Desembargadores comprados

Desembargadores comprados

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Procuradora usou cargo publico para obter beneficios pessoais

Vejam como funciona. Uma procuradora, para atingir seus objetivos pessoais, utiliza seu cargo publico para colocar pessoas na cadeia e ter o caminho livre e desempedido. Este texto esclarece as palavras da procuradora quando disse ao reporter "que tenha vinte" referindo-se a denuncias contra ela. Ela sabe que tem imunidade. Ela sabe que é Procuradora. Ela sabe que alguem sempre dara um jeito.

A pergunta é: Quantas vezes, no cargo de procuradora, ela nao utilizou estes meios para intimidar pessoas e colocar inocentes na cadeia, em troca de um favor a politicos e amigos? Ou vamos acreditar que isto é mais um "caso isolado"?



Procuradora teria feito denúncias falsas para adotar outro bebê

História começou em 2008, quando mãe desistiu de entregar criança.

Inquérito sobre denunciação caluniosa, no entanto, foi arquivado.

A procuradora aposentada Vera Lúcia Sant’Anna Gomes, acusada de torturar sua filha adotiva de dois anos, já teria feito na polícia denúncias falsas para tentar tirar o bebê de uma mãe que desistiu de dar a filha recém-nascida para adoção.

A história começou em 2008. Uma moça estava grávida e pretendia dar o bebê. “Eu estava com dificuldades, sem trabalhar, e meu marido também. A gente decidiu”, diz a mãe.

Foi a dona de casa Valéria Lima de Morais quem procurou uma família para adotar o bebê.
“Eu perguntei ao meu massoterapeuta se ele não conhecia alguém que quisesse adotar, mas que tratasse bem. Ele indicou a doutora Vera Lúcia Sant’Anna Gomes e disse que ela realmente procurava, que ela criava cachorros e gatos e adorava crianças”, diz Valéria.
“Estava mesmo decidido que ela adotaria minha filha de verdade. Foi quando a menina adoeceu. Ela passou uma semana no hospital e eu me apeguei. Então, decidi não entregar mais minha filha”, conta a mãe.
Segundo Valéria, no dia seguinte à alta da criança, a procuradora foi ao hospital e teria tirado toda a doação que tinha feito de roupas, fraldas e lençóis para o bebê.
“Mandou que a enfermeira tirasse a roupa e a fralda do bebê e deixou o bebê totalmente nu”, diz Valéria.
Não demorou muito para Valéria e a mãe do bebê voltarem a ter notícias da doutora Vera Lúcia.
“Eu estava na praia quando a minha empregada me ligou dizendo que havia dois policiais na minha porta com uma ordem de prisão para mim”, conta Valéria.
“Passados uns dias, policiais foram à minha casa”, diz a mãe do bebê.
Segundo Maria Aparecida Mallet, ex-titular da Delegacia de Criança e Adolescente Vítima do Rio, chegou às suas mãos uma denúncia numa carta, manuscrita pela procuradora, com aproximadamente 30 ou 40 páginas.
“Foi quando a delegada me informou que a denúncia era de que eu fazia tráfico de órgãos, era pedófila e vendia crianças para pedofilia”, relata Valéria.
“Começamos a investigar e percebemos que não era bem isso. Na verdade, essa denúncia poderia ser uma manobra dela para ter a criança mediante uma fachada de legalidade. Para que a polícia pedisse uma busca e apreensão da criança e então fizesse a parte dela, que era solicitar a posse e guarda provisória da criança”, diz a delegada Maria Aparecida.
Desequilíbrio emocional

A investigação concluiu que as denúncias eram falsas. Um documento com esse resultado e com o relato da tentativa frustrada da procuradora de ficar com o bebê foi entregue à Justiça.

“Foi encaminhado cópia de todo o procedimento, de toda a investigação, de todo o apuratório, ao Juizado da Infância e da Juventude, bem como ao Conselho Tutelar”, afirma a delegada Maria Aparecida.

No relatório final, há uma frase do massoterapeuta que confirmou a história, mas não quis gravar entrevista. Ele diz que a doutora Vera Lúcia estava em desequilíbrio emocional extremo.

“Se a Vara da Infância e da Juventude sabia disso, como deixou ela pegar uma criança?”, pergunta Valéria. A juíza que concedeu à procuradora a guarda provisória da criança de 2 anos diz que se baseou em laudos que indicavam que ela era uma pessoa apta para a adoção.

“Não é só a avaliação da minha vara. Há também a avaliação dos profissionais da instituição de abrigo. E todos foram unânimes em dizer que ela era uma pessoa apta a fazer aquela adoção”, alega Ivone Ferreira Caetano, juíza titular da Vara de Infância e Juventude do Rio de Janeiro.

A mãe que desistiu da adoção na última hora reconheceu a procuradora na televisão.

“Eu coloquei minha filha no lugar daquela criança. Era minha filha que estaria lá”, diz Valéria.

Procuradora nunca foi investigada


A procuradora Vera Lúcia teria cometido um crime de denunciação caluniosa, que dá entre dois e oito anos de prisão. Mas a delegada foi transferida, o inquérito, arquivado, e a procuradora nunca foi investigada. Na sexta-feira (30), a polícia encaminhou ao Ministério Público pedido de prisão preventiva de Vera Lúcia Sant’Anna Gomes por racismo contra as duas empregadas, que depois a denunciaram, e por tortura contra a menina de dois anos.

O Fantástico procurou a procuradora por meio de seu advogado e por três dias ele se negou a comentar as novas denúncias e diz que não sabe onde ela está. A Justiça deve decidir na próxima semana sobre a prisão preventiva da procuradora.

“Ficou constatada a multiplicidade das lesões. As lesões ocorreram em datas diferentes, em um período de 30 dias. Elas ocorreram diversas vezes, por meio cruel”, diz a delegada Monique Vidal.

Nenhum comentário: