Numa manhã, em meados de 2010, Virgínia Soares de Souza, médica responsável pela unidade de terapia intensiva para casos de clínica geral do Hospital Evangélico, o segundo maior de Curitiba, avisou seu pessoal que um grave acidente de trânsito acabara de fazer várias vítimas e que eles se preparassem para recebê-las. Uma das enfermeiras presentes alertou para um problema: todos os catorze leitos estavam ocupados. Ouviu como resposta que fosse ao pronto-socorro apressar os procedimentos de internação, porque as vagas seriam criadas. "Desci para o pronto-socorro com a UTI lotada. Quando voltei, em menos de meia hora, seis pacientes tinham morrido. Fiquei apavorada", conta a VEJA a enfermeira, que não quer ser identificada por temer represálias. Ela ainda perguntou ao colega Claudinei Machado Nunes o que havia acontecido. Ele disparou: "Você é ingênua ou burra?". A moça narrou sua história de terror à Polícia Civil do Paraná - um dos oito depoimentos estarrecedores sobre a repugnante máquina de execuções instalada na UTI do Hospital Evangélico aos quais VEJA teve acesso. Um conjunto também ainda inédito de 21 prontuários é contundente quanto ao modus operandi da doutora Virgínia: todos os pacientes cujos casos estão sendo investigados receberam um mesmo coquetel de medicamentos, a que a polícia se refere como "kit morte".
E mais! Tem gente ainda que diz que a condenaçao destes assassinos vai por em xeque todos os profissionais de UTI, pois fazem a mesma coisa.
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