Desembargadores comprados

Desembargadores comprados

sexta-feira, 1 de março de 2013

Confirmando. O CRM vai mesmo defender os medicos, independente do que diz a justiça.

O CRM-MG esteve em Poços de Caldas para "apurar" os fatos. Segundo o presidente do Conselho, uma comissao estara analisando o caso para dar um parecer. Ora, isto é verdadeiramente uma perda de tempo. Basta ver o comentario que um dos conselheiros fez no Facebook, para sabermos a "imparcialidade" destas apuraçoes.

Lembro que o Facebook é uma ferramenta aberta. O texto me foi enviado por um morador de Poços de Caldas que ficou indignado com este dialogo. O conselheiro do CRM abaixo, participava de uma discussao com medicos de Poços de Caldas.
Carlos Alberto Benfatti (...) tenho acompanhado de perto a situação dos colegas e a injustiça cometida, nao somente agora mas desde os fatos e a postura sofrível e perniciosa da mídia. Como conselheiro do CRM-MG afirmo a voce que estamos atentos na defesa da verdade e no amparo institucional dos colegas. Na sexta feira próxima o CRM-MG estará presente em Pocos de Caldas com todos seus delegados e conselheiros do Sul de Minas em apoio aos colegas juntamente com o presidente do conselho. Como professor na FMIt tenho esclarecido meus alunos de três turmas diferentes sobre a situação, inclusive a filha de um dos colegas. Considero por demais importante que todos nos médicos nos manifestemos na defesa e na procura incansável da verdade e da ética. Forte abraço.
Em um tribunal assim, quem nao é absolvido?

O post ja foi cuidadosamente eliminado, mas... eu tenho copias!!




Qual o motivo da comissao ir a Poços de Caldas? 

Eles estao preparando, em alta velocidade, um relatorio para ser entregue aos advogados dos medicos, para que juntem ao processo no julgamento em 2a instancia. Alias, a mesma manobra ja foi feita no passado, para inibir os inqueritos em andamento, e deram resultado. 




O que esta em jogo:
Questionado sobre o procedimento dos médicos condenados durante a retirada de órgãos, quando, segundo o juiz, eles  ministrariam medicamentos depressores do sistema nervoso central, o que segundo a Justiça, é vedado no protocolo de morte encefálica, conforme a resolução 1.480/97, o presidente do CRM foi enfático: “Esta conversa não tem valor científico algum. É algo dito por alguém leigo em medicina. O procedimento adotado pelos médicos tem respaldo. Os depressores do sistema nervoso central muitas vezes preservam a vida dos pacientes”, frisou.

Quem sao os leigos?


"O protocolo não estabelece um período mínimo entre a administração de drogas como o Dormonid e a realização dos exames, portanto, se aplicado com rigor, sim veta o diagnóstico de morte encefálica no caso de pacientes que tenham sido medicados com elas." Quem afirma isso é Luiz Alcídes Manreza, professor da USP, diretor do serviço de neurologia de emergência do Hospital das Clínicas de São Paulo e membro das câmaras técnicas de morte encefálica do CFM a do Conselho Regional de Medicina Manreza foi o relator do documento em questão, o protocolo de morte encefálica do CFM.

Sim! Entre os leigos esta quem escreveu a resoluçao e fazia parte da camara tecnica de morte encefalica do CFM.

"Não conheço nenhum protocolo de morte encefálica no mundo que exija um período inferior a 24 horas entre a administração de drogas depressoras do sistema nervoso central e os procedimentos para diagnóstico de morte encefálica", diz Manreza.

O chefe da UTI do Hospítal de Clínicas de Niterói, Paulo Cesar Pereira de Souza, concorda com Manreza. "Eu nem pensaria em iniciar o protocolo de morte encefálica antes de 24 horas após a suspensão de aplicação de qualquer droga depressora do sistema nervoso central, incluindo o Dormonid", assegura Souza.

Seriam estes os leigos a que se refere o Presidente do Conselho?


O que diz a resoluçao 1.480/97

Em caso de uso de drogas depressoras do Sistema Nervoso Central interromper o protocolo.

Caso o CRM-MG seja inocente os medicos ja condenados pela justiça em 1a instancia (e posso apostar a minha vida nisso pois sei que serao inocentados), estara assumindo que pacientes estao sendo testados para a morte encefalica sob efeito de depressores do sistema nervoso central e a resoluçao 1.480/97 perde a sua funçao de regulamentar o diagnostico. Passaremos a um vale tudo. Qualquer paciente sedado podera ser considerado morto e ter as terapias que poderiam salvar as suas vidas suspensas.


2a Instancia


A discussao sobre o que fizeram é dispensavel, uma vez que o processo ja dura 13 anos e esta recheado de provas, confissoes, depoimentos, auditorias e tudo mais. Trata-se portanto de uma decisao politica. Estao analisando o estrago que uma condenaçao destas provocaria no sistema de transplantes (Argumentos dos mafiosos), e obviamente, no maior problema que é o poder do nucleo politico desta quadrilha, que pesa até mesmo nos tribunais.

Esta movimentaçao do CRM instigando medicos a levantarem a voz, é uma amostra do que vem por ai. Ultimamente temos visto que a justiça nao é a ultima palavra. Basta lembrar que os medicos condenados em Taubate até hoje estao trabalhando com a proteçao do Conselho de Medicina de Sao Paulo, e ignoram os 17 anos de prisao a que foram condenados. 

Ao contrario do que alguns pensam, as leis nao sao iguais para todos os cidadaos. Ha aqueles que entendem que a lei é somente para os outros.

Seja qual o for a sentença final, o material produzido por esta condenaçao em 1a instancia ja revela muita coisa a respeito do que se passa na area de transplantes. 

Eles poderao até conseguir a absolviçao na 2a instancia, mas temos a certeza de que sera na mao grande.

Nenhum comentário: