Você doaria órgãos de um ente querido seu, para quem mente para você? Se ele mente em fatos importantes, quem garante que os órgãos vão ser implantados em quem realmente precisa?
Bons tempos eram aqueles em que o marketing era utilizado pelos políticos para conseguir votos. A coisa cresceu tanto que o governo adotou o marketing como meio de enganar o povo. O marketing virou uma ferramenta poderosa, inclusive, entre os traficantes de órgãos.
Você assiste a um pronunciamento do presidente da república, por exemplo, e acredita mesmo que o Brasil está crescendo, que políticas sociais estão avançando, que a população terá mais direitos e que os serviços públicos são de primeira qualidade. Tudo mentira. É um país que ninguém conhece. Pior ainda é quando vivemos fora do país. Acompanhamos os brasileiros entusiasmados com os novos rumos da política (graças ao marketing e nada mais), e nas ruas passamos vergonha quando descobrem que somos brasileiros.
O nosso palhaço de hoje é OSMAR LOPES CANÇADO, o homem da foto. Ele é o diretor do MG Transplantes, um dos maiores centros de tráfico de órgãos do país. Ele utilizou a imprensa para fazer o seu marketing, e que vou desmascarar agora. OSMAR tem ligações íntimas com CARLOS MOSCONI, o chefe da máfia que já exterminou pelo menos 12 pessoas (que foram descobertas).
Como sempre, Osmar aproveitou-se de uma história trágica para fazer o marketing. Vamos ao conto do vagabundo.
A pequena Isabela de 9 anos, teve morte encefálica após a 3a cirurgia frustrada do coração. Por que não a colocaram numa fila de espera? Ninguém sabe. Os pais, João Idelfonso e Elizabet dos Santos resolveram doar os órgãos da menina. O resto vocês já sabem. A menina virou heroína, os país homenageados pelo gesto da doação e os médicos faturando com a tragédia alheia.
Entra em campo o nosso idiota amestrado traficante de órgãos, Osmar Lopes Cançado. Ao ler o Cançado, confesso que fiquei exausto. Mas não o suficiente para deixar de escrever este texto. Cançado disse o seguinte, durante entrevista:
“No Brasil, posso afirmar que não existe tráfico de órgãos em nosso sistema de transplante, que é copiado por outros países. É tudo muito fiscalizado pelo Ministério da Saúde e até os líquidos onde os órgãos devem ficar imersos são rigorosamente controlados”, garante o médico.
Osmar Lopes dizer que no Brasil não tem tráfico de órgãos é o mesmo que Fernandinho Beiramar dizer que no Brasil não tem tráfico de drogas. Não só tem, como Osmar Lopes Cançado faz parte do esquema. Como diretor do MG Transplante, ele atua como um traficante de mãos cheias. Por isso o marketing é usado para negar o inegável.
Só em Poços de Caldas, tem mais de uma dúzia de médicos condenados por tráfico de órgãos que estão comprando desembargadores para anular senteças. Mas não é só isso. Vamos ver um pouco de história?
A jovem Carolina Guedes Lopes aguardava um fígado urgentemente para que sua vida fosse "salva". Uma doação em Blumenau, de um garoto de 6 anos poderia mudar o ruma desta história, porém, o MG Transplante não foi atrás do fígado, e mentiu para o Ministério Público, afirmando ter acionado o transporte aéreo. A reportagem, do mesmo jornal usado por Osmar Lopes Cançado para fazer marketing publicou:
Em Blumenau, médicos do Hospital Santo Antônio esperaram quase dez horas pela chegada de colegas mineiros, quando então a família do adolescente desistiu da doação.
Em resumo, o MG Transplante não acionou o transporte porque os traficantes não ganhariam nada. Não valia à pena operar Carolina, que faleceu horas depois. O interesse financeiro era muito maior do que salvar a vida. O caso foi abafado como todos os outros casos envolvendo esta máfia.
Ao contrário do fanfarrão Osmar Cançado, eu tenho acompanhado os transplantes desde 2000, e armazenado informações de todos os tipos. Ele faz marketing porque sabe que o brasileiro tem memória curta. O que ele não contava é que eu tenho um HD enorme.
O menosprezo por doadores de órgãos é antigo. Doadores que não oferecem lucro, são ignorados. Se os órgãos dos doadores encontrarem alguém disposto a pagar, eles movem montanhas. Caso contrário, o paciente da fila de espera que morra. Tudo gira em torno do lucro. Sem lucro, sem transplante.
A matéria, do mesmo jornal Estado de Minas, divulgada em 26 de junho de 2002 já apontava para o medo dos mineiros em doar órgãos. Tudo devido ao comércio clandestino existente no estado. E se há o comércio clandestino de órgãos em Minas Gerais, ele passa pelo MG Transplante, cujo diretor é Osmar Lopes Cançado. Desde 2002, Minas Gerais conhece a máfia de tráfico de órgãos.
Não meus caros leitores! Ainda não acabou.
Este é o Jonathan. Ele precisava de um transplante de córnes. Tudo estava pronto para o transplante acontecer quando o impossível aconteceu: As córneas desaparaceram de dentro da geladeira onde estavam armazenadas. A cirurgia precisou ser suspensa. Com a revolta dos país e a cobrança da imprensa, a pessoa que desviou as córneas não conseguiria deixar o prédio e descartou-as no subsolo do hospital, oito horas depois, no departamento de limpeza. A responsabilidade pela córnea era do MG Transplante!
Este é o caso de Thais Liviane Braga. E jovem sofreu um acidente de moto e enquanto estava em coma, seus órgãos sumiram. A família recebeu uma boa indenização e o caso foi abafado. Se fosse investigado, o MG Transplante teria sido fechado.
No Brasil não tem tráfico de órgãos
Em 2003, o responsável pelo MG Transplantes afastou-se de suas funções após o escândalo que estourou dentro do MG Transplantes. Qual escândalo?
Para finalizar. Este foi o escândalo. Pelo menos 800 pacientes tiveram seus exames falsificados para que os órgãos doados pudessem ser desviados da fila. Os órgãos eram vendidos fora da fila de transplantes, e os pacientes da fila eram enganados. O caso ocupou as páginas dos jornais por poucos dias até que tudo foi abafado. No centro do escândalo estava o MG Transplante.
O marketing praticado por Osmar Lopes Cançado é manjado. A máfia dos transplantes tem acordos com o Ministério Público. Nenhuma investigação ou processo pode prosperar. Com o caso Pavesi as coisas acabaram perdendo o controle e membros da máfia foram condenados. Agora estão tendo que pagar propinas para deembargadores para limpar a ficha dos mafiosos.
Ah sim!!! Eu não poderia terminar sem desmentir outro ponto da sua fala. Ele diz que os liquidos onde os órgãos são mantidos, são controlados rigorosamente pelo Ministério da Saúde, que diga-se de passagem, sustenta o tráfico de órgãos, pagando cirurgias fraudulentas e fingindo que não sabe de nada.
O liquido que José Júlio Balducci cita é o mesmo líquido citado por Osmar Lopes Cançado.
R$ 6.000 a ampôla? Rigido controle do Ministério da Saúde? Vejamos o que diz a portaria do Ministério da Saúde sobre o assunto:
PORTARIA Nº 3.410 - 5 de agosto de 1998
O Ministro de Estado da Saúde, no uso de suas atribuições legais, e considerando:
a) a necessidade de incentivar as atividades de busca de doadores de órgãos;
b) que garantir os exames e procedimentos de avaliação de morte cerebral, nos termos da Resolução do Conselho Federal de Medicina nº 1.480/97, é de grande importância psicológica, social e jurídica;
c) a importância de garantir a adequada retirada e conservação de órgãos para doação, bem como a adequada recomposição do corpo do doador;
d) a necessidade de incrementar os programas de transplante de órgãos, conforme estabelecido na Lei 9434 de 04 / 02 /97, bem como do Decreto 2.268 de 30/06/97, que dispõem sobre a doação e transplante de órgãos em todo o Brasil, resolve:
Código 93.800. 41.0 – Líquido de Preservação de órgão para Transplante de Rim (por litro)
Valor : 35,00
Limite de Utilização : 03
Forma de Preenchimento
Tipo : 1
CGC : do Hospital
Tipo de Ato: 19
É isso caros leitores. A ampôla que eles dizem pagar 6 mil reais, na verdade custa R$ 35,00 O LITRO.
Caro Osmar Lopes Cançado. Você é apenas mais um vagabundo traficante de órgãos que está fazendo MARKETING para enganar o pobre brasileiro. O tráfico de órgãos nunca foi tão ativo no Brasil. E mais! Não sou eu que está dizendo, embora tenha muito gabarito para tal. É o mundo inteiro:
Você é apenas mais um grande filho da puta que está ganhando a vida vendendo órgãos dos outros.
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