Desembargadores comprados

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terça-feira, 21 de abril de 2009

Aborto, Eutanásia e Tráfico de Órgãos

 


Aborto e Eutanásia são praticados em série por médicos no Brasil. É fato e não lenda urbana.

Em 20 de julho de 2005, Hebe Camargo, Adriane Galisteu, Jorge Cajuru e Cacá Rosset estavam na TV. Eu nao lembro qual era o nome do programa, mas certamente era no SBT. No dia seguinte, nasceu a minha filha Cléo, por isso me recordo com segurança desta data. Em um determinado momento, surgiu o assunto eutanásia. Na verdade, o programa foi gravado em abril de 2005 e poderia ter sido editado, mas não foi. Para ler detalhes clique aqui.

Jorge Cajuru disse estar emocionado com a história "linda" que Hebe tinha para contar. E Hebe contou. Ela narrou - obviamente sem dar nome aos bois - que um médico, percebendo a situação da mãe de Hebe, ofereceu uma injeção para lhe dar uma morte agradável. Sem frescura, uma injeção letal. Uma eutanásia.

Hebe disse que o médico aplicou a injeção e sua mae foi apagando lentamente para nunca mais acordar. Sem frescura, ela foi assassinada pelo médico e com a permissão de Hebe, que assistiu tudo.

Assim como o aborto, segundo os defensores destes temas, as pessoas tem o direito de decidirem sobre suas próprias vidas. E um horrível engano. Num aborto a mãe decide sobre a vida do feto e não sobre a vida dela. Aliás, ela poderia ter evitado a gravidez se não desejava ter um filho. Poderia ter decidido sobre a vida dela.

Na eutanásia, a situaçao não é diferente. A familia afirma que deseja que o ente querido não sofra, mas no fundo eles estão cansados de cuidar de um idoso ou de um comatoso. A decisão novamente é sobre a vida do outro.

Hebe narrou um homicídio praticado contra a sua mãe da qual ela fez parte como expectadora, poupando o nome do médico. Se a história foi tão bela, seria interessante sabermos quem era o doutor morte desta história.

Num país sério esta revelação teria causado uma grande discussão nacional. No Brasil, tornou-se uma historia linda onde o Ministério Público (que tem o poder de apurar estes fatos), não teve qualquer interesse em descobrir quem era o médico.

Hebe não é a única. Isso acontece diariamente nos hospitais. Médicos se oferecem com frequência para "aliviar a dor e a agonia" daqueles que "precisam".


Na mesma esteira, estão os abortos - nem tão clandestinos assim. São feitos à luz do dia em clínicas conhecidas e ditas "especializadas". Os abortistas cobram caro por um aborto bem feito e dizem: "Se acha caro, faça com um destes açougueiros". Isso mesmo. Existem médicos de luxo e os açougueiros. Ambos fazem abortos, mas você pode escolher. Por isso há um movimento para que o aborto deixe de ser crime e não para que ele possa ser feito. Feito ele ja é. É preciso agora deixar impunes os abortistas e remunerá-los pelo SUS, e se possível, dar a sensação de "boa ação" ao procedimento, como se fosse um transplante.

Depois de escrever isso, por que tenho que acreditar que na área de transplantes, são todos honestos e éticos com cadáveres e potenciais doadores, se nao respeitam idosos, comatosos e fetos?

Num país como o Brasil onde o governo faz o que quer sem que ninguém os detenham, onde tudo é negociável, onde se pode comprar tudo e todos incluindo sentenças judiciais, e onde o corporativismo médico é descarado, devo acreditar que os transplantes - que são altamente lucrativos - são feitos com ética e transparência?

Quem são os médicos transplantistas? A raça pura? A raça ariana?
Como se dizia ser o Partido dos trabalhadores?

7 comentários:

Blondgril disse...

Em primero lugar, desculpe a introsão. Mas é facil falar quando não se passou por algo parecido, as coisas parecem muito bonitas e simples.
No caso do aborto, é simples quando as coisas acontecem quando não és obrigada a nada, não tens informação sobre nada (do tipo pilula do dia seguinte), ficas em depressão e não sais de casa. Quando dás conta já estás gravida, e não podes abortar. Sim, claro, o aborto devia ser permitido para casos sérios, e não para brincadeiras. Casos que deviam ser guiados pela justiça nacional.
No caso da Eutanasia, imagina, com 17 anos, ficas tetra-paraplegico, vives assim até ao fim da vida, vês os teus amigos a fazerem coisas que tu não consegues fazer, sentes te a atrapalhar a vida de quem cuida de ti. Se descobrisses uma maneira de acabar com esse sofrimento, tanto teu como da outra pessoa, não achas que acabavas?

Paulo Pavesi disse...

Entendi!

Um bebe fruto de sua irresponsabilidade deve ser morto para nao atrapalhar a sua felicidade, ja que voce nao estava "informada" sobre as consequencias de uma relaçao sexual sem cuidados. Poderia ser AIDS e nao um bebe. Que sorte heim? A AIDS voce nao escaparia, mas o bebe, voce pode matar.

Ja na eutanasia, vamos ver seus argumentos: 17 anos, ficas tetra-plegico, vives assim até o fim da vida, vês os teus amigos a fazerem coisas que tu não consegues fazer, sentes te a atrapalhar a vida de quem cuida de ti.

Eu acho que voce nao se deu conta. Reparou que esta dizendo que nada que possa atrapalhar a sua vida merece viver?

Um bebe ou um tetra-plegico podem ser pesos na sua vida, e por isso, voce é a favor de eliminar para o seu proprio bem. A realidade é esta.

Mas nao deve se preocupar com a minha opiniao. No Brasil hoje ela é isolada. A moda agora é eliminar aquilo que nao te interessa.

Boa sorte

Paulo Pavesi disse...

Ahhh... ia me esquecendo. Quando os seus pais ficarem idosos e voce tiver que pagar planos de saude, ajuda-los a se manterem, e nao puder mais ir para as baladas, o que vai fazer? vai mata-los tambem ja que a velhice é cheia de limitaçoes?

E quando voce casar e encontrar um velho amigo de escola que mantinha uma certa paixao? Seu marido sera um problema nao? O que vai fazer? mata-lo?

A vida é bastante simples do seu ponto de vista. Basta eliminar tudo o que nao deseja!

Blondgril disse...

Falei no caso de uma violação, imagino o quanto que deve ser doloroso, teres um bebe da pessoa que te violou, e sempre que olhares para a criança, recordares esse episodio horrivel.
No caso da eutanasia, não não mataria ninguem, porque em primeiro lugar, nenhum ser humano tem direito de matar o outro,mas escolhia sim matar-me se eu fosse um estorvo. Creio que uma ceringa é muito menos dolorosa, do que cometer o suicidio atirando te de um predio.
A ideia da vida é procurar-mos a felicidade, e por vezes os caminhos não são faceis.
Não sei como é a vida aí no Brasil, nunca fui aí, sou Portuguesa.

Blondgril disse...

ahhh... e se fossem os meus pais a decidir que se queriam matar, se estivessem bem de saude mental, eu não os ia impedir, era uma decisão deles, e por mais dolorosa que fosse, só teria de aceitar. No caso do meu marido, creio que só me casaria com ele, se estivesse certa que era isso que eu queria, por isso nenhuma paixão antiga iria interferir.

Blondgril disse...

é bom debater com você, sou uma jovem aluna estudande de filosofia, e estes temas ainda não foram muito debatidos na aula.
Assim se um dia chegar a acontecer debate, será muito mais interessante estando dentro do assunto.

Paulo Pavesi disse...

(1) Para os casos de violaçoes (estupros) ou algo que coloque a vida da mae em risco, praticamente em todos os paises é permitido o aborto. Logo, este nao seria um problema. Quanto a eutanasia, eu sou completamente contra pois existem milhares e milhares de casos onde uma pessoa esta em coma e é capaz de ouvir, sentir e pensar embora nao consiga sequer mover um dedo. Se fosse permitido, caberia a esta pessoa decidir morrer ou nao, e nao a outra pessoa da familia. Destes milhares de casos, muitos conseguiram voltar do coma sem qualquer sequela e sao felizes hoje em dia. Se a eutanasia fosse permitida e decidida pela familia, nao se salvariam. Sorte sua nao saber como é a vida no Brasil. Nao vale a pena saber.

(2) Nao falei dos seus pais no sentido de eutanasia. Eu disse que pela sua logica, quando seus pais precisassem de assistencia, voce os colocaria num asilo ou clinica para idosos pois seria um "peso" na sua vida. Quanto ao casamento, eu apenas dei um exemplo. Pode ser outro motivo que a leve a separaçao. Por mais certa que voce estivesse sobre a decisao de se casar, nao ha qualquer garantia que de certo e que nada aconteça. Por isso hoje existem milhoes de pessoas divorciadas que acharam um dia que so casariam quando tivessem realmente certas do que queriam.

(3) Espero que tenha um bom debate!