Desembargadores comprados

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segunda-feira, 18 de março de 2013

Um pouco de historia nao faz mal a ninguem

Em agosto de 2002, o entao presidente da FHEMIG, Carlos Mosconi, em conjunto com o secretario de estado da saude de Minas Gerais Marcus Pestana anunciaram mudanças na area de transplantes de Belo Horizonte.  

Mosconi havia ha pouco sido nomeado como Superintendente da FHEMIG pelo governador Aecio Neves, e orgao passou a ser o "braço operacional da Secretaria de Saude do estado. Um dos primeiros atos, foi mudanças nos transplantes.


 Aumento de 50% nas doações de órgãos. É o que prevê a equipe do MG Transplantes, com a transferência da sede do Hospital das Clínicas para o Hospital de Pronto Socorro João XXIII, inaugurada na terça-feira, dia 05. Na solenidade – quando foi lançada uma campanha para estimular as doações de órgãos e tornar o diálogo sobre a questão um hábito entre os mineiros – o secretário de Estado de Saúde, Marcus Pestana, anunciou como meta desafio para a equipe do MG Transplantes a realização, em 2004, de 2.500 transplantes (foto acima).
A mudança do MG Transplantes se deve à necessidade de oferecer maior agilidade e qualidade nas doações de órgãos e assim aumentar os números, já que quase 70% das doações são feitas no HPS João XXIII, um dos maiores hospitais de urgência da América Latina. O João XXIII não irá realizar transplantes, mas ficará responsável por captar os possíveis doadores, a partir do momento em que for diagnosticada a morte encefálica. A operação de retirada dos órgãos poderá ser feita no HPS ou no hospital em que for realizada a cirurgia do receptor.
Segundo o secretário, seis meses depois a sede do MG Transplantes está funcionando no HPS, a Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) passa a ser o braço operacional da Secretaria de Estado de Saúde (SES) e o gerenciador do órgão
O presidente da Fhemig, Carlos Mosconi, comemorou a escolha do HPS como sede do MG Transplantes. “Aqui é o maior centro de possíveis doadores do Estado. Além disso, agora contamos com uma equipe de intensivistas que irá garantir a melhor qualidade dos órgãos por meio da manutenção adequada dos mesmos”, disse Mosconi. 
Para ele, falta de conhecimento e informações equivocadas fazem com que as pessoas deixem de doar órgãos. “A população mineira é muito solidária, só falta motivá-la corretamente e é isso que pretendemos com a campanha que está sendo lançada hoje”, completou. 
A felicidade nao durou muito. Em 6 de setembro de 2002, o Jornal o Estado de Minas, publicou uma reportagem que mostrou a realidade dos transplantes no Estado de Minas Gerais.


Fila dos rins sob suspeita - Oitocentas pessoas que aguardam na fila de transplantes de rim em Minas Gerais podem ter sido lesadas
gravemente no sistema de recepção do órgão e ter tido sua vida colocada em risco. Auditoria da Secretaria de Estado de Saúde, finalizada na quinta-feira à noite, identificou sérias irregularidades na realização de exames HLA, obrigatórios para a checagem de compatibilidade entre receptor e doador para a cirurgia de transplante de rins. Além da falta de ética médica, as denúncias apontam para duas possibilidades mais graves:

- desvio de dinheiro do SUS, já que os 800 exames foram feitos e pagos ao prestador de serviço – totalizando R$ 120 mil -, e

- beneficiamento de pessoas que estão na fila pelo transplante.

Os testes foram feitos no período de 1998 a abril de 2002, em 800 pacientes, em um dos dois laboratórios credenciados para o procedimento à época, em Belo Horizonte, no Sistema Único de Saúde (SUS). Foram constatadas quatro graves irregularidades: o laboratório deixou de enviar os resultados à Secretaria de Estado de Saúde (SES); dos 800 pacientes, vários apresentaram laudos diferentes se comparados a testes feitos anteriormente; exames exames de pacientes que não se conhecem nem são da mesma família apresentaram o mesmo resultado, o que estatisticamente é dificílimo; e cinco pacientes renais, que tiveram resultados do exame de HLA entregues à SES, declararam que sequer foram submetidos à coleta de sangue, ou seja, não fizeram o teste.


O secretário de Saúde, Marcus Pestana, fez o anúncio ontem e preferiu não divulgar o nome do hospital onde estava o laboratório responsável pelo exame, nem o nome de pessoas envolvidas, para não haver pré-julgamento ou acusações infundadas. “São fortes indícios de irregularidades, que serão apuradas por sindicância da Secretaria de Estado de Saúde. Já encaminhei ofício para o Ministério Público Estadual, para o Conselho Regional de Medicina e para a Polícia Civil, para que seja instaurado inquérito”, afirmou.

A Secretaria Municipal de Saúde pode ser acionada, já que estava sob sua responsabilidade o pagamento dos exames ao serviço credenciado. A Câmara Técnica de Rim, ligada aos procedimentos de transplantes no Estado, foi dissolvida ontem, pelo secretário, e deve ser recomposta o mais rápido possível. A função da Câmara é erguer protocolos clínicos sobre os procedimentos de transplantes de rim. Ela é composta por oito integrantes da sociedade e médicos da área de nefrologia.

“Não somos polícia e não vamos julgar ninguém. Mas quem agiu de má fé e sem ética vai ter que responder por isso. Divulgar essa denúncia que apuramos é uma forma de transparência em relação à sociedade. Nosso compromisso é com o usuário do SUS e com a comunidade de Minas”, completou Marcus Pestana.

Desde abril de 2002, a prestadora de serviços credenciada ao SUS não fazia mais os exames de HLA. Hoje, apenas um local presta esse serviço aos pacientes renais na capital. O coordenador do MG Transplantes, João Carlos de Oliveira Araújo, foi procurado pelo ESTADO DE MINAS para comentar sobre o assunto, mas não foi localizado.


Muito bem! O coordenador Joa Carlos Oliveira, afastado na epoca dos fatos é testemunha de defesa nos casos de Poços de Caldas. O caso acima, ao que tudo indica, foi arquivado, como é de costume. 800 pessoas tiveram suas vidas em risco, algumas até faleceram, mas ninguem encontrou nada! Nao ha noticias de qualquer puniçao a quem quer que seja. Tudo foi um grande equivoco, um grande engano.

Nao podemos falar em mafias nao é mesmo? Nao podemos sacrificar delegados, promotores, secretarios de saude, presidente de autarquias, laboratorios e muito menos medicos. Tudo aconteceu sem que ninguem soubesse de nada! Foi um erro.

Infelizmente algumas pessoas como eu, insistem no fato de que uma intervençao seria e federal fosse realizada naquelas regioes, pois os transplantes de orgaos por ali, parecem mesmo estar com pequenas imperfeiçoes que sao detectadas, mas nao existem autores e beneficiarios. Existem somente vitimas, mas que segundo algumas pessoas da area da saude, sao vitimas de suas proprias doenças.

O crime é sempre o mesmo: Desvio de dinheiro do SUS que paga por serviços nao prestados, e o desvio de orgaos na fila unica beneficiando apadrinhados politicos e amigos pessoais em detrimento da vida daqueles que tem os mesmos direitos, mas sao enganados.

E nunca! Nunca ninguem é punido e tudo é sumariamente abafado e arquivado.

Realmente. Nao podemos falar em Mafia.

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