Uma afirmação verdadeira é feita amparada em fatos. Se há fatos que comprovem uma afirmação ela é verídica.
Um mito é algo disseminado em uma sociedade sem qualquer comprovação, ou fato que o ampare.
Mas você que está lendo provavelmente mora no Brasil. E no Brasil as coisas são invertidas. O rombo da petrobrás é mito. A grande roubalheira no escândalo dos trens em São Paulo é mito. Já a saúde pública é de primeira qualidade. O nível econômico do brasileiro é muito melhor do que a maioria dos países do mundo. A Amazônia tem sido protegida nos últimos 20 anos e não há qualquer sinal de desmatamento. Ainda que você conteste qualquer uma destas informações apresentando fatos e provas, não terá qualquer validade. Vale o que um determinado grupo ou setor determinar.
Por este motivo, podemos entender a razão pela qual tribunais, médicos renomados, o próprio Ministério da Saúde e outras organizações mafiosas estão usando todos os recursos para abafar casos de tráfico de órgãos. É uma luta insana. Um país inteiro contra mim. Todos querem desqualificar a verdade e transformá-la em um mito.
Quando iniciei esta luta, era praticamente proibído usar o termo "tráfico de órgãos". Quem ousou falar nisso foi taxado de débil mental, mentiroso e por aí vai. A imprensa não publicava uma só linha sobre o assunto pois, repórteres que fizeram isto no passado, perderam seus empregos e foram ridicularizados publicamente.
O tempo andou e conseguimos com muito suor a condenação de 4 médicos em Taubaté e mais de meia duzia em Poços de Caldas, todos envolvidos com assassinato de pacientes para fins de tráfico de órgãos. No entanto, a máfia é poderosa. Todos os processos estão e vão ficar emperrados até que tudo se evapore, ou pior, até que tudo seja anulado. Devo lembrar que em 2008, no bairro de Tatuapé duas médicas pegas em flagrante roubando córneas foram condenadas. A condenação durou pouco. Além do assunto não ter sido divulgado, a sentença foi misteriosamente anulada. Não houve crime, não houve roubo, não houve nada. A família do cadáver que teve as córneas roubados foi indenizada e tudo morreu por ai. Indenização para uma vítima de um crime que não aconteceu?
Taubaté levou 25 anos para ser julgado. Os médicos foram condenados e entraram com recursos que já estão alcançando o 5o aniversário sem previsão de conclusão enquanto os médicos trabalham normalmente.
Poços de Caldas levou 15 anos para ser julgado. Vários médicos foram condenados e entraram com recursos que estão parados em alguma gaveta. Enquanto isto, todos continuam trabalhando normalmente. Em Poços de Caldas há um ingrediente mais apimentado. O juíz que julgou os casos tem sido ameaçado e intimidado pela máfia e pelo próprio TJMG que chegou a suspender a proteção que o magistrado tinha direito. A família do juíz também tem sido ameaçada, intimidade sem que qualquer autoridade faça alguma coisa.
Hoje, ao ler o jornal li uma notícia (mais uma notícia) sobre doação de órgãos. E estes marginais assassinos transplantistas, ignoram tudo isto, como se nada estivesse acontecendo. Eu vou destacar apenas o trecho que me interesse, e se vocês desejarem podem ler a notícia na íntegra clicando aqui.
O vigarista da vez é um tal de Jair Graim, coordenador da comissão de transplante de órgãos em algum lugar no Pará. Diz ele:
Muitas (pessoas) acreditam no mito do tráfico de órgãos, mas o que as pessoas precisam entender é que o transplante é um procedimento complexo demais para ser feito clandestinamente.
Este vigarista ignora fatos para criar um mito. É assim que funciona no Brasil. E o pior é que muitos dão ouvido ao Jair, pois ele é médico. O Brasileiro tem o hábito de abaixar as calças quando vê um médico e ficar de quatro. São marginais inquestionáveis. E os fatos? Ora, você vai acreditar no doutor, ou nos fatos?
Nenhum comentário:
Postar um comentário