O gordinho da foto é o João. João Alberto Góes Brandão e sua esposa. Ah, na foto também tem o cachorrinho tomando água mineral no colo. Que casal incrível! Se João cuida assim de cachorro, imagine como cuida de pacientes.
João estava preso por ter participado de alguns homicídios, mas agora já está solto. O psicopata está de volta às ruas, e prometo que em breve vou descobrir em detalhes a história muito interessante sobre a transferência de presos. João não se deixa intimidar. É valente. Foi ele que atendeu Carlos Henrique Marcondes quando o mesmo suicidou com 2 tiros (hahahahahaa). Desculpem-me pela risada, mas é tão estúpido que eu não consigo parar de rir.
Agora vamos conhecer a história do Sr. José Alexandrino Apolinário. Este sr. fez o depoimento reproduzido abaixo, para o Ministério Público em Belo Horizonte. Infelizmente esta testemunha não está mais viva. Ele foi assassinado. Mas quem vai investigar?
que à época dos fatos, abril de 2002, o depoente residia na Fazenda Recreio, município de Poços de Caldas; que dita fazenda ficava próxima ao bairro Bortolan, na descida da serra, a cerca de 02 km do citado bairro; que conhecia a vítima Carlos Henrique, vulgo “Carlão”, com quem tinha certa amizade; que Carlão era um homem forte, que cuidava bem da saúde e fazia exercícios; que o depoente sempre via Carlão correndo pela estrada, de sua residência até o local de trabalho, fazendo exercícios, ida e volta; que raramente Carlão usava o veículo automotor; que o depoente tinha certa amizade com Carlão e já tinha conversado com o mesmo, que era uma pessoa alegre e bem sucedida; que Carlão sempre tratou o depoente muito bem; que sempre que o depoente vinha da roça e via Carlão correndo lhe oferecia uma carona, a qual era sempre recusada, já que Carlão gostava de correr; que à época dos fatos era voz corrente na cidade que a Santa Casa passava por dificuldades financeiras e Carlão era o Diretor daquele nosocômio, cargo que exerceu por cerca de 15 anos; que o depoente nos contatos que teve com Carlão nunca percebeu qualquer sinal de depressão ou desânimo; que na visão do depoente Carlão não tinha tendências suicidas; que no dia dos fatos, por volta de 05h30 da madrugada, estando o dia amanhecendo, o depoente passou com seu carro, uma GM Caravan de cor branca, pela estrada onde se deram os fatos, ocasião em que visualizou a seguinte cena: ao sair da curva, percebeu que a via estava fechada com pedras, estando o carro do Carlão no acostamento, parado; que havia mais dois carros, ambos de cor preta, um deles, com certeza absoluta, era um veículo da Polícia Civil, o que pôde perceber inclusive pela placa, embora não tenha anotado o número; que o depoente tentou dar ré para deixar o local, mas um dos presentes, estando em via pública, apontou uma arma para o depoente e mandou que parasse o veículo; que tal indivíduo, ainda com o depoente dentro do veículo, colocou a arma que portava dentro da boca do depoente e o ameaçou, afirmando que “o que iria acontecer com você é o mesmo que vai acontecer com aquele outro”, referindo-se a Carlão, mas como o depoente mora na roça e é um bobo, bastaria um susto, como deve ter pensado; que tal indivíduo exigiu a identidade do depoente, que lhe mostrou sua CTPS e afirmou que morava na zona rural, na Fazenda Recreio; que então determinou que o depoente fosse embora e não abrisse a boca ou seria morto, já que sabiam quem era e onde morava; que o depoente assim fez, após retirarem as pedras que bloquearam o caminho; que nesta ocasião o depoente visualizou três indivíduos, além de Carlão; que um deles era o que o ameaçou com arma de fogo, o outro estava em pé na estrada e o terceiro estava sentado no banco do passageiro ao lado do Carlão, no carro deste, que ainda estava vivo; que todos estavam armados, como pôde perceber o depoente; que Carlão tentou sinalizar alguma coisa para o depoente, mas o depoente nada pôde fazer, já que “afinal, o que podia fazer? Chamar a polícia, sendo que o carro da polícia já estava lá?”; que então o depoente deixou o local, já que percebeu que se tratava de uma emboscada; que o depoente desceu a via por alguns minutos e retornou ao local a pé, ficando no meio dos eucaliptos, escondido; que de onde estava conseguia visualizar tudo muito bem; que os agentes não viram o depoente no local; que então o depoente visualizou a seguinte cena: que o agente que estava do lado do Carlão efetuou dois disparos para o lado de fora com a arma que portava; que então colocou a arma na mão do Carlão, introduziu o cano em sua boca e efetuou um disparo; que Carlão não reagiu, até porque os outros estavam perto e armados; que após a execução, limparam o carro e a mão do Carlão, “deram uma geral”; que então retiraram as pedras, jogando-as no meio do mato e foram embora nos dois veículos, como se nada tivesse acontecido; que após os agentes deixarem o local, o depoente também dali saiu; que o depoente não se aproximou do veículo, já que inclusive estava ameaçado; que o depoente foi à cidade e voltou para a fazenda; que ao passar pelo local, ali estava a polícia, funerária, perícias, o Delegado Vinhas e curiosos; que o depoente parou um pouco para ver, mas Carlão já tinha sido retirado do local; que neste momento pensou em chamar a polícia e contar o que viu, mas não teve coragem, já que temia por sua vida; que inclusive, no mesmo dia da morte de Carlão, um bilhete foi deixado sob a porta de sua casa, possivelmente durante a madrugada, já que o achou na manhã seguinte, com a seguinte frase: “Se abrir a boca morre. Boca fechada não entra mosquito”; que o depoente nunca depôs a respeito formalmente anteriormente, já que se sentiu intimidado; que ficou sabendo que o inquérito foi arquivado pela polícia por suicídio; que dos três executores que estavam no local e mataram Carlão, o depoente reconheceu um deles, como um médico que trabalhava na Santa Casa e se chamava Dr. João Brandão ou coisa parecida; que não conhece os outros dois; que após os fatos, o depoente deixou a fazenda e se mudou para a cidade de Poços de Caldas, onde foi trabalhar na Prefeitura; que posteriormente foi escalado para dirigir a ambulância do município, que à época não contava com o SAMU; que cerca de uma semana após a morte de Carlão, foi levar um paciente à Santa Casa, na direção da citada ambulância, um funcionário da Santa Casa, de quem não sabe o nome, o reconheceu como a testemunha da morte de Carlão e novamente o ameaçou, dizendo: “você aqui de novo? Você está sabendo o que aconteceu e o que vai acontecer com você se você abrir a boca.”; que os autores descobriram na Prefeitura o novo endereço do depoente lhe mandaram outro bilhete ameaçador com os mesmos dizeres; que o depoente não guardou os bilhetes, jogando-os fora; que o depoente tem fortes suspeitas que dito funcionário era mancomunado com a quadrilha de tráfico de órgãos que existe na Santa Casa; já que visualizou a retirada de órgãos de outro paciente; que o paciente que levou para atendimento também faleceu, mas não estava em estado terminal, na visão do depoente: que acredita que tal paciente foi assassinado para retirada dos órgãos; que posteriormente ficou sabendo que o funcionário que o abordou era quem matava os pacientes, o que inclusive foi visto pelo depoente; que tal funcionário entrava no hospital por volta de meia noite, uma hora da manhã para este tipo de serviço, ou seja, matava pacientes para retirada posterior de órgãos; que dito funcionário aplicava uma injeção na veia do paciente e este falecia; que o depoente sabia que substância era aplicada, mas esqueceu o nome; que um dia escutou em uma conversa o nome de tal remédio; que tal funcionário não mais se encontra na Santa Casa; que ficou sabendo do processo-crime que tramita em desfavor de várias pessoas da Santa Casa por tráfico de órgãos; que realmente acontecia tal fato na Santa Casa e atualmente estão tentando “tapar o sol com a peneira”, escondendo o ocorrido; que o depoente viu tais fatos, inclusive com cadáveres “abertos” e retirada dos órgãos; que o depoente tem muito receio de que os envolvidos saibam do presente depoimento, já que faz hemodiálise e pode facilmente ser morto; que na morte de Carlão houve envolvimento de médicos e policiais; que o depoente nunca narrou os presentes fatos a ninguém, por temer por sua vida; que também nunca procurou a polícia; que recentemente, desgostoso com o arquivamento feito pela polícia civil, que deu o caso por encerrado como suicídio em uma entrevista do Dr. Vinhas, sendo que houve inclusive envolvimento de policiais, o depoente contou o que viu a um jornalista de nome José Carlos Silva, a quem pediu sigilo; que resolveu narrar os fatos a esta Promotoria, mas como dito, teme por sua vida se este depoimento se tornar público; que se houver garantia de segurança, o depoente perfeitamente perante a autoridade judiciária, em autos de eventual processo-crime vindouro; que cerca de um ano depois o depoente deixou a Prefeitura em virtude de novas ameaças, também por bilhetes ameaçadores deixados em sua casa; que atualmente o depoente está aposentado e faz tratamento de saúde devido a problemas renais; que acredita que futuramente terá que sair de Poços de Caldas; que nada mais disse”.
2 comentários:
Sociopata ou psicopata?
A testemunha morreu pouquíssimo tempo depois de depor, mais uma vez, na polícia.
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