O estudante Renan Grimaldi, 18 anos, sofreu um acidente de carro e foi levado para o Hospital Getúlio Vargas. Sedado, o jovem permaneceu em coma por alguns dias, até que o hospital decidiu "decretar" e não "diagnosticar" a morte encefálica. Há uma diferença importante entre estas duas palavras:
Decretar é mandar fazer. Diagnosticar e concluir que. Logo, o anúncio que fizeram de decretar a morte, foi claramente uma decisão médica e não um diagnóstico.
Como sempre digo aqui no blog, Renan é mais uma vítima de um sistema podre. 18 anos é a idade ideal para doar os órgãos. Colocando na ponta do lápis, é muito mais lucrativo Renan morto, do que vivo. Aliás, vivo, Renan é uma despesa para o estado. Cada órgão doado, renderá em média ao hospital e aos médicos, 5 mil reais. Ao manter Renan conectado nos aparelhos, os 5 mil se transformarão em despesa. Neste cálculo, o Estado prefere economizar e ainda faturar uma grana.
Mas algo deu errado. A família não aceitou o diagnóstico e exigiu que os aparelhos fossem mantidos ligados. Muitos amigos e a família estão fortes e firmes na decisão. Porém é tarde. A esta altura, sem qualquer tratamento adequado (todos suspensos porque os médicos não querem mais lutar por ele), basta esperar o momento dos ânimos baixarem e desligar tudo. É o que vão fazer.
Aposto que neste momento há um grupo de profissionais da medicina tentando convencer a família a aceitar. Quanto mais rápido aceitarem, mais economia para o Estado.
A foto da mãe desesperada para mantê-lo conectado às máquinas dispensa qualquer palavra. É este o desespero que nós pais enfrentamos diante da morte de um filho. Ainda mais quando sentimos no nosso coração que alguma coisa ainda pode ser feita.
Há casos gravíssimos em que pacientes se recuperam, mas no Brasil não existe caso gravíssimo. O parâmetro é outro. Quanto tempo vai demorar para recuperar? - perguntam os médicos à si mesmos. E a resposta é incompatível com os recursos financeiros do hospital. Eles precisam de leitos de UTI livres e suspender tratamentos demorados. Além disso há um grupo de urubus transplantistas babando pelos órgãos de Renan. E foi esta a decisão: Deixe-o morrer. Não vale a pena para a medicina brasileira. Se ele estivesse em um Sírio Libanês ou Albert Einstein, provavelmente sobreviveria. Por isso os famosos são clientes lá. Lá há esperança, e não é de graça. Pagando, as chances se multiplicam.
Estamos diante de apenas mais um caso dentre milhares. Destes milhares, a maior parte acreditam nos médicos e desligam os aparelhos. Muitos ainda aceitam doar os órgãos. É assim que funciona.
Você acha exagero?
Pois bem, no mesmo período, Rian Rodrigues, um garoto de 4 anos caiu da altura de 1 metro de um escorregador. Levado ao pronto socorro, levou alguns pontos e foi liberado para ir para casa. Dois dias depois o garoto acordou bastante inchado. Os pais o levaram de volta ao hospital e foi necessário uma cirurgia de emergência em que foram retirados pedaços de Taquara da cabeça do menino.
Quando Rian foi liberado, o único remédio receitado foi parecetamol. Sequer um antibiótico foi sugerido. Rian faleceu.
Se Rian tivesse o atendimento correto, uma tomografia, um raio x ou qualquer analise mais profunda, os médicos teriam detectado o problema e tomado as medidas corretas diante do caso. Rian foi negligenciado e o resultado foi a morte.
RESULTADO GERAL
Em nenhum dos dois casos será possível culpar o Estado. A justiça jamais admitiria o problema, pois se o fizesse, milhões de brasileiros processariam o SUS. Estes casos, assim como o assassinato do meu filho para fins de tráfico de órgãos, tem um destino certo: A vala comum.
Este blog torce para que seu filho não precise de um médico. Se precisar, deixe claro no início que não é doador de órgãos.
4 comentários:
Excelente texto
Infelizmente é realidade.
Patricia Freitas. Você é burra e estúpida. Não sabe nada sobre transplantes e doação de órgãos. Os doadores não são levados para a cirurgia de retirada conectados nas máquinas. Meu filho foi transportado de um hospital para outro sem sequer usar um respirador artificial. Vá estudar um pouco mais. Ignorância mata sabia?
Sou mais uma a sofrer a negligência é descaso desse hospital, perdi meu filho único aos 28 anos com problema renal. E para entender meu filho não entrou aí com as funções renais desestivilizadas estavam tdas controladas.Foi para esse hospital encaminhado pelo SAMU após entrar em contato com a base,de início qdo cheguei aí já esbarrei com preconceito meu filho estava fazendo rejeição por um transtorno depresivo, até q depois de fica ou não o corrdenador da equipe médica manda para del Castilho pam para o especialista avaliar. Voltando, não demorou muito para o início do meu desespero logo pegou infecção urinária, os médicos largavam meu filho a equipe de enfermagem também diziam ele não quer tomar medicação quer morrer mesmo cim a avaliação do psiquiatra. Até q entrei na coorde nação e relateI o q eu estava passando naquela emergência. Aí qdo a médica entrou resolveram a fazer o q já tinham q ter feito. Enfim qdo pensei q o meu desespero e pesadelo fosse findar, foi pior enfermaria 201 equipe de enfermagem posso contar nos dedos os enfermeiros que exercem sua função juntamente sua equipe, médicos? Ficam aguardando a sorte e o acaso para descaso o setor de hemodiálise, nunca vi igual são uns morcegos tem sua ecessão final deixaram meu filho contrair uma endocardite passo passa vc tdo o acontecido com detalhes de nomes e tdo se interessar publicar em seu blog.
Caro Paulo Pavesi,
Infelizmente, nós brasileiros de bem, sobrevivemos num País com mafiosos infiltrados em todas as instituições públicas e privadas, não interessa o nível hierárquico pois a canalhice reina absurdamente.
Gostaria de saber o que leva uma pessoa, um jovem, a estudar anos a fios para se formar em medicina e depois atuar como verdadeiros bandidos ou banqueiros, onde só pensam em dinheiro.
Graças a DEUS que você sabe perfeitamente de minhas limitações acerca de informática e concede o seu valioso espaço no blog para que eu possa retratar um pouco das safadezas de que sou vítima graças a atuação de autoridades da justiça e do ministério público, por isso que sei perfeitamente de sua dor e revolta com essa cambada de vagabundos que não têm o menor amor pelo próximo.
Por denunciar corrupção e safadezas que acontecem dentro do Exército Brasileiro, tive a minha vida destruída, principalmente pela justiça e ministério público federais, que se agigantam contra a minha pessoa e família, mas se mostram verdadeiros covardes e hipócritas quando se tratar de investigar e punir autoridades desvirtuadas do Exército.
A mais nova safadeza tem a participação de médicos, merecendo destaque os pareceres da MÉDICA PSIQUIATRA ÂNGELA TAVARES BEZERRA (CRM 9390), que tenta a todo custo emplacar a ideia de que sofro de PERSONALIDADE PARANÓIDE (F60.0), tudo para se vingar da minha luta ferrenha por justiça num caso em que juízes federais e membros do ministério público federal e militar, rasgam as leis para proteger bandidos fardados.
Com o supracitado parecer forjado, querem forçar a minha APOSENTADORIA (REFORMA MILITAR) COM PROVENTOS (SALÁRIO) PROPORCIONAIS AO TEMPO DE SERVIÇO (CERCA DE 20 ANOS) no Exército.
E olha que essa médica fez um lindo juramento de defesa da vida, de atuar com ética e isenção, de ser honesta em suas condutas etc.
Estamos fudidos com essa sociedade lixo que a cada dia nos enoja e não nos dá um pingo de esperança de dias melhores, pois são bandidos, covardes, desumanos, frios, calculistas, satânicos que só pensam em DINHEIRO E PODER.
Uma vergonha chamar essas pessoas de seres humanos!
Queria te pedir um grande favor, já que o seu blog tem um alcance inimaginável e é muito respeitado, publica os laudos médicos e as já costumeiras PROMOÇÕES DE ARQUIVAMENTO dos nossos defensores dos interesses sociais, os procuradores desta república falida moralmente. Pode ser? Há possibilidade? Enviarei os documentos para o seu e-mail.
Muito obrigado e estamos juntos nessa luta!
Sargento Luciano Silva
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