Desembargadores comprados

Desembargadores comprados

segunda-feira, 9 de março de 2015

O julgamento se aproxima, e a corrupção vencerá novamente.

Caros amigos que acompanham o blog. A luta por justiça no Brasil não é uma tarefa fácil. A justiça em paises civilizados é uma maravilha. Mas em paises de 3o mundo, a coisa pega. Os tribunais são formados por uma maioria de vagabundos, corruptos, safados, com raras exceções, e estas raras exceções, que são pessoas honestíssimas, são perseguidas com empenho. Todos sabem que Paulinho foi assassinado em Minas Gerais, quando teve seus órgãos retirados ainda com vida. Um grupo de marmanjos contra um garoto de 10 e outras vítimas. As provas, até hoje, seguem sem qualquer contestação. Os argumentos de defesa é de que são pessoas boas, que tem famílias e que dedicam a vida para a medicina, provavelmente matando. Uma bela forma de dedicar a vida.  

Até hoje as imagens da tomografia estão desaparecidas. Quem some com provas é porque quer esconder alguma coisa certo?

Estes vagabundos assassinos estão comprando as sentenças. O que está escrito nas sentenças em 1a instância - como já disse - são fatos incontestáveis, e a única saída é usar o poder político e financeiro para se saferam destas acusações. Eles sairão vencedores? Pode ser. Mas quem de fato venceu a batalha? Num país como o Brasil, em lutas como a minha, a vitória pode ter um roteiro diferente. 

Não me sinto e nem me sentirei derrotado. Ao contrário. Fiz o que jamais pensei que fosse possível. Muitos desistem na primeira tentativa, ao se deparar com o poder destas pessoas. Outros desistem ao ver testemunhas sendo assassinadas, outros simplesmente desistem por acharem que não vale a pena.

Eu não desisti. Isto já uma vitória.

Um pouco de história

Então sr. Juiz, somos inocentes ou não? 
A máfia de tráfico de órgãos no Brasil é bastante complexa. A cabeça deste núcleo chama-se ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos). Durante estes 15 anos vários esquemas investigados por mim ou por autoridades, desaguaram em nomes de presidentes e ex-presidentes desta instituição. Na ABTO ninguém põe a mão! Eles tem um esquema com a polícia de São Paulo e Ministério Público que garante a eles uma blindagem. Investigação? Nem pensar. Quatro presidentes, em épocas e casos diferentes foram citados durante a CPI e em entrevistas. Este grupo possui vários satélites nas regiões interioranas, cujo objetivo é captar órgãos (não importa como) e enviá-los para clínicas e hospitais particulares de São Paulo, onde operam estes membros da ABTO. Antes do caso Paulinho, estes vagabundos viviam num paraíso. Era só enviar para os centros de captação, o tipo sanguineo e os exames do candidato, e em poucos dias um Rim surgia, e era enviado à São Paulo. Mas só para pacientes privados, que pagam pela cirurgia com um Rim incluido, como afirmou Athaide Patrezze durante a CPI do tráfico de órgãos. 

Esta estrutura acabou por perder o controle e foi revelada ainda no caso de Taubaté, em que 4 médicos foram condenados em 1a instância a 17 anos de prisão. Os médicos perceberam que os órgãos que não serviam para a ABTO, poderiam ser transplantados ali mesmo! Com a ajuda de um certo José Serra, produziram uma lei autorizando vários centros de transplantes em todo o país, e as cirurgias passaram a ser realizadas como abate no açougue da esquina. Assim o Ministério da Saúde, que é um grande parceiro da ABTO,  criou a lei para blindar todo o processo. A lei, diga-se de passagem, nunca foi, não é e nunca será respeitada.

Estes pequenos núcleos perceberam que o negócio era muito lucrativo, seguro e ainda dava aos envolvidos um ar de nobreza. O problema era o procedimento. Chegava um pedido de São Paulo por um rim do tipo A+. O paciente pagava o que fosse preciso, mas sem o órgão como fazer? Era preciso esperar alguém A+ morrer e torcer para que fosse compatível com o comprador. Mas um neurologista teve uma brilhante idéia! E se invertessem o processo? Teríamos um lucro maior, estaríamos ainda seguros e nos tornaríamos celebridades salvando vidas!!! 

Então nobre desembargador. Somos inocentes ou não?
E o que significa inverter o processo? Significa que os traficantes não precisavam mais esperar por alguém A+ morrer. Eles procuravam por pacientes A+ (geralmente em coma), faziam os testes, e se compatíveis, os matavam fornecendo os órgãos mais rapidamente. O problema é que quando você começa a matar pessoas, os que estão em volta como enfermeiras, profissionais da saúde e funcionários de um hospital, começam a entender o que está acontecendo. O número de mortes em UTIs cresceu assustadoramente nos últimos anos, sendo que com o avanço da medicina, deveria ter diminuido. Vale lembrar o caso de Curitiba - mais de 1000 pacientes assassinados para "liberar leitos" de UTI.

A polícia evidentemente acreditou neste versão. Que sentido há em matar um paciente e colocar outro no lugar que será morto também, sem que isto gere qualquer benefício para quem está matando?

As evidências nos casos envolvendo tráfico de órgãos começaram a gerar provas. E no caso de Taubaté as provas são as chapas que demonstram que os pacientes estavam vivos quando seus órgãos foram retirados. Em um caso, enfermeiras afirmam que viram o médicos cortando artérias para que o paciente morresse sangrando, durante a retirada de rins, como em um matadouro de gado. Quem acredita? No Brasil de hoje, você acha que alguém seria capaz de fazer só por, digamos, dinheiro?

Mas foi em Poços de Caldas que as coisas realmente perderam o controle. Carlos Mosconi (aquele deputado sério cujo filho foi condenado por sonegação fiscal) montou sua filial da ABTO nesta cidade. A ganância era tamanha que ele criou uma central clandestina de transplante de órgãos, com a conivência do ministério público e do ministério da saúde, e passou a ser um distribuidor em massa de órgãos para Minas Gerais. Um laboratório sem qualquer credenciamento ou autorização, realizava os exames de praxe. Tudo funcionava como um relógio. Pacientes eram executados com muita naturalidade. Em dezenas. AIHs eram forjadas para que mais dinheiro entrasse na conta da máfia. Tudo era aprovado pelo Ministério da Saúde a toque de caixa. Na máfia de Mosconi, ninguém podia tocar. Afinal, quem investigaria? 

Estava tão fácil que os médicos passaram a anotar tudo o que faziam em prontuários como sendo algo natural. Eles não tinham o trabalho de esconder o que faziam. Tudo de conhecimento público. Qualquer um sabia o que estavam fazendo. Diagnosticavam mortes, contrariando a lei de transplante, cobravam por internações que não existiam, e matavam pacientes. 

Neste momento eu entro na história. Após mostrar a verdade com provas e documentos, passei a ser perseguido e ameaçado. Os processos e inquéritos simplesmente não andavam, porque Mosconi, o grande mafioso poderoso do Sul de Minas, não permitia. Alguns inquéritos demoraram mais de 10 anos para serem concluídos, quando o prazo legal gira em torno de 30 dias. Não investigavam nada. Mosconi mantinha a rédea das autoridades. Todos no cabresto, comendo a ração que Mosconi dava.

Em 2013 a coisa desandou. Um novo juiz assumiu o caso, estudou o processo e decidiu fazer o seu trabalho. Condenou a máfia. A partir de então Mosconi decidiu que era o momento de tirar o processo do juiz. A máfia entrou com diversos recursos para que o juiz fosse afastado. Por um período, sem qualquer explicação, o TJMG (Tribunal de Jagunços de Minas Gerais) afastou o juiz, porque ele estava trabalhando rápido demais e principalmente, mexendo em um vespeiro cujo chefe era um político safado e truculento. Testemunhas foram assassinadas e até hoje, os inquéritos estão abertos sem qualquer previsão de encerramento. Aliás, estes inquéritos nunca chegarão ao final, pois todos sabem que quem mandou matar Carlos Henrique Marcondes, foi Carlos Mosconi. A tarefa, como todo mundo sabe, foi executada por um ex-policial da cidade que hoje tem a concessão federal para emitir certidões, concedida ao ex-pm com a ajuda de Mosconi. Para a infelicidade de Mosconi, o processo continuou nas mãos do juiz que soube se defender de maneira brilhante. Esgotados os recursos, a máfia de Mosconi passou a perseguir, ameaçar e intimidar o juiz, bem como a família dele.

Em uma manobra teatral, Mosconi e sua quadrilha conseguiram tirar o processo de Poços de Caldas e levá-lo a Belo Horizonte, onde tudo já está devidamente acertado. Desde juiz, promotores e até mesmo jurados (escolhidos a dedo). Como não conseguiram tirar o juiz do processo, tiraram o processo do juiz.

Dia 11 será o julgamento de um dos processos. Tudo indica que sairão impunes. E vão vomitar por aí que foram injustiçados durante estes 15 anos, que não deixaram o processo correr. Em resumo, um grupo que matou pacientes, não permitia que o processo andasse (até juiz a quadrilha possuia no tribunal em Poços de Caldas), mataram testemunhas, sumiram com provas, ameaçaram o juiz, e acham que podem dizer que são inocentes!

Os recursos dos processo em que já foram condenados, estão engavetados. Um dos casos que deveria ter uma sentença definida no ano passado, ainda está pendente graças a manobras da máfia. Vale lembrar que o tribunal de 1a e 2a instancia já concordaram que houve tráfico de órgãos e vale lembrar também que o tribunal de 2a instancia, apesar de condena-los reduziu a pena para que eles não pudessem ser presos. O crime é grave, mas sabe como é né? Um dinheirinho aqui, um favorzinho ali, e tudo dá certo.

ahahahahaa... Dessa forma, até Hitler poderia ser considerado inocente.

Caros leitores. Eles compraram este julgamento. Serão absolvidos e sabemos, continuarão matando pessoas inocentes como o meu filho para vender órgãos. O tráfico de órgãos será definitivamente blindado e salve-se quem puder. Estamos diante de seriais killers que matam sem piedade. E tudo isto com a ajuda de autoridades que ganham a sua quota. Tem muita gente faturando alto com esta brincadeira que está sendo feita no TJMG.

Nem na época da ditadura estas coisas aconteciam, como acontecem agora.

São todos inocentes. E ai daquele que disser o contrário. Eles matam.




4 comentários:

Anônimo disse...

Vamos aguardar o julgamento. Os jurados de BH são mais profissionais, não se impressionam fácil, a maioria é até formada em direito. Vamos ver se os tentáculos da máfia chegaram ou não chegaram até ali. Agora a blindagem do Aécio já foi desmontada, o governo é outro.

Helio José disse...

A culpa é do povo Paulo. Nada aqui no Brasil nunca vai mudar !!! É de mau a pior !!! O que você poderia esperar de um "povinho" que ainda vota e elege Paulo Maluf e Fernando Collor de Melo ...

Anônimo disse...

Esse Carlos Mosconi é satanás! Um pilantra de altíssima periculosidade, que está aí estufando o peito se dizendo inocente, graças à bandidagem que domina os tribunais de justiça e ministérios públicos brasileiros.

Uma vergonha! Bando de facínoras covardes, ceifar a vida de uma criança inocente por pura ganância, maldade e ausência de caráter. Não tem dinheiro no mundo capaz de purificar a alma desse CAFAJESTE NOJENTO! LIXO HUMANO!

Anônimo disse...

meu velho não pare.se puder.o que você faz mexeu com gente desconhecedora,como eu.o que importa meu caro é que sua dor vai evitar muitas dores.em nome de seu filho por quem tu tanto sofreu e sofre.por favor não pare.messias