orientado pelo Conselho Tutelar.

Logo após a chegada de Maria Clara em Erexim, Jussara não conseguia obter notícias da menina. Sempre era informada pela avó (mãe de Ricardo) que estava dormindo. Foi então que e mãe de Jussara decidiu ir ao encontro da neta e descobriu que ela estava internada, havia uma semana.

O Conselho Tutelar parece que não se importou muito com isso.

Maria Clara tinha apenas 1 ano e 9 meses quando foi sequestrada (insisto, não há outro termo para este caso), e hoje está com 4 anos. Vocês querem saber o que a menina está aprendendo com a proteção do Conselho Tutelar?


Antes de escrever este texto, entrei em contato com o Conselho Tutelar de Palhoça. Eles não me responderam. Uma semana depois eu recebi um e-mail, bastante agressivo, questionando a minha "procedencia". Se o CT tivesse questionado ou investigado o caso como deveria ter feito, eu não estaria escrevendo este texto.

Jussara hoje é casada e tem mais 2 filhos. Tenta levar a vida da melhor maneira, com todas as dificuldades que existem na vida de cada um de nós. Mas está mais difícil pois grande parte do dinheiro que ganha, ela gasta com advogados. O CT criou um problema que não existia e dissolveu a família de Jussara. Eles não aceitam reconhecer que erraram e cometem abusos diversos para encobrir o erro. Enquanto isso Maria Clara está crescendo sem a devida assistência e sem a supervisão do conselho. Esta é mais uma prova:

Esta é a mamadeira que Maria Clara trouxe em sua última visita. Jussara foi lava-la e encontrou mofo. Mas o Conselho Tutelar, apesar de tudo o que fez, ainda acredita que ela está no lugar certo. E a mamadeira foi apresentada ao Conselho! Resta a Jussara e família aguardar um processo judicial lento, omisso, e ineficaz. Enquanto isso, Maria Clara cresce ouvindo agressões verbais contra a mãe.

Estamos diante de pessoas despreparadas com super-poderes, capazes de destruir famílias inteiras. E não há nada que possamos fazer. Como sempre, no Brasil, cria-se um grupo em prol da desonestidade. Todos se protegem, todos se defendem, e não importa a vida dos outros. Se eles são capazes de fazer isso, imaginem o que não fariam para facilitar uma adoção ilegal, a base de propinas.

Os responsáveis por esta tragédia são Adriana da Rosa de Oliveira e Lorival Espindola. 

Você pode ignorar esta história, mas pode também ter a surpresa de viver um dia este pesadelo. Basta que o Conselho Tutelar bata a sua porta. 

STF atende a todos os pedidos dos médicos. Eles estão livres!

O Ministro Teori Zavascki decidiu que não há problema algum na liberdade dos médicos. E sendo assim concedeu o Habeas Corpus, confirmando a liminar que os tirou da cadeia. Um juiz de 1a instancia ameaçado, eu asilo, Carlão e 8 vítimas enterradas mas a suprema corte (aquela que diz que fumar um baseado entre o jantar e a hora de ir dormir é normal) entendeu que eles não oferecem perigo.

Que maravilha!!! O país movido a propinas e o resultado é este que todos estão vendo. Mas ainda não é fundo do poço. O Brasil vai afundar como nunca antes na história deste país, graças a este tipo de corrupção deslavada.

Agora, estamos aguardando um mandado de prisão para o Paulinho. Meu filho que deve ser perigoso.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Justiça brasileira.

Conselho Nacional de Justiça é o meu Danilo Gentili particular

Fiquei fã da página do CNJ no Facebook. Os caras postam até em feriado. O CNJ deve estar gastando um bom dinheiro pagando alguém para ficar postando asneiras. Mas eu gosto. Me divirto muito com a cara de pau desta instituição.

Como exemplo vou citar este post.


Não é engraçado? ahahahahahaha.. Eu estou derretendo de tanto rir.

Vamos lá! Vou explicar o que é Habeas Corpus.

Um Habeas Corpus nada mais que um recibo que alguém obtém após pagar propina para alguns desembargadores e voltarem livres para casa. Não é um instrumento para defender o direito de liberdade, principalmente quando alguém está condenado. 

Se prisão temporária ou preventiva é ilegal como afirmam alguns Habeas Corpus, então que se mude a lei para abolir tais prisões. Vamos colocar na cadeia só quem é condenado. 

Tanto é verdade que as cadeias brasileiras estão lotadas de pobres. Eles não podem pagar um Habeas Corpus para sair. Tem gente que rouba manteiga e fica 3 anos presos. Tem gente que mata criança e vende órgãos e fica 30 dias. Alguns fogem e compram o Habeas Corpus durante a fuga. 

Para análise do pedido de Habeas Corpus, basta anexar o comprovante de depósito na conta dos desembargadores ou na conta dos intermediários. Sim meus caros, muitos desembargadores possuem seu personal broker, que é o cara que negocia com os bandidos e recebe a grana em nome dele.

Habeas Corpus é a ferramenta mais eficaz criada para tirar quem tem dinheiro da cadeia. Pagou vai pra casa!

O Conselho Nacional de Justiça é o meu Danilo Gentili particular. É o meu show de Stand-up on line. As piadas nunca se repetem e são publicadas quando menos espero. Eles têm alegrado meus dias. 

Eu acho que vou criar um blog só com os posts do CNJ para me divertir bastante.

Os cães ladram, os obsoletos morrem, e a caravana continua

O livro em versão em Inglês já está pronto. Ele foi modificado para atender a cultura inglesa e americana. Também foi incluído a sentença do caso Pavesi em substituição a sentença do caso 1. Ele será lançado em 6 de abril de 2016, data marcada para o julgamento do caso Pavesi. A capa está sendo definida. O mundo finalmente vai conhecer os bastidores dos transplantes no Brasil. 

A versão inglesa contará com o prefácio da Doutora Professora Antropóloga, Nancy Shepher-Hughes e será uma grande surpresa para todos nós. 

O 2o livro está bastante avançado, mas deve incluir o julgamento e portanto antes de 2017 não será lançado. A justiça está impedindo o julgamento a pedido dos advogados de defesa e uma boa quantia em dinheiro.

O próximo livro vai retratar a máfia do judiciário em relação a máfia do tráfico de órgãos. Você vai conhecer com detalhes quem são os "operadores de direito" que se curvam diante da propina e seus efeitos no futuro do país, em relação ao tráfico de órgãos. Este livro está sendo traduzindo também para o inglês e será lançado simultaneamente nas duas línguas.


Na luta pela justiça, eu não posso muito. Precisaria ter muito dinheiro para bancar a justiça, propinas e principalmente precisaria estar no Brasil. Mas há outras portas que se abrem e outros meios de mostrar a verdade, ainda que ela seja proibída.

Há rumores de que o desembargador Flavio Batista Leite já está trabalhando para adiar o julgamento do dia 6 de abril de 2016. mais uma vez, a pedido da máfia. Não tem problema. Somos jovens. Ainda podemos esperar mais 15 anos.

E vamos em frente! Ainda temos muito pela frente.

Os cães ladram, os obsoletos morrem, e a caravana continua.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

domingo, 6 de setembro de 2015

Carlos Mosconi está pagando desembargador para manter lentidão em processo

Flavio Batista Leite
Carlos Mosconi, o mandante do assassinato do administrador do hospital da Santa Casa Carlos Henrique Marcondes, está com o desembargador Flavio Batista Leite no bolso, literalmente. Leite está servindo à máfia do tráfico de órgãos numa precisão jamais vista no judiciário. Quanto teria sido a transação entre Mosconi e Flávio Leite? Não sabemos. Mas não tenho mais dúvidas. Não acredito que alguém seria capaz de fazer tais manipulações de graça. Sabe-se também que Flavio Leite tem um projeto para se tornar ministro do STJ, e Mosconi poderia ajudá-lo, como já ajudou outras autoridades que participaram do caso a conseguirem os cargos que queriam.

Basta acessar o processo no site do TJMG e verificar que ele está atuando com extrema lentidão proposital. Vistas para todos os lados, sem qualquer motivo, sem qualquer razão. Tudo o que os advogados solicitam, Flavio Bastista Leite aceita sem qualquer argumentação ou restrição. Os advogados comandam o processo como bem entendem e o desembargador é um mero observador. A continuar assim, Flávio receberá uma etiqueta de patrimônio da máfia.

Dom Mosconi. O mafioso mais blindado do Brasil
Logo na condenção em 1a instância, Carlos Mosconi divulgou uma nota que não deixa dúvidas:
Apesar de o juiz ter citado Mosconi na sentença, o deputado não é um dos réus nem foi alvo de investigação no inquérito. No julgamento, como testemunha de defesa, ele negou a existência da carta. “Tenho plena convicção de que os médicos condenados serão absolvidos em instâncias superiores”, disse Mosconi ontem.
Não se trata de convicção. Trata-se de um desembargador corrupto que foi comprado por Mosconi. Eis ai o motivo de tanta segurança que está se transformando em realidade. Os inquéritos contra Mosconi estão sendo arquivados e eu, o denunciante, sequer fui ouvido. Tudo como Mosconi determina.

Vários posts do meu blog foram parar nas mãos de desembargadores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, levados pessoalmente pelos advogados de defesa dos médicos, o que significa que eles têm acesso direto e irrestrito (e até com certa intimidade) junto aos magistrados.

Mosconi foi visto diversas vezes passeando pelos corredores do TJMG e em audiências com os tais desembargadores.

ADIAMENTO DO JURI POPULAR EM MARÇO DESTE ANO

Em março deste ano, o juri popular do caso Pavesi foi suspenso sem qualquer motivo. A suspensão do juri foi definida pelo desembargador Flavio Bastista Leite! Sim meus caros leitores. Além de causar lentidão em outros processos, o desembargador Flavio Batista Leite também está impedindo que o juri popular aconteça.

Flavio Batista Leite concedeu ao anestesista Sérgio Poli Gaspar um habeas corpus para tirá-lo da cadeia, enquanto estava foragido. Até hoje não foi investigado o fato de que alguém, dentro do tribunal de Poços de Caldas, avisou o anestesista sobre o mandado de prisão que o permitiu fugir. Mas o fato é que Flavio Batista Leite deu a liberdade ao fugitivo que entregou-se para ser libertado.

A relação Carlos Mosconi x Flavio Batista Leite está cada vez mais comprovada. As movimentações do processo com extrema lentidão é uma das exigências da máfia de tráfico de órgãos. E elas estão sendo cumpridas à risca.

UM PASSEIO PELO PASSADO

Flavinho, o modo carinhoso como gosto de pensar nele, não se mete em polêmica pela primeira vez. Em 2007, o sindicato dos servidores da justiça foi obrigado a defendê-lo publicamente:
Desembargadores manifestam apoio ao juiz Flávio Batista Leite
Juízes de grande qualificação moral têm sido apanhados no exercício da judicatura para servir de expiação junto à opinião pública, que passam enxergá-los como figuras desonestas.” A opinião é do desembargador Reynaldo Ximenes Carneiro que, na sessão da Corte Superior do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) de ontem, dia 25 de abril, condenou as matérias publicadas pela Imprensa sobre as decisões do Juiz Flávio Batista Leite, da 2ª Vara da Fazenda Pública Municipal de Belo Horizonte, que concedeu medidas liminares para funcionamento de bingos na capital
Bora jogar um bingo desembargador? Quanto foi a parada?

DE VOLTA PARA O FUTURO

No último dia 03 de setembro de 2015, o processo foi enviado de volta ao Ministério Público de Poços de Caldas, e não foi a primeira vez. De outro lado, Flavio Batista Leite está estudando junto com seus assessores e advogados de defesa um meio para anular todo o processo o colocar os assassinos definitivamente no caminho da impunidade.

Estranho. Para quem já fez o que Flávio fez, ele poderia anular tudo sem dar satisfações à ninguem. Ele não tem qualquer organização ou instituição que vigie o que faz. O desembargador corregedor é Toninho das Moças, amigo pessoal de Mosconi.

O jogo é este meus amigos. A justiça brasileira é podre e desembargadores como Flávio Batista Leite comprovam isso. O caso dos transplantes está praticamente encerrado. Eles estão com o TJMG nos bolsos. A propina vem sendo paga religiosamente em dia. 


Deixo esta imagem para atraí-lo ao meu blog, caro desembargador. Eu não tenho seu e-mail e nem acesso a sua pessoa. Não posso enviar-lhe uma mensagem. Caso os advogados de defesa não entreguem uma cópia deste texto, achei que poderia atraí-lo com uma imagem que o senhor está acostumado.

Caros advogados de defesa. Façam mais este favor para mim! Imprimam este texto e entreguem no tribunal. Eles precisam saber o que eu penso. Vocês são os meus melhores garotos de recados. E são pagos pelos médicos, não é ótimo isso! Serviço de mensageiro grátis.

O processo do caso da Máfia do tráfico de órgãos está rendendo uma fortuna aos desembargadores desonestos de Minas Gerais. Nunca uma criança rendeu tanto dinheiro à autoridades. O processo deve durar até que Flavio consiga obter o que está pedindo. Ao que tudo indica, ainda não atingiu seus objetivos. Ele pensa alto.

INQUÉRITO CONTRA MOSCONI ARQUIVADO POR FALTA DE PROVAS.

O Ministério Público Estadual não vê nada de ilícito nos atos do Dom Mosconi.
E você? Vê?





ANÁLISE DE CASO


Segundo o TJMG, o peixe deveria ser condenado por homicídio por atacar a cobra tentando entrar em seu estômago, matando-a por dentro.

sábado, 5 de setembro de 2015

Brasil Escobariano

Esta foto foi feita em 1989. Paulinho tinha apenas 1 ano de idade. Era assim que ficavamos algumas vezes, deitados no sofá.


Paulinho não existe mais. Foi assassinado pela Máfia de Carlos Mosconi. Recentemente o Ministério Público pediu o arquivamento do caso número 6, aproveitando que a mídia parou de falar no assunto. O Ministério Público também pediu o arquivamento sobre Carlos Mosconi. O Ministério Público, cujo assessor principal do Procurador Geral da República, superfaturava as contas do STJ está arquivando tudo na calada da noite e da imprensa. A propina está rolando solta.

O Brasil não corre o risco de ser Bolivariano (Simon Bolivar). O Brasil é um país Escobariano (Pablo Escobar). No regime Escobariano tudo é negociável. Você pode carregar helicopteros com meia tonelada de cocaína e sair todo mundo ileso, inclusive com o direito a obter o helicóptero de volta, e ninguém pode falar nisso, pois as autoridades não permitem. Tudo diante dos seus olhos.

O Brasil nunca será um país decente. Sempre será um país corrupto. É uma raça que tem o preço mais baixo do mundo. Qualquer R$ 10 reais você pode comprar qualquer coisa, qualquer um.

O Sistema judiciário brasileiro nada mais é que um grande balcão de negócios. 

Está vendo o meu filho em meus braços? Ele virou uma fonte de renda.

Venderam os órgãos deles, e agora os assassinos pagam propinas para deembargadores, promotores, ministros e qualquer um que tente investigar. Paulinho é uma fonte de renda para diversas máfias. Uma única criança está servindo para fomentar a corrupção durante 15 anos.

Preferia que meu filho tivesse morrido naquela praia, no lugar da criança Siria. Ao menos ele não seria comercializado por urubús famintos e inescrupolosos.

O Brasil nunca será merda nenhuma. Tenho 48 anos e desde criança me diziam que o país seria o país do futuro, e durante todo este tempo, só o que eu vi foi corrupção em todos os níveis.

Mas confesso que não imaginei que transformariam meu filho - uma criança de 10 anos - em negócios escusos.

Depois você vê o mesmo governo fazendo campanha para o fim do tráfico de pessoas, o fim da escravidão, e até para o fim da corrupção, enquanto monetarizam cada memória do meu filho.

Aproveitem até é ultima célula do meu filho. Paciência tem limite.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Olha só de quem depende nossas vidas

Quer pagar quanto???


Corrupção generalizada. Por onde você olha o que vê é só sujeira. Qualquer um pode cometer os crimes mais bárbaros possíveis sem qualquer constrangimento. Tudo se resolve no bolso.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

INFORMAÇÕES PARA INSTRUIR HABEAS CORPUS

Caros leitores. Consegui uma cópia deste documento importante, em que o juiz Narciso de Castro fornece mais informações para o Ministro Teori Zavascki sobre os presos do caso da máfia de tráfico de órgãos. Vale a pena ler. O conteúdo faz parte do novo livro.


Poços de Caldas, 13 de julho de 2015
Exmo. Senhor Ministro Relator
Colenda Turma, Eminentes Ministros,


Em atenção ao seu ofício nº 18749/2015, de 1 de julho de 2015, relativo ao HC n° 127754, impetrado a favor de CLÁUDIO ROGÉRIO CARNEIRO FERNANDES e JOÃO ALBERTO GOES BRANDÃO, passo a prestar as informações requisitadas.

A princípio, informo ter recebido o presente pedido de informações somente em 9 de julho de 2015.

I- PRELIMINARES:

Os ora pacientes lograram obter liminar de Vossa Excelência em Ag.reg. e não mais estão recolhidos ao Presídio. Porém este Magistrado roga, suplica a Vossas Excelências que leiam, com a atenção sempre dispensada, todo o vasto material que acompanha estas singelas linhas, pois o presente caso é daqueles a merecer atenção mais que redobrada, realmente excepcional, como afirmam os pacientes, mas não a ponto de ensejar a superação da Súmula n. 691 e da vasta jurisprudência desta Augusta Corte, que inadmitem o remédio heroico como supedâneo do recurso próprio, ou, no primeiro caso, deixa de conhecer habeas corpus impetrado contra decisão que indefere liminar.

Esta experiente e Excelsa Turma pode estar se perguntando se existem razões para tanto o E. TJMG, quanto o Colendo STJ, não admitirem, de plano, todas as fantásticas razões explanadas pela culta e aguerrida Defesa dos pacientes: absurda sentença, sentenciante avesso ao direito de recorrer em liberdade, ausência de periculum libertatis dada a data dos fatos, fundamentos vagos e improcedentes, constrangimento ilegal, fundamentação meramente abstrata, falta de fundamentação idônea e concreta, STJ leniente, abuso de poder, decisão teratológica, ilegalidade flagrante, prisão com forte cunho vexatório, fundamentação inventiva, estarrecedora argumentação, punição antecipada, ânsia midiática, fantasiosa, julgamento extra petita, desembargador incompetente, dentre outras adjetivações.

O Tribunal da Cidadania não “preferiu trilhar o caminho da estrita legalidade”, tão somente, ao não conhecer da impetração. De certo que já dispunha das informações que não chegaram a Vossa Excelência, que somente agora as terá, e poderá, voltar ao posicionamento que teve no dia 7/5/15, ao negar, naquela oportunidade, a liminar pleiteada, induzido a erro que foi. Portanto, Excelências, em três oportunidades a decisão de manter as prisões cautelares sobreviveram aos ataques dos impetrantes e, conforme se demonstrará, não há  nenhuma ilegalidade ou constrangimento ilegal, redobrada vênia, a ser corrigida, a decisão não é teratológica e nem existe abuso de poder. A prisão é nitidamente cautelar e não se trata de punição antecipada. Este Magistrado não se pauta por nenhuma “ânsia midiática” ou procura status algum, já tem 53 anos de idade, mais de 30 de serviço público e quase 20 anos de magistratura e era juiz titular na capital há  quase 6 anos antes de chegar a Poços de Caldas.

Não satisfeitos, os ora pacientes ainda mencionam supostos abusos de poder por parte do Magistrado que estariam sendo apurados pelo CNJ, por suposta quebra do dever de imparcialidade, fato desconhecido dele. Conforme documentação que ora se anexa, vários foram as exceções de suspeição arguidas e todas julgadas improcedentes. É certo que conseguiram que se abrisse um PAD contra o Magistrado, pelo fato de ter mandado publicar uma das sentenças da Máfia dos Transplantes de Órgãos- como os processos passaram a ser conhecidos, a partir da eclosão do chamado Caso Pavesi, de ampla repercussão nacional e internacional – em jornais locais, nos termos do art. 387, VI, do CPP.

De certo, que ambos os tribunais inferiores tiveram conhecimento dos reais fundamentos que levaram o Magistrado sentenciante a decretar as prisões na sentença, como lhe faculta o § único do art. 387, do CPP.

Não vou mencionar as provas do processo, como fizeram, indevidamente, os impetrantes, mais uma vez, pois o protocolo de morte encefálica não poderia prosseguir, uma vez que a vítima P.L.O havia ingerido bebida alcoólica (depressor do sistema nervoso central) e a arteriografia (exame complementar) nem mesmo foi feita, além de diversas outras ilegalidades, pois consta da sentença, juntada pelos próprios impetrantes.

Assim, não vou novamente discorrer sobre tais razões, mesmo porque constantes das cópias ora anexadas, das informações prestadas em outros habeas corpus, especialmente as do dia 13/4/15, onde se mencionam e se comprovam as reiterações criminosas, a ação da Organização Criminosa que se instalou na cidade de Poços de Caldas, ainda sob investigação. Morte de testemunhas, ameaça e espancamento de outra, intimidações durante as próprias audiências, contra o juiz, sua família, tortura psicológica da filha de 5 anos do juiz, abalroamento proposital do veículo do juiz, dentre outras que serão mencionadas em detalhes, conforme documentos que se anexa. Basta, no momento, a citação de pequenos trechos:

3- Não é verdade que os réus, ora pacientes, tenham mantido conduta ilibada na vida pública ou privada. Como se verá, ainda há atividade da Organização Criminosa, inclusive tendente a absolvê-los a qualquer custo, reiteração nas práticas criminosas,  tentativas de intimidação de juiz, jurados e testemunhas. Tal atividade resultou até no desaforamento do júri do Caso Pavesi para a Capital, como decidiu o E. TJMG, como é de conhecimento público;

Por tais motivos, seguindo o ensinamento do Des. Flávio Leite,  a prisão cautelar foi observada neste processo, contando ainda com as lições do Des. Antônio Armando, seguindo as condições peculiares aqui contidas, conforme os excertos ora colacionados. Como visto no item 2, supra, já são múltiplas as condenações  dos pacientes. Como citado no item 3, reiteraram nas práticas criminosas, inclusive de intimidações, o que justificou o decreto de prisão para garantir a ordem pública. Os fatos estão todos  mencionados na sentença e ora se juntam outros documentos comprobatórios, espancamento de viúva septuagenária após declarações para a Corregedoria de Polícia Civil, morte de testemunha após ser ouvida pelo MP, fatos já sob investigação,  inclusive a própria atuação da Organização Criminosa, que tem IP próprio, morte de paciente em Hospital de Manaus, com envolvimento  do réu Alvaro Ianhez, já citado, viagens suspeitas a países da África com alta incidência de tráfico de órgãos, no caso do réu JOÃO;

7-  Este magistrado e sua família vem sendo vítimas de perseguições por conta dos processos da chamada “Máfia dos Transplantes de Órgãos”, sendo que os graves fatos já são do conhecimento da Corregedoria do TJMG e da CDH, incluindo  os maus-tratos a um de meus filhos na escolinha que frequentava.  A chacota com a Justiça chegou a tal ponto que um Sargento da PM disse para minha mulher, por ocasião da lavratura de um REDS: “Com filho de polícia não faz isso, pois sabem o que acontece”. Aqui, como visto, a covardia não têm mesmo limites, falar de ética então é piada (vide documento 5 ora juntado pela Defesa), ainda que o assunto seja sério. Talvez se o CRM tivesse cumprido com as suas funções e cassado os diplomas dos condenados, as prisões e as demais medidas cautelares não precisassem ser decretadas;

Por tais razões, como dito, nada vou mencionar sobre as provas do processo, como fizeram os impetrantes, sobre os gravíssimos crimes perpetrados, inclusive contra criança de 10 anos de idade (P.V.P) e outro paciente, P.L.O (pois os condenados são médicos), que tiveram os órgãos retirados enquanto ainda estavam vivos. Nem sobre os outros sete casos descobertos por ocasião de uma auditoria do DENASUS no Hospital da Irmandade da Santa Casa de Poços de Caldas. Não vou mencionar nada sobre as péssimas condutas profissionais dos impetrantes, que não obstante as claras provas dos autos, foram incompreensivelmente absolvidos em seus processos éticos, pois não quiseram analisar tais provas, tal qual ocorreu nos Casos de Taubaté. Não vou fazê-lo, pois os casos de Poços de Caldas estão já suficientemente descritos nas sentenças, no Relatório da CPI DO TRÁFICO DE ÓRGÃOS e pareceres ministeriais ora anexados, bastando a sua leitura.

Os impetrantes também se esquecem que uma das “absurdas” sentenças já foi confirmada em 2a instância, conforme Acórdão que ora se  anexa, referente ao chamado Caso 1, vítima J.D.C, reconhecendo expressamente tanto o tráfico de órgãos, quanto a existência da Organização Criminosa mencionada e o recurso especial e extraordinário não foi aceito, pendente julgamento de agravo.

Posto isso, à guisa de preliminares, deixo a Vossas Excelências as questões puramente técnicas, processuais, que aliás, recomendam o não conhecimento da impetração e passo a expor apenas fatos, fatos supervenientes à data do crime, e fatos supervenientes inclusive à sentença de mérito (do Caso 5, vítima P.L.O), que demonstram a necessidade da manutenção da segregação cautelar, pois ainda não houve o trânsito em julgado.


II- DOS FATOS E DOS FUNDAMENTOS OU DA NECESSIDADE DA MANUTENÇÃO DA SEGREGAÇÃO CAUTELAR:


1) Logo após a CPI DO TRÁFICO DE ÓRGÃOS em Brasília, no ano de 2004, cópia do Relatório em anexo, a mãe de Paulo Airton Pavesi (pai da vítima de 10 anos, Paulo Veronesi Pavesi) apareceu morta, sozinha, na própria casa. Em 2008, após muitas ameaças, Paulo Airton teve que se exilar na Itália para não ser também morto. Isso após ser processado várias vezes e ter vários inquéritos instaurados contra ele em todo o Brasil, perder seu emprego e tudo que tinha. Após apresentar provas na Justiça italiana recebeu asilo humanitário e posteriormente, a cidadania italiana. Hoje reside em Londres. Seguem cópias de todo o relatado nesse item.

2) No ano de 2013, mês de fevereiro, foi prolatada a 1a sentença condenatória referente ao Caso 1 (vit. J.D.C). A sentença foi confirmada pela 3a CACRI do TJMG. No ano anterior, os réus do Caso Pavesi (Caso Zero) foram pronunciados. O E. TJMG manteve a decisão de pronúncia prolatada por este Magistrado e fixou medidas cautelares de ofício.Seguem as cópias de todo o relatado nesse item.

3) Neste ano de 2013 o IP sobre a morte do administrador da Santa Casa, Carlos Henrique Marcondes, o Carlão, foi reaberto por este Magistrado, a pedido de Promotora de Justiça de fora de Poços de Caldas. Nenhum promotor de justiça de Poços quis assumir os casos de transplantes. A Corregedoria de Polícia Civil passou a investigar, por suspeita de envolvimento de policiais, civis ou militares, e ouviu novamente várias pessoas, dentre suspeitos ou não. A viúva de Carlão, Angela Marcondes, septuagenária, mesmo com medo, declarou que o marido denunciaria o tráfico de órgãos e outros crimes que ocorriam no interior da Santa Casa e por isso foi morto. Foi ameaçada por duas vezes e espancada após falar com a Polícia: “Seu marido já chupou bala, você vai acabar chupando também”. A testemunha José Alexandrino Apolinário morreu em circunstâncias estranhas depois que prestou depoimento na Polícia. Tal pessoa citou o ex-deputado Mosconi e tinha medo de morrer. A mesma testemunha sempre citava o nome do condenado JOÃO ALBERTO GÓES BRANDÃO em suas acusações. Acabou morto assim que o TJMG negou a suspeição do magistrado sentenciante. No mês de novembro o veículo do sogro do Magistrado, em Uberaba, foi atingido por um motociclista, quando aguardava em um cruzamento. Nunca se envolveu em acidente de trânsito. Seguem cópias de todo o relatado nesse item.

4) No ano de 2014, em fevereiro, foi prolatada a sentença do Caso Zero (Pavesi- aditamento), com Manifestação de Aplauso por parte da CDH da Assembleia Legislativa do estado, se decretando a prisão preventiva de três condenados e no mês de agosto, a sentença de pronúncia do Caso 2 (vit. A.L.R). Ainda em fevereiro, a cunhada do Magistrado sofreu ataque em uma residência, junto com outros jovens na cidade de Londrina-PR e o assaltante disse “quero aquela morena de olhos claros”. A vítima conseguiu se refugiar no interior da casa e um dos reféns chamou a Polícia e o agressor acabou morto. Em março, o sogro do Magistrado, auditor da Receita Estadual, sofreu mais um “acidente” de trânsito na cidade de Uberaba, após “susto” provocado por outrem, causando perda total no veículo quase zero km. José Alexandrino, a testemunha que acabou morta, também mencionou que sofreu atentado, sendo atropelado quando estava de motocicleta por um veículo peugeot. Se trata de modus operandi da quadrilha, isso de provocar acidentes de trânsito. A se ver um suposto acidente fatal que vitimou o Juiz de Direito Carlos Patelli em Poços de Caldas, anos atrás, sendo que uma pessoa procurou o Magistrado em seu gabinete para alertá-lo.

O paciente JOÃO confessou ter possuído um veículo desta marca. No mês de março, alguém entrou na casa da mãe do Magistrado, octogenária, em Belo Horizonte, causando-lhe enorme susto e problemas de saúde. No mês de maio, um telefonema para o Gabinete do Juiz alertava para que o mesmo  “não fosse ao futebol”, não sendo possível identificar a ligação. Em julho foram publicadas duas reportagens na revista CartaCapital sobre os casos dos transplantes e ameaças ao juiz e sua família.Neste segundo semestre, ocorreram vários casos de torturas físicas e psicológicas contra a filha do Magistrado na escolinha/creche onde estudava, de forma covarde, como são todas as ações desta Organização Criminosa. No momento da redação de um BO, um PM mencionou à esposa do Magistrado: “Com filho de polícia não faz isso, pois sabem o que acontece”. Na mesma rua da creche (próximo à residência do juiz) moram um vereador, que supostamente faz parte da Organização e foi recentemente investigado pela morte de uma mulher, Caso Andreia, (também investigado o ex-PM Sérgio Lopes, suspeito da morte do administrador da Santa Casa), além de um dos condenados no Caso 5 (Jeferson André Saheki Skulski ,preso na sentença do Caso 5 e processado pelo MP por falso testemunho no processo do Caso Pavesi). O sentenciado Jeferson à época dos maus tratos com a filha do magistrado ficava na porta da referida creche. Ainda em julho, um colega Juiz de Direito passou nomes de pessoas possivelmente envolvidas com o tráfico de drogas sintéticas, ligadas aos políticos locais e pediu ao Magistrado que tomasse cuidado, pouco antes da data prevista para o Júri do Caso Pavesi, que acabou desaforado para B.Horizonte, incluindo seus familiares. Em agosto, um policial do serviço reservado da PM, CB Figueiredo, avisou ao Magistrado que “tomasse cuidado no trânsito”. No mês de setembro um adolescente passou a ameaçar a esposa do Magistrado próximo à Casa da Cultura, mesma rua da escolinha mencionada. Ainda em setembro, o CESI do TJMG retirou a escolta do Magistrado. Entre outubro e novembro, nova investida da residência da mãe do Magistrado, em Belo Horizonte, com pessoas batendo ostensivamente nas portas, o que causou muito medo nos moradores, a senhora octogenária e sua inquilina, que morava na parte superior da residência, que de tanto medo voltou para o interior do estado. Seguem cópias comprovando o mencionado nesse item.

5)  No mês de março de 2015, algum tempo antes da prolatação da sentença do Caso 5 (vit. P.L.A), um veículo pálio wekeend, placas de São João da Boa Vista, ficou dando pequenas batidas na traseira do veículo conduzido pela mulher do Magistrado, que estava acompanhada de sua irmã Júlia. Poucos dias depois, aproveitando das férias do PM que faz a segurança do Magistrado, um indivíduo de nome Anderson Rodrigues Horta Milo Simões, CPF n. 069992856-75, que se diz proprietário do Restaurante El Toro, na Rua Rio de Janeiro, em Poços de Caldas, estava estacionado na esquina da rua citada com Rua Rio Grande do Sul, e quando o veículo do Magistrado fazia a conversão, o abalroou, de propósito, ao dar ré no seu veículo Fiat Fiorino, placas HAA-3053, de Andradas, cidade de origem do ex-deputado Carlos Mosconi. Mosconi é acusado pelo pai da vítima Pavesi de ser o chefe da Organização Criminosa, conforme carta rogatória juntada aos autos e atualmente o ex-deputado está sendo investigado pelo MP. A fim de que não fosse lavrada a ocorrência disse que seu veículo não estava com a documentação em dia, pediu pelo amor de Deus e assinou termo que assumia toda a responsabilidade pelo “acidente”. O veículo está em nome de Ribeiro e Ribeiro Veículos Ltda, de Andradas. A família do Magistrado é monitora no seu ir e vir e o telefone celular é grampeado ilegalmente. Durante a CPI do Tráfico tanto os deputados quanto o Sr. Paulo Pavesi foram grampeados ilegalmente, sendo esta uma das marcas registradas desta Orcrim e as conversas entre eles foi gravada. A sentença foi prolatada no dia 23/3/15, com o decreto de prisão de três dos condenados, absolvição de outro, reconhecimento de uma prescrição e outro condenado recebeu apenas medidas cautelares. Em maio, um PM ameaçou multar e rebocar o veículo da mulher do Magistrado, sem razão aparente.Este mesmo PM “vigia” o dia a dia do magistrado e de seus familiares, seu nome é José Carlos Gonçalves Lopes. No mês de junho, houve a troca do Comandante da 18a Região da Polícia Militar e o novo comandante, em seu discurso disse que não aceitaria ameaças às autoridades da região, sendo que este Magistrado nunca teve contato anterior algum com ele. Seguem cópias do mencionado nesse item.

¨6) Quem afirmou a existência da Organização Criminosa, em primeiro lugar foi o MPE (cópias em anexo), tanto que existe um IP somente para investigar tal organização. Posteriormente, o TJMG declarou tal fato, bem como da prática do tráfico de órgãos, em acórdão por ocasião do julgamento da apelação referente ao Caso 1, com a Procuradoria de Justiça confirmando a mesma coisa, inclusive sobre o tráfico de órgãos em Poços de Caldas. Portanto, não foi o Magistrado quem o fez, em fantasiosa ou “absurda” sentença. As alegações dos impetrantes, de que o Magistrado é parcial, vêm sendo desmentidas em vários acórdãos em exceções de suspeição já julgados e mesmo no acórdão mencionado (Caso 1), onde foi alegada em uma das preliminares. Tais fatos podem ser constatados por Vossas Excelências nas cópias ora anexadas das decisões citadas.

7) A viúva do Carlão, Angela Marcondes, contou a este Magistrado no mês de agosto de 2014, vários casos ocorridos há alguns anos, envolvendo os médicos da Santa Casa: o médico Rovilsinho, filho do também médico Rovilson Flora, viu quando o médico Vitinho Cardillo, filho do também médico Vitor Cardillo, até hoje na Santa Casa, matar um paciente de endoscopia e por isso, foi morto em S. Paulo com um tiro na cabeça, em improvável “assalto” em que nada foi levado; uma pessoa que fazia tráfico de medicamentos para a Santa Casa (sabendo-se que a família do ex-deputado Mosconi possui empresa de medicamentos, inclusive foi condenado por sonegação fiscal em SP), apareceu morto, queimado dentro de seu carro, com o cinto de segurança afivelado; morte do Rei Momo; bicheiro que presenteia juiz com um carro; sexo oral dentro das dependências do hospital; Carlão não concordava com os transplantes e sabia do tráfico; o caso do Juiz Patelli e que as córneas do menino Pavesi “renderam” U$ 25.000 (vinte e cinco mil dólares).

8) Vários dos réus fizeram viagens suspeitas a países pobres onde há tráfico de órgãos. O réu Alvaro Ianhez é suspeito em novas ações no Hospital Santa Júlia, em Manaus e em Unaí, cidades para onde foi, após ser praticamente expulso de Poços de Caldas, conforme documentos que ora se anexa. Veja o que já fiz constar em uma das informações em habeas corpus, já mencionado:

14- As razões invocadas na sentença da prisão cautelar para conveniência da instrução criminal de outros processos e inquéritos em andamento, não estão “confusamente dispostas, vagas, impertinentes” ou “indemonstradas” nos autos, data vênia. Ficou evidente a conexão dos processos e outros feitos, sendo ainda uma recomendação expressa da CPI que analisou vários dos casos e outros pelo país. Aliás, como constou nas informações no HC n. 265527/MG impetrado pelo réu do Caso Pavesi, Alvaro Ianhez, este teria praticado crime no hospital Santa Julia em Manaus e depois de novamente se mudar para Unaí, em pouco tempo a sua clínica já respondia a Inquérito Civil MPMG 0704.11.000066-5, instaurado em 18/2/2013, Clínica de Nefrologia D'Heronville), portanto, a Organização Criminosa vem reiterando nas práticas ilícitas. Não se esqueça que o braço direito de Ianhez é o ora paciente JOÃO ALBERTO, que trabalhava em Angola, África, local onde se suspeita haver tráfico de órgãos e pessoas. JOÃO é suspeito da morte de Carlão da Santa Casa, atendeu tal vítima no local, como então SD PM Prado e depois na própria Santa Casa com outro envolvido na quadrilha, o famigerado Felix Gamarra, o “bom para UTI”. Também é suspeito da morte recente de outra testemunha o José Alexandrino, como mencionado no item seguinte;

15- Como já demonstrado neste e em outros processos, foi o MP quem afirmou a existência da Organização Criminosa, da qual fazem parte os ora pacientes. Tanto que representou pela instauração de um IP, específico para tanto, como mencionado na sentença. Também o pai da criança Pavesi afirma a existência de tal organização apontando como um de seus maiores chefes o ex-deputado Carlos Mosconi. O mencionado Alvaro Ianhez, trazido para Poços de Caldas por Mosconi, colega de seu irmão, era o chefe da equipe de transplantes, integrada pelos ora pacientes, além de coordenador da entidade MG-SUL Transplantes, central ilegal e clandestina e gerenciavam listas próprias de receptores ao arrepio da lei, ajudado pela entidade PRORIM (da qual IANHEZ era também diretor, cujo estatuto foi escrito por Sérgio Roberto Lopes, advogado da Irmandade da Santa Casa, ex-irmão, mandado por Mosconi, ex-PM, ex-vereador, suspeito da morte de Carlos Henrique Marcondes, ex-administrador da Santa Casa). Já o paciente JOÃO é suspeito da morte da testemunha José Alexandrino, que ao ser ouvido pelo MP manifestou o seu receio em ser morto e morreu pouco tempo depois, ainda que estivesse em boas condições de saúde, como há provas. Portanto, não se trata nenhum “estigma fantasioso” como querem fazer crer os mais incautos. O fato da preventiva ter sido decretada na sentença e de ofício é fato previsto na legislação processual em vigor.
Deveria ter sido sim decretada há mais tempo, mas articulações políticas impediram o bom andamento dos inquéritos e processos, além de outros fatores que não cabe aqui mencionar no momento. Vê-se da necessidade da prisão dos ora pacientes, bem como do corréu JEFERSON, pelas razões ora invocadas e também na sentença de mérito, sendo que JEFERSON é membro importante na Organização, sem ele não seria possível se FORJAR as mortes encefálicas, como ocorreu diversas vezes. Tanto é verdade que outro corréu foi condenado (PAULO CÉSAR) e quanto a ele entendi suficientes apenas as cautelares;

16- Incidentes vários ocorreram sim, inclusive de intimidação de testemunha na própria audiência, como relatado na sentença do Caso Pavesi (2014) e demais já mencionados. Inclusive, existem ameaças recentes ao pai da vítima Pavesi, que foi obrigado a pedir asilo humanitário na Itália e ao que parece, reside hoje em Londres. Foi ameaçado pela internet, tanto que se recusa a voltar ao país por medo de ser morto. Todos os fatos são do conhecimento do MP, que não tomou outras medidas, certamente pela dificuldade de funcionar de B. Horizonte, e pelo excesso de atribuições do CAO CRIM. Foram vários os fatos novos a ensejar os decretos cautelares e estão todos suficientemente descritos. Se toda a quadrilha ou organização criminosa estivesse presa, tais fatos não aconteceriam e mesmo o juiz ou sua família não seriam molestados;
Colaciono, nesta oportunidade, cópias de informações e algumas decisões de HC n. 1.0000.12.105140-3/000, 1.0000.12.117681-2/0000, 1.0000.13.014315-9/000, 265527/MG, 1.0000.13.025958-3/000, 1.0000.13.014315-9/000, 1.0000.009068-9/000, 1.0000.14.009356-8/000, 1.0000.14.101280-7/000.

Este Magistrado, ainda sofreu e vem sofrendo com toda sorte de representações e ações por parte dos réus, a maioria, felizmente, já arquivada por falta de mínimas condições para prosseguir, conforme cópias em anexo. Tais ações, junto com as exceções mencionadas, servem tão somente para tentar desestabilizar o Magistrado, como bem asseverou um Procurador de Justiça, além de fazer com que perca tempo para responder a tais procedimentos correicionais ou não.

Por todo o exposto, aguarda este Magistrado que as prisões dos pacientes sejam restabelecidas, pois vem agindo em Organização, inclusive recentemente, pouco antes de conseguirem o alvará, ainda dentro do Presídio forjaram as suas transferências do Presídio local para a Penitenciária de Três Corações com artifícios e ilegalidades, conforme documentos que ora se anexa. Um dos presidiários, o paciente JOÃO pediu “salve” na rádio da cidade, para o “João da Dez”, tentando ainda enganar os agentes prisionais com truques como receber doces, sendo supostamente diabético, tudo na intenção de livrar-se solto a qualquer custo. Ameaçou o Magistrado, Corregedor do Presídio, com palavras e gestos. Testemunhas foram ameaçadas e constrangidas em audiências, mais de uma vez. Em Poços de Caldas não existe a possibilidade de colocação de tornozeleiras eletrônicas. Soltos colocam a vida do Magistrado e de seus familiares em risco, além de outras pessoas relacionadas aos casos conexos. Há notícias de que ameaçaram pessoas, inclusive de perda de emprego. As notícias de fuga iminente são reais e um deles já passou 30 dias foragido, em caso conexo. Já demonstraram grande poder econômico e político, tanto que o Júri do Caso Pavesi teve que ser desaforado para a capital do estado.
Era o que havia a informar, no momento, ficando à disposição para o que mais for necessário.

Respeitosamente,
NARCISO ALVARENGA MONTEIRO DE CASTR0
Juiz de Direito da 1a Vara Criminal e VEP de Poços de Caldas

Ao Exmo. Senhor Ministro TEORI ZAVASCKI
DD. Relator do HC n. 127754- STF
 Brasília/DF



Ufaaa!!! Terminei de editar. Ainda bem que não são bandidos. Imaginem se fossem. Dá um roteiro de filme de horror não é mesmo? Marginais perigosos e com poderes. Quem poderá detê-los?