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quarta-feira, 22 de abril de 2009

Paulinho: Retirada de órgãos sem morte encefálica.

Após a anestesia geral, teve início o procedimento cirúrgico para a retirada dos órgãos de PAULINHO, que ainda estava vivo. O médico CELSO ROBERTO FRASSON SCAFI confirma isto anotando no relatório de descrição da cirurgia para retirada de órgãos que PAULINHO estava sem M.E. conforme pode ser verificado na imagem do documento abaixo:



A frase escrita na primeira linha é:
“PACIENTE EM DECUBITO DORSAL HORIZONTAL SEM MORTE ENCEFÁLICA”

Segundo a entrevista publicada pela Revista CartaCapital em 8 de maio de 2002, o delegado da Polícia Federal CÉLIO JACINTO DOS SANTOS afirmou que o médico CELSO ROBERTO FRASSON SCAFI tentou explicar a anotação. SCAFI disse que escreveu "COM" e que aquilo parece um "SEM" porque sua letra seria "muito feia". A Polícia Federal no entanto curiosamente preferiu acreditar na resposta dada por SCAFI e sequer solicitou uma perícia grafológica para esclarecer o assunto. Porém, a revista CartaCapital ao observar o documento, decidiu consultar o perito Sebastião Edison Cinelli, que comparou a descrição com outras anotações feitas por SCAFI no mesmo documento e garantiu que ali está escrito "SEM", e não "COM", ME.

A prova desprezada pela Polícia Federal desvenda uma triste realidade. Se os órgãos de PAULINHO foram removidos "SEM M.E.", podemos afirmar que estamos diante de um homicídio. Estas informações aliadas à outras contidas no mesmo prontuário, como por exemplo o uso de anestesia geral para a remoção de órgãos, também comprovada por suas próprias anotações, bem como o desaparecimento das arteriografias e tomografias, compõem um conjunto probatório imbatível e completamente ignorado pelas autoridades brasileiras.


Na imagem acima, destaco uma das comparações feita por Cinelli utilizando o mesmo documento. Podemos observar o uso da letra “S” na 1ª. linha: “SEM M.E.” e também na 5ª. Linha onde está escrito “SUPRA RENAL”.

Ao depor na CPI DO TRÁFICO DE ÓRGÃOS Scafi mudou a versão.
CPI DO TRÁFICO DE ÓRGÃOS- 06/07/2004
Depoente: Celso Roberto Frasson Scafi

SR. DEPUTADO PASTOR PEDRO RIBEIRO – (...) Outra coisa, PAULO VERONESI PAVESI, o garoto que chegou para ser transplantado, o senhor afirmou, satisfazia o quadro de alguém com morte encefálica para ser operado. Esse processo vem-se arrastando há algum tempo, inclusive o senhor já foi ouvido, mais de uma vez, pela Polícia Federal, pelo Ministério Público. O senhor já tem respostas. Mas eu queria, nesta hora, nesta CPI, ouvi-lo dizer como é que se explica, quando o senhor emitiu um documento — vou citar este daqui, porque há mais de um: "Descrição do ato cirúrgico. PAULO VERONESI PAVESI. Categoria: SUS." O primeiro item que o senhor coloca é: "Paciente (...)" — eu não entendo o que vem antes — "(...) sem ME". Quando lemos ... inclusive o senhor colocou "ME" com letra maiúscula. Significa que ressalta o significado do "ME". Tem sido decodificado, entendido por todos, até pela imprensa, e creio que o senhor mesmo já admitiu, em várias oportunidades, que "ME" é "morte encefálica". Só que, antes do "ME", "morte encefálica", está "sem morte encefálica". Doutor, havia dúvida no quadro? O senhor enganou-se quando escreveu? Ou a criança estava viva?

O SR. CELSO ROBERTO FRASSON SCAFI – Não. Reforçando o que eu disse anteriormente, em nenhuma vez — e essa também não foi diferente — eu entrei em qualquer retirada de órgão onde houvesse qualquer dúvida quanto ao diagnóstico. Repetindo para o senhor, essa também não foi diferente. A gente tinha toda a documentação, como citei, escrita, assinada e carimbada pelo neurologista, está certo? com as radiografias realizadas, está certo?, como manda o protocolo, está certo?. Aí, onde na verdade se lê ou pelo menos a impressão aqui existe a palavra "sem", na verdade, a intenção é escrever "em morte encefálica". Provavelmente pelo próprio escrever ali, isso possa ter dado essa impressão, principalmente depois que esse instrumento foi "xerocado" várias vezes. Mas reafirmo que, primeiro, não escrevi a palavra "sem". Eu não tinha nenhum desejo em escrever a palavra "sem". Os documentos afirmavam que a criança já tinha morte encefálica, senão não seria realizada a retirada de órgãos. E inclusive, eu só gostaria de ressaltar para o senhor, até tentando tomar um "pouquinho" mais de zelo, que eu tento completar a descrição com o rodapé. Se o senhor me permitisse aí, não sei se fica legível no xerox, onde coloco que "a retirada, após o diagnóstico de morte encefálica, segundo Conselho Federal de Medicina e autorização prévia da família" ou o sentido um pouco ... Se o senhor me permitir, posso ler?

O SR. DEPUTADO PASTOR PEDRO RIBEIRO – Pois não.

O SR. CELSO ROBERTO FRASSON SCAFI – Aqui, onde eu escrevo aqui embaixo. "Após diagnóstico, segundo o Conselho Federal de Medicina, de morte encefálica, mais autorização prévia da família, realizada a retirada de múltiplos órgãos". Está certo?
O urologista CELSO ROBERTO FRASSON SCAFI, inventor da máquina copiadora que insere letras em documentos, afirma que tão evidente estava a morte encefálica que fez questão de inserir no mesmo documento, no rodapé da página, um texto onde demonstra toda a atenção destinada ao assunto. A preocupação de Scafi em anotar tal texto cujas letras estão em sentido diferente ao restante do documento, certamente colaborou para que a máquina de xérox errasse.

Se Scafi tivesse certeza da comprovação da Morte Encefálica, ele não precisaria escrever no rodapé da página algo que deveria estar escrito no 1º item do documento. SCAFI poderia iniciar a cirurgia descrevendo:
1) Paciente em DDH com M.E. segundo resolução...
SCAFI escreveu no rodapé que a morte foi constatada conforme resolução do conselho de medicina, porque só havia sobrado aquele espaço no documento, depois que PAULINHO teve os órgãos retirados.

Para saber detalhes do caso Paulinho leia:

A história de Paulinho narrada em 2002 pela CartaCapital - A matéria mais completa e honesta já publicada sobre o caso.
Remoção de órgãos de Paulinho com anestesia geral - O Anestesista classificou Paulinho como vivo antes de administrar Etrane (anestesia inalatória). Ele mentiu para a polícia federal, para o ministério público federal, mas foi desmentido publicamente durante a CPI. Ele me processou por chama-lo de mentiroso e fui condenado a indenizá-lo, uma vez que o processo correu em Poços de Caldas, berço da máfia.

Avaliação neurológica comprova: O estado de saúde não era grave. - Documentos que constam nos autos, comprovam que Paulinho foi levado ao hospital e sua primeira avaliação neurológica não era grave como dizem os médicos para se defenderem.

Exames fraudados com ajuda de procuradores federais e ministério da saúde. - Em um esquema montado dentro do gabinete do Ministro José Serra, Carlos Mosconi - o chefe da máfia - era informado a cada passo sobre os documentos obrigatórios que não foram entregues à auditoria. Mosconi repassava a informação para os assassinos que forjavam os papéis. Depois, estes documentos eram levados ao Ministério da Saúde e entregues ao procurador José Jairo Gomes. Este último encaminhava os mesmos ao delegado da polícia federal Célio Jacinto do Santos, que anexava ao inquérito como sendo documentos "originais". Veja alguns destes documentos. Nenhum médico responde ou respondeu por falsificação de documentos.

Sem Morte Encefálica. - Foi assim que o médico e assassino Celso Roberto Frasson Scafi descreveu o estado de saúde de Paulinho, minutos antes de lhe retirar o rim. Scafi escreveu de próprio punho que Paulinho estava SEM MORTE ENCEFÁLICA, porém, como é sócio de Carlos Mosconi, seu nome foi excluído do rol de acusados. Scafi estava indiciado pela polícia federal pelo crime de retirada ilegal de órgãos, e foi inserido em uma equipe da UNICAMP (ainda quando estava indiciado) para continuar realizando transplantes em Campinas, pelo Ministério da Saúde.

Asilo Humanitário - Você não verá isto na imprensa brasileira. O caso Paulinho está proibido de ser divulgado, exceto se for para inocentar (ainda mais) os assassinos.

6 comentários:

Dois em Cena disse...

Paulo, fiz um teste aqui em casa. Todas as 3 pessoas que viram a imagem leram, sem nenhuma dificuldade SEM. Quando mostrei o seu post, levaram um susto.
Eu, meu amigo, sinto tanto e sinto mais ainda quando sei que ninguém , além do Paulinho e de sua família, pagou ou paga pelo que fez.
Estou sempre a sua disposição. Para qualquer coisa.
Um abraço em todos.
Lígia L. Ramos

Anônimo disse...

Convivemos com monstros, nossa sociedade só pensa no dinheiro. Desejo que os culpados pela morte de um inocente estejam presos, isto é, se houver JUSTIÇA neste país de corruptos e criminosos.
Quando este pais vai mudar? Quando destruiremos estes corruptos avarentos? Quando a Sociedade terá direito a uma saúde digna, sem médicos monstros? Será tudo isto utopia?

Anônimo disse...

O mais revoltante é saber que infelizmente isso não vai dar em nada. Moro em Poços de Caldas e aqui é uma corrupção generalizada, a gente não consegue nada se não for "alguém", se não tiver um "QI" (quem indica). Sinto pelo seu filho mas esse país é uma vergonha, não é um país sério...

Anônimo disse...

O senhor está comentando um grave erro. Conheço Dr. Celso. É uma pessoa boa, de caráter, excelente médico, jamais faria retirada de órgãos de uma criança viva. Quem retira os órgãos não discute o diagnóstico de morte encefálica, o cirurgião somente vai retirar os órgãos se este diagnóstico estiver firmado. Lamento sua perda e compreendo sua dor, mas o senhor pode estar causando dor a outras pessoas injustamente. Pense nisso. Fique em paz e que Deus lhe conforte e lhe dê sabedoria.

Paulo Pavesi disse...

ahhhh bom... Vamos pedir para cancelar tudo.. CPI, auditorias, sentenças judiciais, meu asilo e quem sabe ressucitar as duas testemunhas assassinadas. Pena que voce nao apareceu antes. Tudo isso seria evitado. Mas aimda da tempo. Procure o promotor e explique isso. E quanto ao SEM M.E. vamos ignorar tb?

Elis disse...

O anestesista classificou no relatório anestésico ASA 5, significa paciente com possibilidade de óbito, poucas chances de recuperação. Morte encefálica é ASA 6. Contra provas não há argumentos, assassinos cruéis e quem defende é cúmplice. Mataram uma criança inocente, que estava consciente após a queda, segundo informou o zelador de plantão na ocasião do acidente. Sabe - se lá as doses de medicamentos que usaram, coma induzido...