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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Fim da vida e o CFM: a questao sempre é o dinheiro

A imprensa acaba de anunciar mais uma resoluçao da gestapo médica (tambem conhecida como CFM). Trata-se da possibilidade de um paciente determinar em vida como deseja morrer. Um paciente podera escolher por exemplo: Nao ser entubado, nao receber medicamentos, nao sofrer com cirurgias dolorosas, e até nao ser reanimado apos uma parada cardiaca.

Diz o CFM que:

“Na medicina, trabalhamos com variáveis, as coisas se modificam. O que estamos tentando resgatar é que as pessoas morram no tempo certo, mas de maneira digna”.

Neste caso, a medicina deixa de ser o diferencial da questao. Muitos morreriam no tempo certo se nao fossem atendidas com cuidados medicos. Uma pessoa que tem uma apendicite, se nao operada, morre. Este seria o tempo certo?

E os transplantes? Salvam pessoas da morte no tempo certo? Entao por que os fazemos?
Quem determina o tempo certo de cada paciente? Pelo que podemos ver, de agora em diante, sera o proprio paciente.

Mas ha limites? Nao! Qualquer um pode dizer em um documento o que quer que seja feito. 

Por que esta resoluçao?

Bom, ai começa uma longa historia, que vale a pena resgatar. Num passado nao tao distante, a medicina conseguiu ampliar o tempo de vida de pacientes terminais graças a equipamentos sofisticados. Karen Ann Quinlan, 21 anos, entrou em coma em 15 de abril de 1975. Os pais entraram na justiça para que os aparelhos que a mantinha viva, fossem desligados, o que supostamente provocaria a sua morte. A justiça reconheceu os direitos dos pais e os equipamentos foram desligados. Apos desligarem todos os equipamentos, Karen sobreviveu por mais 9 anos até morrer de pneumonia.

Ahhh... mas ela ficou em coma por mais 9 anos? Isto é vida?

Nao! Nao é vida! Mas este nao é o foco da questao. Cito este caso para ilustrar algo que é ignorado. Depois do caso de Karen, a medicina percebeu que em muitos casos, nao basta suspender os aparelhos. Para que o paciente morra, é preciso "colaborar". O caso mais recente na Italia, alem de suspenderem os aparelhos, tambem cortaram a alimentaçao. A paciente morreu literalmente de fome! Neste caso nao se trata de deixar a natureza agir e sim assassinar uma pessoa.

Esta resoluçao do CFM vai proporcionar isto. Nao sera possivel dizer que um paciente morreu por nao receber um determinado tratamento, ou se recebeu ajuda para morrer!

Por que  o titulo fala em dinheiro?

Porque muitos pacientes terminais hoje, estao na rede publica de saude. E isto tem um custo, alem de ocupar um grande numero de profissionais, entre medicos, e enfermeiras. Faltam leitos. Faltam remedios. Falta muito. A morte destes pacientes em tempo breve seria na verdade uma bençao para o sistema.

Muitos pacientes a beira da morte a espera de um transplante, poderiam tambem optar pela morte, mas nao o fazem porque o sistema despeja uma quantidade enorme de dinheiro entre os profissionais que trabalham nesta area. Ja nos casos terminais, nao ha lucro. Por isso nao interessa. Se os transplantes nao tivessem a rentabilidade que tem, os pacientes seriam vistos com outros olhos.

Mas o que dizem as leis? O CFM responde:

"Não estamos preocupados com a questão jurídica. Se estivéssemos, falaríamos para o médico registrar no cartório e diríamos: 'Médicos, protejam-se'. O que queremos é saber a vontade do paciente", afirma o presidente do CFM.


Sera que eles tambem estao preocupados com as questoes juridicas no que diz respeito a trafico de orgaos? Ou o que importa é a vontade do paciente?

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