Desembargadores comprados

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sexta-feira, 16 de julho de 2010

Alvo errado

O segurança Mário Marcelo Silvério, 38 anos, acaba de conhecer a justiça brasileira como todos deveriam conhecer. O problema é que a justiça brasileira serve ao lado oposto, e voce so descobre isso ao ter algum problema a ser resolvido por ela. 

Silverio matou um pit bull que invadiu a sua casa e atacou ou tentou atacar seu cachorro e sua esposa. O segurança tentou com um cabo de vassoura fazer o pit bull desistir do ataque em vao, e nao havendo outra alternativa, disparou usando para isso uma arma esportiva registrada legalmente. 
Morador de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, Silvério atirou contra o cão, segundo ele, após o animal invadir sua casa em 2009 tentando atacar sua mulher e seu cachorro. Sem testemunhas e provas contundentes da acusação, ele nega que tenha saído de sua residência e, ainda por cima, colocado em risco algum vizinho.
Silvério nem precisaria de provas. Bastaria ter levado ao Forum durante as audiencias, um pit bull, e solta-lo para ver como o juiz reagiria a um ataque destes. Talvez assim o juiz pudesse entender qual foi a motivaçao do segurança ao atirar na "vitima". Se Mario Marcelo Silverio fosse um serial killer de animais, talvez a sentença fosse cabivel. Mas nao ha - ou pelo menos nao foi divulgado - uma lista de pit bulls vitimas de assassinato. Foi uma unica atitude que a justiça considerou gravissima.

Mas qual foi o erro do segurança? Aqui esta:
"Eu saí e fiz um boletim de ocorrência. Depois um policial chegou na minha casa falando para a minha esposa que eu seria preso", diz Silvério. O segurança diz que foi instruído pelo delegado a encontrar o dono do cachorro, mas ele nunca apareceu. "Naquele bairro lá [Jardim Jóquei Clube], quem não quer pit bull bravo solta na rua para o Centro de Zoonoses pegar. Caberia até um processo meu em cima do dono do cachorro."
Entenderam? Ele procurou a policia logo apos o fato, e relatou que com sua arma registrada, abateu o pit bull que tentava devorar a sua esposa. 

Se Silverio tivesse enterrado o cachorro e nao tivesse procurado a policia, hoje estaria feliz. Mas ele fez o que qualquer cidadao de bem, pensaria em fazer. Ele levou o caso as autoridades. A partir do boletim de ocorrencia, ele deixou de ser a vitima e passou a ser o assassino.

O segurança foi condenado a 2 anos de prisao por defender a familia. Ao mesmo tempo, a mesma justiça por exemplo, nao consegue (ou nao quer) colocar na cadeia o ja condenado assassino de Sandra Gomide, Antônio Pimenta Neves. Poderia relacionar aqui um elenco de casos onde a justiça brasileira é completamente absurda, mas se faz desnecessario. Os jornais estao cheios destes casos. 

Vale a experiencia, e Silvério deixa a dica:
"Tenho o meu pincher (cachorro que quase virou papinha para o pit bull) até hoje, ele tem 9 anos e dorme comigo todo os dias", diz Silvério. "Essa é a minha mágoa, principalmente com o juiz e com a polícia. Provei que ela [esposa] estava debilitada, e eu não ia deixar o cachorro mordê-la."
E completa, ironizando: "Quando um cachorro invadir sua casa, você deixa ele matar seu cachorro, sua esposa, senão você vai ser condenado".

Um comentário:

Ivens Melo disse...

Infelizmente a maioria dos juízes seguem a letra fria da lei, pois dentro dos seus carros blindados e do seus domicílios em condomínio fechado não há pitbull solto atancando os seus entes. O mundo dos magistradosé feito de "algodão doce" e "caramelos", e quem atentar contra tal sofrerá uma implacável sanção.

Chega a se bizarra a atitude do colendo magistrado, pois deveria partir desse ilustríssimo servidor da união a atitude de defender a vida, conforme as cláusulas pétreas do artigo 5º da nossa carta magna.