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quarta-feira, 15 de julho de 2015

Mosconi é investigado sob o manto sagrado do sigilo

Caros leitores, brasileiros do bem. Este post é para falar de um protegido das autoridades mineiras. Um sujeito que durante vários mandatos, participou de diversas falcatruas para obter mais dinheiro e poder. E deu certo! Poder é algo que lhe sobra. Dinheiro também!

Carlos Mosconi. A Madre Tereza do Sul de Minas
Trata-se do mentor e chefe intelectual da Máfia do tráfico de órgãos de Poços de Caldas, o excelentíssimo ex-deputado federal, estadual, assessor especial de governador e por ai vai, Carlos Eduardo Venturelli Mosconi.

Durante 15 anos venho denunciando a sua participação no esquema, que ele nega veementemente, apesar das provas incontestáveis, tais como testemunhas e a própria ABTO, que publicou em uma de suas edições reportagem em que aparece o nome deste denunciado. Mas ao contrário de países sérios, ele nunca é investigado. Ou nunca era.

A revista CartaCapital trouxe em três edições o nome de Mosconi. Em 2002, a reportagem relata a relação e troca de oficios entre Mosconi e José Serra. Recentemente, a revista foi mais contundente. Com o título "Um Feliciano piorado na Assembléia mineira", a reportagem, em resumo, dizia o seguinte:
O nome de Mosconi apareceu na trama em 2004, durante a CPI do Tráfico de Órgãos. Convocado pela comissão, o delegado Célio Jacinto, responsável pelas investigações da Polícia Federal, revelou a existência de uma carta do parlamentar na qual ele solicita ao amigo Ianhez o fornecimento de um rim para atender ao pedido do prefeito de Campanha, por 8 mil reais. A carta, disse o delegado, foi apreendida entre os documentos de Ianhez, mas desapareceu misteriosamente do inquérito sob custódia do Ministério Público Estadual de Minas Gerais. 
Mosconi foi ouvido pelo juiz Narciso de Castro e confirmou conhecer Ianhez desde os anos 1970. O parlamentar disse “não se recordar” da existência de uma lista de receptores de órgãos da Santa Casa, da qual chegou a ser presidente do Conselho Curador por um período. Sobre a MG Sul Transplantes, que fundou e difundiu, afirmou apenas “ter ouvido falar” de sua existência. Declaração no mínimo estranha. O registro de criação da MG Sul Transplantes, em 1991, está publicado em um artigo no Jornal Brasileiro de Transplantes (volume 1, número 4), do qual os autores são o próprio Mosconi, além de Ianhez, Fernandes, Brandão, e Scafi, todos investigados ou réus do processo sobre a máfia de transplantes de Poços de Caldas 
Procurada por CartaCapital, a assessoria de imprensa de Carlos Mosconi ficou de marcar uma entrevista com o deputado. Até o fechamento desta edição, o parlamentar não atendeu ao pedido da revista.


Esta edição praticamente desapareceu das bancas de jornais da cidade de Poços de Caldas. Poucos conseguiram ler a reportagem na versão impressa, mas tiveram acesso a versão digital com milhares de visualizações. Mosconi não respondeu a entrevista, mas depois emitiu uma nota, criticando a reportagem:
Os 204 transplantes realizados em Poços foram auditados pelo Ministério da Saúde, Polícia Federal e Ministério Público, sendo que nove foram objeto de investigação, como os casos do menino Paulo Pavesi e do trabalhador rural João Domingos. Como consta nos autos, não há nenhum envolvimento médico ou administrativo de Mosconi nesses episódios. Nessa época, o deputado não mais exercia a medicina. Na CPI dos Transplantes, realizada em 2004, na Câmara dos Deputados, o deputado Carlos Mosconi não foi, em nenhum momento, convocado, seja como depoente, testemunha ou acusado.
Balbuciou Mosconi.
Santa perseguição! O nome de Mosconi foi citado sim no processo e tenho cópia das citações. Nem vale a pena mencionar isso agora, pois as sentenças proferidas pela 1a Vara Criminal de Poços de Caldas, deram conta de posicionar o sujeito onde deveria estar posicionado desde sempre.

Ao contrário do que diz Mosconi, no dia 5 de maio de 2004, a pedido de Deputado Federal  Geraldo Resende (médico e amigo de Mosconi), o requerimento para que ele fosse convidado a ser ouvido pela CPI, foi unanimamente aprovado. Um acordo, a pedido de Mosconi, suspendeu o convite. 

Um ano depois a CartaCapital voltou a citar Mosconi. Desta vez o título era "Cerco à 'Máfia dos Transplantes' atinge deputado do PSDB" e mais uma vez, Mosconi ficou enfurecido. Ele não suporta ser questionado, averiguado ou perguntado sobre o tema, que já lhe rendeu tantas dores de cabeça.


Somente em Maio de 2015 (15 anos após as minhas primeiras denúncias) Mosconi passou a ser investigado. No site do Ministério Público está lá o procedimento. Neste registro não aparece o nome de Mosconi. Há apenas um aviso de "SIGILO", sem qualquer motivo. Mosconi é um cidadão comum e não ocupa nenhum cargo público e nem foi eleito para nada. Qual o motivo de manter as investigações em Sigilo? Será que é para que ele possa continuar dizendo que nunca foi investigado?

Clique para ampliar
Notícia de fato criminal n. MPMG 0518.15.000344-1, tendo por objeto pedido de investigação do ex-deputado Carlos Mosconi como chefe da organização criminosa vinculada à santa casa local, conforme denunciado pelo pai da vitima Paulo Pavesi e conforme solicitado pelo MM juiz de direito da vara criminal no of. n. 29/2014.

Agora é oficial. Não que vá dar em alguma coisa, até porque, não se sabe qual o material base está sendo utilizado para a investigação. Mas de qualquer forma, é um pequeno avanço, considerando que sequer o nome dele poderia ser citado, sem sofrer ameaças. Sob sigilo, mas em investigação.

Será que estão investigando também o caso Carlão?

Ahh.. para adiantar o expediente, já que agora Mosconi está sem um assessor de imprensa, eu vou dar uma ajudazinha.


Blá, blá, blá, blá, blá, e blá.

Calma Mosconi. Está tudo em casa. Tudo sob sigilo.

5 comentários:

Anônimo disse...

mosconi, você é RÉU, entendeu bem? RÉU!

paulo, não é possível tentar quebrar esse sigilo, alegando que é interesse público?

Anônimo disse...

hahahahahaha
sua nota de esclarecimento já é meio caminho andado para o amigão Mosconi!
parece até que foi ele quem escreveu mesmo!! hahahahaha

Paulo Pavesi disse...

Quebrar o sigilo? Impossível. É mais fácil quebrar o sigilo bancário do Lula e da Dilma do que saber qualquer coisa sobre Mosconi.

Em relação a nota de esclarecimento, é do Mosconi mesmo. Ele é meio Control C Control V. Eu só publiquei para ajudá-lo

Anônimo disse...

O MPMG é a nossa unica esperança!

Anônimo disse...

Foi no MPMG que sumiu a carta do Mosconi (ratazana humana) pedindo um RIM ao IANHEZ (Dr Joseph Mengele) Agora a ratazana humana vai processar o Juiz e a revista. E com a amizade que ele tem com o Toninho das Moças o processo vai ser mais rápido do que a velocidade da luz ....