Em um pais serio, a primeira atitude seria interditar o hospital. Mas no Brasil, que nao é serio, nada muda. O hospital continuara aberto e fazendo novas vitimas. A medicina tornou-se, ou sempre foi e nunca percebi, uma ferramenta politica. Logo, politicamente falando, fechar o hospital é um problema da imagem politica dos responsaveis. Entao, para nao prejudicar as biografias, o hospital ficara aberto.
Outra explicaçao que ja cansei de ouvir é que o Brasil padece de hospitais, e fechar mais um, so traria mais problema. Logo, é melhor que as pessoas morram com o hospital aberto, embora a matematica da morte seria a mesma.
Enquanto isto o delegado - pro ativo - esta ouvindo todos os envolvidos com o caso. Algumas dezenas de medicos, funcionarios da administraçao, pais das crianças mortas. Isto deve levar alguns meses. A policia tambem espera por alguns laudos, que como sabemos, no Brasil, pagando bem se escreve qualquer coisa.
O que me incomoda, mas nao me espanta, é a postura do hospital pilatos:
A direção do Hospital da Mulher afirma que não existe um surto de infecção hospitalar na unidade de tratamento intensiva neo-natal. Esclarecemos ainda que a causa das morte dos bebês não foi a mesma. As crianças que vieram a falecer tinham no máximo 1,3 quilos, nasceram de forma prematura e com algum tipo de comprometimento: má formação pulmonar, obstrução intestinal, má formação óssea ou infecção, afirma a nota, ressaltando que a maternidade do Hospital da Mulher é de alto risco.Maternidade de alto risco?
Segundo familiares dos bebes mortos, todos fizeram acompanhamento pre-natal e nenhuma anormalidade foi apontada durante a gestaçao. Por milagre (é assim que medicos atribuem as causas que desconhecem), os bebes passaram a ter todos os problemas ao nascerem!
Para que serve entao o pre-natal?
Vejam o relato do pai dos gemeos que morreram no hospital:
De acordo com Leandro, os médicos comunicaram à família que os gêmeos estavam bem e que só iriam para a UTI Neonatal para ganhar peso. Ele disse, ainda, que a equipe médica alegou que não seria necessário entubar as crianças porque os pulmões estavam funcionando bem e que ficariam internados entre 15 e 20 dias. Durante as visitas, segundo o pai, as informações eram boas. No entanto, ainda de acordo com a família, no dia 5 de junho, o recém-nascido Rian teve que ser entubado, e passou por exames de sangue, onde foi constatada uma infecção generalizada. No dia seguinte,o irmão Raone apresentou o mesmo problema. Segundo os médicos, o coração estava batendo mais devagar e os rins haviam paralisado. Raone morreu no dia 22 de junho, e o irmão, no dia 27.Infecçao generalizada?
Ora, se estava tudo bem como os medicos disseram, de onde veio a infecçao generalizada? Qual o ambiente que poderia contaminar os bebes e leva-los a obito? A padaria, o açougue, o mercado ou a UTI pre natal?
A "biografia" protegida
Não foi culpa da minha esposa. Foi descaso desse hospital e de toda equipe. Aquilo lá é uma bagunça. O atestado de óbito dos meus filhos é uma mentira porque eles alegam morte por infecção urinária materna, mas nem liberam os documentos da minha mulher. Tentamos fazer transferência do Rian, mas não deixaram, falaram que ia parecer que eles não foram bons profissionais e agora quem está com dois filhos no caixão sou eu", completou Leandro, indignado.Assim como o hospital nao pode ter sua imagem politica prejudicada, os medicos tambem nao. Eles afirmam que a culpa da morte dos gemeos é uma infecçao urinaria da mae, que alem de perder os filhos ainda tera de arcar com a culpa da morte dos filhos.
Sera que a infeçao urinaria desta mae seja tao forte que foi capaz tambem de matar os outros bebes?
Iimpediram a transferencia de um dos bebes para proteger a propria imagem. Isto é omissao de socorro. Isto é homicidio! A familia tinha o direito de tentar salvar a criança e nao permitiram.
E ainda tem gente que acredita que a medicina luta para salvar vidas, com transplante de orgaos.
A avo de outro bebe faz um apelo interessante porem ignorado:
Aquele hospital está com bactéria e minha nora fez todos os exames e não deram nada. Ela estava saudável, fez todo o pré-natal, teve acompanhamento médico. Quanto mais grávidas derem entrada lá, mais crianças sairão mortas. Alguém tem que fazer alguma coisa, senão as mortes nao vão parar, denunciou ela.Ora vovo!!! O hospital garantiu que nao ha bacterias. O problema sao os brasileiros que estao fazendo filhos com defeitos, e depois reclamam!!!
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