A novelinha da Rede Globo, Malhação, vai tratar de doação de órgãos. Uma propaganda empurrada para os jovens que assistem a novelinha, na tentativa de enfiar na cabecinha deles que doar é bom! Muito bom!
Do Jornal Extra - “Malhação” vai abordar dois assuntos polêmicos na sua reta final. Roger (Brenno Leone) aceita tratar seu vício de drogas em reuniões dos Narcóticos Anônimos. Já com a morte de Filipe (Francisco Vitti), a novela discute transplante de órgãos. Na novelinha teen, os pais do rapaz alegam que não querem que “mutilem o Filipe” e não autorizam o transplante.
Nanda (Amanda Godói) se informa sobre o assunto e convence os sogros a doar o coração do jovem alguém que precisa.
"Eu conversei com os médicos... O corpo dele não vai ser mutilado e... A verdade, dona Estela, por mais que doa tanto na gente, é que o Filipe não tem mais nada a perder. Mas, olha que herança bonita o meu amor, filho de vocês, pode deixar: uma vida!", diz ela.
Os pais perguntam como eles terão certeza que o coração dele vai chegar a quem realmente precisa já que ouviram tantas histórias de tráfico de órgãos por aí. "Esse pessoal é sério. Mas, quando desligarem o aparelho, é uma corrida contra o tempo. E eles me disseram que cada hora conta", fala Nanda.
"As horas que não vamos ter mais, ao lado do nosso filho...", chora a mãe de Filipe. "É... Desculpa, acho que eu tô sendo egoísta", diz a namorada do rapaz. Os pais não entende: "Egoísta? Por que?". "Porque eu não consigo acreditar que o Filipe morreu e pronto, acabou! Que essa tragédia toda não serve pra nada, que perdi o grande amor da minha vida por... nada".
Reparem que a personagem Nanda, namorada do cadáver, não responde as dúvidas da família. Ela simplesmtente diz "Esse pessoal é sério" sem negar a possibilidade de tráfico de órgãos. Nem mesmo a novelinha tem coragem de desmentir a verdade. Tráfico de órgãos existe, e coração doado pode não chegar a quem precisa e sim a quem paga por ele.
Além disso, eu tenho certeza que "Esse pessoal é sério", tão sério como o pessoal da máfia das próteses, tão sério quanto a máfia do Samu que drogava pacientes para levar para UTI privada e ganhar uma graninha, tão sério como os governantes deste país e os desembargadores de Minas Gerais que vendem sentenças para traficantes de órgãos.
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