Para ler mais sobre este assunto, acesse: Desvendando a farsa de Drauzio - Parte I
Drauzio Varella demonstrou em seu primeiro episódio da série sobre transplantes, que o diagnóstico de morte encefálica, fundamental para os transplantes, é simplesmente ignorado. É inútil e não serve para nada.
Médicos não estão preparados
“Os médicos, de modo geral, não sabem fazer o exame neurológico. O cara tem o título e não sabe fazer o exame. Tem neurocirurgião e neurologista que não sabem fazer. Aí, você imagina os outros, os clínicos. É um negócio muito mais profundo. É um problema de formação. Começa na formação”, comenta o neurocirurgião Dr. Jéferson Júnior.“A maioria dos cursos de medicina não contempla esse tema no currículo regular, no seu currículo regular”, afirma o neurologista Dr. Pedro Antônio Pereira.
Ou seja, eles não aprendem nada sobre o diagnóstico numa faculdade. O diagnóstico que é algo tão sério, não é ensinado! Mas você deve confiar no médico, porque os transplantes não podem parar.
Drauzio Varella - Ao longo da tua carreira, você acha que os médicos - não os especialistas, mas os médicos de um modo geral - recebem uma formação adequada? Eles estão a par desses detalhes todos que cercam a morte cerebral?Dr. Eduardo Mutarelli, neurologista e professor da USP – Eu posso falar da faculdade de medicina. Eu sei que na faculdade de medicina da Universidade de São Paulo a gente tem até, em partes da aula de coma, como se faz o diagnóstico de morte encefálica. Mas é um pedaço de uma aula. Os alunos hoje têm que aprender tantas coisas, no sentido de salvar e de curar. Então, é possível que um não neurologista se sinta muito inseguro de orientar e discutir essa possibilidade de morte encefálica.
"... a gente tem até, em partes da aula de coma, como se faz o diagnóstico de morte encefálica. Mas é um pedaço da aula." Apenas um pedaço da aula. Nada importante. Banal. E os transplantadores afirmam que o diagnóstico de morte encefálica é seguro! E você, candidato a doador, acredita.
Talvez seja por isso que centenas de pessoas estão acordando durante o seu próprio funeral.
Procure pelo google notícias sobre pessoas que acordam durante o seu funeral e supreenda-se com a quantidade de relatos. Por sorte, eles não foram doadores, pois se fossem não acordariam uma vez que estariam sem os órgãos internos.
Um estudo feito com médicos intensivistas em Porto Alegre, em 2006, concluiu que 16% desconheciam o conceito de morte cerebral. E 29% não foram capazes de determinar a que horas o cérebro parou de funcionar, e 53% não se consideram seguros para explicar para a família o que significa a morte do cérebro.
Vejam: 16% desconheciam o conceito morte cerebral (e por consequência encefálica - que é a importante - também). 29% não foram capazes de determinar o conceito de morte cerebral (e por consequência também a encefálica). E por último 53% não se consideram seguros para explicar a família o que significa a morte do cérebro, mas apesar de tudo isso, eles dizem: DOEM ÓRGÃOS, é extremamente seguro!
“O nosso estudo, então, mostrou que o conhecimento sobre o tema morte encefálica é insuficiente entre os profissionais que atuam diretamente com esses pacientes”, aponta o médico intensivista pediátrico Dr. Alaor Schein, autor da pesquisa.
O estudo comprova: o conhecimento sobre o tema morte encefálica é insuficiente. Mas os transplantes não podem parar. Veja agora o que diz Drauzio Varella.
Quando dizemos que há médicos inseguros sobre o diagnóstico de morte cerebral, isso não quer dizer que algum órgão pode ser retirado de uma pessoa ainda com vida. Não existe a menor possibilidade, em hipótese alguma. Identificar ou não a morte cerebral não muda o destino de ninguém. A pessoa já está morta. O problema é que, sem fazer o diagnóstico, a oportunidade de doação de órgãos está perdida.
Entendeu? O diagnóstico não serve para nada. Segundo os médicos que desconhecem o critério de morte encefálica e não sabem sequer explicá-la, já assumiram que a pessoa está morta, mesmo sem que seja submetida a um diagnóstico tão importante e que ninguém sabe fazer. O diagnóstico deve ser aplicado só para efeitos de transplantes, e livrar os médicos de ações de homicídio. É uma forma de colocar no papel que o paciente está morto e que a família concorda. Nada mais do que isso.
Em Taubaté e Poços de Caldas, as análises de prontuários de mais de 20 pacientes doadores, constatou-se que seus órgãos foram retirados quando ainda estavam vivos. Os processos de homicídios gerados por estes prontuários foram abafados pela rede de transplantadores para que Drauzio pudesse falar que isso é impossível. A inteligência dos doadores está sendo ignorada e tolhida. Dizer que ninguém sabe ao certo como é o diagnóstico de morte encefálica e em seguida afirmar que ele não serve para nada, e ainda que a morte é um processo seguro de se diagnosticar é duvidar da capacidade intelectual de um doador.
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