O caso Paulinho, como era de se esperar, foi um trampolim para a carreira de algumas "autoridades". Na época das investigaçoes deste caso, procuradores federais e delegados federais usaram todos os poderes que tinham provenientes de seus cargos (e nao eram poucos), para ajudar os assassinos e destruir minha familia. Valeu até inserir documentos adulterados como o proprio Porcurador Federal Jose Jairo Gomes descreveu em uma açao de improbidade administrativa contra envolvidos com o caso. O estranho é que os documentos foram inseridos pelo proprio Jose Jairo Gomes, e a açao de improbidade nao deu em nada porque a denuncia era cheia de vicios e erros primarios.
O delegado de Policia Federal Celio Jacinto dos Santos chegou a descrever em uma entrevista a Revista CartaCapital a existencia de um rodizio entre clinicas particulares que implantavam corneas provenientes de retiradas ilegais, mas nao teve coragem de denunciar nenhuma destas clinicas nem os seus responsaveis por trafico de orgaos. Coragem, talvez nao seja a palavra correta. Talvez tenha sobrado vantagens para ambos. Vantagens que permitiu aos dois progressoes profissionais astronomicas.
Foi entao que passei a acusar ambos de prevaricaçao, corrupçao, sacanagem, vagabundagem e outras coisas do genero. Todas as acusaçoes devidamente fundamentas e comprovadas. Tanto que ambos me processaram e perderam. Na sentença a juiza federal que me julgou, cobrou a denuncia dos acusados que eu apontei e até onde sei, o Ministerio Publico nao se manifestou. Ou seja, perdeu e omitiu-se novamente comprovando que tudo o que havia denunciado era nada mais que a pura verdade.
Apos o acordo beneficiando todos os envolvidos, Jose Jairo Gomes tornou-se Procurador Geral Eleitoral pelo estado de Minas Gerais. Nada mais obvio, uma vez que os assassinos estao ligados a politicos. Gomes passou a escrever livros sobre o tema (eleitoral) e passou a ser considerado um "astro" juridico. Citado em varias materias sobre o assunto, Jose Jairo figura como um grande jurista.
Celio Jacinto dos Santos, por sua vez, deixou seu posto de delegado da policia federal da grande cidade varginha e ganhou um posto na Policia Federal de Brasilia onde atua como "Coordenador de Altos Estudos em Segurança Pública da ANP e 2º suplente da Diretoria Executiva da Associação". Talvez seja esta a explicaçao para a atual segurança publica brasileira. Tao bem coordenada, nao poderia ser mais eficiente. Seguindo a estrada de Jose Jairo Gamos, Celio Jacinto dos Santos passou a escrever livros e ser considerado um "astro" juridico.
Neste ceu estrelado de pessoas tao sabias, resta um menino de 10 anos, enterrado e esquecido por todos. Alem de salvar algumas vidas imprestaveis com os seus orgaos traficados, Paulinho ainda permitiu o crescimento profissional de autoridades. Jacinto e Gomes deveriam escrever um livro com o titulo "O crime compensa". Seria mais apropriado.
Durante a CPI do Trafico de Orgaos, em 03/08/2004, as 10hrs44min, o delegado Celio Jacinto ja na introduçao de seu depoimento explicava:
Nobres Deputados, é com grande satisfação que aqui compareço para poder auxiliar no trabalho desta CPI. Nos esclarecimentos que se tornarem necessários, estarei à disposição. Mas, preliminarmente, quero fazer uma narração geral da nossa atuação e da Delegacia da Polícia Federal em Varginha a respeito dos transplantes, dos casos versando transplantes lá na região. A Delegacia da Polícia Federal em Varginha abrange todo o sul de Minas. São 128 Municípios, cerca de 2 milhões e 200 mil habitantes. Contamos com a Delegacia com uma estrutura mínima para atender todos os fatos relacionados à área federal no sul de Minas. Na Delegacia da Polícia Federal em Varginha, cuidamos e estamos cuidando de 16 casos relacionados a transplantes. Desses 16, 11 casos se referem a trabalho desenvolvido por mim, e outros cinco, pelo delegado Pujol, colega lá de Varginha. Desses 11, nove casos já foram encerrados, já foram relatados e encaminhados à Justiça, com alguns indiciamentos de alguns envolvidos, e outros dois tramitam na Delegacia, onde estão sendo ultimadas algumas diligências. Como mencionei, o Dr. Pujol também tem cinco casos, cujos fatos são similares aos que eu já investiguei e estou investigando, no que se refere a possíveis homicídios relacionados aos procedimentos adotados na captação e no diagnóstico de morte encefálica de alguns pacientes na Santa Casa de Misericórdia, em Poços de Caldas. Com esse relato geral, estou à disposição do senhor para o esclarecimento que o senhor porventura reputar necessário e de maneira mais direcionada, não esquecendo que o volume de serviço que nós desenvolvemos lá é muito grande, a gama de informações é muito grande. Há muitos dados que já aconteceram, por exemplo, em 2001, e a gente não tem condições de precisar certas informações. Mas, naquilo o que pudermos auxiliar, estamos à disposição dos senhores.
Entenderam? muito trabalho! Talvez, segundo ele, nao pudesse recordar de algumas coisas, mais especificamente ocorridas em 2001 referentes ao caso Paulinho. Mesmo recebendo a convocaçao antecipada, ele sequer se deu o trabalho de ler os relatorios ou preparou-se para o depoimento. Convenhamos, um caso que acaba em CPI, o minimo que se esperava era um pouco de preparaçao. Este é o magnanimo coordenador de Altos Estudos em Segurança Pública da ANP.
Mas ainda cabe neste texto citar uma passagem escrita por Vânia Márcia Damasceno Nogueira Mestranda em Direito pela Universidade de Itaúna/MG . Pós-graduada em Direito Público pelo Centro Universitário de Goiás . Graduada pela UFMG. Membro do Comitê de Ética animal da FUNED/MG. Associada á ONG de proteção ambiental e animal . Defensora Federal (vaniamarciadpu@pop.com.br). Vania escreveu:
Esclarece José Jairo Gomes que o primeiro clã ou família reagia contra o causador da ofensa a um de seus membros como se tivesse atacado toda a tribo, era o período da vingança coletiva. A medida que dizimava todo o grupo, causando um mal maior, a reação à agressão passou a ser individual. A responsabilidade passa a tomar um rumo progressivo à individualização.
Como bem esclareceu Jose Jairo Gomes, ao acusa-lo com provas de prevaricador e corrupto, fui processado. E na acusaçao de Jose Jairo Gomes, ou melhor, do Ministerio Publico Federal, o cla ou a tribo demonstraram-se todos ofendidos a ponto de todos assinarem a denuncia contra mim. Contra os assassinos do meu filho, apenas 3 assinaram. Contra mim, praticamente todo o parquet. Foi a tal vingança coletiva.
Eu venci tal processo, mas as acusaçoes que fiz com provas, jamais foram investigadas. Em outras palavras, a justiça federal julgou que eu tinha razao, mas o direito de ve-las investigadas eu nao tive. Jose Jairo Gomes e Celio Jacinto dos Santos até hoje, nao responderam quesitos fundamentais formalizados junto a Procuradoria Geral da Republica, que arquivou todas as denuncias alegando que o caso estava encerrado.
As autoridades em questao se encontram no topo de suas carreiras. Eu, me encontro asilado na Italia. Com esta democracia toda, quem se atrevera a denunciar trafico de orgaos? So mesmo uma retribuiçao a altura para compensar o esforços destes "astros" juridicos nao é mesmo?
Um comentário:
Esse josé jairo não o conheço,mas com certeza é bostão também pq um professor bostão de um escritório de bostão elogiou ele..
como que um bostão vai denunciar alguma coisa?
bostões são seres inanimados, desprovidos de qualquer senso moral e o que vale para essa espécie é só o $..
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