Desembargadores comprados

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terça-feira, 30 de setembro de 2014

Genocídio em São Paulo com a benção de autoridades

A Santa Casa de São Paulo acaba de anunciar uma dívida de mais de 433 milhões de reais. O patrimônio líquido da entidade que era de 220 milhões de reais, agora é de pouco mais de 300 mil reais.

E este pequeno rombo, dizem as autoridades, não sabiam de nada! Basta uma visita ao hospital, a qualquer hora do dia, para se perceber que alguma coisa está errada. Basta que um promotor de justiça fiscalize (faça a sua obrigação) para saber se as contas estão em dia. Parece que nem mesmo o Ministério Público, diante de tantas notícias sobre o descaso da saúde, teve o interesse em checar o balanço do hospital em qualquer momento.

No último dia 15 de setembro, o superintendente e o tesoureiro deixaram os cargos após a Folha de S.Paulo divulgar que dirigentes do hospital chegaram a receber R$ 100 mil à título de "consultoria" de empresas fornecedoras do hospital. Consultoria?? Ou seria uma comissão do dinheiro desviado. 

Ahhh... sim... A imprensa, como sempre, pega leve. Finge que a quebra do hospital se dá por dificuldades financeiras, quando na verdade, o hospital está sendo roubado. E este roubo traz outros números que a imprensa também não quer saber. Basta dizer que apesar do rombo divulgado, ninguém foi preso ou detido para averiguações. E se alguém for processado, já sabe que não vai dar em nada. 

A crise vem dando sinais claros desde 2005, mas só agora, quase 10 anos depois, é que resolveram fazer alguma coisa. Os desvios de verbas são frequentes. alguns médicos possuem salários muito acima da média. Estamos falando de um verdadeiro matadouro.

As consultas e cirurgias caíram drasticamente nos últimos anos, e em compensação, o número de pessoas mortas, cresceu assustadoramente, comparados com outros hospitais. Esta é a receita da morte. Muito dinheiro nas mãos de vigaristas. 

Estamos falando de verdadeiro genocídio, que parece pouco importar a população paulistana. Eles acreditam que isto são apenas números e não vidas humanas. Além disso, o que são vidas humanas? Quanto vale isso? Ora... não valem nada. O índice de mortalidade na Santa Casa cresceu de forma alarmante, e nem assim, preocupou os saqueadores do sistema. Afinal, quem recebe propina, quando precisa de médico vai ao Sírio Libanês, onde é muito bem tratado.

A situação é lastimável. O dinheiro público desviado causa centenas de óbitos por mês e os saqueadores utilizam este dinheiro para tratarem-se em hospitais de primeira linha. O morto acaba pagando a conta do vivo. 

Enquanto houver papel higiêncio, o brasileiro ficará
tranquilo. Acima de tudo o próprio cú.
A corrupção é generalizada. Qualquer fornecedor enche os bolsos de dinheiro pagando propinas a administradores. O problema é que a corrupção chegou a níveis tão alarmantes, que nem mesmo os fornecedores estão recebendo suas partes. E quando isto acontece, tudo estoura. 

A surpresa está em ver a inércia do poder público. Não há uma só ação proposta pelo Ministério Público para conter os desvios. Ao contrário. Há um silêncio mórbido dentro do MP. O órgão que prometeu que não haveria mais corrupção se a PEC 37 fosse rejeitada, revela que tudo era uma grande mentira. A PEC foi rejeitada e o que se vê é a mais profunda corrupção na história do país, a ponto de faltar esparadrapo em hospitais.

E quando eu falava que a PEC 37 era um apoio para a corrupção, fui criticado. Muito bem! E agora MP? O que é preciso para que vocês acabem com esta sujeira? Estão esperando proprina de alguém? Alguém vai bancar a impunidade mais uma vez? O brasileiro vai pagar mais esta conta agora? 

O brasileiro, por sorte, é otimista! Está preocupado se o Brasil será um país bolivariano comunista e sempre cita a falta de papel higiênico na Venezuela, como símbolo desta conversão. Não caro brasileiro. Vocês nunca ficarão sem limpar a bunda. O problema está sendo - por enquanto - tapar as feridas sem gaze, algodão e esparadrapo.

Talvez seja esta a explicação para tantos desvios de dinheiros públicos: O brasileiro só está preocupado com o seu próprio cú. Enquanto houver samba, futebol, cerveja e obviamente, papel higiênico, ninguém precisa se preocupar.

Mas não devemos desanimar. Há pelo menos um brasileiro empenhado em mandar mais dinheiro para as Santas Casas. O sonegador de impostos e fraudador de hospitais, Carlos Mosconi. 




Um comentário:

Anônimo disse...

A roubalheira é geral nesses hospitais privados. Os recursos são,quase na totalidade, públicos.