Desembargadores comprados

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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Isso nunca vai mudar

A garota Stéphanie dos Santos Teixeira, de 12 anos, como muitos ja sabem, recebeu 50 ml de vaselina quando deveria receber soro. Uma pequena confusao e adeus uma vida inteira. De quem é a responsabilidade?

A injeção foi dada durante atendimento ocorrido na sexta-feira. Segundo familiares, a reação à vaselina foi instantânea. "Ela disse que sentiu a boca seca e se desesperou. Falou para a mãe dela "eu vou morrer, não deixa"," conta Caroline de Fátima Pereira, de 31 anos, madrasta da criança. A menina foi transferida do hospital às pressas e levada para a Santa Casa, na região central. Antes de morrer, teve sete paradas cardíacas.

Agora vai começar o drama. Um caso simples de se resolver vira uma enorme batalha judicial porque a verdade dos fatos nunca sao revelados. A Santa Casa (sempre elas) se diz "consternada" com a situaçao. Mas o corporativismo ja se pode perceber.
A família ainda reclama do desaparecimento do prontuário médico do atendimento da menina.
O hospital consternado bem que poderia "achar" o prontuario, mas é sempre este que desaparece quando algo esta errado. Em alguns casos, jamais sao encontrados, e muitos outros é completamente refeito. Por isso eu defendo que todos os documentos devem ser assinados pelos responsaveis ou pelo proprio paciente pois nestes casos, impossibilitaria de criaram documentos falsos para criar uma verdade. Neste caso, a verdade é bastante evidente. Vaselina na veia mata.

Segunda a policia, desde a morte de Stephanie, ocorrida no sábado, ja ouviu cinco funcionários, entre eles uma médica, uma enfermeira e um segurança.
Os três se recusaram a fornecer informações sobre o paradeiro da auxiliar e vão responder pelo crime de favorecimento pessoal.
Segundo o boletim de ocorrência, policiais foram ao hospital para investigar o caso.
"todos os funcionários abordados, claramente com objetivos escusos, não fizeram questão alguma de colaborar no sentido de fornecer documentação e nome dos funcionários envolvidos".
Como podemos ver, nao ha sequer respeito pela vida da criança. A mafia funciona como um relogio. Desaparece o prontuario, sonegam as informaçoes e nao demora muito, vao acusar os pais de serem negligentes porque a menina estava passando mal.


Acima, os frascos que armazenavam a vaselina e o soro. Bastaria ler o rotulo ou verificar a densidade do liquido. Mas nem um nem outro foram feitos. 

A equipe esta afastada. Isso da um ar de "ohhhh... estao fazendo alguma coisa". Daqui ha alguns dias todos estarao de volta e sorrindo ao recordar o caso que quase causou problemas para eles.
Depois da troca dos medicamentos, o superintendente da Santa Casa, que administra o Hospital São Luiz Gonzaga, disse que a entidade pretende usar rótulos ou até vidros diferentes para guardar vaselina e soro. A medida deve ser tomada para que o erro não volte a acontecer.
Tambem aconselho a retirar todos os pisos verdes para nao serem confundidos com grama. Ja que ler nao é possivel, o melhor mesmo é se precaver. Com tal atitude a Santa Casa nada mais fez do que assumir a responsabilidade de ter armazenado substancias diferentes em frascos semelhantes, o que ajudou a causar o erro e a morte da criança. Sera que a justiça vai entender assim?

Um comentário:

Gabriela Campos disse...

Olá Paulo!

Acompanho sempre seus posts.

Fico indignada quando vejo o (ainda Presidente) Lula sorrindo com a Dilma no palanque como se o PT fosse a salvação do Brasil e a saúde pública na situação em que se encontra. Enquanto eles riem, crianças morrem.

Sobre o caso da Stephanie, é mais um lastimável.
O hospital realmente assumiu a culpa quando disse que irá mudar as embalagens. Concordo que houve erro de enfermagem por falta de atenção, mas para mim a culpa maior ainda é do hospital, mas como sempre a corda arrebentará para o lado mais fraco.