Desembargadores comprados

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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Verdades e mitos sobre doaçao. A mentira continua!

No site da assossiaçao médica do Rio Grande do Sul foi publicado um texto sobre doaçao de orgaos. Obviamente, ha um trecho onde atacam os mitos da internet. 

Como sempre e solitario nesta luta, resolvi desqualificar o texto e o faço abaixo:

O milagre da multiplicaçao de orgaos: 
Um único doador pode salvar ou melhorar a qualidade de vida de mais de vinte pessoas.
Ha alguns anos atras, diziam que doar orgaos poderia salvar até 7 pessoas, o que nao é verdade. Durante a semana eu ja li que a doaçao poderia salvar ate 15 pessoas. Agora, a doaçao pode salvar ate 20!  Nao vai demorar muito, uma pessoa podera sozinha salvar mais de 100 doando os orgaos. A verdade é que na maioria dos casos o beneficio se estende ao maximo para 3 pessoas. Isso com muito esforço. Se considerarmos a doaçao de corneas, por exemplo, nao podemos dizer que alguem foi salvo, mas que teve a condiçao de enxergar melhorada (e nao curada em 100% como se diz).

Mitos e verdades, segundo a AMRIGS.
1. A família precisa arcar com os custos relacionados à doação. O doador ou sua família não têm custos nem ganho financeiro, sendo apenas entregue uma carta de agradecimento pelo gesto solidário e humano. O receptor também não precisa pagar pela cirurgia de transplante. 
Ao doar os orgaos do meu filho, apresentaram-me uma conta de 11.682 reais. Nesta conta incluia o diagnostico de morte encefalica, exames para o mesmo diagnostico (2 arteriografias) e uma verdadeira extorsao em materias e medicamentos, muitos, que sequer foram utilizados. A conta foi refeita pelo Ministerio da saude que concluiu que havia pelo menos 5 mil reais cobrados indevidamente. O hospital ignorou o Ministerio e entrou com o pedido de falencia da minha microempresa. Graças a ganancia destes medicos salvadores de vida, eu descobri que meu filho ainda estava vivo quando lhe tiraram os orgaos. Em relaçao a carta de agradecimento, ate hoje nunca recebemos, e nem desejamos receber. Seria o certificado de assassinato do meu filho, de apenas 10 anos para suprir um demanda particular de orgaos humanos.

2. A condição social e/ou financeira do receptor não importa quando se está numa lista de espera. O que realmente conta é a gravidade da doença, tempo de espera, tipo de sangue e outras informações médicas importantes. 
Bom, esta afirmaçao nao se sustenta. Basta lembrar que quando famosos como Drica Moraes, Norton Nascimento (os mais recentes), precisaram de transplantes foram agraciados em tempo recorde. Pessoas normais amargam na fila muitas vezes por varios anos, e em alguns casos morrem antes de fazer a cirurgia. A segunda evidencia é que basta verificar nas filas que nao encontrara ninguem de alto poder aquisitivo esperando a sua vez. Isto é fato nao é mito.

3. Quem arca com os custos dos procedimentos relacionados aos transplantes é o Sistema Único de Saúde (SUS), que também se responsabiliza pelo fornecimento, durante toda a vida, das medicações necessárias para evitar a rejeição do órgão transplantado. 
Sao noticiados com frequencia a falta de medicamentos contra a rejeiçao, que ao contrario do que afirma o texto, sao fornecidos pelas secretarias de saude dos estados e municipios. O proprio Norton Nascimento denunciou certa vez a dificuldade que tinha em obter tais medicamentos. O sistema é desorganizado e o controle praticamente nao existe. Nada que uma boa gorjeta nao resolva. Quanto ao fato de que o Ministerio da saude paga tudo, é a pura realidade. Inclusive paga os orgaos que sao removidos para abastecer as filas privadas que existem nas grandes capitais. Nos transplantes particulares, a retirada dos orgaos que deveria ir para a fila publica, é voce quem paga atraves dos impostos.

4. Um idoso ou uma pessoa que já tenha tido alguma doença não podem ser doador. Todas as pessoas podem ser consideradas potenciais doadores, independentemente da idade ou do histórico médico. O que determinará a possibilidade de transplante e quais os órgãos e tecidos que podem ser transplantados é a condição de saúde no momento da morte e uma revisão do histórico médico do paciente. Os recentes avanços da medicina na área de transplantes garantem que mais pessoas possam ser doadoras e que haja mais receptores. 
Hoje nao existe mais preocupaçao com a qualidade do transplante. A meta é fazer o maior numero possivel para que recebam por estas cirurgias, que nao sao baratas. Para isso, chegaram a conclusao que todo e qualquer orgao que nao ofereça doença contagiosa, pode ser aproveitado. Com isso, nota-se um grande aumento de transplantes que nao estao dando certo, e tambem, um numero maior de rejeiçao. Tudo pelo dinheiro, e nao pela saude como pregam.

5. Religião é impedimento para doação. Todas as religiões pregam os princípios de solidariedade e amor ao próximo, que são as principais características do ato de doar.·A grande maioria das religiões é francamente favorável à doação, enquanto outras deixam a critério de seus seguidores a decisão de serem ou não doadores. Até mesmo as religiões que são contrárias a transfusão de sangue não interferem na decisão de doação. 
Veja este link clicando aqui. Nestes textos podemos ver como o lobby dos transplantes foi aproximando-se das religioes e as convencendo a apoia-los. As religioes eram contra o transplante de orgaos. Aos poucos, foram cedendo e hoje incentivam seus fiéis a doarem. Recentemente o papa alertou para a possibilidade de que medicos estariam retirando orgaos de pessoas vivas, mas isso foi ignorado.

6. A doação deixa o corpo deformado. Os órgãos e tecidos doados são removidos por meio de uma operação cirúrgica. Portanto, a doação não desfigura o corpo, que pode ser velado normalmente, podendo ser inclusive cremado. 
A deformaçao do corpo é o que menos importa neste procedimento. Depois da retirada, o corpo sera velado, sepultado ou cremado. A estetica nao deve ser uma preocupaçao de um cadaver. Logo, este argumento é apenas publicitario.

7. Uma pessoa-que se manifesta doadora pode ser sequestrada e ter seus órgãos roubados. O transplante de órgãos exige cuidados médicos especiais, exames laboratoriais e ação rápida. Um coração ou um pulmão, por exemplo, devem ser transplantados, no máximo, entre quatro a seis horas. Além disso, a cirurgia de remoção de órgão deve ser realizada em centro cirúrgico, com toda assepsia necessária. Isso inviabiliza o mito de pessoas desaparecidas que ressurgem sem um rim. A história de sequestros de pessoas para venda de órgãos, divulgada pela internet, é fantasiosa e não se baseia na realidade dos transplantes de órgãos no País. 
Nao é verdade que uma pessoa que se manifeste doadora pode ser sequestrada por isso. O sequestro para esta finalidade acontece com qualquer pessoa, seja ela doadora ou nao. Nao é inteligente imaginar que o sequestrador busque pessoas favoraveis a doaçao. A intençao é obter orgaos e pouco importa o desejo do sequestrado. O fato de um orgao precisar ser implantado rapido nao significa impossibilidade da cirurgia. Nao depende do momento em que foi sequestrado e sim do momento em que lhe retirarem os orgaos. Portanto, num centro cirurgico e sedado, uma pessoa pode ter os orgaos retirados na hora da cirurgia sem qualquer prejuizo dos orgaos. Sim, é verdade que ha a necessidade de um centro com o minimo de assepsia. Atualmente é possivel alugar salas modernas e equipadas em clinicas particulares para a realizaçao de diversos procedimentos cirurgicos. Este nao é um problema para os traficantes de orgaos. Um transplantista famoso, desafiou a imprensa a achar uma pessoa que tivesse os rins roubados. Obviamente nunca o encontraremos. As pessoas tem os rins retirados ainda com vida e depois do obito o corpo desaparece. Nenhum sequestrador no mundo, devolveria uma pessoa faltando um pedaço para que ela pudesse denuncia-lo no futuro. 

8. Se os médicos souberem que um paciente quer ser doador, não vão se esforçar para salvá-Io. A equipe médica que atende uma pessoa na emergência não é a mesma que promove a retirada de órgãos para transplante. A primeira tem como prioridade salvar vidas, não tendo conhecimento sobre a decisão da pessoa de ser doadora ou não; a segunda só atua depois de anunciada a morte e com o consentimento da família. Não é verdade que os médicos do setor de emergência podem não se esforçar para salvar a vida de uma pessoa, da qual se conhece o desejo de ser doadora.
Infelizmente esta é a pura realidade. No atendimento de emergencia, se sabem que voce é doador de orgaos, os esforços serao minimizados. Ha uma grande pressao do lobby dos transplantes para que estes centros produzam orgaos. E isto significa abreviar vidas. Diariamente estudam formas de ajudar a aumentar a doaçao. Hoje ha uma luta para aprovaçao da eutanasia e do aborto. Pouco tempo faz, era possivel retirar orgaos de anencefalos. Os limites eticos estao sendo lentamente superados pelo lobby. Atualmente se fala em retirar orgaos sem a realizaçao do diagnostico de morte encefalica, baseando-se apenas na parada cardio respiratoria que esta longe de ser a morte definitiva. Nao é verdade que a equipe de emergencia nao sabe da intençao do paciente em doar orgaos. Afinal, é justamente este equipe de emergencia que alerta as centrais para possivel paciente em morte encefalica, quando entao sao colocados em campos profissionais que procuram pela familia para acertar a doaçao. Ou voce imagina que as centrais adivinham quem esta morrendo?

O lobby dos transplantes é poderosissimo, forte e tem influencias em todas as esferas. Mas a verdade ainda é mais forte de que isso.

3 comentários:

Daniel Cézar disse...

você prova o que está falando?
Cara, voto na Dilma, mas não posso concordar com factóides. Isso é ridículo.

Paulo Pavesi disse...

Estou a disposiçao independente se voce pertence a algum partido ou tem algum ideal politico. A situaçao é seria e nao tem partidos. Um grande abraço.

Paulo Pavesi disse...

E entao Daniel Cézar? Viu os ultimos posts? Viu o restante do blog? Consegue provar que estou errado e que este caso é um factoide? Sumiu por que?