O Brasil está mobilizando polícia federal, ministério público federal, ministério da justiça e quem sabe o Papa, para investigar um suposto tráfico de órgãos na Venezuela.
Jean Charles de Menezes foi morto por um erro da polícia britânica e a mesma mobilização foi feita contra a Inglaterra. O governo empenhou-se com todas as suas forças para que a Inglaterra pagasse pelo erro, quando que ao mesmo tempo, no Brasil, 13000 pessoas foram mortas pela polícia brasileira, sem que houvesse qualquer empenho do governo em elucidar estas mortes.
Quando o fato acontece fora do Brasil, torna-se um escândalo. Então o Brasil passa a ser o dono da moral e dos bons costumes - lá fora é claro.
O tráfico de órgãos existe no Brasil em larga escala. Em todos os estados há um grupo extirpando órgãos de pacientes vivos para comercializar, bem debaixo dos nossos narizes. Existe a máfia das próteses, a máfia das ambulâncias, a máfia do ponto eletrônico com dedo de silicone, a máfia do SAMU e a máfia das UTIs que desligam pacientes mediante propinas de empresas de planos de saúde. E não há qualquer movimento grande para impedir isso. Ao contrário! Tudo cai no esquecimento porque como toda máfia, há gente grande envolvida.
VOCÊ SE LEMBRA DA DRA. VIRGINIA QUE MATOU MAIS DE 1300 PACIENTES EM UMA UTI DE CURITIBA? NÃO NÉ?
Nos últimos 10 anos, 3 casos ocuparam os jornais timidamente, narrando assassinatos de pacientes para tráfico de órgãos e roubo de córneas. Há neste momento diversos médicos condenados em 2a instância que deveriam estar presos, como determinou o STF, mas encontram-se gozando a vida.
Mas o que incomoda o Brasil é o tráfico de órgãos na Venezuela. Por aqui, temos provas mais do que contundentes de que este crime existe. Na Venezuela, os corpos foram embalsamados e devolvidos ao Brasil, o que gerou toda a suspeita. Ora, corpo embalsamado é um vestígio de se esconder erro médico. Indícios de tráfico de órgãos é quando a presidente da câmara municipal de uma cidade, faz acordo com a polícia civil para não fazer necrópsias em doadores de órgãos. Isto sim é uma prova material de que tráfico de órgãos existe. E mesmo assim, nem a presidente da câmara e nem a polícia foram investigados!
Tudo isso ocorre com o apoio da imprensa. A imprensa esconde os casos no Brasil e faz um sensacionalismo com os casos que acontecem além de nossas fronteiras.
Eu tenho a leve impressão que a preocupação do Brasil seja a concorrência. Se a Venezuela tornar-se um centro de venda de órgãos como é o Brasil, passaremos a perder o mercado negro para o vizinho, e isto não é bom.
Repare no topo deste blog. Há um banner com a foto de 3 desembargadores e a acusação de que eles venderam uma sentença por 500 mil reais. Este fato já foi levado ao CNJ e sequer recebi uma resposta. Ninguém me processou, pois eu posso provar. Mas estamos preocupados com a Venezuela por ter embalsamado dois corpos, provavelmente escondendo erros médicos.
O Brasil é um país hipócrita. Alcólatras e drogados só podem tratar o vício quando admitem que estão viciados e querem se recuperar. O Brasil é o alcólatra drogado que só enxerga o vício dos outros e portanto não tem tratamento. Ele não quer se curar. É mais fácil apontar o dedo para os outros do que resolver o próprio vício.
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