Em 25/05/2011 a Revista Epoca trouxe em sua reportagem de capa a Historia de Roger Abdelmassih. O texto foi escrito por Mariana Sanches e Cristiane Segatto. A Clinica de Abdelmassih foi tratada pela revista como ela era de fato: Palco de um show de horror.
Em 25/03/2002 a Revista Epoca tratou do caso de Eugenio Chipkevitch. Chipkevitch foi condenado por abuso sexual de crianças e adolescentes. A revista o tratou como deveria ser tratado. Como bandido. O texto foi escrito por Ivan Padilha e Paula Mageste.
Em ambos os casos, a revista poderia simplesmente ignorar o assunto e tratar de coisas mais leves. Falar sobre futebol, samba, modelos e futilidades, como por exemplo a suposta falta da tecnologia na vida de hoje e os seus "beneficios". Mas a geraçao de embrioes de pais desconhecidos, e o estupro e abusos contra pacientes eram fatos tao importantes para a sociedade, que nao havia possibilidade de simplesmente esquece-los. Eram praticamente assuntos obrigatorios.
A Revista Epoca tem dado ao longo dos anos um tratamento especial tambem aos transplantes de orgaos. Em 18/06/2001, a ediçao da revista de numero 161 trazia na capa Marcelo Frommer, e uma grande campanha em favor da doaçao de orgaos. O texto foi escrito por Cristiane Segatto. A revista deu pouca importancia para o fato de que se Frommer tivesse recebido o atendimento correto estaria vivo, e que por ser tratado como indigente tornou-se um cadaver. A doaçao de orgaos o tornou heroi da omissao do sistema de saude. Segatto acompanhou o implante de camarote, dentro do centro cirurgico.
Nesta semana, a Revista Epoca nao falou sobre o fato de 4 medicos terem sido condenados por tirar orgaos de pessoas vivas. Nem uma linha.
Cristiane Segatto desta vez preferiu falar de coisas mais importantes em sua coluna sobre Saude (que ja lhe rendeu inumeros premios) como a sua experiencia pessoal de ficar um domingo sem luz.
Esta é a importancia que a imprensa da a vida do doador de orgaos. Ou seja: nenhuma!
Esta é a importancia que a imprensa da a vida do doador de orgaos. Ou seja: nenhuma!
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