Desembargadores comprados

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quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Enquanto isso...

O ritmo de postagem do blog esta um pouco lento, devido ao fato de eu ter que fazer uma limpeza nos codigos de programa. Encontrei varias teias de aranha que se formaram ao longo destes anos. So este blog ja tem mais de 7 anos de idade! Natural que as aranhas façam as suas teias.

Mas hoje o blog mostra com exclusividade o local onde esta neste momento, sendo "julgado" (a palavra é forte né?), os recursos impetrados pelos condenados no caso Paulinho. A decisao em 1a instancia condenando os medicos Celso Roberto Frasson Scafi, Claudio Rogerio Carneiro Fernandes e o ex-fugitivo da justiça Sergio Poli Gaspar foi enviada para analise e apreciaçao da 2a instancia. 

Claudio Rogerio, Celso Scafi e Sergio Poli
Os medicos foram condenados pela retirada ilegal de orgaos de Paulinho Pavesi, cujo resultado foi a morte. Os orgaos foram distribuidos ilegalmente fora da fila da espera por uma central de transplantes clandestina. As penas variam entre 14 a 18 anos de prisao em regime fechado. A decisao foi proferida em 06 de fevereiro de 2014.


Os medicos foram presos, com exceçao de Sergio Poli Gaspar que ficou foragido em local conhecido e de acesso de varias pessoas, inclusive de algumas autoridades locais. Por sorte, o desembargador Ligeirinho, concedeu habeas corpus para que todos fossem soltos da prisao, inclusive, Sergio Poli Gaspar que sequer estava preso. A situaçao foi tao constrangedora que o foragido precisou se entregar para deixar a prisao algumas horas depois. Tudo a toca de caixa. 


Os recursos em 2a instancia, nao correm com tanta pressa. Ligeirinho esta desaparecido. Afinal, os condenados estao gozando de plena liberdade. Quando a justiça sabe que os condenados estao soltos, nao ha nenhuma pressa em se apreciar um caso, e ele pode levar alguns anos até ser julgado. Portanto, seguem as imagens do local onde esta neste momento armazenado o processo, no centro de Belo Horizonte, ou sabe-se la onde.

Porão da Justiça
Mas este nao é o ultimo porão. Depois da 2a instancia, o processo vai ao porão do STJ onde ficara por mais alguns anos. Depois vai para porão do STF onde ficara por tempo indeterminado. Ha ainda o porão dos apelos, o muro das lamentaçoes e tambem a porta dos desesperados. Em 15 ou 20 anos este caso estara finalmente julgado. Os medicos ja estarao com os seus 75 anos, gozando de plena liberdade, trabalhando, viajando, fazendo churrascos e confraternizando com os amigos. Acho que nem se lembrarao mais do que fizeram. A netinha de Alvaro Ianhez ja estara casada e formada em medicina.

Afinal, para que a pressa? Eles ficaram soltos por 14 anos, e quando foram presos, deixaram a cadeia quase que imediatamente. A justiça deve tomar todo o cuidado com os reus, respeitando-os, garantindo todos os direitos possiveis e garantindo tambem os direitos inexistentes. A justiça deve preservar as familias dos acusados e principalmente seus filhos, assegurando acima de tudo a integridade moral daqueles que com uma overdose de sedativos e um bisturi, mataram uma criança. E a vitima? Ora, a vitima nao é e nunca sera um elemento importante nesta historia. A justiça brasileira esta cagando para as vitimas. O importante é o reu! Na verdade, a culpa de tudo isso é da vitima. Sem ela, nao haveria sequer o processo.

Pressa? Nao caros leitores. Nao ha necessidade de pressa alguma. Todos estao soltos. E Paulinho esta em um lugar de onde nunca mais podera sair. Ele nao pode reclamar. Ele nao pode entrar com recursos. Ele nao pode se manifestar. Ele nao pode fazer mais nada. Paulinho é so uma foto inanimada. Uma recordaçao distante. Uma lenda.


Uma decisao agora, ou a realizaçao do julgamento de outros acusados, poderia atrapalhar a eleiçao de Carlos Mosconi a deputado federal. Entao vamos empurrar tudo para o ano que vem, depois da posse, quando entao o chefe da quadrilha tera novos poderes e podera interferir ainda mais em todo o processo. Quem sabe ele nao ganha uma vaga de Ministro da Saude?

Ja pensou? O Ministerio da Saude tem se negado a anos a liberar os transplantes de orgaos em Poços de Caldas. Mosconi no Ministerio, nao so liberaria como tambem construiria um hospital so para pacientes do dr. Alvaro.

Os medicos estao soltos porque a justiça - do ligeirinho - considerou que eles nao podem pertubar a paz publica. Mas no julgamento adiado, ficou claro que os jurados nao possuem a paz necessaria para julgar o caso. Ficou constatado que os medicos e seus comparsas estao utilizando a imprensa para perturbar a paz publica, causando a transferencia do juri para outra regiao. 

Foi entao que eu entendi! A paz publica de que fala a justiça do porão,  é a paz dos medicos. E esta ninguem quer pertubar nao é mesmo?

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