Desembargadores comprados

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segunda-feira, 19 de março de 2012

O mundo esta começando a incomodar-se com o Trafico de orgaos

Ha 12 anos o assunto trafico de orgaos era tratado como uma mentira, uma lenda urbanda. Algo que nao acontecia. Dizem até hoje os transplantistas que tais situaçoes simplesmente nao existem devido a complexidade da cirurgia. 

Isto sim é mentira! Isto sim é lenda urbana!

Toda esta proteçao a traficantes de orgaos pode estar mudando.

Um renomado medico brasileiro, acusado de ser um traficante de orgaos humanos na CPI em 2004, pertencente a uma organizaçao muito respeitada, dizia possuir um relatorio do FBI que concluia que as historias espalhadas pelo mundo eram todas falsas. Escrevi para o FBI que nao demorou uma semana a me responder. Dizia a reposta: O FBI nunca fez tal relatorio. O relatorio na verdade pertencia a uma agencia de desinformaçao americana, criada para desmentir qualquer coisa que pudesse "pertubar" a paz mundial. O medico mentiu usando a palavra "FBI" para dar mais importancia a um relatorio que nao tinha importancia nenhuma. Apesar de alerta-lo, ainda hoje é possivel ler textos deste medico, como se o relatorio fosse mesmo do FBI.

Atualmente varios centros medicos estao faturando alto com o trafico de orgaos. A simples permissao para que uma pessoa viva "doe" um orgao, abriu as portas para um submundo terrivel, que esta vitimando pessoas desesperadas por dinheiro em todo o mundo. As cirurgias acontecem nos mais modernos centros de transplantes, equipados com aparelhos de ultima geraçao. Tudo mediante o pagamento de um receptor a beira da morte.

Em media, uma cirurgia no mercado negro pode custar até 500 mil euro em paises da Europa. Destes 500 mil euro, 7 mil euro é destino ao pagamento do rim (orgao mais comercializado no mundo). Como se ve, o mercado clandestino esta transformando os transplantistas em pessoas milionarias. A cirurgia nao é contabilizada e o lucro é livre de qualquer imposto.

O fornecedor do rim, em dificuldades financeiras, consegue um alivio por alguns meses e depois é obrigado a conviver com um problema adicional: A falta de um rim.


 


Ao contrario do que dizem os medicos, viver sem um rim pode se tornar um grande problema e pode levar uma pessoa a morte. Por isso aqueles que tem problemas renais procuram implantar um rim! A possibilidade de uma pessoa fornecer um rim para a outra tem causado diversos transtornos na vida de muitas familias. 

No video acima, podemos acompanhar a historia de uma familia, cuja mulher decidiu vender um rim para dar a familia uma chance melhor. Ela faleceu dois anos depois de vender um rim. Hoje, pai e 3 filhos, vivem sozinhos e cheios de problemas financeiros.

O problema é que viver sem um rim e sem assistencia a saude adequada, é uma condenaçao a morte. E isso, os transplantistas nao falam. O caso acima nao se trata de um caso isolado. Muitas pessoas estao começando a perder a vida apos venderem seus orgaos porque o mercado é sujo. A exploraçao da pobreza esta enriquecendo transplantistas que esquecem o discurso de amor ao proximo, e faturam alto com os rins destas pessoas.

O principal problema é que no mercado negro, as pessoas que vendem seus rins, nao possuem qualquer atençao a saude e voltam para as suas casas acreditando que poderao viver uma vida normal. Ninguem no mundo vive uma vida normal com apenas um rim. 

Um passo para acabar com a exploraçao da pobreza seria a proibiçao em todo o mundo da doaçao de orgaos de pessoas vivas. Mas o lobby dos transplantes jamais permitiria que isso fosse feito. Resta apenas uma outra saida: Acabar com o mercado negro, permitindo que a venda de orgaos seja feita, com garantias de tratamento aos vendedores. Para cada pais deveria haver um preço minimo que o fornecedor deveria receber, e os transplantistas nao poderiam fazer parte da negociaçao, que seria feita pelos orgaos de saude governamentais. 

Enquanto isto nao for feito, milhares e milhares de pessoas morrerao graças a venda de um de seus rins.

Do outro lado, nao ha qualquer movimento para se descobrir o motivo pela qual as filas de transplantes estao cada vez maiores. Evidentemente a falta de politicas de saude preventivas estao levando milhares de pessoas as filas de transplantes para continuarem vivendo. Muitos destes casos poderiam ser evitados com controles bastante simples e de custo muito baixo, por parte das organizaçoes governamentais de saude. Mas novamente nos deparamos com o lobby transplantista que nao permite que tais prevençoes sejam realizadas.

Devemos lembrar que cada paciente transplantado se torna um eterno consumidor de remedios carissimos, carregando nas costas as industrias farmaceuticas. No Brasil, por exemplo, este remedio utilizado contra a rejeiçao de orgaos é distribuido pelo governo gratuitamente, mas nao de forma regular. Muitos reclamam a falta deste remedio. Alguns, que possuem certo poder de compra, acabam comprando o medicamento e arcando com os custos.

Existe hoje um elo entre governo, transplantistas e industrias farmaceuticas, que movimenta milhoes todos os anos. Parte destes milhoes sustenta o lobby que é cada vez mais forte, em todo o mundo. Fazem parte deste lobby politicos, autoridades publicas, agentes de saude, aliciadores, intermediarios, redes de hoteis e organizaçoes nao governamentais muitas vezes patrocinadas pelas industrias farmaceuticas.

E no Brasil? Nao ha pessoas morrendo por terem vendido um orgao!
No Brasil o caso é ainda mais grave. 

Enquanto que, em continentes como a Europa, o problema sao os casos de pessoas que resolvem vender um orgao e em pouco tempo acabam por perder a vida por falta de assistencia, no Brasil, a soluçao utilizada para o mercado negro é bastante "criativa", digamos. 

A falta de controle do governo sobre as doaçoes de orgaos, a "proibiçao" da familia do doador em conhecer a familia do receptor e novamente o forte lobby de politicos, transplantistas e autoridades, permitem uma triste realidade. 

Conhecido como o pais da impunidade, o Brasil é uma verdadeira mae para qualquer tipo de mafia como a do trafico de orgaos. Recentemente 3 medicos em Taubate foram condenados ha 17 anos de prisao por terem assassinado pacientes que foram utilizados como fornecedores de orgaos. A condenaçao é apenas um simbolico rito juridico pois jamais passaram sequer uma noite em uma penitenciaria e estao muito longe de acabar a vida dentro de um presidio. O processo arrastou-se por quase 25 anos e outros estao trilhando o mesmo caminho. 

Estes medicos exerceram a profissao durante toda a vida sem qualquer tipo de constrangimento. Ao contrario! Foram e sao tratados como salvadores de vidas injustiçados.

A grande descoberta dos brasileiros para abastecer o mercado negro foram as UTIs publicas. Estas UTIs recebem diariamente um contigente enorme de pacientes de classe baixa, saudaveis, jovens e muitas vezes em situaçao grave, mas com potencias chances de recuperaçao. A falta de leitos de UTIs e o mercado negro de orgaos, faz com que estes pacientes nao sejam tratados adequadamente, falecendo algumas horas depois da internaçao.  

Nao ha fiscalizaçao sobre estes tratamentos. Nao ha qualquer pesquisa sobre estes atendimentos. Nao ha qualquer preocupaçao do governo com o que acontece dentro destas UTIs. O que o medico diz é o que vale. Ninguem questiona e ninguem se atreve a questionar. O corporativismo medico é a grande barreira a atravessar em caso de duvidas sobre estas questoes. Tristes com a perda de um familiar e muitas vezes sem recursos e coragem para denunciar, a familia acaba aceitando a situaçao como ela é.

Os numeros de casos de pessoas que sao deixadas horas em corredores de emergencia sem qualquer atendimento e terminam por falecer, vem crescendo a cada dia e tem sido alvo de diversas reportagens pela imprensa. Mas a mesma imprensa nao se dispoe a aprofundar-se no tema pois ha fortes pressoes para que estes fatos nao venham a tona, sob a desculpa de "prejudicar a doaçao de orgaos". Alem disso, o lobby transplantista despeja milhoes de reais todos os anos em propagandas, justamente nestas empresas de jornalismo.

Uma vez em coma, o paciente de uma UTI publica se torna presa facil. Os esforços sao destinados a preservar os orgaos e os batimentos cardiacos, até que o obito aconteça. Mesmo sem a autorizaçao da familia, os orgaos sao removidos e utilizados para abastecer uma rede particular de transplantes.

Tal situaçao vem acontecendo ha varios anos. Em 1998, o jornalista Elio Gaspari denunciou o que chamou de "privatizaçao" dos transplantes, referindo-se ao fato de um medico transferir orgaos retirados na rede publica e implanta-los em pacientes particulares. Nada mais era do que a evidencia do que escrevo neste momento.

O esquema criado nao fornece qualquer risco aos transplantistas. Ao contrario do que acontece no sistema europeu, o paciente brasileiro cujos orgaos foram retirados para abastecer o mercado negro, nao sera uma testemunha com uma longa cicatriz nas costas que podera contar o que fez a outras pessoas. Ele estara morto e enterrado. Os registros medicos ficam em poder dos medicos que podem destrui-los ou adultera-los sem qualquer dificuldade. A situaçao é tao segura que é o criminoso que tem a posse das provas do proprio crime.

Outro fato importante neste esquema é que na Europa, 7 mil euros sao destinados ao doador. No Brasil, nem um centavo a familia, que nem desconfia o que de fato aconteceu. O Lucro do medico é de 100%.

O mercado negro de orgaos humanos é um negocio crescente e em expansao. 


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