Desembargadores comprados

Desembargadores comprados

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Notícia de falecimento!

Este blog vem a público informar mais um falecimento ocorrido em Minas Gerais. Trata-se de outro assassinato, cujos autores são promotores de justiça. Faleceu há poucos dias, um inquérito que apurava a existência de uma organização criminosa, comandada pelo candidato a deputado Federal, e chefe de quadrilha Carlos Mosconi.

Eu enviei ao Ministério Público de Minas Gerais, pedido de informação sobre este inquérito. Em princípio, o Ministerio Público respondeu rapidamente:

Não temos conhecimento deste inquérito e se desejar entre em contado com a delegacia de polícia.

Perfeito! O fato de responderem já me deixou feliz. Porém fui obrigado a fazer uma réplica. E assim o fiz:

Vocês são covardes mentirosos, pois o inquérito de que estou falando (citando obviamento o número do inquérito) encontra-se em poder do Ministério Público e até onde sei, já foi dado andamento que eu desconheço. Tanto que estou solicitando. Mas como sempre vocês estão protegendo Mosconi. Passar bem.

Como estamos em época de eleição, o MP achou-se no direito a tréplica. Desta vez, demorou algo em torno de 15 ou 20 dias para uma nova resposta, muito simpática diga-se de passagem, chegar:
Número da manifestação: 117854092014-0
Este inquérito policial para apuração do crime de quadrilha foi instaurado em duplicidade e constituído de cópias de outros inquéritos e processos, acarretando indevido bis in idem. O presente inquérito restou arquivado pelas razões acima impostas e também pela ocorrência da prescrição da pretensão punitiva do Estado, já que decorridos mais de 12 anos da época dos fatos. 
NÃO RESPONDA ESTE E-MAIL. SUA RESPOSTA NÃO SERÁ RECEBIDA. Anexos e complementos da manifestação deverão ser visualizados e inseridos na própria Manifestação.
Viram como são eficientes? O inquérito foi aberto em duplicidade. Duas vezes! E foi arquivado porque o crime praticado prescreveu. O Ministério Público mais uma vez está dizendo bobagens. Como pode ter prescrito se a quadrilha ainda está atuando? Ou será que o juiz pediu proteção em vão? E a familia da vítima do 5o caso que chegou a receber uma visita da ex-esposa de um dos assassinos (fato este que também foi arquivado inexplicavelmente), não conta como atividade da quadrilha? E a pressão para que o julgamento não ocorresse através do uso da imprensa, não conta? E as ameaças que recebi em meu blog, que também foram encaminhadas ao MP que sequer instaurou qualquer procedimento, não conta?

Mas tem uma explicação. Como o Ministério Público, seja estadual ou federal, têm atuado como uma extensão da quadrilha, eles decidiram que não estão mais em atividade. A atividade agora é limpar a sujeira arquivando tudo. Queima de arquivo é especialidade da casa. A quadrilha que não atua mais, matou uma testemunha no ano passado. Mas isto é passado não é mesmo? Se mataram alguém ontem, hoje não interessa mais. 

O MP de Minas Gerais não quer saber de quadrilha nem em festa junina!

Tá explicado!

Um comentário:

Lia/Fpolis disse...

Toda vez que leio o nome dos envolvidos, sobretudo o Mosconi, me lembro de um episódio dos Simpsons, o dr. Bruns escolhendo órgãos num necrotério.

Pode ser visto em inglês:

http://seekcartoon.com/watch/27605-the-simpsons-season-19-episode-2-homer-of-seville.html#.VDP4CGddV30

Já vi dublado, mas não achei vídeo em português. O trecho do cara escolhendo órgãos está entre 7 e 9 minutos. Uma fala do personagem que está com Burns, agradece a doação para mudança da lei sobre capacetes. Bem no estilo "Ridendo Castigat Mores" o episódio.